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sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

INQUÉRITO A ESTALEIROS


Transcrição de artigo seguida de NOTA:

Estaleiros: Comissão Europeia desmente Aguiar Branco
15 JANEIRO, 2014 - 14:03

Em resposta às questões apresentadas pelo Bloco de Esquerda, Bruxelas esclarece que nunca exigiu a devolução das ajudas estatais aos estaleiros, desmentido assim o principal argumento do ministro para avançar para a subconcessão.

Desmentido da Comissão Europeia devia levar à perda de mandato de Aguiar Branco, defendeu Marisa Matias.

“Fica comprovado que este negócio que foi construído através de uma gestão danosa, foi legitimado por uma mentira", reagiu a eurodeputada Marisa Matias ao receber a resposta às questões que enviara no final do ano passado, após o ministro da Defesa ter afirmado que o despedimento dos trabalhadores e entrega dos Estaleiros de Viana a privados se devia à necessidade de devolver 180 milhões de euros reclamados pela União Europeia.

A versão de Aguiar Branco foi agora desmentida pela Comissão Europeia, que afirma taxativamente que "não ordenou a Portugal a recuperação de qualquer auxílio estatal concedido aos Estaleiros Navais de Viana do Castelo".

"A mentira tem perna curta, e é lamentável que pelo seu caminho tenham sido postas em causa as vidas de 618 trabalhadores. Esta resposta da Comissão Europeia não pode ter outra consequência que não a perda de mandato de Aguiar Branco”, defendeu Marisa Matias em comunicado.

Resposta dada por Joaquín Almunia em nome da Comissão (15.1.2014)

A Comissão ainda não adotou uma decisão final no processo SA.35546. Por conseguinte, a Comissão não ordenou a Portugal a recuperação de qualquer auxílio estatal concedido aos Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC).

Tal como indicou nas suas respostas às perguntas E-5205/2013 e E-11396/2013, desde a abertura do procedimento formal de investigação no processo SA.35546, a Comissão efetuou diversas trocas de correspondência com as autoridades portuguesas e está a acompanhar de perto a evolução mais recente da situação dos ENVC. Neste contexto, as autoridades portuguesas informaram a Comissão das medidas a que se refere o Senhor Deputado e do resultado do procedimento de subconcessão, bem como das medidas subsequentes que planeiam adotar em relação aos trabalhadores dos ENVC por cartas de outubro e novembro de 2013.

A Comissão continuará a sua avaliação do processo SA.35546 e a supervisionar atentamente a evolução da situação dos ENVC.

Pergunta de Marisa Matias à Comissão Europeia

Assunto: Estaleiros Nacionais de Viana do Castelo

O Governo português anunciou, através do seu Ministro da Defesa, José Aguiar Branco, que anulou o processo de reprivatização dos Estaleiros Nacionais de Viana do Castelo (ENVC) e optou por "um concurso público para a venda quer do Atlântida, quer de material que existe nos estaleiros" e pela "subconcessão dos terrenos que atualmente são ocupados pelos estaleiros". O processo dos ENVC e respetivas ilegalidades é já bem conhecido pela Comissão Europeia, nomeadamente através do processo SA.35546 da DG Concorrência. Aliás, é precisamente a decisão desse processo que é invocada pelo Governo português para justificar a decisão agora tomada. "Não é uma vontade do Governo, resulta desse processo" aberto pela União Europeia, porque lesou a concorrência, insistiu [o Ministro da Defesa Português], realçando que "não há condições", atualmente, para devolver os 180 milhões de euros reclamados, o que evitaria o fecho de uma empresa que tem quase 70 anos."

Esta decisão determina o despedimento dos 618 trabalhadores atuais e não garante sequer que se mantenha a atividade que a ENVC sempre desenvolveu naquele local, uma vez que a subconcessão é relativa apenas aos terrenos. Como contrapartida deste contrato, o Estado português deverá receber um total de 7,05 milhões de euros em rendas que serão pagas pela Martifer até 2031, mas terá de pagar, até janeiro de 2014, cerca de 30 milhões de euros para despedir os trabalhadores, sendo público e conhecido que a Martifer tem atualmente uma dívida que ascende a 378 milhões de euros.

Acresce ainda que o próprio Governo português anuncia também que é preciso dar início à construção de dois navios asfalteiros, para não entrar em incumprimento em relação à empresa de petróleos da Venezuela (PDVSA), que os encomendou. É certo que, sem trabalhadores nem estaleiros, não o poderá fazer.

Assiste-se, assim, a um negócio ruinoso para Portugal, para os trabalhadores dos ENVC, mas muito vantajoso para a empresa que vai assumir a subconcessão dos terrenos por ajuste direto – a Martifer.

