A agência financeira Fitch corta rating de Portugal em três níveis, a um passo de “lixo” e aconselha que «o Governo português devia pedir, o quanto antes, a intervenção da União Europeia (UE) e do Fundo Monetário Internacional (FMI), de modo “a reforçar a credibilidade da consolidação orçamental e do esforço de reforma económica, bem como a assegurar a sua posição financeira”.»
Mas os responsáveis eleitos para gerir os problemas dos portugueses, tentam ocultar o sol com uma peneira, em vez de encarar soluções adequadas, bem explicadas aos cidadãos comuns. Vê-se pessoas com alta responsabilidade a tomar atitudes como vulgares dirigentes desportivos de clubes fracos que atribuem as derrotas a má vontade dos árbitros, dizendo que corte de rating «é exagero muito grande». Compreende-se que se sintam incomodadas, mas seria mais conveniente que olhassem para as verdadeiras causas do nosso problema e tomassem medidas adequadas para se encontrar a solução para agora e para se reestruturar a vida nacional por forma a evitar que o mesmo volte a acontecer no futuro.
Compreende-se que os responsáveis pelo Pais nos mais altos cargos se sintam magoados por este agravamento da classificação dada às Finanças nacionais. Não gostam que se saiba que não previram, não preveniram, não alertaram, não informaram, não ensinaram aos executantes as estratégias correctas para bem governar, as medidas adequadas para evitar esta situação que é dramática para os portugueses comuns, já bastante sacrificados por não viverem à sombra dos políticos e à custa do erário público.
Seria bom que o Poder em Portugal encarasse a sério o problema do desenvolvimento e das condições de vida do português comum, para evitar confusões como as ocorridas na Tunísia, no Egipto, na Líbia e noutros Estados relativamente próximos e, para não vir para cá o FMI se antecipasse e tomasse medidas semelhantes às que este implementou na Grécia (que são semelhantes a muitas publicadas na nossa imprensa e que circulam nos e-mails), de que um comentador respigou as seguintes:
No Sector Público:
Reduzir os subsídios de 8 a 20% no sector público estado e 3% nas empresas públicas;
Uniformizar todos os salários pagos pelo estado;
No Sector Privado:
Imposição de um imposto aplicado uma única vez às empresas que tenham tido mais de 100 000€ de lucro em 2009:
100 000 a 300 000: 4%;
300 001 a 1 000 000: 6%;
1 000 001 a 5 000 000: 8%;
Mais de 5 000 000: 10%.
Nas Pensões e Reformas
Passagem da idade de reforma no sector público e privado para os 65 anos;
Ajustes da idade de reforma tendo em conta a esperança média de vida a partir de 2020;
As pessoas podem-se reformar a partir dos 60 anos com penalizações de 6% por cada anos, ou aos 65 anos com pensão completa depois de 40 anos de serviço. A partir de 2015 ninguém abaixo dos 60 se poderá reformar;
Os trabalhadores que tenham trabalhos de desgaste rápido podem reformar-se a partir dos 58 anos (antes era 55) a partir de 2011;
Desconto para um fundo de solidariedade social (LAFKA), a ser feito pelos pensionistas que ganhem mais de 1400€, a partir de 1 de Agosto de 2010:
1401 a 1700: 3%;
1701 a 2300: 5%;
2301 a 2900: 7%;
2901 a 3200: 8%;
3201 a 3500: 9%;
Mais de 3500: 10%.
Retirada da pensão aos ex-empregados públicos que sejam apanhados a trabalhar e tenham menos de 55 anos; Corte em 70% se tiverem mais de 55 anos e se a pensão for mais de 850€/mês. A partir de 2011;
Nos Impostos:
Imposto sobre tabaco, bebidas alcoólicas e combustíveis: imposto adicional de 10%;
Imposto em automóveis de luxo (novos e usados): 10 a 40% baseado no valor em novo e no valor de mercado;
Publicidade na TV: toda a publicidade na TV está sujeita a um imposto de 20% a partir de 2013;
Imposto especial de 1% para aqueles que tenham um rendimento líquido de 100 000€ ou mais.
Para além destas existem mais. Mas estas são suficientes para que os nossos políticos evitem logicamente ver cá o FMI...
Imagem da NET
Almirante Gouveia e Melo (I)
Há 17 minutos
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