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quinta-feira, 27 de agosto de 2020

MUDANÇAS PARA O DESENVOLVIMENTO

Mudanças para o desenvolvimento
(Public em O DIABO nº 2278 de 28-08-2020, pág 16. Por António João Soares)

As reformas para o desenvolvimento têm sido objecto de notícias e de opiniões de cidadãos esclarecidos e interessados no melhor futuro para Portugal, dos seus cidadãos e do seu património nacional. Há muita gente a falar de mudanças, mas sem ter algo de concreto e realizável com utilidade para a sociedade de amanhã, através de uma evolução adequada, sem roturas nem alterações dolorosas, e que contribuam para as melhorias desejadas nos sectores fundamentais.

Mudar por mudar, normalmente, pode nada trazer de positivo e, além dos custos financeiros, pode arrastar a vida das pessoas para situações de crise de difícil ou impossível retorno. Para se conseguir melhorias, as decisões devem ser tomadas segundo uma metodologia semelhante à que referi no segundo artigo que aqui publiquei, há quase quatro anos, depois do convite que aceitei, com a íntima e não divulgada missão de contribuir para um futuro melhor de Portugal e da humanidade. Depois de 200 artigos publicados, que guardei no blog “Do Miradouro”, quis fazer aqui referência a dois ou três com maior interesse sobre o assunto, mas encontrei 31 de onde será trabalhoso retirar os que devia escolher para isso. Mas deixo a indicação aos eventuais interessados de que, mais fácil do que procurar e folhear duas centenas de jornais, podem encontrar os textos em http://domirante.blogspot.com, onde os tenho guardado depois de publicados.

Para decidir e concretizar a mudança, é imprescindível e fundamental definir o objectivo essencial e alguns secundários que para ele concorram e, depois, deve ser escolhida a estratégia para os atingir. Em qualquer destas tarefas a metodologia deve ser lógica e racional, sempre de olhos postos nas realidades e potencialidades nacionais, sem olhar a interesses parciais, para não lesar a escolha da finalidade desejada, que deve estar sempre em mente, de criar um melhor futuro para Portugal e para os portugueses. Por isso, a escolha de cada troço do itinerário estratégico não deve ser eivada de interesse partidário ou ideológico, para isso resultar do consenso de um pequeno grupo de especialistas altamente competentes no assunto e que se comprometam a não se deixar tentar a aceitar pressões inconvenientes.

É certo que, para cada objectivo, pode haver mais do que uma solução defensável e, quanto a isto, recordo o General Bettencourt Rodrigues que, como professor do Curso Complementar de Estado-Maior, em Pedrouços, ao preparar-se uma decisão e ao fazer a lista das soluções possíveis, dizia para os alunos: “agora durante cinco minutos a asneira é livre”. Com isso, queria dizer que na fase seguinte da discussão para escolha da melhor solução, não devia deixar de se contar com qualquer hipótese e é claro que, na maior parte, eram postas de lado à primeira vista de olhos e o maior tempo para a escolha era dedicado a duas ou, no máximo, três. E dessas a escolhida era esmiuçada em todos os aspectos para a concretizar em acções bem definidas a realizar pelos variados executantes e especialistas, sempre com os olhos postos no objectivo a atingir, a missão, como era designado em termos militares. E só depois de todo esse trabalho ser aprovado pelo responsável máximo pela operação é que eram difundidas as missões específicas para cada sector executante. E na acção, perante alterações das condições de inimigo, terreno, meteorologia e meios, podia haver ajustamentos para se manter a finalidade desejada.

Esta metodologia é aplicável a qualquer decisão individual, empresarial ou estatal e deve iniciar-se pela definição do problema, suas causas, suas condições, o meio ambiente, as pessoas afectadas, etc. A aplicação desta metodologia às decisões para a recuperação da actual crise económica e sócio-cultural pode ser uma garantia de êxito. ■

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terça-feira, 29 de dezembro de 2015

FRANÇA EM 2020




Mudar é sinal de vida. Mas as mudanças inteligentes devem ser para melhor, por vontade própria e não por imposição alheia.

