Vento que bate, insistente,
Em frágeis corpos, sem norte.
Leva tudo à sua frente,
Na sua fúria de morte.
Ninguém sabe o que fazer.
Desistir, não são capazes.
Acreditam no vencer
E na sorte dos audazes.
Alguns, de força incansável,
Estudam o mal na raiz,
Na procura de travar
Os ventos do seu país.
Ventos loucos, sem control,
Que sopram todos os anos,
Anos escuros, sem sol,
Que causam penas e danos.
Uns esperam a calmia,
Vão recolhendo a folhagem,
Outros, mais em sintonia,
Juntos, lutam com coragem.
Procuram travar o vento,
Lutam p'rá acalmar a dor.
Acreditam no bom tempo
E na força do amor.
De tronco sólido e duro,
Fogem de ventos e lodos.
Têm 'sperança num futuro:
Todos por um, Um por todos.
E, nesse esperar sem fim,
Sentindo a força do vento
Que sopra, dentro de mim,
Vou-me 'squecendo do tempo,
Esse factor meu rival,
Que sei ser muito importante,
Nesta luta desigual
Contra o mau tempo constante.
Venham os corpos com norte
E coragem p'rá mudança
Desta injustiça tão forte.
Maria Letra
NOTA: Este poema foi transcrito do blogue Sempre Jovens e vem reforçar a mensagem contida no post Que futuro teremos?
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Há 5 horas
4 comentários:
João
Que belíssimo poema. Parabéns ao/à autor/a.
Abraço
Amaral,
Apenas fiz a escolha, mas sugiro que faça uma visita ao post Sempre Jovens, de onde foi transcrito e onde tem vários comentários com interesse. Ficará a conhecer melhor a autora que agradecerá o seu interesse.
Abraço
João
Claro que agradeço, amigo Amaral!
E depois ..., se o amigo João gostou ... para mim representa um grande cumprimento.
Obrigada, uma vez mais.
Maria Letra
Querida Amiga Mizita,
Agradeço as suas simpáticas palavras. O mérito da poesia é seu. A NOTA final traduz as minhas ideias com a sinceridade que me é permitida pela minha modesta capacidade de expressão.
Beijos
João
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