domingo, 27 de janeiro de 2013

Macário Correia será imprescindível para bem dos farenses?


Macário Correia foi condenado à perda de mandato de presidente da Câmara de Faro, mas quer manter-se em funções enquanto tiver legitimidade jurídica para tal.

O PCP classificou a atitude de "inaceitável" e própria de "alguém que se julga acima da lei". Por seu lado o BE, exigiu que Macário Correia suspenda funções enquanto presidente da Câmara e sugere que se convoque "de imediato" uma reunião da Assembleia Municipal para resolver a crise provocada pela sua atitude.

Independentemente das tricas entre partidos, não parece digna esta atitude do autarca. Será que está convencido de que a sua permanência é imprescindível para bem dos farenses? A sua motivação assenta no interesse dos habitantes do concelho de Faro ou, pelo contrário, na ambição pessoal de vaidade e de arrogância? Terá uma noção ética de que ser autarca é desempenhar um serviço para a população?

Comparativamente, dignidade mostrou ter o ex-autarca Paulo Júlio que pediu a exoneração de secretário de Estado, por ter passado à condição de arguido, devido a problemas do tempo em que era presidente de Câmara. Este é apenas arguido mas Macário já foi julgado e condenado.

Imagem de arquivo

8 comentários:

OLima disse...

Ele está a fazer o que o Isaltino e o Avelino Torres fizeram. Qual é o problema?

A. João Soares disse...

O Lima,

Obrigado pela visita e por ter deixado comentário.

O problema de este fazer como o Isaltino e como o Avelino Ferreira Torres (e possivelmente como muitos mais)é mesmo esse. Vem reforçar a opinião generalizada de que não se pode confiar nos políticos nem esperar deles o milagre de terem sentido de Estado, sentido de responsabilidade e dedicação à a tarefa de servir a população abnegadamente.
Os seus objectivos não assentam em observar as necessidades legítimas da população e ajudar a dar-lhes solução, mas sim em interesses pessoais, por vezes pouco dignificantes.

Cumprimentos
João

Anónimo disse...

Caro João Soares,

Aparte o seu texto eis o que no momento me surge dizer:

Estou muito triste apesar de se esperar a qualquer momento a notícia do falecimento do nosso Comandante Jaime Neves.

Um enorme combatente em terras do Ultramar e pela democracia em Portugal.

Sem mais palavras:

Deixo os meus sentimentos à família enlutada, a todos os Comandos e a Portugal!

Sempre:

MAMA SUMAE!

Mário Relvas

A. João Soares disse...

Agradeço ter utilizado este espaço para divulgar a notícia e expressar os seus sentimentos com os quais comungo inteiramente. E transcrevo do Diário Digital com Lusa
as palavras atribuídas ao general Loureiro dos Santos

O general Loureiro dos Santos considerou que Jaime Neves, que faleceu hoje, foi um militar de exceção e um autêntico "herói nacional", salientando o seu papel nas guerras em África e no período revolucionário em Portugal.

"Foi um homem polémico pela atitude frontal que sempre adotou, mas teve um papel de exceção ao serviço de Portugal e da democracia pluralista. Deve ser recordado como um herói nacional", declarou à agência Lusa o general Loureiro dos Santos, companheiro de armas de Jaime Neves desde a década de 60.

Jaime Neves morreu esta manhã pelas 06:00 no Hospital Militar, na Estrela, em Lisboa, em consequência de problemas respiratórios e o seu corpo estará a partir das 16:00 na capela da Academia Militar.

Em declarações à agência Lusa, Loureiro dos Santos definiu o general Jaime Neves como "um grande combatente e um guerreiro na plena aceção da palavra".

"Jaime Neves foi um militar de coragem, temerário e um comandante de exceção, sobretudo em combate. Teve uma intensa atividade operacional, sobretudo nas guerras em África, onde se destacou por ser um comandante de exceção. Teve uma vida de combatente", disse o antigo chefe de Estado Maior General do Exército.