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sexta-feira, 26 de julho de 2013

SINAIS DE MUDANÇAS GLOBAIS


Evolução surpresa da sociedade, em perspectiva

Há cerca de 3 ou 4 meses começaram a dar-se alterações profundas, e de nível global, em 10 dos principais factores que sustentam a sociedade actual. Num processo rápido e radical, que resultará em algo novo, diferente e porventura traumático, com resultados visíveis dentro de 6 a 12 meses... E que irá mudar as nossas sociedades e a nossa forma de vida nos próximos 15 ou 25 anos!

... tal como ocorreu noutros períodos da história recente: no status político-industrial saído da Europa do pós-guerra, nas alterações induzidas pelo Vietname/ Woodstock/ Maio de 68 (além e aquém Atlântico), ou na crise do petróleo de 73.

Façamos um rápido balanço da mudança, e do que está a acontecer aos "10 factores":

1º- A Crise Financeira Mundial : desde há 8 meses que o Sistema Financeiro Mundial está à beira do colapso (leia-se "bancarrota") e só se tem aguentado porque os 4 grandes Bancos Centrais mundiais - a FED, o BCE, o Banco do Japão e o Tesouro Britânico - têm injectado (eufemismo que quer dizer: "emprestado virtualmente à taxa zero") montantes astronómicos e inimagináveis no Sistema Bancário Mundial, sem o qual este já teria ruído como um castelo de cartas. Ainda ninguém sabe o que virá, ou como irá acabar esta história !...

2º- A Crise do Petróleo : Desde há 6 meses que o petróleo entrou na espiral de preços. Não há a mínima ideia/teoria de como irá terminar. Duas coisas são porém claras: primeiro, o petróleo jamais voltará aos níveis de 2007 (ou seja, a alta de preço é adquirida e definitiva, devido à visão estratégica da China e da Índia que o compram e amealham!) e começarão rapidamente a fazer sentir-se os efeitos dos custos de energia, de transportes, de serviços. Por exemplo, quem utiliza frequentemente o avião, assistiu há 2 semanas a uma subida no preço dos bilhetes de... 50% (leu bem: cinquenta por cento). É escusado referir as enormes implicações sociais deste factor: basta lembrar que por exemplo toda a indústria de férias e turismo de massas para as classes médias (que, por exemplo, em Portugal ou Espanha representa 15% do PIB) irá virtualmente desaparecer em 12 meses! Acabaram as viagens de avião baratas (...e as férias massivas!), a inflação controlada, etc...

3º- A Contracção da Mobilidade : fortemente afectados pelos preços do petróleo, os transportes de mercadorias irão sofrer contracção profunda e as trocas físicas comerciais (que sempre implicam transporte) irão sofrer fortíssima retracção, com as óbvias consequências nas indústrias a montante e na interpenetração económica mundial.

4º- A Imigração : a Europa absorveu nos últimos 4 anos cerca de 40 milhões de imigrantes, que buscam melhores condições de vida e formação, num movimento incessante e anacrónico (os imigrantes são precisos para fazer os trabalhos não rentáveis, mas mudam radicalmente a composição social de países-chave como a Alemanha, a Espanha, a Inglaterra ou a Itália). Este movimento irá previsivelmente manter-se nos próximos 5 ou 6 anos! A Europa terá em breve mais de 85 milhões de imigrantes que lutarão pelo poder e melhor estatuto sócio-económico (até agora, vivemos nós em ascensão e com direitos à custa das matérias-primas e da pobreza deles)!

5º- A Destruição da Classe Média : quem tem oportunidade de circular um pouco pela Europa apercebe-se que o movimento de destruição das classes médias (que julgávamos estar apenas a acontecer em Portugal e à custa deste governo) está de facto a "varrer" o Velho Continente! Em Espanha, na Holanda, na Inglaterra ou mesmo em França os problemas das classes médias são comuns e (descontados alguns matizes e diferente gradação) as pessoas estão endividadas, a perder rendimentos, a perder força social e capacidade de intervenção.

