segunda-feira, 7 de maio de 2007

CML. Carmona foi sincero?

Segundo o JN, a Manifestação de apoio a Carmona foi "flop"

Mais jornalistas do que apoiantes. A manifestação de apoio a Carmona Rodrigues, convocada para ontem, através de um e-mail enviado às redacções e de mensagens de telemóvel postas a circular na passada sexta-feira, foi um "fiasco". A meia dúzia de pessoas que compareceu, às 13 horas, frente aos Paços do Concelho - na maioria alertadas pelas notícias nos jornais e televisões - não escondeu a desilusão e a "decepção" pela falta de gente.

Da meia dúzia de participantes saía a convicção de que a ideia da manifestação foi uma manobra para o armadilhar. Mas, vistas bem as coisas, a população que não esteve para se deslocar ali prestou um grande apoio a António Carmona Rodrigues, dando-lhe força para ele concretizar as palavras que utilizou para informar que não está apegado ao poder. Essas palavras soavam a falso, perante as atitudes que demonstram estar grudado à cadeira de forma inelutável. Mas agora, se tinha sido sincero, não tem outro caminho senão dar realidade a essas palavras.

Claro que não sou tão ingénuo que pensasse que ele tinha falado verdade. Mesmo independente, ele é político e um político perde um dente sempre que diz uma verdade. Aos políticos como ao réu é permitido dizer o que achar mais favorável à sua causa. Já nos habituaram a esta convicção e, agora, temos que procurar perceber o que está para lá das aparências, do «buff», do engodo, da fumaça, das manobras de diversão. O site na Internet e esta manifestação devem ter saído da mente de Carmona e de alguns amigos, mas demonstram pouca habilidade. Deviam ter pedido explicações aos que se opuseram a Strada nas Filipinas que conseguiram os seus intentos, através de manifestações organizadas e convocadas por SMS.

Isto vem comprovar que os portugueses são muito fracos na arte de governar e nem sequer sabem fazer a baixa política em que passam o tempo, com prejuízo dos cidadãos, os tais que são para eles tão insignificantes como a relva os estádios é para os futebolistas. São pisados despreocupadamente, de qualquer maneira, sem dó nem piedade.

5 comentários:

Meg disse...

Que vergonha!
Nunca pensei que se chegasse a tanto!
Lisboa com tantos buracos e não há nenhum onde esses senhores se escondam de vergonha!
Abraço

Anónimo disse...

Parece incrivel que os média só estão onde não devem..

Jorge P. Guedes disse...

MAS ERA DE ESPERAR O QUÊ???

Anónimo disse...

Caro João Soares, digo-lhe que Lisboa é apenas a concentração das atenções... há muitas câmaras que bateram no fundo, mas não tiveram o apoio dos OCS para os lincharem na praça pública.

Veremos o que se passará com outros "arguidos".

O BE consegue fazer o pleno, 1 câmara- uma presidente arguida, mais alguns vereadores do BE...

E por aí... Gondomar, Oeiras, Março Canaveses, Felgueiras, Leiria (...) mais as investigações paralelas a órgãos e empresas municipais de algumas câmaras e até a PM de Braga...

Porque não se demitem todos? Porque os jornais só batem na CML? E na do Porto, ainda sem arguidos?

Que fique bem claro, sou contra o estado de coisas actual, que até já vem lá de trás, mas não concordo, com julgamentos na praça pública.
A ser correcto e iqualitariamente deviam ir todos para o olho da rua, ou avançar rapidamente na justiça de modo a apurar a verdade!

Os corruptos TODOS, só merecem o olho da rua e uma bela cela, com vista para o pátio interno!

Abraços
MR

A. João Soares disse...

Caros Meg, XRéis,JPG e M Relvas,
Agradeço as vossa palavras.
A situação é grave. As gerações futuras serão vítimas das dívidas colossais que vão herdar de uma geração de incompetentes e desonestos.
E o mais grave é que esta lassidão e este desrespeito pelo dinheiro público parece estar generalizado por todo o País. Já não se trata de partidos, mas da sociedade de onde saem estes políticos e onde reina a indiferença, a acomodação, a resignação, que conduz à tal herança negra que vai legar aos filhos e netos.
Está a ser criado um Portugal de amanhã que não será mais que a fossa séptica e céptica da Europa.
Por isso, é preciso, com perseverança, sacudir as pessoas para acordarem da letargia em que andam e começarem a pensar nos problemas sérios do País e da vida dos seus descendentes.

Abraços