Segundo notícia do Diário de Notícias de ontem, Passos dá subsídio a quatro secretários de Estado no valor diário de 25 euros, respeitantes a alojamento, o que equivale a 750 euros por mês, ou seja mais de 1,5 salários mínimos nacionais.
Certamente nem todos os servidores do Estado, professores, militares, polícias, etc. podem gastar tanto em alojamento quando são deslocados do seu lugar de residência. Resta também definir o que é local de residência habitual de um político. Há alguns que têm esse local reconhecido oficialmente a muitas centenas quilómetros do local onde residem há dezenas de anos e que lhes dá direito a subsídio de deslocamento.
Esta notícia vem fazer compreender o espírito do legislador que gerou a Lei n.º 64/2013, de 27 de Agosto sobre o sigilo dos privilégios dos políticos recentemente publicado no Diário da República e que fora aprovada pela Assembleia da República, com os votos favoráveis do PSD, CDS/PP e do PS.
Isto dá muito que pensar pois vulgarmente aquilo que se deseja manter em segredo é algo a esconder por ser vergonhoso, ilegítimo, imoral ou, mesmo, criminoso. Alguma destas qualificações estará em jogo na ocultação imposta por esta lei? E onde fica a célebre «transparência democrática» de que por vezes os políticos tanto falam acaloradamente?
Por outro lado, o facto do bom entendimento dos partidos CDS, PSD e PS na aprovação desta lei também é muito significativo e não deve ser esquecido o fenómeno de consenso, união, coesão, concertação, convergência, etc sempre que se trata de vantagem e privilégios para os «boys», como tem acontecido na recusa de legislarem contra a corrupção, contra o tráfico de influências, contra a promiscuidade entre funções públicas e tachos privados, etc.
Mas, pelo contrário, quando está em causa o interesse nacional, como no caso recente do «compromisso para a salvação nacional», cada um fica na sua ideologia e nos seus interesses partidários e parece que o seu pensamento é «o Estado que se lixe». Isso ficou bem patente na ausência de resultados de uma semana de procura de compromisso não conseguido.
Certamente, haverá portugueses atentos que não esquecem estas lições.
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quinta-feira, 26 de setembro de 2013
SUBSÍDIOS A QUATRO SECRETÁRIOS DE ESTADO
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sábado, 13 de abril de 2013
CAUSAS E SOLUÇÕES DA CRISE
Transcrição de texto recebido por e-mail e atribuído a António Costa elemento do programa «quadratura do circulo», que ajuda a compreender realidades que têm sido ocultadas.
(...) A situação a que chegámos não foi uma situação do acaso. A União Europeia financiou durante muitos anos Portugal para Portugal deixar de produzir; não foi só nas pescas, não foi só na agricultura, foi também na indústria, por ex. no têxtil. Nós fomos financiados para desmantelar o têxtil porque a Alemanha queria (a Alemanha e os outros países como a Alemanha) queriam que abríssemos os nossos mercados ao têxtil chinês basicamente porque ao abrir os mercados ao têxtil chinês eles exportavam os teares que produziam, para os chineses produzirem o têxtil que nós deixávamos de produzir.
E portanto, esta ideia de que em Portugal houve aqui um conjunto de pessoas que resolveram viver dos subsídios e de não trabalhar e que viveram acima das suas possibilidades é uma mentira inaceitável.
Nós orientámos os nossos investimentos públicos e privados em função das opções da União Europeia: em função dos fundos comunitários, em função dos subsídios que foram dados e em função do crédito que foi proporcionado. E, portanto, houve um comportamento racional dos agentes económicos em função de uma política induzida pela União Europeia. Portanto não é aceitável agora dizer e podemos todos concluir e acho que devemos concluir que errámos, agora eu não aceito que esse erro seja um erro unilateral dos portugueses. Não, esse foi um erro do conjunto da União Europeia e a União Europeia fez essa opção porque a União Europeia entendeu que era altura de acabar com a sua própria indústria e ser simplesmente uma praça financeira. E é isso que estamos a pagar!
A ideia de que os portugueses são responsáveis pela crise, porque andaram a viver acima das suas possibilidades, é um enorme embuste. Esta mentira só é ultrapassada por uma outra. A de que não há alternativa à austeridade,apresentada como um castigo justo, face a hábitos de consumo exagerados. Colossais fraudes. Nem os portugueses merecem castigo, nem a austeridade é inevitável.
