Notícia de relevo de hoje diz que no sorteio do Euromilhões de ontem os portugueses arriscaram mais de 15,5 milhões, o que faz pensar na mentalidade de quem quer resolver a crise queimando o pouco de que dispõe.
Isto demonstra a falta de conhecimentos e de racionalidade dos portugueses. Há poucos anos na TV, o administrador do Casino do Estoril dizia com toda a franqueza e honestidade, ultrapassando o esperado das suas funções, que as pessoas não devem jogar, com doentia esperança de que vão ganhar, pois o ganhador é sempre o Casino. Jogar para diversão com quantidades moderadas que não fazem falta ao essencial da vida, desportivamente, pode ser compreendido, mas jogar com o desejo de enriquecer não é sensato. O cálculo das probabilidades mostra que a possibilidade de se ganhar é muito pequena e aconselha a não se arriscar demasiado.
É certo que uma vez, entre muitas, há um jogador que ganha elevada quantia. Mas, mesmo esse, por falta de preparação e de sensibilidade para analisar a dimensão a gerir, só raramente altera a sua vida. Isto foi demonstrado numa pesquisa feita há anos por um órgão da Comunicação Social em que foi evidenciado que alguns bafejados pela «sorte» passaram a ter uma vida mais preocupada, menos feliz do que anteriormente e houve quem fizesse desaparecer todo o «bolo» rapidamente em futilidades acabando por ficar como antes com o inconveniente de ter de abandonar hábitos de consumo entretanto adquiridos. Não foram encontrados casos de significativas melhorias de vida, de forma sustentada. Faz lembrar o ditado popular «dinheiro mal ganho, a água o dá, a água o leva».
E com tal doentia fé na riqueza (o dinheiro é uma droga) Portugal empobreceu ontem de muitos milhões que foram parar à organização do Euromilhões.
Imagem de arquivo
Isto demonstra a falta de conhecimentos e de racionalidade dos portugueses. Há poucos anos na TV, o administrador do Casino do Estoril dizia com toda a franqueza e honestidade, ultrapassando o esperado das suas funções, que as pessoas não devem jogar, com doentia esperança de que vão ganhar, pois o ganhador é sempre o Casino. Jogar para diversão com quantidades moderadas que não fazem falta ao essencial da vida, desportivamente, pode ser compreendido, mas jogar com o desejo de enriquecer não é sensato. O cálculo das probabilidades mostra que a possibilidade de se ganhar é muito pequena e aconselha a não se arriscar demasiado.
É certo que uma vez, entre muitas, há um jogador que ganha elevada quantia. Mas, mesmo esse, por falta de preparação e de sensibilidade para analisar a dimensão a gerir, só raramente altera a sua vida. Isto foi demonstrado numa pesquisa feita há anos por um órgão da Comunicação Social em que foi evidenciado que alguns bafejados pela «sorte» passaram a ter uma vida mais preocupada, menos feliz do que anteriormente e houve quem fizesse desaparecer todo o «bolo» rapidamente em futilidades acabando por ficar como antes com o inconveniente de ter de abandonar hábitos de consumo entretanto adquiridos. Não foram encontrados casos de significativas melhorias de vida, de forma sustentada. Faz lembrar o ditado popular «dinheiro mal ganho, a água o dá, a água o leva».
E com tal doentia fé na riqueza (o dinheiro é uma droga) Portugal empobreceu ontem de muitos milhões que foram parar à organização do Euromilhões.
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5 comentários:
Caro A. João Soares,
Não joguei, mais uma vez. Até me esqueço ou faço-me de ignorante no que a jogos de fortuna ou azar diz respeito. Mas não me admira nada que todos queiram ter um futuro mais rico embora saiba que riqueza não é sinónimo de felicidade nem de saúde. Mas ajuda. O que não se pode deixar de reflectir é na falta de dinheiro de que o povo se queixa, na sua generalidade, mas depois gastam em copos e no jogo... Só trabalhando se consegue erguer o presente e fortalecer o futuro individual e familiar de cada ser.
Sobre o país trago outra frase para reflexão, de meados do Século XX, de um português, amado por muitos e odiado por outros; Salazar:
«O pior é pensar-se que se pode realizar qualquer política social com qualquer política económica; que se pode erguer qualquer política económica com qualquer política financeira».
Cumprimentos
Caro João Soares
O desespero nunca andou de mãos dadas com a sensatez. Antigamente, com os apertos, ia-se a pé a Fátima, deixava-se lá uma esmola e esperava-se que se fizesse um milagre. Agora ainda há quem vá ao "altar do mundo" mas parece que a preferência se inclina para o euromilhões...
Haverá assim uma diferença tão grande?
Caro Vouga,
Essa deve ser a chave: em pessoas menos esclarecidas, o desespero impera a abafa o pouco discernimento e sensatez que possam existir. Cada um pensa que será o único vencedor da chave do jogo.
Agora com o enorme jackpot de terça-feira, o escoamento de milhões de euros para fora do País irá ser muito maior. Veremos...
E o merceeiro continua a ver aumentar o crédito mal parado dos fiados que vai permitindo aos clientes...
Abraço
João
Caro A. João Soares,
passo para ler e disparo-me para o meu descanso. Não joguei nem tenho interesse em saber quem ganhou nem qual a chave vencedora...
Hoje via uma águia voar, livre, nos céus, mesmo por cima do meu carro. Foi maravilhoso, foi a poucos kms de Portugal...
Cumprimentos
Caros Amigos,
Repare que a probabilidade de ganhar é extremamente pequena.
Existem 116 milhões de chaves possíveis para vencer "jackpot" do Euromilhões
Realmente, só pode justificar-se por curiosidade ou desportivamente. A dada altura, semanalmente, passava pela tabacaria mais próxima e dizia «Tire-me na máquina a aposta mais barata do Euromilhões». Pouco tempo depois de ter iniciado este ritual, deixei de o fazer porque há maneiras mais interessantes de ir empobrecendo lentamente!!!
Abraço
João
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