6º- A Europa Morreu : embora ainda estejam projectar o cerimonial do enterro, todos os Euro-Políticos perceberam que a Europa moribunda já não tem projecto, já não tem razão de ser, que já não tem liderança e que já não consegue definir quaisquer objectivos num "caldo" de 27 países com poucos ou nenhuns traços comuns!... Já nenhum Cidadão Europeu acredita na "Europa", nem dela espera coisa importante para a sua vida ou o seu futuro! O "Requiem" pela Europa e dos "seus valores" foi chão que deu uvas: deu-se há dias na Irlanda!

7º- A China ao assalto! Contou-me um profissional do sector: a construção naval ao nível mundial comunicou aos interessados a incapacidade em satisfazer entregas de barcos nos próximos 2 anos, porque TODOS os estaleiros navais do Mundo têm TODA a sua capacidade de construção ocupada por encomendas de navios.... da China. O gigante asiático vai agora "atacar" o coração da Indústria europeia e americana (até aqui foi just a joke...). Foram apresentados há dias no mais importante Salão Automóvel mundial os novos carros chineses.
Desenhados por notáveis gabinetes europeus e americanos, Giuggiaro e Pininfarina incluídos, os novos carros chineses são soberbos, réplicas perfeitas de BMWs e de Mercedes (eu já os vi!) e vão chegar à Europa entre os 8.000 e os 19.000 euros! E quando falamos de Indústria Automóvel ou Aeroespacial europeia...helás! Estamos a falar de centenas de milhar de postos de trabalhos e do maior motor económico, financeiro e tecnológico da nossa sociedade. À beira desta ameaça, a crise do têxtil foi uma brincadeira de crianças! (Os chineses estão estrategicamente em todos os cantos do mundo a escoar todo o tipo de produtos da China, que está a qualificá-los cada vez mais).

8º- A Crise do Edifício Social : As sociedades ocidentais terminaram com o paradigma da sociedade baseada na célula familiar! As pessoas já não se casam, as famílias tradicionais desfazem-se a um ritmo alucinante, as novas gerações não querem laços de projecto comum, os jovens não querem compromissos, dificultando a criação de um espírito de estratégias e actuação comum...

9º- O Ressurgir da Rússia/Índia : para os menos atentos: a Rússia e a Índia estão a evoluir tecnológica, social e economicamente a uma velocidade estonteante! Com fortes lideranças e ambições estratégicas, em 5 anos ultrapassarão a Alemanha!

10º- A Revolução Tecnológica : nos últimos meses o salto dado pela revolução tecnológica (incluindo a biotecnologia, a energia, as comunicações, a nano tecnologia e a integração tecnológica) suplantou tudo o previsto e processou-se a um ritmo 9 vezes superior à média dos últimos 5 anos!

Eis pois, a Revolução!

 Tal como numa conta de multiplicar, estes dez factores estão ligados por um sinal de "vezes" e, no fim, têm um sinal de "igual". Mas o resultado é ainda desconhecido e... imprevisível. Uma coisa é certa: as nossas vidas vão mudar radicalmente nos próximos 12 meses e as mudanças marcar-nos-ão (permanecerão) nos próximos 10 ou 20 anos, forçando-nos a ter carreiras profissionais instáveis, com muito menos promoções e apoios financeiros, a ter estilos de vida mais modestos, recreativos e ecológicos.

Espera-nos o Novo! Como em todas as Revoluções!

Um conselho final: é importante estar aberto e dentro do Novo, visionando e desfrutando das suas potencialidades! Da Revolução! Ir em frente! Sem medo!

Afinal, depois de cada Revolução, o Mundo sempre mudou para melhor!...

