quarta-feira, 23 de maio de 2007

Morte aos que não adoram Sócrates !!!

Extraído do Portugal Club

Que mil virgens...

... se arrojem a vossos pés todas as noites ansiando por vós serem possuídas!
Que mil estrelas estiolem de inveja face ao vosso brilho!
Que mil pétalas cubram os lugares onde vossos pés passaram!
Que mil Otas sejam construídas para vos glorificar!
Que mil estátuas cobertas de ouro vos sejam erigidas para que todos vos possam admirar!
Tudo e tudo por vós Grande Arquitecto do Universo! (ou melhor Grande Engenheiro do Universo)
Tudo por vós JOSÉ SÓCRATES!!! Verdadeiro Farol de Alexandria que iluminas as nossas vidas!
Pois eu estou danado! Danadíssimo!
Como é que aquela vossa admiradora do Porto tratou com tanta brandura aquele facínora, aquele bandido que ousou dizer uma "graçola" sobre vós. Sim só lhe pôs um processo disciplinar, queixou-se ao Ministério Público, mandou-o embora (escorraçou-o) para a Escola. Que brandura meu Deus!
Sinto-me possuído da raiva vingadora do Marquês de Pombal contra os Távoras. Sinto-me possuído pela crueza de Pedro quando arrancou o coração dos assassinos da bela Inês!. Como os invejo. Aqueles sim sabiam tratar dos incréus! Não não precisavam da polícia, dos processos disciplinares. Faziam justiça e pelas próprias mão.
Eles não perceberam ainda as magníficas palavras dos vossos mais devotos servidores:
"Quem se mete com o PS leva!"
"Habituem-se"!!! jota - Moscavide – Lisboa, in Portugal Club

Algumas achegas:
1. Diz a Directora Regional que "o sr. primeiro-ministro é o primeiro-ministro de Portugal" (in "Público", de 19 de Maio). Digo eu: haverá melhor prova da subserviência da dirigente que prefere o "bufo" ao trabalhador?! Para dizer uma evidência, usa duas vezes o cargo e ainda faz a vénia acrescentando "senhor"... Eu diria mais: «Faz ela muito bem, para conservar o tacho e ter boa avaliação do desempenho. Se das próximas eleições sair um PM de outro partido ela manterá a sua fidelidade canina ao novo ocupante da cadeira. Isto é saber gerir bem a carreira!»

2. Pinho Cardão, deputado do PSD disse dele: "Entre parêntesis, gostaria de dizer que conheci o dr. Fernando Charrua na Assembleia da República, nos pouco mais de dois anos que por lá passei, e muito gostei da qualidade do seu trabalho, do seu empenho em bem fazer, acompanhado de um constante ar jovial." Eu diria ainda: «Os malandros apoiam-se. O Charrua, um facínora, não merece que alguém esteja do seu lado contra a Directora Regional e o sacratíssimo patrão de S. Bento que ela adora». Morte aos infiéis, incrédulos, sacrílegos, iconoclastas, ateus que não adoram o grande ‘inginheiro’ do Universo!»

3. do blog O Sino da Aldeia: «A senhora directora, cuidando que ia agradar ao seu primeiro-ministro, acabará nesta história muito pior do que o "seu funcionário". Esta é a minha previsão.
E porquê, perguntarão?

O senhor primeiro-ministro não terá gostado mesmo nada do que sucedeu, sobretudo pela onda de revolta que gerou. Na actual conjuntura, convirá muito mais ao senhor primeiro-ministro convencer os portugueses de que é um democrata e de que consegue conviver com uma brincadeira em relação à sua pessoa.

A censura só existe quando os governos e os governantes são prepotentes, fracos ou têm uma débil base de sustentação.

Poderá, então, o senhor PM agir de outra forma que não seja "desculpar" o atrevimento de um e "punir" o excesso de zelo da "sua funcionária" directora geral'?

9 comentários:

Anónimo disse...

Gostei do último comentário, mas confesso que podemos dizer as verdades, sem insultar alguém!

Veja o post que coloquei no Aromas de Portugal"!

Abraço
MR

A. João Soares disse...

Caro Relvas.
As notas a verde são extractos de várias origens. Gostei das últimas, mas não tinha digerido bem as últimas linhas que eram abrasivas demais. Agradecendo a sua observação, já as retirei.
Um abraço
AJS

Anónimo disse...

Foi pior a emenda que o soneto, como diria Bocage. A tal senhora prestou um péssimo serviço ao "engenheiro". Foi mexer na m...
E, como se sabe, quanto mais nela se mexe, mais ela cheira.
Neste caso, ainda bem...

A. João Soares disse...

É pena que falte senso na cabeça de pessoas que ocupam cargos que era suposto serem de responsabilidade.
Mas, para compensar, continua no MAI o Sr. Ascenso, embora por vezes também não evidencie que há senso !!!
Já começo a ter receio de usar a ironia!!!
Um abraço

Anónimo disse...

