No final de 2012, segundo dados revelados pelko Banco de Portugal, a dívida pública atingiu os 203,4 mil milhões, correspondentes a 122,5% do Produto Interno Bruto (PIB), valor que ficou acima das expectativas da troika incluídas na sexta avaliação ao programa de ajustamento financeiro, segundo as quais ela não deveria passar dos199,7 milhões de euros, o equivalente a 120% do PIB.
O espanto causado por notícias deste género gera as seguintes interrogações:
Como se explica que, após 20 meses, ainda não tenha parado o agravamento da espiral recessiva?
Porque é que, em tal período, ainda não se parou com as despesas sumptuosas e abusivas de reformas milionárias, por vezes acumuladas, de excessos de assessores e de «especialistas» que não deram ajuda eficaz para encontrar as soluções correctas, de quantidade de deputados acima da média europeia, de mordomias, de carros em abundância, de gastos com fundações, observatórios, empresas públicas e municipais de duvidoso interesse a não ser para os tachistas que delas vivem, etc, etc.?
Quem explica este desnorteamento?
Quem explica a teimosia obsessiva da austeridade que esmaga os cidadãos mais carenciados, trava a economia, leva ao encerramento de empresas, causa despedimentos e desemprego em volume crescente, etc?
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A Decisão do TEDH (395)
Há 13 minutos
4 comentários:
Caro João Soares,
Lamentavelmente era esperado. A economia não está a responder. O problema é que não basta ser austero para se vencer a vida financeira familiar ou de um país. É preciso produzir, obter rendimentos, e, com isso, dar de comer aos seus. E com o que vem de trás por cá, mais o que vai pelo mundo com destaque para a Europa, a crise acentua-se. E acentua-se em todos os sectores. É por demais evidente que o problema, repito-me, vem do passado e agudiza-se no presente, quando o velho ditado luso faz cada vez mais sentido:
CASA ONDE NÃO HÁ PÃO TODOS RALHAM E NINGUÉM TEM RAZÃO.
Cumprimentos
Caro Relvas,
Compreendo as suas palavras, mas não posso acomodar a minha opinião à desculpabilização do Governo. Não estão lá para fazer promessas que são incumpríveis e lamentar-se dos seus erros de previsão. Portugal não está a precisar de quem cruza os braços e tira tudo quando pode dos bolsos dos pobres sempre que neles encontra uns cêntimos.
A austeridade, segundo boa gente alertou, iria paralisar a economia por falta de poder de compra que a agilizasse.
Ninguém pediu a estes tipos que fossem governar, foram eles que nos pediram o voto com promessas de falsidades. O PM e até o PR se não se sentem capazes de resolver os problemas do país, que sigam o exemplo de Sua Santidade Bento XVI E na solução nem é preciso mudar de partido no Governo, bastando ser escolhido alguém sério e com inteligência prática dentro da área da coligação.
Estes durante 20 meses agravaram a vida dos portugueses, sendo agentes da crise recessiva, pelo que não se pode esperar que sejam parte da solução. Não são capazes de mudar de rumo. É muito significativa a lata do PM dizer na «Áustria que ESTAMOS NO RUMO CERTO. As realidades mostram precisamente o contrário. Ele poderá pensaur o que quiser mesmo que tem no bolso a solução, mas não basta pensar nem acreditar no êxito dos pensamentos, É PRECISO ACÇÃO e nisso são totalmente incapazes. Dels nada se pode esperar de positivo, pois só decidem titar o máximo aos mais pobres e aos idosos.
Veja se têm coragem para tocar nos seus coniventes e cúmplices mexendo honestamente nas soluções que sugiro no terceiro parágrafo|!!!!
Um abraço
e votos de bfds
João
Caro João Soares,
Os críticos que por cá existem são muitos, mas, no dia a dia, fazem exactamente o contrário daquilo que dizem. Não basta que os cidadãos critiquem, tem de haver um caminho, real, para uma saída, nas suas críticas. E chega de ilusionismo. Se este governo comete erros -todos os cometem- tenho em crer que o faz pelas razões em que acredita ser melhor para Portugal. Nem me passa pela cabeça que estejam reunidos numa tentativa de acabar com o país e matar à fome os cidadãos indefesos. Os erros pagam-se caro e Sócrates e o seu governo cometeram erros demais. Apagaram do Portal do PS, estes dias, a defesa do legado socrático. E Seguro discursa por tudo quanto é sítio contra a acção política do Governo e da Troika. Mas o que faria de tão diferente este jovem jotinha, como lhes chama, de Pedro passos Coelho? Seria, certamente, bem mais populista. E as guerrinhas internas naquele partido não deixa antever nada de bom nem para aquele partido nem para o país se chamado à responsabilidade governativa. Esta avalanche de canções de outrora não são inocentes. E isso é, de facto, muito preocupante. As Polícias terão muito que fazer e não sei se têm estofo moral para o conseguir. Há quem mine e queira levar a uma anarquia interna também. Eles que se lembrem que existem deveres e direitos e que a conjugação de ambos é que é salutar.
Se a Troika não estivesse cá o que se teria passado? Ou o que se poderá passar se isso acontecer? A Irlanda, sem euforias, caladinha -e se calhar bem mais empenhada em trabalho-, afasta-se do vermelho depois de ter passado por situação idêntica à do nosso país.
Para final sugiro-lhe um convite, passar os olhos pelo livro Mário Soares - Uma Vida" da autoria de Joaquim Vieira, da editora Esfera dos Livros. Encontrará, no que a este aspecto mais actual diz respeito, um relato sobre a relutância de Sócrates em compreender a crise e em a aceitar. Fê-lo de forma irada e tardia!
Um abraço
Caro Mario Relvas,
Tem razão, nada se ganha em mudar de partido no Governo. Salvo eventuais excepções os políticos são todos incompetentes e mais interessados no enriquecimento próprio do que em defender os interesses de Portugal, isto é, dos portugueses. Mas manter estas pessoas obstinadas na austeridade que só emperra a economia, gerando mais pobreza e mal-estar, não é garantia de futuro melhor para os portugueses.
Veja as seguintes notícias:
- OE. Governo já tem um buraco de 1,3 mil milhões nas contas
- PCP diz que execução orçamental está em "linha" com contas de 2012, ou seja, em queda
- Passos Coelho: País está na direcção certa.
O PM só pode dizer isto se o seu objectivo for levar o pais para um abismo de onde se não possa regressar.
Não acredito messe objectivo e, por isso, gostava que ele explicasse aos portugueses o significado de tal mentira.
Abraço
João
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