sexta-feira, 14 de junho de 2013

PASSOS QUERERÁ MESMO CONTINUAR POR MAIS SEIS ANOS??


Da notícia FMI alerta para perda de apoio político e social ao programa de ajustamento  transcreve-se o seguinte parágrafo:

«O Fundo Monetário Internacional (FMI) reconhece que o consenso social e político que tem permitido implementar o programa de ajustamento em Portugal “enfraqueceu de forma significativa”. No relatório da sétima avaliação, o Fundo avisa que esta situação conjugada com a melhoria do ambiente nos mercados internacionais está a fragilizar a vontade de realizar reformas. O organismo reconhece que a retoma económica está a demorar mais do que o previsto, o que levou à flexibilização das metas orçamentais. No entanto, assinala que a falta de iniciativas com impacto no aumento da competitividade no curto prazo, aumenta o risco do ajustamento continuar a ser feito através de mais medidas recessivas.»

Este alerta e as preocupações nele referidas condizem com as seguintes notícias:

FMI avisa que dívida pública poderá chegar aos 140% do PIB
Défice em contabilidade pública vai poder atingir os 8,9 mil milhões de euros este ano
Pensões no Estado reduzidas para 80% do último salário a partir de 2014
Eduardo Catroga: 'Surpreenderam-me os erros políticos de Passos'

Mas tais notícias deixam confuso qualquer português de cultura média e grande empenho em observar os passos que estamos a dar para amanhã, e os sinais vindos dos timoneiros, ao comparar este cenário pouco animador com as seguintes notícias recentes

Passos Coelho: “Tenho muito orgulho no trabalho que estou a fazer”
Passos Coelho não tem medo de eleições nem dos portugueses
Passos quer mais seis anos. Pois...
Passos quer dar a cara em 2015
Querer (nem sempre) é Poder !!!

Depois de uma curta meditação sobre tanta confusão, surge a perplexidade: Qual seria a finalidade e os fundamentos da declaração do PM em 08-06-2013 de que pensa candidatar-se a novo mandato em 2015? A quem se dirigia tal mensagem? Queria ameaçar quem? Será que pensa que tais palavras levantam o moral e a confiança num futuro melhor da maioria dos portugueses? Depois de tantos projectos fantasiosos não materializados, o povo jã perdeu a confiança em promessas que mais se parecem com cortinas de fumo, de camuflagens destinadas a desviar as atenções de casos graves que mostram a inutilidade da austeridade que tem «esmagado» as populações distante dos gabinetes do Poder como se vê quando a dívida, em vez de diminuir, está a aumentar até aos 140% do PIB.

Quem poderá ajudar o espírito dos portugueses a obter alguma tranquilidade e confiança?

Imagem de arquivo

3 comentários:

Fernando Vouga disse...

Caro João Soares

Se Passos Coelho não se recandidatasse, estaria a reconhecer o seu fracasso.

A. João Soares disse...

Caro Fernando Vouga,

O fracasso está claramente conhecido e até o próprio pai do PPC o reconhece.
É lógico que, se na altura das eleições ele ainda não tiver sido substituído como presidente do partido, se deverá candidatar mesmo que leve o partido para uma estrondosa derrota. Mas as normas democráticas aconselhariam a não o declarar senão um ou dois antes do fim do prazo para o fazer.
Agora mesmo que se dê o milagre de tomar uma medida agradável para os portugueses o seu mérito fica diminuído por ser interpretado como manobra de campanha eleitoral.

Também foi infeliz quando se referiu que o programa das últimas eleições se destinava a dois mandatos. Que raio de democracia que ele reduziu a uma ditadura de 8 anos renováveis em vez do período ser apenas de 4.
Por outro lado tal programa foi anulado no dia das eleições pois tudo o que foi feito nestes dois anos foi oposto ao programa que teve apenas o efeito de enganar os eleitores para lhes caçar o voto.

Há quem diga que a declaração foi feita agora para cortar as esperanças de candidatos dentro do partido para o substituirem num próximo congresso. Mas, mesmo assim a sua substituição parece garantida, pois há muitos notáveis a condenarem os seus repetidos erros que resultam em mais pobreza, mais empresas a encerrar, mais desemprego, menos impostos cobrados apesar dos muitos cortes de pensões e de apoios sociais e de saúde, devidos aos sucessivos agravamentos da austeridade.
Mas enquanto uns empobrecem, outros morrem de fome e de suicídio, há um grupo de «boys» que vivem despreocupadamente à custa do erário, assessores, consultores, especialistas,observadores, gestores públicos, banqueiros, etc.

EM TEMPO: dei pela falta de um outro seu comentário que se pode ter perdido por erro meu ao fazer o clic na moderação. Peço desculpa.

Abraço
João

Anónimo disse...

Mas, caro João, acho que o pai disse que isto não tem remédio e para ele não se aborrecer com isso. Para ir para casa e fazerem uma grande festa. Mas ele disse que não fugia dos problemas. O tal copo meio cheio ou meio vazio. Depende do prima visual de cada um.

A propósito: a moderação está a funcionar? É preciso controlar as opiniões livres que podem fazer mossa ao julgamento inclinado de alguns...

Viva a democracia desde Abril de 74. Do tempo do "rolha" de autoria de Vera Lagoa...

Abraço livre e amigo :)