Caro João Soares, eu disse-lhe que tinha gostado do último comentário, não o contrário. Quando me referi ao insulto era sobre o caso do professor, que acusam de ter chamado de filho da p... o nosso 1º!Mas as dúvidas continuam.Coloque lá tudo no sítio, caro AJS, sou contra a censura, apenas acho que podemos dizer o que nos apetecer, sem inflingir palavrões banais.

Por amor de Deus, homem, acha-me com cara de censura??

Aqui fica amigo Jão Soares mais esta achega, relançando a dúvida:

"A directora regional fez perseguição política"
HernÂni Pereira / dn

Fernando Charrua voltou ao Carolina Michaëlis depois de 19 anos colocado na DREN


Raquel de Melo Pereira *

Nega ter insultado o primeiro-ministro e acusa a directora regional de Educação do Norte de perseguição política. Desde que foi conhecido o caso, o telefone da Escola Carolina Michaëlis não pára de tocar. A resposta é inevitavelmente a mesma "O Dr Fernando Charrua não está". Um corridinho de telefonemas e jornalistas à porta… Também eles querem conhecer melhor o protagonista da história. Este diz-se feliz por ter voltado ao contacto com os alunos e a aguardar o resultado da providência cautelar que interpôs na sequência da suspensão.



O que é que ditou o seu afastamento da DREN?

Acho que a directora regional me fez perseguição política e fê-lo porque eu fui deputado do PSD.



A frase incluída na acusação corresponde à que proferiu?

A frase que eu proferi no dia 19 nada tem a ver com o que li nos jornais. O insulto à mãe do primeiro-ministro, que vem hoje (ontem) nos jornais, é o que está na acusação. Mas eu nunca disse nada do género! "Pintaram" isto assim, maldosamente. A directora regional deve ter ficado toda contente, julgando estar a prestar um grande serviço ao país, mas causou um grande problema ao engenheiro Sócrates.



Afinal, o que se passou?

No dia 23 de Abril, pouco depois das 9 horas, quando cheguei à DREN, disseram-me para ir ao gabinete da directora. Antes, fui ao meu gabinete, liguei o computador e estava bloqueado. Com todos os meus dados pessoais, o IRS a meio, dados de contas bancárias… Achei estranho. O meu era o único computador bloqueado. O que pode querer dizer que no fim-de-semana o andaram a espiolhar. São atitudes que não se vêem há pelo menos 33 anos.



Quando foi ter com a directora regional, o que é que ela lhe disse?

Disse que tinha provas de que eu insultava o primeiro-ministro dentro e fora da DREN. Mais espantado fiquei, porque eu não tinha insultado o PM dentro da direcção regional e,"lá fora", mesmo que o tivesse feito, isso não lhe dizia respeito. Ela deu-me duas hipóteses ou me demitia (e eu não percebi, uma vez que não tinha cargo nenhum) ou me instaurava um processo disciplinar, suspendendo-me preventivamente. Eu não disse uma palavra. Agradeci às pessoas presentes na sala (a directora e os seus dois adjuntos) e saí.



Fez algum comentário dentro das instalações da DREN à licenciatura de José Sócrates?

Toda a gente fez. O PM não se deve sentir ofendido pelas anedotas. Hoje já ninguém se lembra disso. Passou! O que eu fiz foi um comentário, dentro de um gabinete, em privado, com um colega que conheço há 15 anos, que é meu amigo e assessor da directora regional. Estávamos a falar de trabalho e lembrei-me de lhe dizer - amaldiçoo a hora - "se precisares de um doutoramento, nem que seja falso, manda-me por fax".



Não foi um insulto?

Evidentemente, não. Eu tenho pelo PM algum apreço. Convivi três anos com ele, na bancada do lado na AR. Ele, na altura, era deputado. Não tenho nada contra ele e longe de mim insultá-lo. Não faz o meu estilo dizer um disparate desses no meio de um gabinete e a despropósito. O que fiz foi um comentário, no 1.º andar da DREN, quando estava a falar com um dos dois assessores da directora. Entretanto, chegou outro com quem não falei. Julgo que o que disse lá dentro não se podia ouvir cá fora. Eu fui almoçar com o meu director de serviço nesse dia e no seguinte e nunca mais se falou no assunto. Só na segunda-feira fui confrontado pela directora regional com uma queixa. É extraordinário! Ainda hoje estou para saber o que aconteceu…

* Jornalista da TSF

Abraço
MR

Anónimo disse...

