Transcrição de post do blogue:
Observatórios, o estado paralelo duplicador de despesas e de boys
Observatórios - As prateleiras douradas para arrumar boys sem uso.
Resumo do video...
O estado paralelo composto por milhares de organismos a fazerem o mesmo, milhares de pessoas a fazerem o mesmo, milhões de impostos para pagar o mesmo, apenas os albergues são diferentes.
De entre as centenas de observatórios, muitos deles são apenas virtuais, outros estão moribundos.
Não existe um único levantamento sobre o nrº de Observatórios que existem em Portugal. Talvez esteja na altura de algum iluminado aproveitar e criar o Observatório dos observatórios .
Bagão Felix, conhecedor dos meandros obscuros do sistema, comenta o video, em diversos momentos. - Quando não se quer resolver um problema ou quando se quer baralhar um problema o melhor é criar uma instituição deste tipo, anfíbia, ambígua, indirecta e sem responsabilidade - Bagão Felix
A febre dos organismos públicos. Existem 13.740 organismos a movimentar dinheiro público. Ninguém sabe para que servem, quantos são e quanto nos custam.
O video conta alguns casos de puro parasitismo e despesismo.
Observatório da actividade física, um exemplo de despesismo, foi criado em 2006, para fazer um estudo recebeu mais de 300 mil euros, neste momento está ao abandono, sem serviço, sem utilidade e até o site está desactualizado.
Ao minuto 8, Bagão Felix reconhece que os observatórios são uma espécie de prateleiras DOURADAS PARA ACOLHER dirigentes que por vezes são indesejáveis nos lugares que estão a ocupar na administração do estado.
Ou seja, serve para acolher boys que estão a estorvar, mas que precisam de novos tachos. Há que criar vagas para todos.
Acrescenta que criar um observatório ajuda os boys a alimentar e a criar currículo e é bonito... acrescenta glamour, liderar um observatório inútil e parasita é muito mais majestoso que liderar um tasco falido, por exemplo...
Muitos dos relatórios produzidos não servem para nada e raramente servem para apoiar as decisões políticas.
Ao minuto 9 o exemplo de um estudo que incluiu 10 investigadores durante 3 anos. Foi iniciado em 2007 e apenas publicado em 2012. A Repórter questionou os investigadores sobre se a investigação serviu para alguma função, a resposta foi clara, não sabem. Nem os políticos responsáveis sabem para que serve a grandiosa investigação, desactualizada.
Os estudos produzidos pelos Observatórios demoram tanto tempo a serem concluídos que os decisores políticos já foram substituídos e as conclusões estão desactualizadas. Nenhum dos investigadores sabe para que serviu ou serve o estudo que fez... interessante não é? Já que recebe 150 mil euros por ano, dos nossos impostos.
Perante as afirmações de alguns presidentes de observatórios que garantem que não recebem nada, Bagão Felix mais uma vez esclarece, que acabam por custar dinheiro pois geralmente estão a trabalhar em outros empregos do estado a que faltam regularmente e onde deixam assistentes, acabando por gerar mais despesa... e depois há sempre as senhas de presença, as ajudas de custos, etc
O caos reina no submundo dos observatórios, nos vários contactos telefónicos da reportagem, na tentativa de falar com alguém de determinado observatório, o caos foi evidente - ou não sabiam o que era, ou afirmavam que a sala está vazia há meses sem ninguém lá a trabalhar, ou passavam chamadas para vários departamentos, sem saber onde estava o observatório... foi difícil encontrar observatórios, empregados de observatórios, serviço realizado pelos observatórios, funções concretas dos observatórios, responsabilidade dos observatórios e utilidade dos observatórios.
Outra situação gritante evidenciada nesta reportagem, é que muitos observatórios se limitam a ir ao site do INE buscar dados e publica-los no seu site. E está ganho o dia.
Entretanto o Instituto Nacional de Estatística, custa aos portugueses 30 milhões de euros por ano. Aos quais devemos somar, sendo assim, os milhões que pagamos aos observatórios para publicarem em sites o que o INE disponibiliza no seu site, é uma despesa astronómica, por um serviço que só pode ser brincadeira de quem não tem o mínimo respeito pelos contribuintes...
Ao minuto 12, Bagão Felix critica a duplicação e sobreposição de informação, que acaba por obrigar a mais trabalho e despesa para apurar qual está correcta...
Qual a diferença entre o observatório da língua portuguesa e o instituto Camões?
O Instituto Camões recebe 30 milhões de euros e tem como função promover a língua portuguesa, tal como o observatório.
Provavelmente um deles tem que estar quieto para não interferir no trabalho do outro. Como diz Bagão Felix, acabam por se atropelar, confundir e aos observatórios ninguém pede responsabilidades.
O ministério da educação é onde existem mais organismos a fazer o mesmo, é o ministério que mais organismos apoia directa e indirectamente.
Um exemplo caricato: o Observatório do QREN tem um quadro de pessoal de 24 pessoas. Na prática, limita-se a coordenar a encomenda de estudos a consultoras externas; e custa um milhão e meio de euros. Por lei está proibido de observar, apenas pode coordenar.
Observatório das obras Públicas reconhece que não observa nada...
E ao minuto 22 uma nova situação caricata, o observatório dos mercados agrícolas, criado por lei e na lei, ao qual foi bloqueado o acesso aos dados necessários para realizar o seu trabalho, por estar a incomodar gente graúda, quando em 2007 começou a denunciar as grandes superfícies. Foram-se queixar à Assembleia da república, pois foi quem criou o observatório, em 2011 a AR deu razão ao observatório, mas até agora ainda continuam sem acesso aos dados.
Para Bagão Felix, deveria começar por se arrumar a casa e extinguir tudo que seja inútil e despesista.
Outrora, fora do poleiro, o nosso ilustre Ministro da economia levou a cabo um estudo onde concluía que se podiam poupar muitos milhões com cortes, neste tipo de organismos.
A Decisão do TEDH (295)
Há 3 minutos
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