quarta-feira, 13 de junho de 2007

As mortes na estrada continuam

Como noticia o Diário Digital, na semana passada, os acidentes rodoviários nas estradas de Portugal continental provocaram 16 mortos, 52 feridos graves e 443 feridos leves, segundo indicam os dados divulgados esta terça-feira pela Direcção-Geral de Viação (DGV).

Nas áreas patrulhadas pela GNR foram contabilizados 15 óbitos, 40 feridos graves e 600 feridos ligeiros.

A PSP, por seu turno, registou uma vítima mortal, 12 feridos graves e 243 feridos leves nas áreas sob sua jurisdição.

Desde o início do ano, os acidentes de viação resultaram em 347 mortos, 1.283 feridos graves e 17.249 feridos leves. Estes valores comparam-se com os 344 mortos, 1.483 feridos graves e 17.856 feridos ligeiros registados em igual período de 2006.

NOTA: Apesar dos retoques que o legislador faz insistentemente no Código da Estrada, o problema mantém-se, embora com pequenas variações de ano para ano. Porquê? Porque as alterações são feitas por palpite e sempre para aumentar os valores das coimas e tornar a vida mais difícil aos condutores que não sejam políticos. Parece lógico que qualquer alteração legislativa deve ser devidamente ponderada quanto à sua necessidade, e quanto à eficiência desejada e viável.

Seria desejável que uma lei não fosse alterada antes de fazer cumprir a que vigora. Por exemplo, já há muitos anos é obrigatório colar no pára-brisas, o comprovativo do seguro, da inspecção, do imposto municipal. Penso que essa obrigação serviria para facilitar a inspecção dos carros estacionados ao longo dos passeios e nos parques de estacionamento. Então como se compreende que circulem tantos carros sem seguro? Como se compreende que haja tantas pessoas a conduzir sem carta durante anos? Como se compreende que haja tanto carro com falta de faróis a circular durante a noite? Porque é que não são feitas mais operações stop, para fiscalizar a documentação e os órgãos de segurança do carro?

Seria mais proveitoso não modificar a lei, mas tomar medidas para que a vigente seja rigorosamente cumprida. Sem uma fiscalização eficiente e penalizações aplicadas sem demora, que sirvam de dissuasão, nada melhora, porque a base máxima de uma boa segurança reside no civismo, na consciência da necessidade de um comportamento de respeito pelos outros e pela própria segurança mas nada disso existe. E, na falta de civismo, é indispensável inspecção, repressão e penalização que sirva de ensino e crie reflexos cívicos.

2 comentários:

Meg disse...

Crise demográfica, meu caro?
Além de nascerem tão poucas, as crianças que nascem não deviam ter de nascer em Espanha.

A. João Soares disse...

Minha cara amiga Meg,
Este seu comentário caiu em sítio errado, no post a seguir àquele a que se refere! Acontece.
Crise demográfica e, principalmente social, política e de carência de neurónios em cabeças que deviam ser pensantes.
Gostava de ter aqui um comentário de um defensor de OLIVENÇA!
Não defendo e nunca defendi um virar as costas à Espanha, mas nem oito nem oitenta. Que País é este que nem cria condições para os portugueses nascerem???!!! Por este andar, não faltará muito que o Governo se demita e entregue a governação ao Zapatero!!! Haveria ministros que continuariam na cadeira, ou talvez o Zapatero não os achasse competentes!
Cumprimentos