E João Soares, a saga continua, já ninguém ouve falar na Casa Pia e no Apito Dourado, no envelope 9, acabou-se a corrupção nas câmaras e enfim:

Aqui fica:





Cavaco Silva quer ver caso da anedota esclarecido



ÂNGELA MARQUES - DN


Ninguém contou a anedota sobre Sócrates ao Presidente da República, mas este quer vê-la esclarecida. Disse-o ontem, poucas horas depois de o primeiro-ministro, a alegada vítima do insulto de um professor e ex-deputado do PSD entretanto suspenso, ter garantido que não deixará que alguém seja sancionado por uso da liberdade de expressão. No dia em que a Direcção Regional de Educação do Norte (DREN) reafirmou que o inquérito instaurado a Fernando Charrua foi originado por um "insulto" feito dentro das instalações daquele organismo, Cavaco exigiu um esclarecimento.

"Eu não sei o que o professor disse ou não disse. Se foi uma piada em relação a um político, como é frequente no nosso país, espero que o mal-entendido seja rapidamente esclarecido", afirmou Cavaco, à margem do 6.º Congresso Europeu de Medicina Interna. Pouco antes, na Assembleia da República, o primeiro-ministro lamentava a situação, frisando que o Governo não permitirá sanções por exercício do direito à liberdade de expressão.

"Só tenho notícia desse caso pelos jornais e lamento o que aconteceu. Mas quero garantir aos portugueses que nem o Governo, nem alguma instituição deste País, deixará que alguém seja sancionado por uso do direito à liberdade de expressão", afirmou Sócrates. Que adiantou que não acompanha processos disciplinares movidos por instituições do Estado aos seus funcionários. Também o Ministério da Educação se demarcou da decisão da DREN.

As reacções do PR e do PM surgiram no dia em que a DREN reafirmou a sua posição: "A directora regional entende que é inadmissível que um professor se expresse nos termos em que aquele o fez, seja sobre o primeiro-ministro ou sobre qualquer outra pessoa."

Em comunicado, a DREN "insiste que o insulto não tem absolutamente nada a ver com anedotas ou a licenciatura do primeiro-ministro", mas não esclarece o teor do que entende ter sido um insulto, nem se este visava a mãe de José Sócrates. Segundo Charrua, o que disse foi: "Agora quem precisar de um doutoramento manda o certificado por fax; só por fax, caso contrário não vale."

Charrua interpôs uma providência cautelar, mas entretanto já foi transferido para a biblioteca da Escola Secundária Carolina Michaelis, no Porto.|

A. João Soares disse...

O ponto indicado pelo M Relvas mostra a pouca qualidade dos nossos jornalistas. Exageram a ênfase de um acontecimento e esquecem tudo o resto que, dessa forma, deixa de ter importância. E na verdade, os grandes casos nacionais nunca são convenientemente escalpelizados, como os pormenores do ensino, da saúde, da Justiça, da corrupção oculta nas empresas municipais, no compadrio das nomeações de assessores que, mesmo sendo muitos ou talvez por isso, não impedem o défice e os erros sucessivos, etc.
Abraços
A. João Soares

Eric Lung disse...

Ola amigo Soares,
gosto muito de usar a palavra que a minha sabedora avozinha usava quando a malta lhe arreliava o juízo.
Pergunto-me, ou melhor, pergunto-lhe se usar o termo nortenho de Trás-os-Montes "FODEIBOS!" será ofensa ou insulto?
É que por vezes, quando a mostarda sobe ao nariz do "tuga", é impossível encontrar palavras do dicionário da menina Edite Estrela.
O "fodeibos" da minha avozinha fica sempre bem.
É suficientemente agressivo para fazer corar um homem de barba rija, sendo também um palavrão ao qual se pode reconhecer carinho.
Por exemplo:
A resposta do senhor José Sócrates quando um jornalista lhe pergunta uma vez mais se ele comprou ou se lhe ofereceram o titulo de engenheiro poderia ser:
- Oh! Por favor... Fodeibos!
Ou então, a resposta de um grupo de estudantes quando o mesmo senhor lhes pergunta se eles irão votar nas próximas eleições:
- Oh! A gente na vota... Fodeibos a todos!
Existe aqui um misto de agressividade e carinho que, confesso, me fascina.
Aguardo a sua opinião esperançado que lhe agrade este meu "fodeibos", isto quando não existem outras palavras para expressar a nossa revolta.

A. João Soares disse...

A sua proposta veio fazer-me recuar uma décadas em que ainda não tinha cabelos brancos. Estava eu a recomendar a uns jovens para não abusarem dos palavrões porque o hábito podia resultar em os dizerem inadvertidamente em ocasiões em que não fosse correcto, por poder haver ouvidos sensíveis como agora os da D. Margarida Moreira. E no meio das minhas doces sugestões obtive a expressão do meu amigo Fernando Ribeiro «Não me copule!».
Enfim, com mais ou menos erudição, eles precisam de uma resposta adequada, mesmo que as margaridas pidescas estejam próximas. A própria Pide foi abatida. Tudo acaba neste mundo transitório e, às vezes, mais cedo do que é esperado pelos obcecados.

Um abraço