A quinta edição do estudo, realizado pela Economist Intelligence Unit da revista The Economist, revela que em 10 pontos possíveis, a Líbia passou de 3,55 em 2011 para 5,15 em 2012, ocupando o 95.º lugar entre 167 países e territórios analisados.
A Líbia foi o país que registou maiores progressos democráticos em 2012, num ano marcado pela estagnação da democracia a nível mundial e pela continuada erosão dos regimes democráticos na Europa, revela o índice da Democracia hoje divulgado
Os critérios analisados são o processo eleitoral e pluralismo, o funcionamento do Governo, a participação política, a cultura política e as liberdades cívicas.
O estudo assinala também os progressos conseguidos pelo Egipto e por Marrocos, que juntamente com a Líbia e o Burundi, passaram da classificação de regimes autoritários para regimes híbridos.
Conclusão: quando os governantes não se mostram capazes de introduzir as mudanças estruturais e as reformas adequadas a melhorar os factores atrás referidos, não deve adiar-se a transformação, porque o adiamento significa prolongamento do sofrimento e do desgaste de energias humanas e materiais e financeiras do país.
Para conhecer melhor este problema leia toda a notícia no SOL
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sexta-feira, 22 de março de 2013
Líbia prova que a solução por vezes tem que ser a força
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A. João Soares
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sábado, 24 de março de 2012
A desejada «revolução» tranquila
Quando Passos Coelho garante que está a fazer “uma revolução tranquila”, talvez esteja convencido daquilo que diz, mas deixa muitos motivos de receio, a começar pelo uso do verbo «garantir», que os políticos colocaram na moda e que, pela forma arrogante e não realista como é utilizado, deixa muito a desejar pela falta de consistência.
De «revolução» não se vê nada de concreto, a não ser que o seu antecessor usava uma linguagem de riqueza e optimismo sem fundamento e, agora, estamos perante uma austeridade «custe o que custar» e custa muito, e de carências, cortes e miséria. Além dessa diferença de táctica, o Governo, a justificar o adjectivo «tranquila», poderá estar a consolidar os vícios e manhas que vêm detrás, acentuando o sinal da prioridade dada aos números e não aos cidadãos, às pessoas, ás famílias e aos problemas que as preocupam: saúde, educação, justiça, segurança.
Foi prometido ou «garantido» por Passos Coelho no plenário da Assembleia da República, no debate quinzenal que «a nossa intenção é clara, que desde já, assim que esteja constituída a comissão de recrutamento e seleção que está prevista na lei se possam iniciar os concursos de forma a encontrar novos dirigentes para a administração central. Não é em final de 2013, é já, ao longo deste ano». Desta forma deixarão de ser feitas nomeações por compadrio e passarão a ser escolhidos os mais capazes, a fim de os interesses nacionais serem melhor servidos e defendidos. Mas agora, como Alberto João Jardim aponta, há a indicação de Teixeira dos Santos para administrador da PT. É um sinal de que as palavras nem sempre traduzem verdadeiras intenções.
Outro notável do PSD refere que o caso António Borges, embora sem incompatibilidade formal, suscita muitas interrogações, parecendo que o sentido de Estado nem sempre está presente em decisões e declarações públicas.
Também um sinal pouco desejável é o de que não haverá recuos na reforma autárquica que será levada a cabo, custe o que custar. É pena que os governantes se esqueçam de que, na vida, nada é imutável e eterno e o porvir traz circunstâncias e pormenores que exigirão necessários ajustamentos. Essa é uma característica da função de bom planeamento e programação a que se segue o controlo da execução e do seu ajustamento mais conveniente. Isto constitui uma realidade, mesmo que a decisão tenha sido bem preparada tendo em conta todos os factores condicionantes, o que no caso em apreço parece não ter sido feito.
O voluntarismo, a imposição de vontades e de caprichos por palpite e sem correcta ponderação, raramente dão bom resultado mas quando implicam com a vida de milhões de pessoas, com os seus legítimos interesses privados, as suas actividades económicas e sociais, torna-se numa violência imprópria de uma democracia impor reformas em estilo arrogante e autoritário sem serem preparadas de forma racional e atendendo às circunstâncias reais, em cada local ou região. Fazer uma reforma da divisão territorial num gabinete, com régua e esquadro, sem falar com as pessoas e compreender os seus interesses colectivos não pode contribuir para uma «revolução tranquila».
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domingo, 20 de novembro de 2011
Revolução e depois???
Por pior que se diga dos regimes políticos, as revoluções que resultam do descontentamento e da indignação do povo trazem, quando desorganizadas e espontâneas, situações caóticas, dando lugar aos piores desacatos e actos de vandalismo, males muito desagradáveis, pelo menos nos tempos seguintes, embora por vezes curtos. As notícias que, insistentemente, chegam do Egipto devem ser meditadas com a maior atenção, antes que se torne tarde, neste período conturbado de desgaste devido à crise social, financeira, económica e política.
Mas, como há situações em que as mudanças são indispensáveis e inadiáveis, as convulsões só podem ser evitadas pelo Poder existente, sendo ele a conduzir democraticamente as reformas e alterações. Em vez daquilo que sucedeu na Líbia e está a acontecer na Síria, e colhendo os frutos da lição dali extraída, seria bom que os ocupantes das cadeiras do Poder colocassem de lado as suas arrogâncias, assumissem sentido Estado, contactassem com o seu povo para conhecerem os motivos de descontentamento, e iniciassem de forma progressiva e pacífica as alterações adequadas.
Já não estamos em época de aceitar a imposição de vontades iluminadas por entidades que se consideram de direito divino. É preciso descer ao terreno e governar com o povo e para o povo, em ambiente de diálogo e de negociação, com objectivos claros e patrióticos, embora vagos e flexíveis. Em vez da hostilidade prepotente, ao estilo Líbio e Sírio, será preferível congregar vontades conscientes e informadas de forma leal e sem subterfúgios, com abertura a sugestões, a iniciativas construtivas, a retoques de aperfeiçoamento, etc.
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terça-feira, 15 de novembro de 2011
Revolução sócio-política-económica mundial
Aí está ela... anda no ar e vai descer à terra... já cheira...a Revolução???