Quem viveu muito acima das suas possibilidades nas últimas décadas foi a classe política e os muitos que se alimentaram da enorme manjedoura que é o orçamento do Estado. A administração central e local enxameou-se de milhares de "boys", criaram-se institutos inúteis, fundações fraudulentas e empresas municipais fantasma. A este regabofe juntou-se uma epidemia fatal que é a corrupção. Os exemplos sucederam-se. A Expo 98 transformou uma zona degradada numa nova cidade, gerou mais-valias urbanísticas milionárias, mas no final deu prejuízo. Foi ainda o Euro 2004, e a compra dos submarinos, com pagamento de luvas e corrupção provada, mas só na Alemanha. E foram as vigarices de Isaltino Morais, que nunca mais é preso. A que se juntam os casos de Duarte Lima, do BPN e do BPP, as parcerias público-privadas 16 e mais um rol interminável de crimes que depauperaram o erário público. Todos estes negócios e privilégios concedidos a um polvo que, com os seus tentáculos, se alimenta do dinheiro do povo têm responsáveis conhecidos. E têm como consequência os sacrifícios por que hoje passamos.
Enquanto isto, os portugueses têm vivido muito abaixo do nível médio do europeu, não acima das suas possibilidades. Não devemos pois, enquanto povo, ter remorsos pelo estado das contas públicas. Devemos antes exigir a eliminação dos privilégios que nos arruínam. Há que renegociar as parcerias público-privadas, rever os juros da dívida pública, extinguir organismos... Restaure-se um mínimo de seriedade e poupar-se-ão milhões. Sem penalizar os cidadãos.
Não é, assim, culpando e castigando o povo pelos erros da sua classe política que se resolve a crise. Resolve-se combatendo as suas causas, o regabofe e a corrupção. Esta sim, é a única alternativa séria à austeridade a que nos querem condenar e ao assalto fiscal que se anuncia.
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quinta-feira, 11 de abril de 2013
PARA O CRESCIMENTO DE PORTUGAL
Carlos Moedas disse, em 11 de Abril, que reformas estruturais do Estado são a base para o crescimento e para as gerações futuras, são "irreversíveis" no ajustamento económico português e "o mais importante" para o futuro do país.
É admirável esta técnica de atirar poeira para os olhos mais desprevenidos. Há quase dois anos que ouvimos as promessas das reformas estruturais e tal como todas as outras promessas da mesma geração trouxeram desgostos e indignação. As previsões «asseguradas» e «garantidas» falharam todas.
E agora, como é que Carlos Moedas nos garante que as reformas estruturais são irreversíveis? Serão isso até quando? Mas é certo que na vida real nada é, nem deve ser, irreversível porque a evolução dos factores do problema pode exigir mudanças para encontrar novas soluções mais correctas.
Tinha já alinhado uns tópicos para dar umas sugestões a Carlos Moedas a fim de cumprir o meu dever de cidadão de colaborar no crescimento do Estado, quando recebi dois e-mails que podem ajudar e de que vou transcrever a parte mais interessante. Eis:
Do primeiro e-mail:
PROPOSTAS DE ALTERNATIVA à austeridade, que tudo está a mirrar, isto no que toca a CORTE DE DESPESA nas ditas gorduras.
Por isso:
- Reduzam 50% do Orçamento da Assembleia da República e vão poupar +- 43.000.000,00€
- Reduzam 50% do Orçamento da Presidência da República e vão poupar +- 7.600.000,00€
- Cortem as Subvenções Vitalícias aos Políticos deputados e vão poupar +- 8.000.000,00€
- Cortem 30% nos vencimentos e outras mordomias dos políticos, seus assessores, secretários e companhia e vão poupar +- 2.000.000.00€
- Cortem 50% das subvenções estatais aos partidos políticos e pouparão +- 40.000.000,00€.
- Cortem, com rigor, os apoios às Fundações e bem assim os benefícios fiscais às mesmas e irão poupar +- 500.000.000,00€.
- Reduzam, em média, 1,5 Vereador por cada Câmara e irão poupar +- 13.000.000,00€
- Renegociem, a sério, as famosas Parcerias Público Privadas e as Rendas Energéticas e pouparão + 1.500.000.000,00€.
Só aqui nestas “coisitas”, o país reduz a despesa em mais de 2 MIL e CEM MILHÕES de Euros.
Mas nas receitas também se pode melhorar e muito a sua cobrança.
