quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

Não podemos acreditar em nada!!!

No artigo do Jornal de Notícias com o título Mitos médicos desmontados pela ciência, da autoria de Helena Norte, é lançado o alerta oriundo do British Medical Journal (www.bmj.com) contra determinados mitos com que temos sido bombardeados insistentemente.

São disto exemplos «beber oito copos de água faz bem à saúde» ou «apenas usamos 10% do nosso cérebro» ou «ler com luz fraca prejudica a visão» ou «cortar cabelo faz com que cresça mais forte».

Segundo o BMJ, apesar de os médicos procurarem convencer os seus clientes destas «verdades», elas carecem de fundamento científico.

Os autores desmontam algumas crenças comuns a partir da evidência científica existente, com o objectivo de alertar os médicos para a necessidade de questionarem as suas convicções e práticas.

A ingestão excessiva de água pode ser perigosa para a saúde. Segundo a mais moderna imagiologia, tanto de cérebros normais como lesionados, mostram que não há qualquer área do nosso encéfalo que esteja completamente adormecida ou inactiva. A baixa luminosidade cria a sensação de dificuldade de focagem e obriga a um esforço maior, mas os efeitos negativos são temporários e é muito pouco provável que causem alterações permanentes na estrutura do olho. Os estudos que procuraram correlacionar o corte do cabelo com a espessura e a rapidez com que renasce demonstraram que não existe qualquer ligação.

Para mais informação, pode ser lido o artigo referido ou o BMJ de que se indica o acesso.

Tira-se a conclusão de que devemos pôr em causa toda a informação que nos chega, comparando com outras origens, principalmente as ligadas a centros científicos ou publicações com credibilidade. Já vi na TV um médico dizer que o melhor óleo alimentar era o de girassol e, alguns anos mais tarde vir afirmar com o mesmo ar doutoral que o melhor óleo é o azeite. A mesma pessoa, movida pelo dinheiro dos contratos, não teve escrúpulos de invocar a ciência que o seu diploma lhe outorgava para nos enganar, de uma das vezes ou das duas.

2 comentários:

A. João Soares disse...

M Relvas,
Embora nada tenha a ver com o texto so Post, trata-se de uma descrição muito real da vida das aldeias do interior.
Abraço

A. João Soares disse...

Tem havido profundas mudanças nos comportamentos das pessoas, quer individual quer colectivamente. Poucas semelhanças se encontram entre o actual e o antigo. Mas sempre houve alterações a evolução nem sempre foi para melhor.
Um abraço