O poema de Zélia Chamusca intitulado Como se cria um ídolo
recebeu um comentário que por merecer reflexão se transcreve:
Com a proliferação de ídolos, embora efémeros, estamos a regredir para a mais antiga fase da humanidade em que eram criados ídolos e deuses para satisfazer ignorantes e apaziguar espíritos sem informação sobre as realidades circundantes, tendo-se desenvolvido o politeísmo que consistia na adoração de um Deus para cada problema que o homem não percebia, o sol, o mar a lua, o vento a trovoada, etc . Mas o mundo foi evoluindo e a ciência foi dando respostas a muitas dúvidas e, então, surgiu o monoteísmo.
Porém, hoje parece estarmos em regressão e adoram-se muitos ídolos efémeros, desde o dinheiro ao objecto tecnológico com mais capacidades que os anteriores, ao dinheiro, às pessoas que se destacam em actividades populares, mesmo que sem significado cultural e sem contributo para o desenvolvimento mental e científico, como o futebol e os espectáculos alienantes.
O Papa Francisco tem-se referido muitas vezes a esse retrocesso cultural e civilizacional, que denominou culto dos ídolos efémeros que impedem o relacionamento construtivo com os familiares, colegas e vizinhos, e por vezes criam separações e conflitos clubísticos e obscurantismo aproveitado por grupos e indivíduos que, depois, se servem da deficiente formação e informação das massas populares que são arrastadas atrás de palavras como, por exemplo, liberdade democracia.
Imagem de arquivo
A Necrose do Frelimo
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