- Combatam eficazmente a tão desenvolvida ECONOMIA PARALELA e as Receitas aumentarão mais de 10.000.000.000,00€
- Procurem e realizem o dinheiro que foi metido no BPN e encontrarão mais de 9.000.000.000,00€
- Vendam 200 das tais 238 viaturas de luxo do parque do Estado e as receitas aumentarão +- 5.000.000,00€
- Façam o mesmo a 308 automóveis das Câmaras, 1 por cada uma, e as receitas aumentarão +- 3.000.000,00€.
- Fundam a CP com a Refer e outras empresas do grupo e ainda com a Soflusa e pouparão em Administrações +- 7.000.000,00€
Nestas “coisitas” as receitas aumentarão cerca de VINTE MIL MILHÕES DE EUROS, sendo certo que não se fazem contas à redução das despesas com combustíveis, telemóveis e outras mordomias, por força da venda das viaturas, valores esses que não são desprezíveis.
Sendo assim, é ou não possível, reduzir o défice, reduzir a dívida pública, injectar liquidez na economia, para que o país volte a funcionar?
Do segundo e-mail:
CARROS DOS JUÍZES DO TRIBUNAL CONSTITUCIONAL
Aqui vai mais um bom exemplo:
O Tribunal Constitucional é um tribunal de nomeação politica e, por esse facto, resolveram comprar automóveis de Luxo e Super Luxo para cada um dos 'Juízes' ( de nomeação política ). Estes carros são utilizados pelos Juízes - num total de 13 Juízes - para todo o serviço, precisamente como acontece nas grandes Empresas.
1- O Presidente tem um BMW 740 D (129.245 € / 25.849 contos)
2- O Vice-Presidente: BMW 530 D ( 72.664 € /14.533 contos)
3- Os restantes 11 Juízes têm BMW 320 D ( 42.145 € /8.429 contos, cada)
Portanto, uma frota automóvel no valor de 665.504 €/ 133.101 contos (muito mais de meio milhão de Euros?!!!)
É o único Tribunal Superior Europeu (se calhar mundial) onde os Juízes têm direito a carro como parte da sua remuneração (automóvel para uso pessoal). E DEPOIS QUEREM-NOS COMPARAR AOS PAÍSES DO NORTE
A que propósito? Pura ostentação! Ninguém se indigna? Quem é que autorizou este escândalo? A que deslocações são obrigados para o desempenho das suas tarefas?
Ao mesmo tempo que o Governo sobrecarrega os portugueses em geral compra justamente as viaturas mais caras, de superluxo.
Como pode progredir um País assim saqueado permanentemente pelas pessoas que deviam dar o exemplo de seriedade?
Em quem podemos confiar quando os mais altos responsáveis dão estes exemplos de saque? É indigno!!...
Quanto mais soubermos destas poucas vergonhas, melhor andamos informados de quem desbarata o dinheiro dos contribuintes.
Bendito seja Deus que edificou este País tão rico que permite dotar funcionários públicos cujo trabalho é ocasional e só necessitarem de se deslocar entre a casa e o local de encontro com os seus pares, com carros individuais e de tão alto custo.
Vejamos, pelo contrário, o exemplo do Reino Unido onde o PM se desloca para o local de trabalho em autocarro ou metro, por vezes de pé.
E quanto a fundações, a observatórios e a tectos salariais e tectos de pensões de reforma? E quanto a empresas públicas? E no que toca à burocracia fonte de corrupção e de enriquecimento ilícito? E quando se cria uma legislação eficaz para proceder ao julgamento e condenação de corruptos? Esta pode ser copiada no estrangeiro, pois há países mais civilizados do que o nosso
onde ela existe e funciona.
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segunda-feira, 25 de março de 2013
Sócrates comentador
Segue-se a transcrição de um artigo de opinião sobre este tema que está gerando muita controvérsia. Deixo-o à consideração dos leitores, visitantes, deste blogue, na esperança de serem aqui colocados comentários pró e contra, aos quais, como é meu hábito, procurarei dar a resposta que entender mais adequada. É um desafio aos leitores e a mim próprio. A vida é mesmo isso, uma sequência de desafios. Haja quem aproveite esta oportunidade para dizer o que sente e pensa.
O regresso de Sócrates, o lobo mau
Jornal de Notícias 25-03-2013. Publicado às 00.43. Por Alfredo Leite
Afinal, quem tem medo do lobo mau? Vamos esquecer o Capuchinho Vermelho ou os Três Porquinhos porque esta não é uma história para crianças. É a história de um país bacoco que lida mal com o carisma alheio, procurando justificar o desmoronamento político que se avizinha com um passado já devidamente escrutinado. É, também, a história de um país que, à falta de outros argumentos e entretenimento, avança com patéticas petições públicas por tudo e por nada. A mais mediatizada dos últimos tempos é, pasme-se, para impedir que um ex-primeiro-ministro seja contratado (e, ainda por cima, probono) por uma televisão para um novo espaço de comentário político. A aparição de José Sócrates deverá ser analisada a dois níveis distintos, ainda que estas coisas estejam todas ligadas.