Há cerca de 3 ou 4 meses começaram a dar-se alterações profundas, e de nível global, em 10 dos principais factores que sustentam a sociedade actual. Num processo rápido e radical, que resultará em algo novo, diferente e porventura traumático, com resultados visíveis dentro de 6 a 12 meses... E que irá mudar as nossas sociedades e a nossa forma de vida nos próximos 15 ou 25 anos!
.... tal como ocorreu noutros períodos da história recente: no status político-industrial saído da Europa do pós-guerra, nas alterações induzidas pelo Vietname/ Woodstock/ Maio de 68 (além e aquém Atlântico), ou na crise do petróleo de 73.
Façamos um rápido balanço da mudança, e do que está a acontecer aos tais "10 factores":
1º- A Crise Financeira Mundial : desde há 8 meses que o Sistema Financeiro Mundial está à beira do colapso (leia-se "bancarrota") e só se tem aguentado porque os 4 grandes Bancos Centrais mundiais - a FED, o BCE, o Banco do Japão e o Tesouro Britânico - têm injectado (eufemismo que quer dizer: "emprestado virtualmente à taxa zero") montantes astronómicos e inimagináveis no Sistema Bancário Mundial, sem o qual este já teria ruído como um castelo de cartas. Ainda ninguém sabe o que virá, ou como irá acabar esta história !...
2º- A Crise do Petróleo : Desde há 6 meses que o petróleo entrou na espiral de preços. Não há a mínima ideia/teoria de como irá terminar. Duas coisas são porém claras: primeiro, o petróleo jamais voltará aos níveis de 2007 (ou seja, a alta de preço é adquirida e definitiva, devido à visão estratégica da China e da Índia que o compram e amealham!) e começarão rapidamente a fazer sentir-se os efeitos dos custos de energia, de transportes, de serviços. Por exemplo, quem utiliza frequentemente o avião, assistiu há 2 semanas a uma subida no preço dos bilhetes de... 50% (leu bem: cinquenta por cento). É escusado referir as enormes implicações sociais deste factor: basta lembrar que por exemplo toda a indústria de férias e turismo de massas para as classes médias (que, por exemplo, em Portugal ou Espanha representa 15% do PIB) irá virtualmente desaparecer em 12 meses! Acabaram as viagens de avião baratas (...e as férias
massivas!), a inflação controlada, etc...
3º- A Contracção da Mobilidade : fortemente afectados pelos preços do petróleo, os transportes de mercadorias irão sofrer contracção profunda e as trocas físicas comerciais (que sempre implicam transporte) irão sofrer fortíssima retracção, com as óbvias consequências nas indústrias a montante e na interpenetração económica mundial.
4º- A Imigração : a Europa absorveu nos últimos 4 anos cerca de 40 milhões de imigrantes, que buscam melhores condições de vida e formação, num movimento incessante e anacrónico (os imigrantes são precisos para fazer os trabalhos não rentáveis, mas mudam radicalmente a composição social de países-chave como a Alemanha, a Espanha, a Inglaterra ou a Itália). Este movimento irá previsivelmente manter-se nos próximos 5 ou 6 anos! A Europa terá em breve mais de 85 milhões de imigrantes que lutarão pelo poder e melhor estatuto sócio-económico (até agora, vivemos nós em ascensão e com direitos à custa das matérias-primas e da pobreza deles)!
5º- A Destruição da Classe Média : quem tem oportunidade de circular um pouco pela Europa apercebe-se que o movimento de destruição das classes médias (que julgávamos estar apenas a acontecer em Portugal e à custa deste governo) está de facto a "varrer" o Velho Continente! Em Espanha, na Holanda, na Inglaterra ou mesmo em França os problemas das classes médias são comuns e (descontados alguns matizes e diferente gradação) as pessoas estão endividadas, a perder rendimentos, a perder força social e capacidade de intervenção.
6º- A Europa Morreu : embora ainda estejam a projectar o cerimonial do enterro, todos os Euro-Políticos perceberam que a Europa moribunda já não tem projecto, já não tem razão de ser, que já não tem liderança e que já não consegue definir quaisquer objectivos num "caldo" de 27 países com poucos ou nenhuns traços comuns!... Já nenhum Cidadão Europeu acredita na "Europa", nem dela espera coisa importante para a sua vida ou o seu futuro! O "Requiem" pela Europa e dos "seus valores" foi chão que deu uvas: deu-se há dias na Irlanda!
7º- A China ao assalto! Contou-me um profissional do sector: a construção naval ao nível mundial comunicou aos interessados a incapacidade em satisfazer entregas de barcos nos próximos 2 anos, porque TODOS os estaleiros navais do Mundo têm TODA a sua capacidade de construção ocupada por encomendas de navios.... da China. O gigante asiático vai agora "atacar" o coração da Indústria europeia e americana (até aqui foi just a joke...). Foram apresentados há dias no mais importante Salão Automóvel mundial os novos carros chineses. Desenhados por notáveis gabinetes europeus e americanos, Giuggiaro e Pininfarina incluídos, os novos carros chineses são soberbos, réplicas perfeitas de BMWs e de Mercedes (eu já os vi!) e vão chegar à Europa entre os 8.000 e os 19.000 euros! E quando falamos de Indústria Automóvel ou Aeroespacial europeia....helás! Estamos a falar de centenas de milhar de postos de trabalhos e do maior motor económico, financeiro e tecnológico da nossa sociedade.. À beira desta ameaça, a crise do têxtil foi uma brincadeira de crianças! (Os chineses estão estrategicamente em todos os cantos do mundo a escoar todo o tipo de produtos da China, que está a qualificá-los cada vez mais).
8º- A Crise do Edifício Social : As sociedades ocidentais terminaram com o paradigma da sociedade baseada na célula familiar! As pessoas já não se casam, as famílias tradicionais desfazem-se a um ritmo alucinante, as novas gerações não querem laços de projecto comum, os jovens não querem compromissos, dificultando a criação de um espírito de estratégias e actuação comum...
9º- O Ressurgir da Rússia/Índia : para os menos atentos: a Rússia e a Índia estão a evoluir tecnológica, social e economicamente a uma velocidade estonteante! Com fortes lideranças e ambições estratégicas, em 5 anos ultrapassarão a Alemanha!
