Segundo o JN, a Manifestação de apoio a Carmona foi "flop"
Mais jornalistas do que apoiantes. A manifestação de apoio a Carmona Rodrigues, convocada para ontem, através de um e-mail enviado às redacções e de mensagens de telemóvel postas a circular na passada sexta-feira, foi um "fiasco". A meia dúzia de pessoas que compareceu, às 13 horas, frente aos Paços do Concelho - na maioria alertadas pelas notícias nos jornais e televisões - não escondeu a desilusão e a "decepção" pela falta de gente.
Da meia dúzia de participantes saía a convicção de que a ideia da manifestação foi uma manobra para o armadilhar. Mas, vistas bem as coisas, a população que não esteve para se deslocar ali prestou um grande apoio a António Carmona Rodrigues, dando-lhe força para ele concretizar as palavras que utilizou para informar que não está apegado ao poder. Essas palavras soavam a falso, perante as atitudes que demonstram estar grudado à cadeira de forma inelutável. Mas agora, se tinha sido sincero, não tem outro caminho senão dar realidade a essas palavras.
Claro que não sou tão ingénuo que pensasse que ele tinha falado verdade. Mesmo independente, ele é político e um político perde um dente sempre que diz uma verdade. Aos políticos como ao réu é permitido dizer o que achar mais favorável à sua causa. Já nos habituaram a esta convicção e, agora, temos que procurar perceber o que está para lá das aparências, do «buff», do engodo, da fumaça, das manobras de diversão. O site na Internet e esta manifestação devem ter saído da mente de Carmona e de alguns amigos, mas demonstram pouca habilidade. Deviam ter pedido explicações aos que se opuseram a Strada nas Filipinas que conseguiram os seus intentos, através de manifestações organizadas e convocadas por SMS.
Isto vem comprovar que os portugueses são muito fracos na arte de governar e nem sequer sabem fazer a baixa política em que passam o tempo, com prejuízo dos cidadãos, os tais que são para eles tão insignificantes como a relva os estádios é para os futebolistas. São pisados despreocupadamente, de qualquer maneira, sem dó nem piedade.
DELITO há dez anos
Há 53 minutos
5 comentários:
Que vergonha!
Nunca pensei que se chegasse a tanto!
Lisboa com tantos buracos e não há nenhum onde esses senhores se escondam de vergonha!
Abraço
Parece incrivel que os média só estão onde não devem..
MAS ERA DE ESPERAR O QUÊ???
Caro João Soares, digo-lhe que Lisboa é apenas a concentração das atenções... há muitas câmaras que bateram no fundo, mas não tiveram o apoio dos OCS para os lincharem na praça pública.
Veremos o que se passará com outros "arguidos".
O BE consegue fazer o pleno, 1 câmara- uma presidente arguida, mais alguns vereadores do BE...
E por aí... Gondomar, Oeiras, Março Canaveses, Felgueiras, Leiria (...) mais as investigações paralelas a órgãos e empresas municipais de algumas câmaras e até a PM de Braga...
Porque não se demitem todos? Porque os jornais só batem na CML? E na do Porto, ainda sem arguidos?
Que fique bem claro, sou contra o estado de coisas actual, que até já vem lá de trás, mas não concordo, com julgamentos na praça pública.
A ser correcto e iqualitariamente deviam ir todos para o olho da rua, ou avançar rapidamente na justiça de modo a apurar a verdade!
Os corruptos TODOS, só merecem o olho da rua e uma bela cela, com vista para o pátio interno!
Abraços
MR
Caros Meg, XRéis,JPG e M Relvas,
Agradeço as vossa palavras.
A situação é grave. As gerações futuras serão vítimas das dívidas colossais que vão herdar de uma geração de incompetentes e desonestos.
E o mais grave é que esta lassidão e este desrespeito pelo dinheiro público parece estar generalizado por todo o País. Já não se trata de partidos, mas da sociedade de onde saem estes políticos e onde reina a indiferença, a acomodação, a resignação, que conduz à tal herança negra que vai legar aos filhos e netos.
Está a ser criado um Portugal de amanhã que não será mais que a fossa séptica e céptica da Europa.
Por isso, é preciso, com perseverança, sacudir as pessoas para acordarem da letargia em que andam e começarem a pensar nos problemas sérios do País e da vida dos seus descendentes.
Abraços
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