Tem sido aqui referido que o amiguismo se evita com concursos públicos, com especificações não direccionadas a um «boy» ou «girl» do clã, sendo as propostas recebidas seladas e abertas por um júri imparcial e idóneo, para que os resultados mereçam credibilidade e não originem polémica. Todos nós, a começar por governantes, autarcas, e responsáveis por organismos públicos devemos, sempre, procurar contribuir, da melhor forma, para a boa imagem de Portugal perante os cidadãos em geral e perante o exterior. E tais concursos servem para que todos os cidadãos tenham igualdade de oportunidades e que o Estado seja bem servido por poder escolher aquilo que tem de melhor, com mais mérito.
Mas parece haver pessoas sem idoneidade em cargos de responsabilidade que partem da hipótese de que todos são estúpidos menos elas e procuram camuflar o amiguismo com simulações de concursos, eivadas de falácias, fantasias e fantochadas, acabando por criar situações de faz-de-conta, de «gato escondido com rabo de fora»
A notícia IEFP divulga oferta de emprego com nome de possível vencedor (para ler a notícia basta fazer clic neste título) refere um caso gritante que espantosamente é considerado «perfeitamente normal» por uma responsável.
Transcreve-se um parágrafo:
«“Outros conhecimentos: só a admitir a Vera Pereira”. Esta referência era visível até à manhã de hoje numa oferta de emprego para educador de infância publicada no site do Instituto do Emprego e Formação Profissional. A directora de comunicação do instituto, Fátima Cerqueira, reconhece a existência de um “lapso registado no procedimento” mas afirma que “a situação identificada é perfeitamente normal”».
Isto, por mais que se queira esconder, foi uma nódoa na imagem do IEFP (Instituto do Emprego e Formação Profissional. Será que o autor deste caso fica imune e impune? Quem vai ser penalizado por esta nódoa? Como reage o Estado a esta sabotagem à imagem que deve ser de moralidade, verdade, transparência, num momento em que tandos portugueses têm o futuro dependente do IEFP?
Imagem do Público
quarta-feira, 29 de agosto de 2012
Concurso fantasioso
Posted by A. João Soares at 15:50
Labels: concurso, Democracia, rigor, transparência, verdade
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