sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

Despesas de ministros pagas com cartão de crédito

Segundo a notícia «Brasil investiga cartões de ministros», no jornal gratuito de hoje «Global», o Senado brasileiro vai discutir a criação de uma comissão parlamentar de inquérito aos gastos dos ministros e altos funcionários do Estado pagos com cartões de crédito.

O líder da bancada da oposição disse: «é necessário investigar os gastos feitos com cartões corporativos para a compra de bijuterias, materiais de piscina, despesas em churrascarias». No Brasil, as despesas feitas pelos ministros com cartões são públicas.

Isto passa-se no Brasil, um país riquíssimo, que só não é uma potência mundial por obstáculos levantados por vizinhos imediatos e da América do Norte, para não o terem como concorrente na comunidade internacional. E entre nós? Como é? Logicamente, como dispomos de menos riqueza, deveríamos ter um controlo mais apertado, a fim de evitar elevados défices orçamentais e de aliviar o peso fiscal sobre os menos abastados. Será que a lógica é traduzida nas realidades quotidianas? Certamente que não (!) pois até há políticos que requereram ao TC que não publique a sua declaração de rendimentos (!)

Este é um bom motivo para reflexão e, certamente, irá mexer nas memórias de muitos acompanhantes de políticos em viagens ao estrangeiro!

3 comentários:

Jorge P. Guedes disse...

AAH!... NAAÃO!....

Um abraço.

Jorge Guedes

A. João Soares disse...

Relacionado com este tema, isto é, como a atracção dos políticos pelos dinheiros públicos e pela corrupção e o enriquecimento ilegítimo, transcrevo uma notícia de hoje no Público.
Enoja-me o SÓ! do título. Para mim 12 já é um número muito exagerado. Bastava um para nos sentirmos repugnados dos políticos que temos. É pena que esses «só» 12 não vissem os seus dados devidamente investigados e fossem condenados pelas falcatruas que não queriam ver publicadas.
Talvez o jornal ao empregar o SÓ, queira significar que são muitos os políticos com pecados semelhantes mas que, ou por falta de coragem ou de ética que não os deixa ver a gravidade da infracção, não fizeram igual pedido senão aqueles «poucos».
Abraço

Só 12 titulares de cargos públicos pediram segredo de dados ao TC
Público. 09.02.2008

O Tribunal Constitucional (TC) revelou ontem que recebeu desde 1995 apenas 12 requerimentos de titulares de cargos públicos que solicitavam que as respectivas declarações de rendimentos e património não fossem tornadas públicas.
"Em 13 anos de vigência da lei que torna obrigatória a entrega no TC da declaração de património e rendimentos aos titulares de cargos públicos, houve 12 requerimentos ao tribunal para que não se divulgassem alguns elementos constantes das respectivas declarações", esclarece o TC em nota enviada à agência Lusa.
O Tribunal Constitucional não revela, no entanto, os nomes dos titulares de cargos políticos que declararam publicamente os seus rendimentos e quais pediram para que não fossem divulgados, como tinha sido requerido na quarta-feira pelo deputado socialista António Galamba.
O pedido do deputado, numa carta dirigida ao presidente do Tribunal Constitucional, surgiu depois de, na terça-feira, o jornal Correio da Manhã ter noticiado que o tribunal indeferiu "dezenas de pedidos" de titulares de cargos políticos solicitando que os seus rendimentos permanecessem secretos.
O TC esclarece agora que, desde a entrada em vigor da lei, mais de 13.000 titulares de cargos públicos apresentaram as respectivas declarações, tendo havido apenas 12 requerimentos solicitando a não divulgação pública de alguns elementos.
Ontem, António Galamba acusou o Tribunal Constitucional de "leviandade no tratamento dos dados" sobre os políticos que pediram que as declarações de rendimentos e património não fossem tornadas públicas.
"A informação completa, dada hoje [ontem] pelo tribunal, deveria ter sido fornecida desde o início", afirmou à agência Lusa, admitindo a necessidade de uma mudança na lei para impedir que possa pedir-se o secretismo da declaração quanto aos rendimentos.
Já o líder parlamentar do PSD disse que encara com "simpatia" a proposta do deputado socialista António Galamba para eliminar as disposições legais que permitem aos políticos pedir para as declarações de rendimento não serem tornadas públicas.
Santana Lopes acrescentou que, à partida, as declarações de rendimentos e património de titulares de cargos políticos "existem para ser tornadas públicas".
António Galamba acusa agora o TC de leviandade, afirmando que os dados já deveriam ter sido divulgados

Anónimo disse...

Vá aldrabar outros meninos...já ninguém tem paciência para ler as suas atrocidades e menoridades...