Nos Açores, o PS venceu as eleições obtendo nova maioria absoluta, o que constitui um alerta para a má governação do País.
Passos Coelho disse que o contexto nacional influenciou resultado e espera-se que ele saiba reflectir sobre estas suas palavras e tirar as devidas conclusões para a última versão do Orçamento para 2013, já que tem mantido a sua teimosia obsessiva de persistir com a sua «ideia» «custe o que custar» apesar das repetidas sugestões de pessoas credíveis da sua área política (ver os posts mais recentes deste blogue).
A expressão «custe o que custar» constitui uma autêntica blasfema, pois em problemas complexos como é a governação e as estratégias bélicas, a decisão inicial deve ser ajustada sempre que as circunstâncias ou as variações dos factores se alterem, mas as decisões da conduta, tal como a inicial devem ser tomadas depois de estudo que leve à escolha da melhor solução. Só a missão, neste caso os interesse nacionais, dos portugueses, são imutáveis.
Também o seu parceiro da coligação Paulo Portas assume responsabilidade pelo “prejuízo” causado pelo “contexto nacional” e este tem o mérito de ver materializada a razão das suas reticências em relação às nocivas medidas de austeridade, sucessivamente agravadas, de que têm sido vistos os resultados nas fracas cobranças de impostos devido à recessão económica, no aumento do desemprego por encerramento de empresas e no empobrecimento geral, visto por diversas notícias.
O ex-presidente dos Açores, Mota Amaral vai votar contra o Orçamento do Estado, mas já não veio a tempo de conseguir convencer o governo a rever a sua teimosia e os Açores manifestaram-se pela via democrática das urnas.
Também, o Governo se quisesse interpretar a democracia como o governo do povo, com o povo e para o povo, daria mais atenção a todos os sinais de descontentamento da população perante decisões que não foram precedidas de bons estudos de preparação da escolha das melhores opções. Teria ouvido a oposição, as manifestações de rua, e dialogado com os diversos porta-vozes de diversos sectores nacionais. E as alternativas existem como foi dito por vários entendidos da sua área política, como, por mero exemplo, Diogo Freitas do Amaral, João Salgueiro, Bagão Félix, Cavaco Silva, Eduardo Catroga, etc.
Oxalá se iluminem as mentes dos «responsáveis», antes de sucederem catástrofes que deixem de aconselhar paliativos, por desnecessários.
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Da série: O remorso do algoz
Há 1 hora
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