quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

Sócrates vaiado em Estrasburgo

Tudo calmo até Sócrates abrir a boca

No hemiciclo, cheio como em raras ocasiões, já tinha usado da palavra o presidente do Parlamento e tudo estava a correr de feição até José Sócrates ter começado a falar. Nesse momento vários eurodeputados do GUE, mas também de partidos nacionalistas e de extrema-direita, desenrolaram uma faixa e empunharam cartazes com a palavra "referendum", ao mesmo tempo que se ouviam apupos, assobios e gritos de "referendum". Alguns dos parlamentares envergavam t-shirts negras com a mesma palavra.
Vincent kessler/Reuters

O primeiro-ministro enfrentou a bancada ruidosa com cara de poucos amigos. José Sócrates foi forçado a interromper o discurso em várias ocasiões, para desespero do presidente do PE, o alemão Hans-Gehrt Poettering, que apelou à calma, pediu silêncio e, visivelmente alterado, bateu na mesa com o martelo com que conduz as sessões enquanto um assessor lhe sussurrava "calma, calma". Em vão. (Expresso)

Nota do Papa Açordas: Ainda bem que há eurodeputados que não são "voz do dono".
Esperemos que o Governador Civil de Braga não processe estes eurodeputados, nem a
PSP da Covilhã lhes faça uma visita de "cortesia"...ou a DREN lhes levante um processo disciplinar...
Publicada por Compadre Alentejano in papa açordas

6 comentários:

Amaral disse...

João
Pois há aqueles que não se calam, mas infelizmente outros há que acham essas vozes inoportunas. Esperemos que a democracia, a liberdade de pensar (pelo menos) não esteja coxa.
Abraço

A. João Soares disse...

Amaral,
Estas situações no estrangeiro talvez permitam ao nosso PM aprender o que é a democracia e a liberdade de expressão. Se isto acontecesse no nosso País os manifestantes iam para a polícia ser identificados e, se fossem funcionários, seriam sancionados. Foi isso que aconteceu em Guimarães e noutros locais. É esse o estilo dos ditadores como se viu cá com o Kadhafy.
Abraço

C Valente disse...

Aquilo � s� fuma�a veja-se o risinho de Sua Ex ENG Socrates, a democracia deste senhor e outros como ele, � s� quando lhe convem.
Sauda�es amigas

A. João Soares disse...

C Valente,
Nos tempos que correm, a política é uma palhaçada, um circo em que os macaquinhos se divertem à brava e vão tendo as guloseimas de que gostam. Trocam ofensas e apupos, aqui e ali, mas isso não os molesta porque na campanha eleitoral seguinte atiram ao povo mais umas promessas enganadoras (Que são esquecidas logo após a eleição) e os votos caem nas urnas, e o circo continua.
Era suposto, numa sociedade séria, que eles se preocupassem com os interesses da colectividade, do País, criando felicidade para os cidadãos, mas isso apenas poderá ser uma pequena percentagem marginal das suas acções, pois o essencial para eles é o próprio interesse. E, para este, são capazes de engolir sapos vivos.
Abraço

Jorge P. Guedes disse...

Ainda bem que foi vaiado, esse vaidoso que só faz olhos e boquinhas para as câmaras!
Lá, não tem os esbirros para denunciar os que se lhe opõem.
Só espero que nunca lhe dêem o cavalinho do poder nos corredores de Bruxelas! Talvez assim começasse a saber o que é trabalhar, quando um dia o tacho nacional não tiver mais nada para rapar!

Um abraço.

A. João Soares disse...

Mocho-Real,
Eles estão conscientes do fenómeno que refere com as palavras «quando um dia o tacho nacional não tiver mais nada para rapar!». Sabem as palavras ditas pelo humorista brasileiro Milor Fernandes, o Vão Gogo, «Roubem agora porque amanhã pode ser proibido». Eles não deixam para amanhã os benefícios» que podem ter hoje. É sempre a amealhar. Na idade em que cada português ainda nem pensa na reforma, já eles têm garantidas várias, de grande calibre.
É o prémio da incompetência, porque os portugueses que seguem o culto da excelência, da competência, não se metem na «porca» da política. Esta a é a carreira aconselhada aos maus alunos que não têm perspectivas de êxito da competição da vida privada e que com a vaidade e a verborreia que lhes é própria e alguns favores que fazem acabam por se «formar» depois de anos de «actividade» partidária e até governativa. E gostam de dizer que são uma elite!!!
Abraço