domingo, 6 de setembro de 2009

Protesto anti-Chávez

Protesto mundial anti-hugo chávez em 46 países

CM. 06 Setembro 2009 - 00h30

Milhares de pessoas saíram este fim-de-semana à rua num denominado ‘Protesto Mundial Não Mais Chávez’, organizado através das redes sociais da internet e que decorreu simultaneamente em 144 cidades de 46 países. Quito, no Equador, foi uma delas.

NOTA: Os ditadores e a generalidade dos governantes autoritários e arrogantes, acabam por perder a sensatez de observar as realidades com clareza e objectividade, e por olharem apenas para o próprio umbigo (ou conta bancária). Não se apercebem que o mal-estar gerado por erros de governação começa a alastrar e a contaminar a fruta boa e, a certa altura, surge um pequeno facto que serve de tumor de fixação de todas as células contaminadas e é o fim. Normalmente, todos os ditadores caem por causa do efeito de massa que tomou consciência do seu poder perante a concretização no tal «tumor de fixação».

Na Venezuela a espoleta pode ter sido a repressão da comunicação social e, cá, o caso TVI não fará cair o Governo porque já atingiu o seu prazo de validade, mas terá consequências nos resultados eleitorais. Se o Secretário-Geral do PS se sentia incomodado com o programa da Moura Guedes, e nem quis fazer um debate na TVI, agora parece dar mostras de se sentir mais incomodado com o encerramento do programa.

Embora haja políticos que defendam que política e ética são líquidos não miscíveis, será sensato não ignorar regras éticas e procurar evitar ferir valores consagrados.

4 comentários:

Fernando Vouga disse...

Caro João Soares

Churchill disse que as democracias têm defeitos mas que ainda ninguém inventou nada melhor.
E o problema nem está na essência da democracia. Está na bagunçada que a incompetência dos políticos acaba por criar tantas e tantas vezes.
As ditadoras acabam sempre mal. Os ditadores,para se aguentarem no poder, inventam fatalmente inimigos imaginários. Um plano inclinado e escorregadio que leva quase sempre à guerra.
Mas, mesmo que essa guerra não se concretize, quando a ditadura acaba por cair, o que se lhe segue é sempre desastroso.

Um abraço

A. João Soares disse...

Caro Vouga,

Churchill disse isso, sem deixar se de ser um bom democrata. Mas com políticos de débil competência e forte ignorância, a democracia, só disso tem o nome.
Diz muito bem, as ditaduras acabam mal e, sempre tarde demais. A abertura das grades da jaula solta as feras que se lançam nas piores libertinagens, a que erradamente chamam liberdade. A boa convivência exige regras, ética, civismo, respeito pelos outros, mas, há poucos dias, um político, num acto de sinceridade, distraiu-se e disse que ética nada tem a ver com política. Na política vale tudo, desde que os seus actores saiam beneficiados. Querem ganhar mesmo que tenham de fazer batota, como disse uma política do PS.

Um abraço
A. João Soares

Mentiroso disse...

Chavez é actualmente o dirigente que mais eleições ganhou e que mais aprovações lhe foram dadas pelo seu próprio povo. Indiscutivelmente, basta saber contar em lugar de contabilizar, como dizem os iletrados dum país dos mais atrasados em conhecimentos matemáticos.

Algumas perguntsa se impõem: Como lidar com um caso destes? Como classificar um regime ditatorial que sem qualquer dúvida é querido pelo povo nas urnas por uma grande maioria?

A. João Soares disse...

Caro «Mentiroso»,

É costume dizer que cada povo tem o governo que merece. E o povo Venezuelano não é muito evoluído. A maioria é mesmo muito atrasada. Por outro lado são raras as ditaduras que não se iniciam com o apoio9 das grandes massas. O próprio Hitler iniciou por via democrática. Depois accionam os mecanismos para condicionar as opiniões através de repressão e de distribuição da cenoura e do chicote.
Neste momento Chávez está a utilizar a repressão e a agir internacionalmente de forma que os vizinhos consideram inamistosa. Isso leva a Colômbia a pedir o apoio americano e o Brasil a fazer um contrato com a França para modernizar as suas Forças Armadas. O clima da América Latina está a tornar-se perigoso.

Um abraço
João Soares