10º- A Revolução Tecnológica : nos últimos meses o salto dado pela revolução tecnológica (incluindo a biotecnologia, a energia, as comunicações, a nano tecnologia e a integração tecnológica) suplantou tudo o previsto e processou-se a um ritmo 9 vezes superior à média dos últimos 5 anos!
Eis pois, a Revolução!
Tal como numa conta de multiplicar, estes dez factores estão ligados por um sinal de "vezes" e, no fim, têm um sinal de "igual". Mas o resultado é ainda desconhecido e... imprevisível. Uma coisa é certa: as nossas vidas vão mudar radicalmente nos próximos 12 meses e as mudanças marcar-nos-ão (permanecerão) nos próximos 10 ou 20 anos, forçando-nos a ter carreiras profissionais instáveis, com muito menos promoções e apoios financeiros, a ter estilos de vida mais modestos, recreativos e ecológicos.
Espera-nos o Novo! Como em todas as Revoluções!
Um conselho final: é importante estar aberto e dentro do Novo, visionando e desfrutando das suas potencialidades! Da Revolução! Ir em frente! Sem medo!
Afinal, depois de cada Revolução, o Mundo sempre mudou para melhor!...
NOTA: Este excelente texto de autor não identificado foi recebido por e-mail de José Alberto Mota Mesquita, a quem agradeço a gentileza do envio.
É muito esclarecedor e espera-se que surja um «terapeuta» que apresente proposta de uma boa forma de fazer a multiplicação dos factores, dando-lhes expoentes adequados, por forma a que o resultado NOVO seja o melhor possível para as pessoas. Queremos realmente mudar depressa e para melhor (para os 80% que hoje são explorador pelos restantes 20%)e devemos estar preparados para gerir a vida com flexibilidade segundo os condicionamentos emergentes.
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quinta-feira, 9 de julho de 2009
Revolução é...
Revolução
Revolução!?
Mas o que é revolução?
É passares o tempo
De jornal na mão,
Condenares partidos,
Criares confusão?
É chamares aos outros
Nomes, sem perdão?
É clamares por algo
Que tu não criaste?
Não sentires teu erro,
Não veres que falhaste?
Não!
Revolução ...
É pores no que fazes
O teu coração.
Destruíres o mal.
Dares nova razão
À existência humana,
Sem ódio ou aversão.
Revolução,
É amares os outros,
Sentires bem as dores
Daqueles que anseiam
Condições melhores.
Revolução,
É tu combateres
Toda a exploração,
Dares realidade
À palavra "irmão".
É criares um mundo
Sem desunião.
Revolução,
É não permitires
Qualquer distinção
Entre ti e ele.
Sim, irmão,
Revolução,
É abrires caminhos
Para a Paz no mundo.
Não a falsa paz
Feita de acordos,
Mas a Paz de Espírito,
Sem ver cair corpos
Nessas guerras frias,
Vãs, cruéis ...
Não fazendo mais
Do que assinar papéis.
Revolução,
É fazeres o bem,
É reivindicares
Uma condição:
A de haver AMOR
Na tua nação,
Em troca de tudo
O que possas dar
P'ra nunca matares.
Depois ...
Conservares o bem
De poderes sentir
Que, co'a tua força,
Fizeste surgir
Uma nova vida
Em todos os seres.
Amar com carinho,
Sem nada pedires.
Dares ..., sem receberes.
Então ... verás que isso é Vida
Poderás viver!
FOI REVOLUÇÂO!!!
Porto, Junho de 1975
Maria Letra
NOTA: Este poema, escrito há 34 anos, foi-me enviado agora pela sua autora que, nessa data, era muito jovem (agora pertence ao clube dos Sempre Jovens), mas já dolorida ao ver os desmandos que grassavam na sociedade e que colidiam com a sua apurada noção de civismo arreigada numa educação bem estruturada cujos efeitos não são abaláveis. Para ela, um Bem haja e o meu reconhecimento pela sua noção de cidadania e de civismo.
Não posso deixar de publicar estas reflexões porque a revolução no sentido em que é entendida neste poema é permanente e os ensinamentos aqui expendidos devem ser aplicados no período que atravessamos.
Se o actual Governo tivesse cumprido com êxito as suas promessas eleitorais, teria levado a cabo uma revolução bem sucedida, em paz, no ensino, na saúde, na justiça, na segurança interna, etc. Mas o fracasso deve ser encarado como um atraso de percurso, que se espera venha a ser superado pelo próximo governo, com os melhores resultados, para bem dos portugueses.
Aos aspectos referidos deverá acrescentar-se a normalização dos serviços públicos da administração central e autárquica, actuando no combate à burocracia, à corrupção, ao enriquecimento ilícito, às excessivas despesas do Estado, às nomeações ilimitadas de «boys» para cargos injustificados e muitas vezes criados para lhes dar emprego (quando necessários devem ser preenchidos por concurso público).
À querida Amiga Mizita, peço desculpa pela extensão desta nota.
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segunda-feira, 19 de janeiro de 2009
A Nova Era já chegou
Há realmente coincidências, ou acasos felizes. Depois do post «Já estamos na Nova Era» , que fez meditar muitos leitores, recebi agora por e-mail o seguinte texto muito interessante que deixo para os amigos apreciarem. Nada é imutável na Natureza e devemos estar preparados para a revolução e, na medida do possível, colaborarmos adaptando-nos às mudanças.
Caro João: Descobri você, meio por acaso, aqui no Google, e achei que podia enviar-lhe este texto (Sérias coincidências, resumo de conversas com rapaziada de faculdades aqui no Rio). Vê aí o que você acha. Sou arquiteto e professor universitário aqui no Rio de Janeiro e percebi que temos preocupações semelhantes. Grande abraço! Mauro.
Sérias coincidências.
Não deixa de ser curioso notar estas coincidências na história do desenvolvimento da Raça Humana através dos tempos, com as situações que estão ocorrendo agora, nestes momentos de transição. Planetária? Humana? Dimensional? Tudo junto?