Frase da filósofa russo-americana Ayn Rand (Judia, fugitiva da revolução russa, que chegou aos Estados Unidos na metade da década de 1920), mostrando uma visão com conhecimento de causa:

“Quando você perceber que, para produzir, precisa obter a autorização de quem não produz nada;
quando comprovar que o dinheiro flui para quem não negocia com bens, mas com favores;
quando perceber que muitos ficam ricos pelo suborno e por influência, mais que pelo trabalho, e que as leis não nos protegem deles, mas, pelo contrário, são eles que estão protegidos de você;
quando perceber que a corrupção é recompensada e a honestidade se converte em auto-sacrifício;
então poderá afirmar sem temor de errar, que a sua sociedade está condenada”.

Recebido por e-mail

Imagem de arquivo

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domingo, 14 de fevereiro de 2010

Estabilidade ou estagnação?

Os políticos, principalmente quando estão bem instalados nas alcatifas do Poder, abusam da palavra estabilidade, deixando um sabor amargo a estagnação. Defendem a imobilidade, a ausência de reformas, de mudanças fazem poucos gestos para iludir os papalvos mas deixando tudo na mesma.

Comecei a magicar e recordei os meus tempos de jovem utilizador de bicicleta que, quando parada, não tem a mínima estabilidade, e só a adquire quando em movimento mais ou menos rápido. Lembrei-me de um jovem aviador que dizia, com muita graça, que teve que desobedecer à mãe que estava sempre a recomendar-lhe para não voar com muita velocidade.

Em contrapartida ao movimento, à dinâmica, ao progresso que são inerentes á estabilidade, a estagnação faz pensar na águas do charco, do pântano, que apodrece, gera cheiros pestilentos, nauseabundos e mata plantas e peixes.

Mas, não contente com os meus próprios pensamentos, quis confrontá-los com outras opiniões e acabei por encontrar na Internet o seguinte texto

Mudança e estabilidade

Você já pensou sobre os conceitos acima citados?
Sim! - Não!
Então vamos pensar um pouco.
O que significa estabilidade para você?
Estabilidade para muitas pessoas significa chegar a um ponto máximo de realização e desenvolvimento e então permanecer parado neste ponto.
Para outras significa conquistar segurança e conforto.
O que acha?
Você concorda com esta ideia?
Caso você concorde pense se estas definições acima... elas significam estagnação.
Estagnar significa parar, será que estabilidade e estagnação são sinónimos? Acredito que não!
Acredito que estabilidade significa conquistar segurança e conforto em várias áreas da vida, mas isto não quer dizer que chegamos ao nosso ponto máximo, pois estamos em constante crescimento e desenvolvimento, a evolução é um ciclo contínuo e não pára nunca. Portanto estabilidade está relacionada com conquistar a tão sonhada segurança, mas é preciso saber administrá-la para mantê-la, sendo assim são necessárias constantes mudanças e uma boa capacidade de adaptação.
Neste ponto vou introduzir o conceito de mudança.
Você acredita que a estabilidade só é possível com mudanças?
Se você respondeu que sim, Parabéns!
Pois é, para conquistarmos a estabilidade é necessário que mudanças ocorram em nossas vidas, sejam elas, afectiva, académica, profissional, ambiental, física ou profissional. A mesma afirmativa serve para a manutenção desta estabilidade.
Aquele que conquista estabilidade, mas não consegue se adaptar às mudanças sociais, económicas, políticas e etc. dificilmente manterá a estabilidade. Um exemplo desta situação, são as empresas que não acompanharam as mudanças tecnológicas, entre outras que estão acontecendo constantemente no mundo, a tendência dessas empresas é serem sugadas pelas oscilações e sumirem do mercado. Pense agora em você, que mudanças foram ou são necessárias para conquistar ou manter a estabilidade.
Fica aqui uma dica e uma reflexão:
A estabilidade só é possível com mudanças.

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sábado, 6 de setembro de 2008

Entrada na Nova Era

De autor desconhecido, recebido por e-mail

Está a acontecer na nossa rua e à nossa volta e ainda não percebemos que a Revolução, uma nova Era já começou!

As pessoas andam um bocado distraídas! Não deram conta de que há uns meses começou a Revolução!

