terça-feira, 12 de agosto de 2014

É URGENTE COMEÇAR A PREPARAR O FUTURO


A política deve funcionar, como ciência e como arte, com o objectivo de se preocupar em encontrar as melhores soluções  para os problemas que afectam os direitos dos cidadãos à boa qualidade de vida e ao crescimento de PORTUGAL. A Administração Pública de alto nível não pode ser apenas um espectáculo de entretenimento, uma sequência de erros e de débeis tentativas de emendas. Os cidadãos mais esclarecidos não gostam disso e esperam mais eficiência. Os políticos eleitos pelos cidadãos não podem deixar de assumir o compromisso de cumprir as promessas feitas para conquistar o voto e zelar para uma melhor qualidade de vida e felicidade das pessoas e o maior crescimento da economia nacional. Para isso, devem colocar os interesses pessoais e partidários em segunda prioridade, abaixo dos interesses nacionais, isto é, dos legítimos interesses do povo que os elegeu

Se os governantes devem agir com medidas concretas, lógicas, sensatas e ajustadas à estratégia de longo termo decidida a nível nacional, os deputados têm um papel muito importante no controlo e na crítica às acções do Governo, de modo a que estas não caiam no facilitismo ao sabor de caprichos do momento, ou de sonhos irrealistas ou de pressões pouco sérias de donos da finança e da grande empresa. Mesmo os da oposição devem fazer críticas construtivas para Bem do País, com sugestões e propostas ou projectos de medidas praticas com vista a dois resultados: contribuir para um melhor futuro dos portugueses e criar uma imagem de eficiência e competência que facilite ao seu partido ser alternativa de governo nas eleições seguintes. Tudo isso deve ser positivo, construtivo, e não se ficar pela crítica derrotista e arrasadora. Qualquer assunto mesmo que pareça marginal, deve ser encarado com lógica e coerência nas posições tomadas não descurando interacções e efeitos secundários que prejudiquem o efeito desejado.

Não é com má gestão do dinheiro público, nomeadamente do dinheiro da segurança social, que se mostra respeito pelos direitos humanos dos contribuintes, que se defendem as promessas de campanha eleitoral ou que se contribui para a melhor qualidade de vida da população.

Os governantes, devem assumir a democracia de que tanto falam, não se considerarem donos do país e não fazerem desacatos nas costas do povo que obriguem este a suportar os maus resultados dos erros cometidos com a má gestão pública. São tais erros que geram a austeridade, cortes nas pensões e nos salários e aumento das dificuldades nas escolas, nos tribunais, na saúde, nos serviços públicos. Não devem atropelar desumanamente os direitos das pessoas, em vez de melhorar a sua qualidade de vida e fazerem crescer PORTUGAL Acerca da Segurança Social, não devem ser ignoradas as opiniões de duas pessoas notáveis da área do Governo

A opinião geral é que estamos a deslizar numa rampa que nos leva ao abismo e é preciso uma ruptura.no sistema político-social. A má vontade contra idosos, reformados e outros «não activos» ou «não produtivos» fazia crer que se tratava de uma «eutanásia» discreta e progressiva, mas esta redução de jovens, de futuros adultos trabalhadores, dirigentes e cientistas, através da emigração; leva as cogitações mais além. Sem uma geração capaz de gerir o futuro de Portugal, o país ficará nas mãos de imigrantes, talvez jihadistas ou chineses, que destruirão toda a história de grandeza dos Descobrimentos da geração que «deu novos Mundos ao Mundo».

Parece que está a tornar-se urgente uma ruptura que acabe com o actual regime partidário e dê oportunidade a Portugueses que, movidos por valores de humanidade, de cidadania, de responsabilidade para com a memória da nossa história, se desprendam das ambições pessoais e se preocupem prioritariamente com a reconstrução do Portugal de que todos nos possamos orgulhar. Precisamos do Conde de Aviz, do D.João II, do D.Jáo IV, do Marquês de Pombal e de outros em quem poder não teve a morte.

A tendência actual é para o desastre total. Cada líder gosta de se rodear de pessoas que lhe obedeçam sem fazer objecções, e evitam pessoas esclarecidas, moralmente bem formadas que pudessem ajudar a fazer «Mais e Melhor por Portugal». Depois, de entre essas pessoas de baixa condição moral e cultural, sai o líder seguinte que usa o mesmo procedimento e, assim, se caminha para líderes cada vez menos competentes e de menor qualidade. Isto será assim...até que haja uma paragem, uma reflexão esclarecida de que resulte uma reforma na sociedade e se escolham os cidadãos mais capazes.

O sistema financeiro também precisa de muita atenção. Empresas públicas pagam, com o nosso dinheiro,aos bancos mais do dobro do que o total dos salários do seu pessoal. O dinheiro público não é apenas destinado a pagar luxuosamente aos incompetentes do Poder, mas também para enriquecer os detentores do sistema financeiro que, como reles parasitas, esmifram o mais que podem, com o consentimento e o apoio de tais incompetentes. O caso BPN foi esclarecedor, tendo sido vendido por apenas 1,8% do custo já pago pelo Estado e que ainda não parou de aumentar. E, este sumidouro ainda não está bloqueado ao ponto de o Tribunal de Contas alertar que BPN poderá trazer mais custos para o Estado.

A.João Soares. 12-08-2014

Imagem de arquivo

9 comentários:

Zélia Chamusca disse...

Extraordinário documento, uma visão perfeita, humanista e inteligente sobre a nossa trágica situação atual, consequência da má governação e egoísmo dos governantes que, apenas, olham para o seu umbigo, protegem a corrupção e o capitalismo sem escrúpulos, explorando cruelmente os mais frágeis.

