sábado, 12 de maio de 2007

Soldados insatisfeitos com o Governo

Organização Europeia de Militares critica Governo português

Os soldados portugueses estão insatisfeitos com o Governo português e queixam-se de falta de «diálogo social», segundo um comunicado emitido hoje pela Euromil, a Organização Europeia de Associações Militares, com sede em Bruxelas.

«Direitos dos Soldados Portugueses abaixo dos padrões europeus», titula o documento, que acrescenta «soldados europeus protestam por os direitos dos seus camaradas portugueses serem ainda mais afectados por uma nova proposta legislativa do Governo».

A nota de imprensa sublinha que, «na maioria dos países da União Europeia», o Governo inclui as associações militares num diálogo social «o que não acontece em Portugal», onde «uma lei a consagrar o direito de associação dos soldados, aprovada por unanimidade no Parlamento em 2001, nunca foi colocada em prática».

Agora, «um novo estatuto para os líderes das associações profissionais de militares reduz a zero os seus direitos de representação», sublinha Emmanuel Jacob, presidente da Euromil.

O novo estatuto «proíbe a actividade associativa dentro dos quartéis e nega o trabalho associativo a todos os soldados que ocupem posições de chefia, o que inclui, no fundo, todos os oficiais e trabalhadores administrativos», assinala a nota de imprensa.

Os soldados europeus reunidos actualmente em Cracóvia, na Polónia, para um colóquio de Primavera protestam contra a «deterioração crescente», que contraria os padrões europeus.

«Estou envergonhado por isto partir do meu Governo, que está em vias de presidir à União Europeia», assinalou Antonio Lima Coelho, presidente da Associação Nacional de Sargentos, na sua intervenção.

Ainda de acordo com o comunicado, «os soldados portugueses há muito que reclamam o direito a serem consultados quando estão em causa assuntos de cariz social e profissional que os afectam directamente».

«Numerosos elementos têm sido sujeitos a medidas disciplinares por expressarem a sua opinião», assinala ainda o texto da Euromil, estrutura que reúne 33 associações militares de 22 países europeus que representam mais de 500 mil militares e respectivas famílias.

Diário Digital / Lusa
11-05-2007 23:53:00

3 comentários:

Beezzblogger disse...

E isto ainda não é nada, se fossem só os soldados, o problema é que isto passa-se em todos od dectores da sociedade, e cada vez mais os espanhois a entrarem por aqui dentro...

Abraços do beezz

A. João Soares disse...

O futuro do País passa pelo contributo de cada um na sua profissão, no seu círculo de amigos, apontando críticas opiniões, sugestões, para que a sociedade, a pouco e pouco, vá tomando consciência do problema e amadureça para a solução que há-de vir num prazo não muito distante. Tudo tem limite e o tempo não perdoa.

Um abraço

Anónimo disse...

O sindicalismo nas FA e nas FS é um problema.

Só funcionará utopicamente falando se nenhum fosse atrás dos partidos ou suas "ideologias"!!

Mas que tem de resolvida a situação militar e da segurança, ai isso tem.

São gente de valor, apenas mal tratados, dados como insencíveis, como "burros" e inúteis para a sociedade sem valores e consumista.

Aconselho-o a passar e ler o meu post sobre poemas de um militar!

Abraço
MR