O primeiro é político. O insuspeito social-democrata e, por sinal, comentador Marques Mendes acha que o regresso de Sócrates pode ser "mortífero" para o Governo. É certo que o peso do antigo primeiro-ministro vai transformar, ainda mais, a oposição de Seguro numa brincadeira de meninos, mas Mendes tem razão quando afirma que será Passos o verdadeiro alvo de Sócrates. O ex-líder socialista ferve em pouca água vezes de mais para evitar ajustar contas de tudo o que dele foi dito pelos membros do atual Governo. Nesta revisão do passado recente, Sócrates não deverá igualmente deixar Cavaco Silva em sossego.
O segundo nível do regresso de José Sócrates é jornalístico. Ao ir buscar para o ecrã o mais odiado - mas também amado - dos ex-primeiros-ministros, a RTP protagonizou uma contratação surpreendente. E, de uma só vez, atirou para segundo plano os políticos comentadores da concorrência: Marcelo Rebelo de Sousa na TVI (e as suas mais do que previsíveis análises com direito a réplicas na generalidade da imprensa); e Marques Mendes, recentemente seduzido pelos encantos da SIC e que aos espectadores se apresenta muito mais como a correia de transmissão de um qualquer 'garganta funda' da esfera governativa do que como o comentador que quer ser.
Sócrates no ecrã vai eclipsar os seus pares e garantir, sem grandes margens de erro, audiências à RTP.
Eram, portanto, previsíveis as reações à ousadia da televisão pública. José Sócrates foi, para o bem e para o mal, o mais carismático dos líderes portugueses dos últimos anos e esse é um património que uma (breve) ida para Paris não apaga. O que não se esperaria é que o seu eco transbordasse as fronteiras nacionais.
A sua contratação televisiva mereceu ontem generosas referências na imprensa de Direita no país vizinho. O "La Vanguardia", de Barcelona, escreveu que "em Espanha ninguém poderia imaginar que no canal 1 da TVE, logo após o Telejornal, aparecesse José Luis Zapatero [ex-chefe do Governo socialista] para comentar a atualidade política semanal". O "El Mundo", de Madrid, refere a multiplicação de petições online contra e a favor da passagem de Sócrates "de primeiro-ministro a tertuliano" televisivo, referindo ainda as suas responsabilidades na crise iniciada em 2008, mas sem admitir que, se Sócrates cá tivesse continuado, haveria sempre a hipótese de, tal como em Espanha, estarmos sem resgate e hipotecados à troika.
Por tudo isto, a diabolização do regresso de Sócrates era inevitável. Essa fatalidade não pode é servir para atirar alguém para uma lista negra onde aos proscritos está vedado o regresso à vida pública.
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domingo, 15 de julho de 2012
O melhor de Passos Coelho em 2010-2011
Como era quando nos queria caçar o voto !!!
Agora está a exterminar quase toda a população com a austeridade, sem olhar à Constituição, como foi o caso dos cortes dos subsídios de férias e de Natal aos funcionários públicos e reformados, que veio a ser condenado pelo Tribunal Constitucional.
Como é a moralidade dos políticos!!!
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terça-feira, 30 de agosto de 2011
A sociedade está condenada
Frase da filósofa russo-americana Ayn Rand (Judia, fugitiva da revolução russa, que chegou aos Estados Unidos na metade da década de 1920), mostrando uma visão com conhecimento de causa:
“Quando você perceber que, para produzir, precisa obter a autorização de quem não produz nada; quando comprovar que o dinheiro flui para quem negocia não com bens, mas com favores; quando perceber que muitos ficam ricos pelo suborno e por influência, mais que pelo trabalho, e que as leis não nos protegem deles, mas, pelo contrário, são eles que estão protegidos de você; quando perceber que a corrupção é recompensada e a honestidade se converte em auto-sacrifício; então poderá afirmar, sem temor de errar, que sua sociedade está condenada”.