No período democrático da História do país, Loureiro dos Santos referiu que Jaime Neves teve intervenções importantes na revolução de 25 de Abril de 1974 e no golpe militar de 25 de Novembro de 1975, ocasiões "em que demonstrou todas as qualidades que motivaram uma admiração quase generalizada".

"No 25 de Abril de 1974 teve um papel arriscado mas importante para o derrube da ditadura [do Estado Novo]. No 25 de Novembro de 1975 [como chefe do regimento de comandos] foi decisivo no plano operacional contra a deriva autoritária que ameaçava o país", apontou Loureiro dos Santos.


Abraço
João

Fernando Vouga disse...

Caro João Soares

Lamento profundamente a morte de Jaime Neves. Subscrevo as palavras do Gen. Loureiro dos Santos.

A. João Soares disse...


Caro Vouga,

Custa muito ver partir um homem que não olhou a sacrifícios para cumprir as mais difíceis missões em benefício da Pátria.Um herói, como disse Loureiro dos Santos.
Mas já era de esperar, pois a vida para ele estava parada, ele tinha a noção de que tudo estava no fim e, segundo disse a mulher, teve ocasiões em que recusava alimentar-se sendo preciso distraí-lo como se faz a uma criança sem apetite. Não falava e já tinha dificuldade em reconhecer a pessoas, mesmo da família. Tinha chegado ao fim do prazo de validade.

Mas Portugal precisa de homens com coragem e honradez como são e eram alguns da mesma idade.

Um abraço
João

Anónimo disse...

Obrigado pelas vossas palavras caros João Soares e F. Vouga,

Por vezes sinto que em Portugal já não se respeita os Homens verdadeiros que se sacrificaram pela Pátria. Ao percorrer as diversas notícias e jornais online vejo, com muita tristeza minha, o que muitos lá escrevem.

Jamais esqueço o Monumento ao Esforço Comando. Aos Homens de valor que deram tudo, até a sua própria vida, pela Pátria.

Jaime Neves foi um dos obreiros mestre de homens de grande valor militar e sentido patriótico;

-" Quem faz do perigo o seu pão.
Do sofrimento o seu irmão.
E da morte a sua companheira, e se habituou a tê-la sempre à sua mesa e à sua cabeceira, noite e dia, sem perder a alegria e o prazer de viver e de sonhar." RD

Infelizmente tenho andado adoentado e tendo, de imediato, mesmo assim, pensado em ir de Braga a Lisboa, achámos depois melhor, cá em casa, não arriscar a saúde. Além disso tenho exames marcados para esta segunda-feira que ficará na nossa História Militar contemporânea e nos corações de todos nós Comandos. Homens a quem ele entregava a sua vida e a sua dedicação!

Com uma lágrima de homem "old Soldier" ao canto do olho, grito em pensamento e bem alto:

PRESENTE!

Por Portugal e pelos Comandos, sempre:

MAMA SUMAE!

A. João Soares disse...

Caro Mário Relvas,

Desejo que a sua saúde seja recuperada depressa e bem.

Quanto a Jaime Neves, é realmente de lamentar que não haja em Portugal o culto da Pátria e que se não valorize quem por ela tudo arrisca. O que se vê, infelizmente, é homens com h muito minúsculo que só vêm à frente do nariz o dinheiro que podem juntar à sua conta bancária, como é o caso deste personagem que consta no presente post. O nosso povo anda iludido perante fulanos que são o oposto dos ideais de honra de de dignidade seguidos por HOMENS da estirpe de Jaime Neves e de outros.

Mas os maiores políticos do Mundo estão muito acima dos nossos liliputianos. Vejamos as palavras de Charles Michael Province citadas por BARACK OBAMA no MEMORIAL DAY

"...É graças aos soldados, e não aos sacerdotes, que podemos ter a religião que desejamos.

É graças aos soldados, e não aos jornalistas, que temos liberdade de imprensa.

É graças aos soldados, e não aos poetas, que podemos falar em público.

É graças aos soldados, e não aos professores, que existe liberdade de ensino.

É graças aos soldados, e não aos advogados, que existe o direito a um julgamento justo.

É graças aos soldados, e não aos políticos, que podemos votar..."


Abraço
João