Há muitos incrédulos acerca das minhas repetidas afirmações, ao longo do tempo, de que o mundo será melhor com a Paz obtida através da negociação e não da guerra. Por mais difícil que seja a negociação, ela terá sempre melhores efeitos do que a guerra, mesmo para o vencedor. Se todos (cada um de nós) expressarmos uma opinião sensata e construtiva, será criada uma onda de bom senso que produzirá efeito na política internacional. Embora tal resultado não seja rápido e visível de forma espectacular, ele acabará por surgir. Aliás, já há sinais positivos. 07Jul07 - Guerra a pior forma de resolver conflitos
Hoje li a notícia de que a França e a Líbia assinaram um memorando de acordo sobre o nuclear civil que prevê o fornecimento de um reactor nuclear para a Líbia dessalinizar a água do mar. Segundo altos responsáveis diplomáticos dos dois países, a Líbia e a França deverão também assinar um acordo de parceria militar-industrial. Vai longe a noite em que ao largo da costa portuguesa passaram bombardeiros americanos para bombardear o palácio em que estaria Khadafi. Vai longe a data do atentado ao avião civil sobe Lockerby. As conversações, o diálogo pôs fim à desconfiança mútua e transformaram um país do «eixo do mal» num amigo.
Também a Itália, quanto ao Afeganistão, onde a guerra nada resolveu em definitivo e a violência continua, propôs a saída das tropas americanas e a entrega à NATO da gestão do problema do restabelecimento da paz. Também Putin, depois de diálogo infrutífero com os americanos quanto ao controlo de armas convencionais na Europa, prefere agora negociar com a NATO. Todos os estadistas conscientes sabem que a guerra é uma tentativa de solução apenas para casos desesperados e excepcionais, quando a negociação não conseguiu chegar a uma solução aceite pelas partes.
Também em Cuba, o Presidente Raul Castro ofereceu agora um «ramo de oliveira» ao próximo Presidente norte-americano, num gesto destinado a pacificar as relações entre os dois países, sendo a terceira vez que lança uma oferta de diálogo aos EUA desde que assumiu a presidência interina de Cuba. Isto apesar do incitamento do venezuelano Chávez às hostilidades.
Também a Índia e o Paquistão, apesar de ambos terem armas nucleares, e por isso mesmo, mantêm um relacionamento assente no diálogo permanente, com frequentes encontros entre os mais altos representantes. No mesmo sentido têm convivido as duas Coreias, com alto e baixos, mas sempre longe do ponto de não retorno.
Se todos alimentarmos o optimismo e expressarmos essas convicções apoiadas em argumentos realistas e convincentes, o mundo amanhã será mais pacífico, orientando as energias para o desenvolvimento e a felicidade das pessoas em vez de as gastar na destruição bélica.
Para mais leitura sobre este tema, podem ser consultados os posts, a seguir linkados
14Nov06 - relações internacionais são interesseiras
29Nov06 - relações internacionais entre amor e medo
01Dez06 - Guerra de civilizações ou guerra de tradições?
02Jan07 - A Democratização nuclear é previsível
DELITO há dez anos
Há 1 hora
2 comentários:
Caro amigo João Soares,
Está excelente este seu trabalho.
Na verdade, se todos nós movimentarmos a onda da paz, ela crescerá e tornar-se-á um "tsunami", não de dor, mas de alegria, concórdia e fraternidade.
CONSTRUAMOS TODOS A PAZ NO MUNDO.
Vou divulgar este seu artigo no meu Querubim.
Um abraço e Bom Fim de Semana
Cara Maria Faia, sinto-me feliz por lhe ter conseguido transmitir a minha ideia. Obrigado pelas suas palavras e pelo entusiasmo que sente por esta causa qu é de todos nós. A paz no mundo depende de todos nós, de cada um de nós. Não devemos ficar de braços cruzados à espera de que alguém faça o milagre de suprir o nosso desinteresse.
CONSTRUAMOS TODOS A PAZ NO MUNDO.
Oxalá o seu entusiasmo seja partilhado por toda a gente.
Abraço e bom fim-de-semana.
Enviar um comentário