Texto recebido por e-mail do amigo ARS. Imagem do Google
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sábado, 17 de julho de 2010
Um passo para a moralidade do Poder
Os chefes de gabinete e adjuntos dos gabinetes governamentais, das câmaras municipais e dos Governos Civis vão igualmente sofrer uma redução de 5% nos seus ordenados, tal como já foi aprovado ontem, sexta-feira, em relação aos detentores de cargos políticos. (notícia do JN)
Esta medida será um passo para a moralidade do regime, mas são indispensáveis muitos outros, para acabar com escândalos de salários e de prémios em diversas instituições e empresas estatais e autárquicas, desde o Banco de Portugal à ERSE, que constituem bandos de abutres predadores do erário. O sistema de autonomias deve ser regulado, controlado e contido em limites racionais. Ou são função pública ou não, mas a exploração dos dinheiros públicos deve ser rigorosa e responsavelmente fiscalizada com a exigência de responsabilidades aos infractores.
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domingo, 6 de junho de 2010
Retroactividade dos impostos
Transcrição de artigo do Público:
CDS-PP apela à união da oposição contra retroactividade dos impostos
Público. 06.06.2010. Por Lusa
O CDS-PP apelou hoje aos outros partidos da oposição para votarem favoravelmente a proposta que os centristas vão apresentar esta semana no Parlamento para impedir a retroactividade do aumento de impostos.
“Apelo a todas as forças políticas para que votem favoravelmente a cláusula de defesa do contribuinte”, disse o líder do CDS-PP, Paulo Portas, em conferência de imprensa, na sede nacional do partido, em Lisboa.
O líder popular dirigiu-se em especial ao presidente do Partido Social Democrata (PSD), Pedro Passos Coelho, pedindo que não seja “cúmplice de uma ilegalidade”.
“O PSD já cometeu o erro económico ao acordar a subida de impostos com o PS, concordar com a retroactividade é ser cúmplice de uma ilegalidade”, defendeu Paulo Portas.
A proposta que o CDS vai apresentar esta semana visa impedir que o aumento das taxas do IRS em 1 ou em 1,5 por cento tenha efeitos retroactivos, ou seja, que afecte os rendimentos obtidos antes de a lei ter entrado em vigor, a 1 de Junho.
O líder do CDS adiantou ainda que a cláusula de defesa do contribuinte visa, sobretudo, “proteger” do aumento retroactivo de impostos sobre o rendimento “quem está a recibos vedes, quem perdeu o seu posto de trabalho, agricultores que receberam os subsídios com atrasos, trabalhadores que já auferiram o 13.º mês e ainda pensionistas”.
“Se a cláusula do CDS não for aprovada são estes os portugueses mais prejudicados por um aumento de impostos que é ilegal porque visa tributar rendimentos passados, o que é expressamente proibido pela Constituição”, reforçou Paulo Portas.
O dirigente centrista lembrou que o próprio ministro das Finanças admitiu no Parlamento que “há um problema” com a retroactividade do aumento de impostos.
Teixeira dos Santos defendeu na quarta-feira, no Parlamento, que o princípio da defesa da “economia, do emprego e do futuro do país” é um valor que “se sobrepõe ao princípio da não retroactividade das medidas fiscais”.
“As questões de princípio têm de ser protegidas. O princípio constitucional de que a política fiscal não pode ser retroactiva não pode ser deitado pela janela fora só pela vontade de um Governo”, disse Paulo Portas.
O líder do CDS considerou Portugal um “país original do ponto de vista das regras básicas do direito fiscal”, uma vez que as novas taxas de IRS entraram em vigor a 1 de Junho “embora a lei não tenha sido aprovada”, o que deverá acontecer esta semana, na Assembleia da República.
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Austeridade nas reformas
Transcrição de notícia do Público:
Passos Coelho defende limites para reformas
Público. 06.06.2010. Por Lusa
Políticas de austeridade
O presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, defendeu hoje que os exemplos de austeridade têm que partir do Estado, defendendo que estas medidas devem também reflectir-se na própria máquina do Estado, designadamente nos limites para as reformas.
O presidente do PSD argumentou que o exemplo tem de vir do Estado
“Aqueles que receberam pensões muito elevadas também têm que dar o exemplo. Nós devíamos limitar em Portugal, por lei, as pensões máximas e aquelas que se podem acumular”, afirmou.
“E a tendência deveria ser cada vez mais não há acumulação de pensões. Num estado de necessidade não pode haver acumulação de pensões e de pensões muito elevadas”, acrescentou.
Pedro Passos Coelho, que falava em Portalegre durante um almoço convívio com militantes e simpatizantes do PSD, voltou a defender a redução dos vencimentos na classe política.