Como informam os pesquisadores, arqueólogos, historiadores, há 2 milhões de anos os seres humanos iniciais viviam principalmente na África centro-oriental em regiões que hoje são o Quênia, Tanzânia, Etiópia. Vejam só: o Quênia, justamente a terra de origem deste novo e surpreendente ser humano tornado presidente da mais poderosa, fascinante e terrível nação do planeta, situada no chamado “Novo Mundo” da época dos descobrimentos. Este novo mundo, do qual fazemos parte os americanos do norte, sul, e do centro, foi percebido pelos europeus e demais povos ao mesmo tempo em que se começou a entender a Terra como um corpo esférico, flutuando no cosmos, girando em torno de si mesma e do Sol.
Uma transição dimensional, - A Terra não era só uma superfície de tamanho não sabido, a Terra é um volume de tamanho definido, e recursos limitados, uma forma tridimensional, não uma superfície bidimensional infinita como pensava de maneira geral a humanidade pré-renascentista.
A consciência desta mudança de percepção dimensional do espaço planetário levou uma tremenda desarrumação às leis, aos poderes, aos ensinamentos, aos conhecimentos, convicções e atitudes aceitos e oficiais daquele tempo. Galileu, para evitar a fogueira, teve que negar o que havia descoberto, os importantes avanços no conhecimento científico daquele período de transição.
Quase 400 anos depois veio a ser absolvido, ou perdoado, pelo Papa João Paulo II, no final do século XX.
Voltando aos tempos ancestrais, sabemos que a humanidade foi saindo do nomadismo, da caça e pesca pela sobrevivência, à medida que foi se entendendo com a Terra e as estações, e como indica Alvin Toffler, deu início à primeira onda civilizatória: a agricultura. Descobriu que podia alimentar-se sem precisar estar em constante movimento atrás da comida. Surgiram então as primeiras cidades do mundo: Ur, Uridur, Babilônia, e outras na região chamada Mesopotâmia, o fértil terreno entre os rios Tigre e Eufrates, justamente onde se situa o atual Iraque. O início da civilização urbana que resultou em nós mesmos, é exatamente onde os atuais trogloditas, os Bushs, os Cheneys, estão querendo acabar com ela, em pleno século XXI. A chegada de um representante do Quênia, início da formação da raça humana, derrubando os trogloditas do império industrial-militar que praticam destruir os lugares onde surgiram as civilizações, parece um recado. Principalmente agora, quando se percebe que a crise civilizatória deste tempo especial que estamos vivendo não é só um impasse econômico, financeiro, religioso ou de raças, isto tudo é conseqüência. Trata-se de uma crise ética civilizatória. A consciência do ser humano posta em cheque.
Ética vem do grego Ethos. Ethos significa morada. A percepção demorou, mas está se dando agora, quando a Raça Humana pela primeira vez penetrou o espaço sideral: o que estamos fazendo, conosco mesmos e com a nossa morada cósmica, o planeta Terra?
Um Galileu de agora, o cientista Albert Einstein na sua Teoria da Relatividade já informou de outra mudança da percepção dimensional: o espaço-tempo, assim chamada por ele a quarta dimensão do espaço. Percorrer o espaço viaja-se no tempo?
Felizmente ninguém se lembrou de botar o Einstein na fogueira, mas estão botando fogo no mundo. Estas mudanças são radicais.
Preparemo-nos. Urge uma nova civilização necessariamente fundada na ética. Já imaginaram no que pode dar isto?
Mauro Halfeld dos Guaranys
Arquiteto-urbanista / Professor Universitário
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quinta-feira, 8 de janeiro de 2009
A sociedade está em mudança
Ao analisar-se vários comportamentos de pessoas públicas, com maior visibilidade na Comunicação Social, nomeadamente de políticos que foram «bafejados» por enriquecimento rápido, na gestão de empresas públicas ou privadas com negócios com o Estado, é-se tentado a concluir que o dinheiro é o farol dessa gente ao qual tudo subordina. A sociedade em geral tem evidenciado que os valores éticos e morais têm sido postergados e dado lugar ao dinheiro e a tudo o que com ele se relacione.
Mas, felizmente, surgem no horizonte sinais de mudança com a esperança de que a juventude (que alguns dizem ser rasca) está a ver a miséria moral da vida da geração dos seus pais e pretende dar uma volta para a recuperação de valores que eram válidos e respeitados nos tempos da geração dos seus avós.
Há dias, foi aqui publicado o post «Já estamos na nova Era», que mostra existirem sinais de alterações que irão ser profundas e que irão muito além das tecnologias, indo ao âmago das convicções e dos comportamentos sociais. Poderá ser um remédio para o stress moderno, a vida em correria sem sentido racional, em que as pessoas se esfalfam para ganhar mais dinheiro e o esbanjam em actividades de ostentação que, em vez de criarem descontracção e felicidade, ainda aumentam mais a obsessão de dilatar a riqueza material. É o culto do TER em prejuízo do SER.
Muitas vozes se levantam a denunciar este estado de loucura e, felizmente, já estão a aparecer sinais muito positivos de que os jovens estão atentos à irracionalidade da vida actual, pensam e condenam os males existentes, concluindo que são eles os responsáveis pela vida de amanhã, a qual eles desejam ser melhor do que a de hoje. E deitam mãos à obra.
Escrevo isto, com convicção, com esperança na capacidade da juventude, como aqui já referi muitas vezes enfatizando os poucos mas significativos exemplos de valor. Hoje o artigo do DN «Alunos do superior põem carreira aliciante à frente do vencimento» diz que, num inquérito a alunos do Ensino Superior, 41,4% dos 11 639 alunos inquiridos apontam como determinante para a prossecução dos estudos o propósito de adquirir conhecimentos que permitam uma carreira aliciante, enquanto apenas 8,4% o fazem apenas para conseguir emprego com um bom salário. É gratificante para quem alimenta esta esperança verificar serem aspectos morais de bem-estar e felicidade os principais factores na decisão de quem ingressa nas universidades e institutos politécnicos.
Oxalá estas conclusões do primeiro estudo sobre a Avaliação Nacional da Satisfação dos Estudantes do Ensino Superior desenvolvido em Portugal venham a corresponder inteiramente a uma reabilitação de valores que têm sido ignorados por aqueles que arrastaram o mundo para a actual crise financeira e para a falência de inúmeras empresas que deixaram milhares de desempregados.
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A. João Soares
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sexta-feira, 2 de janeiro de 2009
Já estamos na nova Era
Um texto recebido por e-mail e que merece ser meditado, olhando à nossa volta para confirmar estes sinais da «revolução» que está em marcha. O texto deve ter sido escrito antes da baixa do petróleo, mas, apesar disso, não perde actualidade no raciocínio.
