Grande parte dos observadores está de acordo em que os votos ganhos pala actual maioria, foram devidos não apenas ao seu mérito mas, principalmente, por o povo estar cansado do governo Sócrates e querer mudar. Era preciso acabar com o escândalo das dezenas de institutos inúteis criados apenas para dar tachos aos «boys» por critérios de amiguismo e compadrio.
Seria de esperar que os militantes medianamente inteligentes e patriotas dos partidos na coligação em formação se apercebessem disso, da situação dramática do País, e se preocupassem mais com o futuro de Portugal do que com os interesses pessoais na obtenção de tachos. Seria bom que lessem atentamente os discursos lidos no 10 de Junho por António Barreto e pelo PR e mostrassem mais dedicação a Portugal do que a «líder» regional do CDS-PP de Beja, Sílvia Ramos, que diz que militantes merecem cargos. São lhe atribuídas as seguintes palavras “Este é o momento…de se correr atrás de lugares…” Aos militantes do seu partido que lhes compete estar “nos devidos lugares, proporcionalmente ao nosso peso político e porque temos isso legitimado pelos votos que obtivemos”.
Pretenderá lançar a imagem que o seu partido é um bando de piratas ou uma praga de parasitas?
É preciso nunca esquecer que Portugal é dos portugueses e não apenas dos partidos em geral nem dos governos em particular. Por isso, não sendo seus donos, os políticos devem desenvolver sentido de Estado e de responsabilidade na gestão dos recursos nacionais, que são dos portugueses e não devem ser esbanjados ou desviados das suas finalidades.
Será bom que a direcção do partido repudie tais afirmações, num momento em que Portugal precisa de todos os portugueses e deve chamar os melhores, mais competentes, com mais mérito, mais patriotas para colaborarem na reconstrução do País, mesmo que sejam de outros partidos com menor representação. Os interesses de Portugal devem constituir a grande preocupação do Governo e de todos os políticos. Não se podem cometer erros e as decisões devem ser cuidadosamente preparadas para serem as melhores, para a mais rápida e eficaz resolução da crise que estamos a atravessar.
Não há lugar para políticos anões, sem estatura para os problemas que estamos a enfrentar. A Sílivia Ramos parece a Ana Gomes que, em vez de focar as suas energias para o engrandecimento de Portugal, se dispersa e desbarata as energias com mexericos de peixeira (sem ofensa para as vendedeiras de peixe).
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Duplo critério
Há 3 horas
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