sábado, 12 de abril de 2008

Apelo ao General Chito Rodrigues

Transcrevo a carta que Fernando Rezende escreveu ao General Joaquim Chito Rodrigues acerca do descontentamento dos militares, recebida por e-mail em que é pedida a sua divulgação.

Ex.mo Senhor Tenente General Chito Rodrigues
Digníssimo Presidente da Liga dos Combatentes

Por certo que terá V. Ex.ª conhecimento dos textos que abaixo transcrevo.
Mas considero que nunca será demais relembrá-los.

Não teremos nós capacidade para nos fazermos ouvir na Assembleia da República?
Só através de Pessoas Influentes como V. Ex.ª isso será possível, nomeadamente pela posição de relevo que tem junto do Sr. Ministro da Defesa Nacional que se prepara para mais uma “machadada” nos Militares.

Deputados: Os mais velhos ou não foram Militares ou foram desertores; os mais novos ou não o foram mesmo, ou passaram pela Instituição como “gatos por brasas”, guindando-se ao cargo através das juventudes partidárias.

Então quem nos poderá defender e levantar a sua Voz contra as Injustiças, Esquecimentos e Aleivosias de que estamos a ser Vítimas?

Se esse Grito de Revolta não vier da Plêiade de Ilustres Generais Combatentes, estamos entregues nas mãos de incompetentes e corruptos políticos de baixa craveira intelectual e moral, para quem contam apenas as Leis que produzem em benefício próprio.

O Povo, esse, é mero verbo de encher, apenas sendo importante e necessário para, iludido, preencher um boletim de voto.

Desculpe-me V. Ex.ª o precioso tempo que lhe ocupei.

Respeitosos Cumprimentos
Fernando Rezende

Os textos referidos são posts deste blogue:

- Militares vistos por um civil
- Militares amordaçados até à hora da morte

7 comentários:

A. João Soares disse...

Militares contra sistema de assistência
http://jn.sapo.pt/2008/04/13/nacional/militares_contra_sistema_assistencia.html

A Associação dos Oficiais das Forças Armadas (AOFA) promoveu ontem, no Porto, um encontro sobre a situação "calamitosa" em que se encontra a Assistência na Doença aos Militares (ADM), que provoca um "crescente descontentamento".

O que os militares consideram a "degradação" do funcionamento da ADM, surgiu, segundo eles, após a fusão da assistência à saúde dos três ramos das Forças Armadas, estando a provocar a indignação das associações representativas dos militares na reserva e reforma. Num comunicado conjunto, as quatro associações sócio-profissionais de militares insistiram que os militares apenas vão poder incluir nas declarações de IRS, relativas a 2007, cerca de 20% das despesas com a saúde não comparticipadas.

O texto, subscrito pelas associações dos Militares na Reserva e Reforma (ASMIR), dos Oficiais (AOFA), dos Sargentos (ANS) e dos Praças da Armada (APA), criticou a posição do Ministério da Defesa, segundo a qual "as despesas não incluídas na declaração relativa a 2007 (...) o serão na respeitante a 2008".

Segundo o comunicado, os militares "sofrem uma dupla penalização porque vão ter de aguardar, não se sabe até quando, o pagamento das comparticipações a que têm direito, e suportar, durante mais um ano ou, talvez, para sempre, e encargos com o IRS que não deviam ter lugar". A AOFA chama a atenção para o facto se desconhecer que protocolos e convenções vão ser renovados.

Isabel Magalhães disse...

A. João Soares;

Muito bom dia.

'O MUNDO é pequeno.' :)


Deixo um abraço a dividir com o meu amigo Fernando Rezende.

A. João Soares disse...

Cara amiga Isabel,
Os amigos dos nossos amigos nossos amigos são.
Agradeço a visita, espero que goste deste recanto de meditação e que apareça mais vezes, deixando os seus comentários.
Beijo
A. João Soares

Isabel Magalhães disse...

Caro A. João;

Grata pelas calorosas boas-vindas.

Como civil e sem já (infelizmente) militares na família, gostaria de me referir ao subsistema de saúde ADSE, também ele cada vez mais reduzido à sua expressão mais ínfima, à diminuição de comparticipações, à quase ausência de serviços de estomatologia...

Face a um SNS francamente MAU entendeu este governo, fazendo uso de uma política economicista (miserabilista seria mais adequado) nivelar por baixo e tornar deficiente o que durante décadas - já no estado novo - oferecia qualidade aos beneficiários.

É um facto que ainda usfruimos de algumas vantagens em relação ao SNS por via de acordos com clínicas onde não sofremos o desconforto das bichas para a senha e de sermos atendidos em instalações obsoletas. O recente acordo com o novel Hospital da Luz é uma dessas vantagens mas, há sempre um mas, as vagas para beneficiários ADSE são diminutas e as listas de espera ascendem a meses largos em algumas consultas de especialidade. Resta ainda a vantagem do Serviço de Urgência numa unidade que parece um Hotel de cinco estrelas.

bj

I.

A. João Soares disse...

Cra Isabel,
O Governo tem-nos ensinado que as pessoas devem reclamar sempre que as coisas não estejam de feição. Se não refilam não cheiram, nada. mas se reclamam a sério, como fizeram os professores, a população da Anadia, e de outros locais em que fecharam organismos de saúde, os juízes que fizeram greve, etc. o Governo recua.
Como não sabem decidir correcta e prudentemente, é preciso que os utentes reclamem para ele rectificar os erros sucessivos.
Infelizmente, chegámos a este estado de coisas.
Beijo
A. João Soares

Isabel Magalhães disse...

Por lapso não mencionei outra: os funcionários públicos na aposentação descontam
14 - catorze - 14 meses para a ADSE enquanto que os funcionários no activo descontam DOZE meses/ano.

E esta, hem? :)

[]
I.

A. João Soares disse...

Cara Isabel,
Foi mis uma tentativa de o governo nos sacar dinheiro. Mas houve quem notasse e refilasse e o Governo teve de fazer mais um recuo. Refiro isso na parte final do post seguinte a este «A lei da rolha está aí».
Fica provado que, com este regime, temos que estar sempre preparados para reivindicar, porque as decisões governamentais são geralmente erradas e serão alteradas ou anuladas se houver reacções do povo. Só é pena que este esteja tão difícil de acordar!!!
Beijos
A. João Soares