Uma nova Era já começou!
por Carlos_Lacerda
Está a acontecer na nossa rua e à nossa volta, e ainda não percebemos que a Revolução, uma nova Era, já começou!
As pessoas andam um bocado distraídas! Não deram conta que, há cerca de 3 meses, começou a Revolução! Não! Não me refiro a nenhuma figura de estilo, nem escrevo em sentido figurado! Falo mesmo da Revolução "a sério" e em curso, que estamos a viver, mas da qual andamos distraídos (desprevenidos) e não demos conta do que vai implicar. Mas falo, seguramente, duma Revolução!
De facto, há cerca de 3 ou 4 meses, começaram a dar-se alterações profundas, e de nível global, em 10 dos principais factores que sustentam a sociedade actual. Num processo rápido e radical, que resultará em algo novo, diferente e porventura traumático, com resultados visíveis dentro de 6 a 12 meses… E que irá mudar as nossas sociedades e a nossa forma de vida nos próximos 15 ou 25 anos!
… tal como ocorreu noutros períodos da história recente: no status político-industrial saído da Europa do pós-guerra, nas alterações induzidas pelo Vietname/ Woodstock/ Maio de 68 (além e aquém Atlântico), ou na crise do petróleo de 73.
Estamos a viver uma transformação radical, tanto ou mais profunda do que qualquer uma destas! Está a acontecer na nossa rua e à nossa volta, e ainda não percebemos que a Revolução já começou!
Façamos um rápido balanço da mudança, e do que está a acontecer aos "10 factores":
1º- A Crise Financeira Mundial: desde há 8 meses que o Sistema Financeiro Mundial está à beira do colapso (leia-se "bancarrota") e só se tem aguentado porque os 4 grandes Bancos Centrais mundiais - a FED, o BCE, o Banco do Japão e o Tesouro Britânico - têm injectado (eufemismo que quer dizer: "emprestado virtualmente à taxa zero") montantes astronómicos e inimagináveis no Sistema Bancário Mundial, sem o qual este já teria ruído como um castelo de cartas. Ainda ninguém sabe o que virá, ou como irá acabar esta história !...
2º- A Crise do Petróleo: Desde há 6 meses que o petróleo entrou na espiral de preços. Não há a mínima ideia/teoria de como irá terminar. Duas coisas são porém claras: primeiro, o petróleo jamais voltará aos níveis de 2007 (ou seja, a alta de preço é adquirida e definitiva, devido à visão estratégica da China e da Índia que o compram e amealham!) e começarão rapidamente a fazer sentir-se os efeitos dos custos de energia, de transportes, de serviços. Por exemplo, quem utiliza frequentemente o avião, assistiu há 2 semanas a uma subida no preço dos bilhetes de… 50% (leu bem: cinquenta por cento). É escusado referir as enormes implicações sociais deste factor: basta lembrar que por, exemplo, toda a indústria de férias e turismo de massas para as classes médias (que, por exemplo, em Portugal ou Espanha representa 15% do PIB) irá virtualmente desaparecer em 12 meses! Acabaram as viagens de avião baratas (…e as férias massivas!), a inflação controlada, etc…
3º- A Contracção da Mobilidade: fortemente afectados pelos preços do petróleo, os transportes de mercadorias irão sofrer contracção profunda e as trocas físicas comerciais (que sempre implicam transporte) irão sofrer fortíssima retracção, com as óbvias consequências nas indústrias a montante e na interpenetração económica mundial.
4º- A Imigração: a Europa absorveu nos últimos 4 anos cerca de 40 milhões de imigrantes, que buscam melhores condições de vida e formação, num movimento incessante e anacrónico (os imigrantes são precisos para fazer os trabalhos não rentáveis, mas mudam radicalmente a composição social de países-chave como a Alemanha, a Espanha, a Inglaterra ou a Itália). Este movimento irá previsivelmente manter-se nos próximos 5 ou 6 anos! A Europa terá em breve mais de 85 milhões de imigrantes que lutarão pelo poder e melhor estatuto sócio-económico (até agora, vivemos nós em ascensão e com direitos à custa das matérias-primas e da pobreza deles)!
5º- A Destruição da Classe Média: quem tem oportunidade de circular um pouco pela Europa apercebe-se que o movimento de destruição das classes médias (que julgávamos estar apenas a acontecer em Portugal e à custa deste governo) está de facto a "varrer" o Velho Continente! Em Espanha, na Holanda, na Inglaterra ou mesmo em França os problemas das classes médias são comuns e (descontados alguns matizes e diferente gradação) as pessoas estão endividadas, a perder rendimentos, a perder força social e capacidade de intervenção.
6º- A Europa Morreu: embora ainda estejam a projectar o cerimonial do enterro, todos os Euro-Políticos perceberam que a Europa moribunda já não tem projecto, já não tem razão de ser, que já não tem liderança e que já não consegue definir quaisquer objectivos num "caldo" de 27 países com poucos ou nenhuns traços comuns!... Já nenhum Cidadão Europeu acredita na "Europa", nem dela espera coisa importante para a sua vida ou o seu futuro! O "Requiem" pela Europa e dos "seus valores" foi chão que deu uvas: deu-se há dias na Irlanda!
7º- A China ao assalto! Contou-me um profissional do sector: a construção naval ao nível mundial comunicou aos interessados a incapacidade em satisfazer entregas de barcos nos próximos 2 anos, porque TODOS os estaleiros navais do Mundo têm TODA a sua capacidade de construção ocupada por encomendas de navios… da China. O gigante asiático vai agora "atacar" o coração da Indústria europeia e americana (até aqui foi just a joke…). Foram apresentados, há dias, no mais importante Salão Automóvel mundial, os novos carros chineses. Desenhados por notáveis gabinetes europeus e americanos, Giuggiaro e Pininfarina incluídos, os novos carros chineses são soberbos, réplicas perfeitas de BMWs e de Mercedes (eu já os vi!) e vão chegar à Europa entre os 8.000 e os 19.000 euros! E quando falamos de Indústria Automóvel ou Aeroespacial europeia…helás! Estamos a falar de centenas de milhar de postos de trabalhos e do maior motor económico, financeiro e tecnológico da nossa sociedade. À beira desta ameaça, a crise do têxtil foi uma brincadeira de crianças! (Os chineses estão estrategicamente em todos os cantos do mundo a escoar todo o tipo de produtos da China, que está a qualificá-los cada vez mais).
