Os atentados de Argel dirigidos a instalações da ONU, são mais um acto de hostilidade à ONU. Já são muitos. Mas também abundam os factos que evidenciam as incapacidades desta organização que, se assim continua, terá um fim semelhante ao da sua antecessora, a Sociedade das Nações.
Era esperado que, se a ONU funcionasse com eficiência teriam sido evitados muitos conflitos que destruíram património e vidas humanas em proporções exageradas. Por outro lado, a ONU também se tem mostrado incapaz de manter a paz, tendo prometido, há cerca de meio século solução para a Caxemira (desde as guerras entre a índia e o Paquistão em 1948 e 1965, a «linha de cessar-fogo» ainda não foi substituída por uma fronteira negociada) e para o Sara Ocidental (desde1975 existe uma situação de guerra latente). Os referendos ainda não se realizaram e o problema mantém-se com ocasionais perdas de vidas.
Os conflitos internacionais não têm parado, e a ONU não tem evidenciado autoridade efectiva. A própria estrutura do Conselho de Segurança e o imperialismo dos membros permanentes devidos a um momento histórico que já não tem significado real e aceite pelos países membros, serão um sinal da decadência da Organização.
A hostilidade da parte de grupos minoritários, pode resultar de não verem outra possibilidade de serem ouvidos, ponderadas as suas razões, as suas queixas, e procuradas soluções pacíficas para os seus problemas. Chamar rebeldes ou terroristas a grupos que não são ouvidos e não podem negociar soluções para as suas situações difíceis, não pode ser considerada uma medida pacificadora. Enviar tropas contra eles só serve para acirrar os ânimos. Isso não é democrático e as reacções também não serão enquadradas num conceito de obediência e subordinação respeitosa! O ditado diz que «quem semeia ventos colhe tempestades»
A Necrose do Frelimo
Há 3 horas
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