sexta-feira, 9 de abril de 2010

Políticos sérios

Está generalizado o mau costume de dizer que os políticos são todos isto ou são todos aquilo, o que é injusto porque na realidade não são todos iguais, alguns conseguem ser piores do que os outros!!!

É justo salientar os aspectos positivos que possam ser encontrados. O deputado António José Seguro que se salientou na votação da «Lei de Financiamento dos partidos» veio agora chamar a atenção para a obscenidade da remuneração de António Mexia, na EDP. Também Ana Gomes se manifestou no seu blogue Terra Nossa no mesmo sentido.

Sobre o mesmo tema, Carlos Zorrinho, secretário de Estado da Energia, disse que, «como cidadão, entende que, num momento de crise como este que estamos a viver, se deve repensar, de forma global, como são estabelecidas as remunerações»

Helena Roseta também num frente-a-frente da SIC Notícias mostrou o seu espanto perante a forma como o gestor se justificou, mostrando pouca sensibilidade para os aspectos sociais de que o problema se reveste.

Em momentos especiais também Henrique Neto e João Cravinho fizeram apreciações sensatas ligeiramente divergentes das propaladas pelo Governo, embora sejam militantes do mesmo partido.

E, embora seja fora do caso referido, também, nos últimos dias se tem distinguido Pedro Passos Coelho por ter sugerido um código de conduta ética para uso dos políticos e porque, embora seja um problema interno, por tido a iniciativa corajosa de criar condições para a convergência de vontades dentro do seu partido, convidando para posições prestigiantes os seus adversários na recente campanha para a presidência do partido.

2 comentários:

Fernando Vouga disse...

Caro João Soares

Tem muita razão. Não se pode medir tudo pela mesma rasa. Mas, convenhamos, a seriedade não abunda nas hostes da política. Assim sendo, "político sério" é o mesmo que "desporto profissional" ou, mais radical ainda, "circunferência quadrada".
Tenho dito

A. João Soares disse...

Caro Vouga,

as suas palavras têm lógica. Mas para nossa salvaguarda psíquica, convém não perder de todo a esperança. Se realçarmos o que for aparecendo de menos negativo, talvez com o tempo consigamos transformar a circunferência num quadrado que sempre será melhor de agarrar, porque a circunferência não tem ponta por onde se pegue!!!!

Um abraço
João