sexta-feira, 9 de julho de 2021

CLIMA. A NATUREZA NÃO PERDOA

(Public em DIABO nº 2323 de 09-07-2021, pág 16. Por António João Soares)

Apesar da muita publicidade dada à “luta contra as alterações climáticas”, chegando ao ponto de haver reuniões na ONU, com a presença e o discurso do seu Secretário-Geral, ainda não foi indicado nem a causa, nem acções concretas para obter resultado visível. Até à data em que elaboro este texto já aqui publiquei 12 artigos sobre o assunto.

Já encontrei autores qualificados a atribuir as causas das epidemias que têm atacado a humanidade, há mais de um século, ao efeito do aumento na atmosfera de radiações electromagnéticas provocadas pelos modernos equipamentos, dotados de automatismos, principalmente produtores de sinais à distância, como sensores, radares, transmissores, retransmissores, etc. O ambiente aéreo está doentiamente contaminado por tais radiações que destroem as células vivas. E os astros da Cintura de Van Allen reagem a tal excesso com as alterações climáticas e há já quem faça a previsão da extinção da vida no sistema solar dentro de pouco mais de um século. E os resultados da tão propalada “luta contra as alterações climáticas” ainda não deram sinais de eficiência. Mas a luta tem dado muita despesa aos contribuintes e pouca divulgação do verdadeiro problema que pretendem resolver e das regras científicas que o explicam.

O meu regresso a este tema depois dos muitos textos já aqui publicados foram algumas notícias que hoje encontrei sobre o assunto. Na República Checa houve um tornado que causou cinco vítimas mortais e centenas de feridos, além de muitos estragos em construções e outro património.

Na ilha de São Miguel nos Açores, a chuva torrencial arrastou uma viatura com duas funcionárias da Santa Casa da Misericórdia, que estavam a caminho de fazer apoio domiciliário a pessoas idosas perto da Povoação e o carro foi encontrado no fundo da ribeira de rodas para o ar e não foram encontradas as ocupantes que continuavam a ser procuradas por Protecção Civil, Bombeiros e, no mar, por elementos da Marinha, com dificuldade, por as condições meteorológicas serem demasiado agressivas. Na praia fora encontrados objectos pessoais das sinistradas. A busca foi interrompida por grandes dificuldades da situação, mas depois foram retomadas, sem resultados positivos.

Em Madagáscar não tem chovido e a seca está a ameaçar de fome mais de 400 mil pessoas. Madagáscar é o primeiro país do mundo onde se passa fome devido ao clima.

Em Alexandria, o desabamento de um prédio causou a morte a quatro mulheres. Talvez resultado de água da chuva ou de falta de cuidado de manutenção em prédio antigo.

 Nos EUA, em Miami, desabou um prédio de 12 andares, provocando cinco vítimas mortais e mais de 159 desaparecidos. O Governo declarou emergência pelo desabamento. O caso deve ser bem averiguado, não tenha acontecido a construção ter começado por um projecto de menos andares e a instalação ter sido aumentada até aos 12 andares, sem a base ter para isso a resistência necessária. Se isso aconteceu assim, nada tem a ver com o tema climático acima focado mas sim com a incompetência do responsável pela obra, imprudência e falta de controlo da obra nos pormenores essenciais. Já se sabe que o prédio tinha “danos estruturais”. Como é que permitiam que ainda estivesse habitado?

Em Washington, uma ponte pedonal colapsou causando vários feridos. Acidentes evitáveis ocorrem também em grandes países ricos, não só nos que carecem de meios técnicos de manutenção.

 Em vez de lutar contra as alterações, climáticas, porque não lutar contra a existência de pessoas irresponsáveis à frente de instituições públicas? ■


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