Não! Não me refiro a nenhuma figura de estilo, nem escrevo em sentido figurado! Falo mesmo da Revolução 'a sério' e em curso, que estamos a viver, mas da qual andamos distraídos (desprevenidos) e não demos conta do que vai implicar.

Mas falo, seguramente, duma Revolução!

De facto, há cerca de 10 ou 12 meses começaram a dar-se alterações profundas e de nível global, em 10 dos principais factores que sustentam a sociedade actual. Num processo rápido e radical, que resultará em algo novo, diferente e porventura traumático, com resultados visíveis dentro de 6 a 12 meses. E que irá mudar as nossas sociedades e a nossa forma de vida nos próximos 15 ou 25 anos!

Tal como ocorreu noutros períodos da história recente: no status político-industrial saído da Europa do pós-guerra, nas alterações induzidas pelo Vietname/ Woodstock/ Maio de 68 (além e aquém Atlântico), ou na crise do petróleo de 73.

Estamos a viver uma transformação radical, tão ou mais profunda do que qualquer uma destas! Está a acontecer na nossa rua e à nossa volta, e ainda não percebemos que a Revolução já começou! Façamos um rápido balanço da mudança, e do que está a acontecer aos'10 factores':

1º- A Crise Financeira Mundial:

Desde há 8 meses que o Sistema Financeiro Mundial está à beira do colapso (leia-se 'bancarrota') e só se tem aguentado porque os 4 grandes Bancos Centrais mundiais - a FED, o BCE, o Banco do Japão e o Tesouro Britânico - têm injectado (eufemismo que quer dizer: 'emprestado virtualmente à taxa zero') montantes astronómicos e inimagináveis no Sistema Bancário Mundial, sem o qual este já teria ruído como um castelo de cartas. Ainda ninguém sabe o que virá, ou como irá acabar esta história !...

2º- A Crise do Petróleo:

Desde há 6 meses que o petróleo entrou na espiral de preços. Não há a mínima ideia/teoria de como irá terminar.

Duas coisas são porém claras: primeiro, o petróleo jamais voltará aos níveis de 2007 (ou seja, a alta de preço é adquirida e definitiva, devido à visão estratégica da China e da Índia que o compram e amealham!) e começarão rapidamente a fazer sentir-se os efeitos dos custos de energia, de transportes, de serviços. Por exemplo, quem utiliza frequentemente o avião, assistiu há 2 semanas a uma subida no preço dos bilhetes de 50% (leu bem: cinquenta por cento) (!!!). É escusado referir as enormes implicações sociais deste factor: Basta lembrar que, por exemplo, toda a indústria de férias e turismo de massas para as classes médias (que, por exemplo em Portugal ou Espanha representa 15% do PIB) irá virtualmente desaparecer em 12 meses!

Acabaram as viagens de avião baratas (e as férias massivas!), a inflação controlada, etc.

3º- A Contracção da Mobilidade:

Fortemente afectados pelos preços do petróleo, os transportes de mercadorias irão sofrer contracção profunda e as trocas físicas comerciais (que sempre implicam transporte) irão sofrer fortíssima retracção, com as óbvias consequências nas indústrias a montante e na interpenetração económica mundial.

4º- A Imigração:

A Europa absorveu, nos últimos 4 anos, cerca de 40 milhões de imigrantes, que buscam melhores condições de vida e formação, num movimento incessante e anacrónico (os imigrantes são precisos para fazer os trabalhos não rentáveis, mas mudam radicalmente a composição social de países-chave como a Alemanha, a Espanha, a Inglaterra ou a Itália). Este movimento irá previsivelmente manter-se nos próximos 5 ou 6 anos! A Europa terá em breve mais de 85 milhões de imigrantes que lutarão pelo poder e melhor estatuto sócio-económico (até agora, vivemos nós em ascensão e com direitos à custa das matérias-primas e da pobreza deles)!

5º- A Destruição da Classe Média:

Quem tem oportunidade de circular um pouco pela Europa apercebe-se que o movimento de destruição das classes médias (que julgávamos estar apenas a acontecer em Portugal e à custa deste governo) está de facto a 'varrer' o Velho Continente!