8º- A Crise do Edifício Social: As sociedades ocidentais terminaram com o paradigma da sociedade baseada na célula familiar! As pessoas já não se casam, as famílias tradicionais desfazem-se a um ritmo alucinante, as novas gerações não querem laços de projecto comum, os jovens não querem compromissos, dificultando a criação de um espírito de estratégias e actuação comum…
9º- O Ressurgir da Rússia/Índia: para os menos atentos: a Rússia e a Índia estão a evoluir tecnológica, social e economicamente a uma velocidade estonteante! Com fortes lideranças e ambições estratégicas, em 5 anos ultrapassarão a Alemanha!
10º- A Revolução Tecnológica: nos últimos meses o salto dado pela revolução tecnológica (incluindo a biotecnologia, a energia, as comunicações, a nano tecnologia e a integração tecnológica) suplantou tudo o previsto e processou-se a um ritmo 9 vezes superior à média dos últimos 5 anos!
Eis pois, a Revolução!
Tal como numa conta de multiplicar, estes dez factores estão ligados por um sinal de "vezes" e, no fim, têm um sinal de "igual". Mas o resultado é ainda desconhecido e… imprevisível. Uma coisa é certa: as nossas vidas vão mudar radicalmente nos próximos 12 meses e as mudanças marcar-nos-ão (permanecerão) nos próximos 10 ou 20 anos, forçando-nos a ter carreiras profissionais instáveis, com muito menos promoções e apoios financeiros, a ter estilos de vida mais modestos, recreativos e ecológicos.
Contrariamente a um comentador que muito estimo pelo seu brilho e inteligência (Carlos Magno, programa "Contraditório" da "Antena 1", 13 de Junho) eu não acho que o Mundo está "a entrar num crepúsculo" (sic).
Espera-nos o Novo! Como em todas as Revoluções!
Um conselho final: é importante estar aberto e dentro do Novo, visionando e desfrutando das suas potencialidades! Da Revolução! Ir em frente! Sem medo!
Afinal, depois de cada Revolução, o Mundo sempre mudou para melhor!...
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sábado, 6 de setembro de 2008
Entrada na Nova Era
De autor desconhecido, recebido por e-mail
Está a acontecer na nossa rua e à nossa volta e ainda não percebemos que a Revolução, uma nova Era já começou!
As pessoas andam um bocado distraídas! Não deram conta de que há uns meses começou a Revolução!
Não! Não me refiro a nenhuma figura de estilo, nem escrevo em sentido figurado! Falo mesmo da Revolução 'a sério' e em curso, que estamos a viver, mas da qual andamos distraídos (desprevenidos) e não demos conta do que vai implicar.
Mas falo, seguramente, duma Revolução!
De facto, há cerca de 10 ou 12 meses começaram a dar-se alterações profundas e de nível global, em 10 dos principais factores que sustentam a sociedade actual. Num processo rápido e radical, que resultará em algo novo, diferente e porventura traumático, com resultados visíveis dentro de 6 a 12 meses. E que irá mudar as nossas sociedades e a nossa forma de vida nos próximos 15 ou 25 anos!
Tal como ocorreu noutros períodos da história recente: no status político-industrial saído da Europa do pós-guerra, nas alterações induzidas pelo Vietname/ Woodstock/ Maio de 68 (além e aquém Atlântico), ou na crise do petróleo de 73.
Estamos a viver uma transformação radical, tão ou mais profunda do que qualquer uma destas! Está a acontecer na nossa rua e à nossa volta, e ainda não percebemos que a Revolução já começou! Façamos um rápido balanço da mudança, e do que está a acontecer aos'10 factores':
1º- A Crise Financeira Mundial:
Desde há 8 meses que o Sistema Financeiro Mundial está à beira do colapso (leia-se 'bancarrota') e só se tem aguentado porque os 4 grandes Bancos Centrais mundiais - a FED, o BCE, o Banco do Japão e o Tesouro Britânico - têm injectado (eufemismo que quer dizer: 'emprestado virtualmente à taxa zero') montantes astronómicos e inimagináveis no Sistema Bancário Mundial, sem o qual este já teria ruído como um castelo de cartas. Ainda ninguém sabe o que virá, ou como irá acabar esta história !...
2º- A Crise do Petróleo:
Desde há 6 meses que o petróleo entrou na espiral de preços. Não há a mínima ideia/teoria de como irá terminar.
Duas coisas são porém claras: primeiro, o petróleo jamais voltará aos níveis de 2007 (ou seja, a alta de preço é adquirida e definitiva, devido à visão estratégica da China e da Índia que o compram e amealham!) e começarão rapidamente a fazer sentir-se os efeitos dos custos de energia, de transportes, de serviços. Por exemplo, quem utiliza frequentemente o avião, assistiu há 2 semanas a uma subida no preço dos bilhetes de 50% (leu bem: cinquenta por cento) (!!!). É escusado referir as enormes implicações sociais deste factor: Basta lembrar que, por exemplo, toda a indústria de férias e turismo de massas para as classes médias (que, por exemplo em Portugal ou Espanha representa 15% do PIB) irá virtualmente desaparecer em 12 meses!
Acabaram as viagens de avião baratas (e as férias massivas!), a inflação controlada, etc.
3º- A Contracção da Mobilidade:
Fortemente afectados pelos preços do petróleo, os transportes de mercadorias irão sofrer contracção profunda e as trocas físicas comerciais (que sempre implicam transporte) irão sofrer fortíssima retracção, com as óbvias consequências nas indústrias a montante e na interpenetração económica mundial.
4º- A Imigração:
A Europa absorveu, nos últimos 4 anos, cerca de 40 milhões de imigrantes, que buscam melhores condições de vida e formação, num movimento incessante e anacrónico (os imigrantes são precisos para fazer os trabalhos não rentáveis, mas mudam radicalmente a composição social de países-chave como a Alemanha, a Espanha, a Inglaterra ou a Itália). Este movimento irá previsivelmente manter-se nos próximos 5 ou 6 anos! A Europa terá em breve mais de 85 milhões de imigrantes que lutarão pelo poder e melhor estatuto sócio-económico (até agora, vivemos nós em ascensão e com direitos à custa das matérias-primas e da pobreza deles)!