Gostaria de saber quem é o articulista que escreveu este artigo, mas, embora, não sabendo deixo, aqui, a minha gratidão e homenagem e fico feliz por sentir que ainda existem pessoas inteligentes, sensatas, humanas e honestas.
ZCH

A. João Soares disse...

Cara Amiga Zélia,
Este blogue é pessoal. Quando aqui publico textos retirados de publicações refiro, no início, a origem e é raro publicar algo que não tenha o URL da Internet, para que os leitores possam confirmar.
Este texto não tem nada de especial e consta apenas de reflexão baseada naquilo que, recentemente, tem vindo a público. Como de costume, inseri links dos textos em que baseei os meus pensamentos,para não me atribuírem invenções e insinuações. As reflexões baseiam-se em comentários e introduções publicadas por mim no Facebook, nos últimos dias. O trabalho foi apenas de juntar os retalhos e cosê-los com alguma coerência.
Ainda bem que achou bem
Beijo
João Soares

A. João Soares disse...

A qualidade de vida das actuais crianças quando forem gente crescida depende muito daquilo que for decidido pelos políticos de hoje, porque Governar é decidir com os olhos no futuro. Tal como o motorista deve procurar ver a estrada muitos metros à sua frente, também qualquer decisão deve procurar conhecer bem o objectivo pretendido, os resultados desejados e não limitar-se a olhar para o próprio umbigo, com um egoísmo doentio. Só dessa forma se evita que a vida dos cidadãos de amanhã seja uma tempestade permanente, com sucessivas crises, cada vez mais graves, e uma austeridade agravada dia-a-dia.

Zélia Chamusca disse...

Ilustre Sr A.João Soares, depois de enviar o meu comentário ilacionei que a exposição era sua, mas, porque não assina no final A João Soares?
Sei que tudo o que afirma é justificado pelos artigos dos links que cita mas o seu pensamento, a lógica de raciocínio, a moral e a ética como os articula e apresenta (o que é em si peculiar) são fora do comum. Graças a Deus que encontrei A.João Soares!
Pena que os nossos (des)governantes não vejam e sintam da mesma forma...
Beijinho,
ZCH

A. João Soares disse...

Quem se interessar pela vida nacional e se preocupe com os dias que virão a seguir,gostará de ler a seguinte notícia:

«Bispo diz que a crise no BES pode levar "à catástrofe e ruína do país"»
http://www.ionline.pt/artigos/portugal/bispo-diz-crise-no-bes-pode-levar-catastrofe-ruina-pais/pag/-1

Jorge Duarte disse...

A igreja já faliu nos seus alicerces. está a desmoronar-se devido ao seu ego doentio. Pensava que isto das esmolas e caridade com benesses políticas iria durar sempre.

A propósito, a segurança social está mesmo em risco de falência. E ao contrário do que afirmam os doutos Seguro e Costa se chegarem à governação irão coligar-se ou pedir ajuda na AR para mudar a Constituição. O TC tem feito uma leitura estúpida e interesseira da mesma.

O futuro está completamente nebulado porque nenhum governo pode tomar decisões de fundo.

O segundo resgate poderá estar iminente. O Montepio e outros bancos estão muito mal. A situação do GES/BES bateu neles todos. Os espanhóis irão dominar quase totalmente a banca nacional.

Cumprimentos e bom resto de verão

A. João Soares disse...

Realmente o futuro está muito comprometido, porque o mal está generalizado e a humanidade está em decadência. Já aparecem muitos vídeos a mostrar que os animeis «ditos irracionais» agem. quer isoladamente, quer em família ou em grupo, com mais racionalidade, solidariedade e humanidade do que os humanos que se arrogam o título de racionais.
A política que devia ser a função mais nobre e mais prestigiada, está considerada como a coisa mais vil e odiada que há na Terra.É um covilonde se encontram inaptos, e que a cada mudança, são substituídos por outros mais incapazes, estando em vias de ali irem parar os piores marginais, movidos não pelo amor ao País e suas pessoas, mas aos seus interesses pessoais de enriquecimento rápido sem olhar a meios.
Não há saída fácil, mas virá o dia em que tudo mudará, certamente com muito perda de muito sangue, para depois, das cinzas nascer a Fénix.
Talvez a minha geração não veja isso, mas quanto mais tardar mais dura terá de ser a cura destas maleitas que afligem a humanidade.

Jorge Duarte disse...

Poderá ser um novo ciclo tão férteis na História Universal. Mas antes disso iremos ver o Reino Unido a sair da UE. Os bancos americanos ao preverem isso já estão a precaver-se.

um abraço

A. João Soares disse...

Quanto à fertilidade do novo ciclo, tenho grandes esperanças,porque ele está a ser absolutamente necessário.As pessoas, a Humanidade, precisam de voltar a ser mais respeitadas e ser o principal motivo das acções dos governantes dos países. A propósito de uma proposta de compra dos hospitais do GES, ouvi uma senhora dizer que se aproxima uma era em que o negócio ligado à saúde vai substituir o que hoje se liga ao armamento. Também há quem preveja que interesse do grande capital, vai voltar-se do petróleo para o negócio da protecção do ambiente. Curiosamente. estes dois novos focos estão interligados, pelo que as afirmações têm lógica: saúde e ambiente são intenções e actividades interactivas.
Para já, a primeira medida seria acabar com a «não proliferação das armas nucleares» e pôr em prática a sua «eliminação total», o que deve começar pelo exemplo das potências que possuem grandes arsenais mortíferos e, depois, a ONU decretar sanções muito duras sobre o pais que teime em guardar uma.

Enfim, há muita coisa a fazer e é importante que a ONU e a NATO usem o seu PODER e obtenham AUTORIDADE,PRESTÍGIO E RESPEITO.

Um abraço
A João Soares