Em Espanha, na Holanda, na Inglaterra ou mesmo em França, os problemas das classes médias são comuns e (descontados alguns matizes e diferente gradação) as pessoas estão endividadas, a perder rendimentos, a perder força social e capacidade de intervenção.

6º- A Europa Morreu:

Embora ainda estejam a projectar o cerimonial do enterro, todos os Euro-Políticos perceberam que a Europa moribunda já não tem projecto, já não tem razão de ser, que já não tem liderança e que já não consegue definir quaisquer objectivos num 'caldo' de 27 países com poucos ou nenhuns traços comuns!... Já nenhum Cidadão Europeu acredita na 'Europa', nem dela espera coisa importante para a sua vida ou o seu futuro! O 'Requiem' pela Europa e dos 'seus valores' foi chão que deu uvas: deu-se há dias na Irlanda!

7º- A China ao assalto!

Contou-me um profissional do sector: A construção naval ao nível mundial comunicou aos interessados a incapacidade de satisfazer entregas de barcos nos próximos 2 anos, porque TODOS os estaleiros navais do Mundo têm TODA a sua capacidade de construção ocupada por encomendas de navios da China. O gigante asiático vai agora 'atacar' o coração da Indústria europeia e americana (até aqui foi just a joke.).

Foram apresentados há dias no mais importante Salão Automóvel mundial os novos carros chineses.

Desenhados por notáveis gabinetes europeus e americanos, Giuggiaro e Pininfarina incluídos, os novos carros chineses são soberbos, réplicas perfeitas de BMWs e de Mercedes (eu já os vi!) e vão chegar à Europa entre os 8.000 e os 19.000 euros! E quando falamos de Indústria Automóvel ou Aeroespacial europeia, helás! Estamos a falar de centenas de milhar de postos de trabalhos e do maior motor económico, financeiro e tecnológico da nossa sociedade. À beira desta ameaça, a crise do têxtil foi uma brincadeira de crianças! (Os chineses estão estrategicamente em todos os cantos do mundo a escoar todo o tipo de produtos da China, que está a qualificá-los cada vez mais).

8º- A Crise do Edifício Social:

As sociedades ocidentais terminaram com o paradigma da sociedade baseada na célula familiar! As pessoas já não se casam, as famílias tradicionais desfazem-se a um ritmo alucinante, as novas gerações não querem laços de projecto comum, os jovens não querem compromissos, dificultando a criação de um espírito de estratégias e actuação comum.

9º- O Ressurgir da Rússia/Índia:

Para os menos atentos: a Rússia e a Índia estão a evoluir tecnológica, social e economicamente a uma velocidade estonteante! Com fortes lideranças e ambições estratégicas, em 5 anos ultrapassarão a Alemanha!

10º- A Revolução Tecnológica:

Nos últimos meses o salto dado pela revolução tecnológica (incluindo a biotecnologia, a energia, as comunicações, a nano tecnologia e a integração tecnológica) suplantou tudo o previsto e processou-se a um ritmo 9 vezes superior à média dos últimos 5 anos!

Eis pois, a Revolução!

Tal como numa conta de multiplicar, estes dez factores estão ligados por um sinal de 'vezes' e, no fim, têm um sinal de 'igual'.

Mas o resultado é ainda desconhecido e imprevisível. Uma coisa é certa: as nossas vidas vão mudar radicalmente nos próximos 12 meses e as mudanças marcar-nos-ão (permanecerão) nos próximos 10 ou 20 anos, forçando-nos a ter carreiras profissionais instáveis com muito menos promoções e apoios financeiros, a ter estilos de vida mais modestos, recreativos e ecológicos.

Contrariamente a um comentador muito estimado pelo seu brilho e inteligência (Carlos Magno, programa 'Contraditório' da 'Antena 1', 13 de Junho) eu não acho que o Mundo está 'a entrar num crepúsculo' (sic).

Espera-nos o Novo!...Como em todas as Revoluções!

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