sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Selecção de altos funcionários públicos

No seu artigo do DN, de hoje, Ferreira Fernandes fala dos cuidados na selecção dos altos funcionários que se candidatam à Administração Obama a fim de os mesmos não causarem embaraços devidos a especulações sobre o seus passado, como está agora acontecer em Portugal com a nomeação do amigo de Manuel Pinho, Manuel Sebastião, para presidente da Autoridade da Concorrência.

Bastam os problemas que virão a surgir com as eventuais asneiras que irão ser feitas durante a actividade na administração, e não convém adicionar-lhes os rabos de palha herdados de um passado menos limpo.

Para esse efeito, os candidatos têm de preencher um inquérito de sete páginas e 63 perguntas, sento tudo passado a pente fino, desde o óbvio, como problemas com a justiça (só se perdoam as multas de trânsito inferiores a 35 euros), até aos segredos modernos: os candidatos têm de dizer com que pseudónimos escreveram na Internet.

E, para evitar casos como o da filha da ex-candidata a vice dos republicanos, a confissão não deve referir-se apenas ao próprio candidato, mas também deve denunciar erros dos seus parentes próximos, sendo os o cônjuge e os filhos adultos também vistoriados.

É previsível que, na ânsia de obter o lugar, os futuros funcionários acabem por mentir. E isso irá ser demonstrado pelos futuros escândalos. Mas depois não há panos quentes a colocar-lhes em cima, pois acresce o facto de terem mentido.

Se já aqui apontei exemplos a seguir, vindos do terceiro mundo, agora chega este de um país indiscutivelmente muito desenvolvido, que é muito prático e preventivo de escândalos posteriores. Precauções como esta e admissões por concurso público, em vez de nomeações por «confiança politica» tornariam a nossa administração pública mais eficiente, rápida e moralizada, inspirando afeição por parte dos contribuintes.

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