5º- A Destruição da Classe Média:
Quem tem oportunidade de circular um pouco pela Europa apercebe-se que o movimento de destruição das classes médias (que julgávamos estar apenas a acontecer em Portugal e à custa deste governo) está de facto a 'varrer' o Velho Continente!
Em Espanha, na Holanda, na Inglaterra ou mesmo em França, os problemas das classes médias são comuns e (descontados alguns matizes e diferente gradação) as pessoas estão endividadas, a perder rendimentos, a perder força social e capacidade de intervenção.
6º- A Europa Morreu:
Embora ainda estejam a projectar o cerimonial do enterro, todos os Euro-Políticos perceberam que a Europa moribunda já não tem projecto, já não tem razão de ser, que já não tem liderança e que já não consegue definir quaisquer objectivos num 'caldo' de 27 países com poucos ou nenhuns traços comuns!... Já nenhum Cidadão Europeu acredita na 'Europa', nem dela espera coisa importante para a sua vida ou o seu futuro! O 'Requiem' pela Europa e dos 'seus valores' foi chão que deu uvas: deu-se há dias na Irlanda!
7º- A China ao assalto!
Contou-me um profissional do sector: A construção naval ao nível mundial comunicou aos interessados a incapacidade de satisfazer entregas de barcos nos próximos 2 anos, porque TODOS os estaleiros navais do Mundo têm TODA a sua capacidade de construção ocupada por encomendas de navios da China. O gigante asiático vai agora 'atacar' o coração da Indústria europeia e americana (até aqui foi just a joke.).
Foram apresentados há dias no mais importante Salão Automóvel mundial os novos carros chineses.
Desenhados por notáveis gabinetes europeus e americanos, Giuggiaro e Pininfarina incluídos, os novos carros chineses são soberbos, réplicas perfeitas de BMWs e de Mercedes (eu já os vi!) e vão chegar à Europa entre os 8.000 e os 19.000 euros! E quando falamos de Indústria Automóvel ou Aeroespacial europeia, helás! Estamos a falar de centenas de milhar de postos de trabalhos e do maior motor económico, financeiro e tecnológico da nossa sociedade. À beira desta ameaça, a crise do têxtil foi uma brincadeira de crianças! (Os chineses estão estrategicamente em todos os cantos do mundo a escoar todo o tipo de produtos da China, que está a qualificá-los cada vez mais).
8º- A Crise do Edifício Social:
As sociedades ocidentais terminaram com o paradigma da sociedade baseada na célula familiar! As pessoas já não se casam, as famílias tradicionais desfazem-se a um ritmo alucinante, as novas gerações não querem laços de projecto comum, os jovens não querem compromissos, dificultando a criação de um espírito de estratégias e actuação comum.
9º- O Ressurgir da Rússia/Índia:
Para os menos atentos: a Rússia e a Índia estão a evoluir tecnológica, social e economicamente a uma velocidade estonteante! Com fortes lideranças e ambições estratégicas, em 5 anos ultrapassarão a Alemanha!
10º- A Revolução Tecnológica:
Nos últimos meses o salto dado pela revolução tecnológica (incluindo a biotecnologia, a energia, as comunicações, a nano tecnologia e a integração tecnológica) suplantou tudo o previsto e processou-se a um ritmo 9 vezes superior à média dos últimos 5 anos!
Eis pois, a Revolução!
Tal como numa conta de multiplicar, estes dez factores estão ligados por um sinal de 'vezes' e, no fim, têm um sinal de 'igual'.
Mas o resultado é ainda desconhecido e imprevisível. Uma coisa é certa: as nossas vidas vão mudar radicalmente nos próximos 12 meses e as mudanças marcar-nos-ão (permanecerão) nos próximos 10 ou 20 anos, forçando-nos a ter carreiras profissionais instáveis com muito menos promoções e apoios financeiros, a ter estilos de vida mais modestos, recreativos e ecológicos.
Contrariamente a um comentador muito estimado pelo seu brilho e inteligência (Carlos Magno, programa 'Contraditório' da 'Antena 1', 13 de Junho) eu não acho que o Mundo está 'a entrar num crepúsculo' (sic).
Espera-nos o Novo!...Como em todas as Revoluções!
terça-feira, 8 de julho de 2008
Mais uma achega para o «iluminismo do séc XXI»
Transcrevo este texto recebido por e-mail por nos ajudar a estar abertos às mudanças em curso na humanidade que preconizam uma era diferente daquilo que se tem passado. Já aqui em 4 de Junho, no post Iluminismo do século XXI !!!, se pretendia levantar um pouco o véu que encobre a mudança em curso. O texto que se segue não precisa das minhas notas finais.
Começou a revolução!
por Carlos_Lacerda
Está a acontecer na nossa rua e à nossa volta, e ainda não percebemos que a Revolução já começou!
As pessoas andam um bocado distraídas! Não deram conta que há cerca de 3 meses começou a Revolução! Não! Não me refiro a nenhuma figura de estilo, nem escrevo em sentido figurado! Falo mesmo da Revolução 'a sério' e em curso, que estamos a viver, mas da qual andamos
distraídos (desprevenidos) e não demos conta do que vai implicar. Mas falo, seguramente, duma Revolução!
De facto, há cerca de 3 ou 4 meses começaram a dar-se alterações profundas, e de nível global, em 10 dos principais factores que sustentam a sociedade actual. Num processo rápido e radical, que resultará em algo novo, diferente e porventura traumático, com resultados visíveis dentro de 6 a 12 meses - tal como ocorreu noutros períodos da história recente: no status político-industrial saído da Europa do pós-guerra, nas alterações induzidas pelo Vietname/ Woodstock/ Maio de 68 (além e aquém Atlântico), ou na crise do petróleo de 73 - E que irá mudar as nossas sociedades e a nossa forma de vida nos próximos 15 ou 20 anos!
Estamos a viver uma transformação radical, tanto ou mais profunda do que qualquer uma destas!
Está a acontecer na nossa rua e à nossa volta, e ainda não percebemos que a Revolução já começou!