“Diz o primeiro-ministro que não acredita em gestos simbólicos, mas como foi preciso fazer um acordo com o PSD teve de aceitar que se baixasse em cinco por cento os salários da classe política”, disse.
“Eu não faço demagogia com isso, não é que os políticos ganhem muito, mas têm que dar o exemplo e o Estado tem que dar também o exemplo”, concluiu.
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segunda-feira, 17 de maio de 2010
Há desemprego ou trabalho na reforma???
Há notícias que são de tal forma chocantes que custa a acreditar que não sejam boatos mal intencionados. Com isto, não quero dizer mal dos jornalistas nem defender que se mate o mensageiro quando a notícia desagrada. Defendo, isso sim, que se premeie o miúdo que grita «O Rei vai nu».
O meu choque é pelos factos relatados pois gostava de ver moralidade, correcção de comportamentos e rigor no desempenho de funções. Uma notícia diz «Advogado com prisão para cumprir passeia no Porto». Apesar de ter sido condenado a quatro anos de prisão por burla agravada foi visto esta semana a circular numa rua do centro do Porto. O paradeiro de Hélder Martins Leitão é desconhecido das autoridades, desde há mais de um ano.
Não deve ser do Benfica (!!!), pois se o fosse estaria à sombra como esteve o advogado João Valle e Azevedo. É curioso a autoridade não conseguir encontrar o criminoso condenado e levá-lo para o cárcere! Deve pertencer ao partido do poder, para poder continuar livre. E pelos vistos o crime foi mais grave do que um mero furto directo de gravadores de jornalistas. Onde mora a autoridade neste País? E não se exigem responsabilidades a ninguém?
Por outro lado, apesar do discutido funcionamento da Justiça e de o advogado José Maria Martins ter sugerido no seu blogue que «o PGR deve é demitir-se ou ser demitido» , o «Governo cria lei que mantém vice-PGR a trabalhar reformado». Porquê e para quê? Quando há tanto desemprego, parece pouco racional permitir que se continue a «trabalhar» depois dos 70 anos!!! Será que não existe nenhum magistrado em idade activa para desempenhar tão difícil tarefa?. Ou trata-se de compadrio, conivência cumplicidade ou recompensa de serviços prestados ou punição por não se ter esforçado devidamente durante os anis de serviço!!!? Todas as dúvidas são pertinentes. Como compreender isto em democracia? Onde está lógica democrática, ou a «ética republicada» como lhe chama Manuel Alegre?
Enfim as notícias são de tal forma incompreensíveis que mais parece uma cabala mal engendrada. Como se podem compreender as mentalidade das «autoridades»?
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sexta-feira, 14 de novembro de 2008
Selecção de altos funcionários públicos
No seu artigo do DN, de hoje, Ferreira Fernandes fala dos cuidados na selecção dos altos funcionários que se candidatam à Administração Obama a fim de os mesmos não causarem embaraços devidos a especulações sobre o seus passado, como está agora acontecer em Portugal com a nomeação do amigo de Manuel Pinho, Manuel Sebastião, para presidente da Autoridade da Concorrência.
Bastam os problemas que virão a surgir com as eventuais asneiras que irão ser feitas durante a actividade na administração, e não convém adicionar-lhes os rabos de palha herdados de um passado menos limpo.
Para esse efeito, os candidatos têm de preencher um inquérito de sete páginas e 63 perguntas, sento tudo passado a pente fino, desde o óbvio, como problemas com a justiça (só se perdoam as multas de trânsito inferiores a 35 euros), até aos segredos modernos: os candidatos têm de dizer com que pseudónimos escreveram na Internet.
E, para evitar casos como o da filha da ex-candidata a vice dos republicanos, a confissão não deve referir-se apenas ao próprio candidato, mas também deve denunciar erros dos seus parentes próximos, sendo os o cônjuge e os filhos adultos também vistoriados.
É previsível que, na ânsia de obter o lugar, os futuros funcionários acabem por mentir. E isso irá ser demonstrado pelos futuros escândalos. Mas depois não há panos quentes a colocar-lhes em cima, pois acresce o facto de terem mentido.
Se já aqui apontei exemplos a seguir, vindos do terceiro mundo, agora chega este de um país indiscutivelmente muito desenvolvido, que é muito prático e preventivo de escândalos posteriores. Precauções como esta e admissões por concurso público, em vez de nomeações por «confiança politica» tornariam a nossa administração pública mais eficiente, rápida e moralizada, inspirando afeição por parte dos contribuintes.
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