Perante a subida abrupta dos preços dos combustíveis, os consumidores estão a fazer contas e a racionalizar a utilização da viatura. Os aumentos médios do preço de venda ao público da gasolina sem chumbo 95 foi de 11,9% e do gasóleo chegou a 19,7% mais caro. Isto no primeiro trimestre, porque estes números não contemplam ainda os aumentos mais recentes.
Da racionalização dos consumos feita espontaneamente por cada um, resultou que, durante o primeiro trimestre, as vendas de gasolina diminuíram 7% e, agora, também as de gasóleo estão a baixar. Segundo os dados divulgados pela Autoridade da Concorrência, no primeiro trimestre de 2008, em comparação com igual período de 2007, o consumo total de combustíveis rodoviários diminuiu 1,9%. Como os preços têm vindo a aumentar ainda mais, é de esperar uma melhoria desta tendência.
O consumo de gasóleo rodoviário caiu 0,2% e o de gasolina baixou 7%, o que significa que os portugueses, face aos elevados preços dos combustíveis, estão a racionalizar o consumo, o que é uma prova de maturidade. Será bom que se criem hábitos de reduzir os desperdícios, evitando gastos desnecessários. Esta racionalização nos transportes é muito importante porque 49% da procura nacional de produtos derivados do petróleo dirigiu-se ao consumo de gasóleo e gasolina para fins rodoviários.
domingo, 8 de junho de 2008
Consumidores aprendem a gerir-se
Posted by A. João Soares at 11:21
Labels: combustíveis, consumo, desperdício
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4 comentários:
"Seria bom", como s afirma mas não creio, nesse comportamento circunstancial, porque penso que um dos grandes problemas da mentalidade Portuguesa é a falta do saber para planear aquilo que têm. Dai a razão dos numeros nas estatisticas serem o que são.
Bom domingo
Um abraço
António Delgado
A meu ver, esta racionalização pode ser um principio, para que o poder politico, adopte um conjunto de medidas semelhantes ao Japão, durante a primeira crise do petroleo nos anos 60, nomeadamente a aposta em tecnologia menos dependente do petroleo.
Certamente que esta redução de consumo apenas se encontra relacionada com o nosso fraco poder de compra.
No entanto deveria - se apostar no transporte colectivo, nomeadamente o ferroviario, junto aos grandes centros urbanos, a fertagus empresa privada de transportes ferroviarios na margem sul é um exemplo ao nível de qualidade aceitável bastante bom.
Já a linha de sintra ( a mais movimentada da europa)e de Cascais, deveria se tomar mais atenção ao fenómeno da segurança dos utentes, principalmente à noite e ao fim de semana.
Certamente estas duas linhas férreas, com uma maior preocupação em relação a este fenómeno por parte do poder politico, seria um bom contributo para que muitos automobilistas deixassem o carro em casa.
Outra medida a me ver que poderia ajudar a redução de petroleo sera a adopção da directiva comunitária 91/439/CE condução de motociclos até 125cc, por parte de quem possui carta b, bem como a recuperação das antigas licenças emitidas pelos municipios que habilitam a conduzir até 50 cm3 os ciclomotores.
Mas enfim existem outros interesses...
Desculpe o tempo tomado.
Abraço,
Magno.
Caro António Delgado,
Esforço-mo por ser optimista e ficar sensibilizado com estes pequenos sinais que tento interpretar da melhor maneira. Mas estou consigo na realidade. No entanto, é preciso que o povo comece a aprender a não gastar tudo no início do mês tenha de refrear o impulso consumista a partir da segunda semana.
Vai ser uma aprendizagem demasiado lenta, devido à falta de preparação escolar tradicional.
Um abraço
A. João Soares
Caro Magno,
Quando a argumentação é boa, não importa o espaço ocupado! Como as crises devem gerar melhorias nas estruturas de vida, as soluções que sugere deveriam ser tomadas a sério por quem tem poder para isso. Mas, possivelmente, há interesses em que tudo continue na mesma, mal.
Esperemos por um milagre. Agitemos as ideias para que ele ocorra.
Um abraço
A. João Soares
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