Façamos um rápido balanço da mudança, e do que está a acontecer aos '10 factores':
1º- A Crise Financeira Mundial: desde há 8 meses que o Sistema Financeiro Mundial está à beira do colapso (leia-se 'bancarrota') e só se tem aguentado porque os 4 grandes Bancos Centrais mundiais – a FED, o BCE, o Banco do Japão e o Tesouro Britânico - têm injectado
(eufemismo que quer dizer: 'emprestado virtualmente à taxa zero') montantes astronómicos e inimagináveis no Sistema Bancário Mundial, sem o qual este já teria ruído como um castelo de cartas. Ainda ninguém sabe o que virá, ou como irá acabar esta história !...
2º- A Crise do Petróleo: Desde há 6 meses que o petróleo entrou na espiral de preços. Não há a mínima teoria de como irá terminar. Duas coisas são porém claras: primeiro, o petróleo jamais voltará aos níveis de 2007 (ou seja, a alta de preço é adquirida e definitiva!) e começarão rapidamente a fazer sentir-se os efeitos dos custos de energia. Por exemplo, quem utiliza frequentemente o avião, assistiu há 2 semanas a uma subida no preço dos bilhetes de* 50% (leu bem: cinquenta por cento).
É escusado referir as enormes implicações sociais deste factor: basta lembrar que por exemplo toda a indústria de férias e turismo de massas para as classes médias (que, por exemplo, em Portugal ou Espanha representa 15% do PIB) irá virtualmente desaparecer em 12 meses!
Acabaram as viagens de avião baratas (*e as férias massivas!)
3- A Contracção da Mobilidade: fortemente afectados pelos preços do petróleo, os transportes de mercadorias irão sofrer contracção profunda e as trocas físicas comerciais (que sempre implicam transporte) irão sofrer fortíssima retracção, com as óbvias consequências nas indústrias a montante e na interpenetração económica mundial.
4- A Imigração: a Europa absorveu nos últimos 4 anos cerca de 40 milhões de imigrantes, num movimento incessante e anacrónico (os imigrantes são precisos para fazer os trabalhos não rentáveis, mas mudam radicalmente a composição social de países-chave como a Alemanha, a
Espanha, a Inglaterra ou a Itália). Este movimento irá previsivelmente manter-se nos próximos 5 ou 6 anos! A Europa terá em breve mais de 85 milhões de imigrantes!
5º- A Destruição da Classe Média: quem tem oportunidade de circular um pouco pela Europa apercebe-se que o movimento de destruição das classes médias (que julgávamos estar apenas a acontecer em Portugal) está de facto a 'varrer' o Velho Continente! Em Espanha, na Holanda, na Inglaterra ou mesmo em França os problemas das classes médias são comuns e (descontados alguns matizes e diferente gradação) as pessoas estão endividadas, a perder rendimentos, a perder força social e capacidade de intervenção.
6º- A Europa Morreu: embora ainda estejam projectar o cerimonial do enterro, todos os Euro-Políticos perceberam que a Europa moribunda já não tem projecto, já não tem razão de ser, que já não tem liderança e que já não consegue definir quaisquer objectivos num 'caldo' de 27
países com poucos ou nenhuns traços comuns!... Já nenhum Cidadão Europeu acredita na 'Europa', nem dela espera coisa importante para a sua vida ou o seu futuro! O 'Requiem' pela Europa deu-se há dias na Irlanda!
7º- A China ao assalto! contou-me um profissional do sector: a construção naval ao nível mundial comunicou aos interessados a incapacidade em satisfazer entregas de barcos nos próximos 2 anos, porque TODOS os estaleiros navais do Mundo têm TODA a sua capacidade de construção ocupada por encomendas de navios da China. O gigante asiático vai agora 'atacar' o coração da Indústria europeia e americana (até aqui foi just a joke). Foram apresentados há dias no mais importante Salão Automóvel mundial os novos carros chineses.
Desenhados por notáveis gabinetes europeus e americanos, Giuggiaro e Pininfarina incluídos, os novos carros chineses são soberbos, réplicas perfeitas de BMWs e de Mercedes (eu já os vi!) e vão chegar à Europa entre os 8.000 e os 19.000 euros! E quando falamos de Indústria
Automóvel ou Aeroespacial europeia helás! Estamos a falar de centenas de milhar de postos de trabalhos e do maior motor económico, financeiro e tecnológico da nossa sociedade. À beira desta ameaça, a crise do têxtil foi uma brincadeira de crianças!
8- A Crise do Edifício Social: As sociedades ocidentais terminaram com o paradigma da sociedade baseada na célula familiar! As pessoas já não se casam, as famílias tradicionais desfazem-se a um ritmo alucinante, as novas gerações não querem laços de projecto comum, os jovens não querem compromissos.
9- O Ressurgir da Rússia: para os menos atentos: a Rússia está a evoluir tecnológica, social e economicamente a uma velocidade estonteante! Voltou a encontrar o seu orgulho e tem uma liderança. Em 5 anos ultrapassará a Alemanha!
10- A Revolução Tecnológica: nos últimos meses o salto dado pela revolução tecnológica (incluindo a biotecnologia, a energia, as comunicações, a nanotecnologia e a integração tecnológica) suplantou tudo o previsto e processou-se a um ritmo 9 vezes superior à média dos
últimos 5 anos!
Eis, pois, a Revolução!
Tal como numa conta de multiplicar, estes dez factores estão ligados por um sinal de 'vezes' e no fim têm um sinal de 'igual'. Mas o resultado é ainda desconhecido e imprevisível.
Uma coisa é certa; as nossas vidas vão mudar radicalmente nos próximos 12 meses e as mudanças marcar-nos-ão (permanecerão) nos próximos 10 ou 15 anos.
Contrariamente a um comentador que muito estimo pelo seu brilho e inteligência (Carlos Magno, programa 'Contraditório' da 'Antena 1', 13 de Junho) eu não acho que o Mundo está 'a entrar num crespúsculo' (sic).
Espera-nos o Novo! Como em todas as Revoluções!
Um conselho final: é importante estar dentro do Novo! Da Revolução! Ir em frente! Sem medo!
Afinal, depois de cada Revolução, o Mundo sempre mudou para melhor!
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