Um dos candidatos à liderança do PS defende um “capitalismo ético” ao serviço das pessoas. O conceito de ÉTICA na política é por vezes abordado, quase sempre com cepticismo, pelo que quando surge não deve ser esquecido, pois é um valor a alimentar em qualquer sector.
A intenção manifestada pelo candidato parece louvável, é religiosamente correcta, embora difícil de colocar em prática. Mas, havendo intenção de reforçar a ética, como o futuro de Portugal está nas mãos de todos os portugueses, se quisermos, o País será mais desenvolvido com as pessoas mais felizes consigo próprias, com os seus amigos e vizinhos e com todos os seres vivos.
Na origem do Cristianismo foi dado lugar de destaque às pessoas aconselhando que cada um deve amar os outros como a si mesmo e que o respeito mútuo é indispensável para uma vivência harmoniosa, em Paz. Não devemos fazer aos outros o que não desejamos que nos façam.
E quanto ao capitalismo ético, a Bíblia refere a «parábola da moeda de ouro» (Lucas 19,1.-28) que, neste tema merece ser bem ponderada no seu significado.. A distribuição social dos recursos deve ser proporcional ao mérito, à qualidade do desempenho, mas abrindo uma excepção ao apoio necessário àqueles que, por incapacidade, não possam produzir o necessário para o seu sustento.
Uma sociedade só pode viver em paz quando houver justiça social assente na ética, na moralidade, no civismo, ao serviço de toda a população, com especial atenção aos mais carentes. As oportunidades de emprego devem ser iguais para todos, cada um desempenhará conforme a sua competência e receberá a compensação proporcional ao seu desempenho.
O mesmo candidato já mostrou a sua ética quando foi o único a votar contra lei de financiamento de partidos, quando afirmou que os portugueses “estão fartos de fazer sacrifícios sem ver resultados" quando disse que "É inaceitável" que os sacrifícios não sejam feitos pelos que mais têm e quando defendeu que os sacrifícios dos portugueses devem ser justificados com resultados do Governo.
Quanto ao comportamento ético de políticos e de gestores públicos, merecem destaque palavras do Governador do Banco de Portugal, do Autarca Macário Correia e de Leonor Beleza que lembra que há altura em que é preciso colocar o país acima de tudo.
Também o outro candidato apresenta preocupações de ética ao dizer que a sua candidatura é de mudança, rompendo com a continuidade, embora correndo o risco de.não agradar aos que apostam na continuação de erros velhos.
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