O eurodeputado Nuno Melo defende mais redução na despesa pública, como se deduz das suas palavras, ao referir o Orçamento de Estado para 2013:
“Acho que o Estado exige hoje tremendamente das famílias, das empresas, de quem trabalha, de quem recebe pensões, como nunca aconteceu na história” (…)
“Gostaria que, no final, o Estado demonstrasse claramente que tem a capacidade de diminuir despesa e de forma proporcional”, sublinhou o eurodeputado, apelando a um “sentido de justiça”. “O Estado tem que dar a sua contrapartida, que é reduzir significativamente a despesa. E tudo ponderado, no final de votado o OE, era isso que gostaria de ver”, reforçou.
Mas não podemos ficar optimistas e demasiado esperançosos, porque a noção de corte das despesas do Estado tem sido interpretada e traduzida em reduções dolorosas em diversas formas de apoio social e de subsídios diversos.
Será bom que sejam feitas reduções substanciais em despesas que podem e devem ser cortadas em benefício da generalidade dos portugueses, como é o caso de: reduzir a quantidade de deputados, de assessores, de especialistas, de consultores, de apoios a fundações sem utilidade indispensável ou mal geridas, de observatórios não absolutamente necessários, de comissões, de grupos de trabalho, de empresas públicas, de contratos com PPP, dos carros de deputados e de outros servidores do Estado, de municípios, de freguesias e de muitas e diversas mordomias e outras despesas não directamente contributivas para o bom funcionamento da máquina pública e para a vida dos portugueses, etc. etc. E não esquecer de legislar para reduzir a burocracia ao mínimo indispensável, para combater eficazmente a corrupção, o tráfico de influências e o enriquecimento ilícito, etc.
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