1. Exigiu a Comissão a devolução dos 180 milhões de euros, na sequência do processo SA.35546 da DG Concorrência?
2. Está a Comissão a par destes desenvolvimentos e desta subconcessão por ajuste direto dos terrenos dos Estaleiros de Viana do Castelo?
3. Está a Comissão a par deste despedimento coletivo levado a cabo pelo Estado Português?
4. Pretende a Comissão tomar alguma medida em tempo útil?

NOTA: Uma Dúvida: Para obter um estudo com isenção, realismo, credibilidade, utilidade, não seria mais sensato encomendá-lo a uma entidade estrangeira, imparcial escolhida por concurso? Em termos de custo/eficácia seria vantajoso. E poupávamos os deputados a fantasias tendenciosas e pouco sérias.

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sábado, 11 de janeiro de 2014

PERSEVERANÇA PELO PATRIOTISMO E O INTERESSE NACIONAL


Segundo notícia a Maioria chumba criação de comissão de inquérito aos Estaleiros de Viana. Com isso parece mostrar receio de que sejam conhecidas as manobras que levaram ao negócio. Quando era criança, ouvi dizer muitas vezes que «quem não deve não teme».

Por outro lado temos assistido em discursos de políticos com alguma credibilidade que é indispensável a «transparência democrática». Aliás os mandatários do povo nada devem esconder aos mandantes que neles depositaram confiança com o voto nas urnas. Aos eleitores devem ser dados esclarecimentos dos actos mais importantes do Governo. Há países que usam com frequência referendos como forma de os Governos respeitarem a soberania do povo.

Perante esse chumbo, há uma atitude patriótica de um partido que insiste na comissão sobre os estaleiros de Viana. Até deveria ser contratada a técnicos estrangeiros de reconhecida competência e isenção a elaboração de tal inquérito. Com tal solução evitava-se a repetição da despesa escandalosa feita pelo Governo anterior com as centenas de estudos sobre o projecto do Aeroporto na OTA, encomendados a gabinetes de amigos para reforçar a intenção caprichosa do Governo, que acabou por não ir avante.

Haja franqueza, transparência, dignidade e coragem para insistir nos alertas, propostas, sugestões e críticas construtivas para Bem de Portugal.

Imagem de arquivo.

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domingo, 1 de dezembro de 2013

ESTALEIROS DE VIANA GERAM POLÉMICA


Quem esclarece a confusão do negócio? Como estão defendidos os interesses nacionais? dos trabalhadores? da posição geoestratégica? da vocação marítima de Portugal? das finanças nacionais? dos interesse do Concelho e do Distrito de Viana do Castelo?

Responda-se às dúvidas suscitadas pelos artigos:

Estaleiros de Viana. Marques Mendes defende comissão de inquérito 

Bloco acusa Governo de "negociatas" com CTT e Estaleiros de Viana

PCP defende "apuramento de responsabilidades" no processo dos estaleiros de Viana

CGTP exige inquérito à subconcessão dos estaleiros alegando favorecimento a privados

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segunda-feira, 19 de março de 2012

Estaleiros de Viana

A privatização dos estaleiros de Viana do Castelo, segundo os trabalhadores constitui um problema que os afecta, por poder reduzir os postos de trabalho e, segundo eles, por diminuir a soberania nacional. Mas para os restantes cidadãos não deixa de ser motivo de atenção sobre os pormenores (poucos) que virão a público.

Notícia de hoje diz que Passos Coelho quer privatização rápida dos Estaleiros de Viana, só faltando dizer «custe o que custar». Outra notícia confirma Governo vai reprivatizar a totalidade dos Estaleiros de Viana e pouco tempo depois outra já mostra mais um acto que constitui um passo em frente Ministro da Defesa chama autarca de Viana para explicar futuro dos Estaleiros.

E logo depois surgiu a declaração de duas empresas, Douro Azul e Martifer sem interesse na privatização dos Estaleiros, afirmando que «estão fora da corrida à privatização dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC) mas consideram que o problema da empresa poderia ter sido resolvido em Agosto último.»

Neste mundo em que tuto é dominado pelo alto capital, ao qual o poder político se submete, não seria de espantar se os estaleiros acabassem por ficar com sotaque português nas mãos de um grupo constituído ad hoc liderado por Alexandre Soares dos Santos, da Jerónimo Martins, com a colaboração de António Borges, até porque a acção deste no grupo do Pingo Doce não é incompatível com as altas funções que exerce no Estado em relação com as privatizações. Depois dos casos recentes da Lusoponte e da EDP, será mais um sinal de confiança como o PR pediu, embora diferentes dos que ele desejaria.

Imagem do Público

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