segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Recessão afecta «severamente» as PME

Não deve deixar de ser lida e analisada cuidadosamente a notícia que refere dados divulgados esta segunda-feira pela Comissão Europeia em que consta que a recessão afectou “severamente” as PME em Portugal.

Curioso é que esta informação venha d Bruxelas enquanto por cá se praticam «jogos florais» com total indiferença aos efeitos negativos da austeridade e da burocracia excessiva que tolhem a economia, quase totalmente dependente das pequenas e médias empresas as quais representam 78,3% do emprego.

Não creio que o ministro das Finanças ignore estes efeitos mas custa a compreender a razão que o leva a fazer o esforço por passar ao lado, sem lhes prestar a devida atenção.

Como foi referido em Vítor Gaspar surpreendido com a realidade nacional, já em 27 de Abril se previa este resultado mas, estranhamente, o ministro das Finanças mostrou estar a leste estava a leste, admitindo que os níveis do desemprego estavam mais elevados do que se previa. Estranha previsão a sua!

E, pelos vistos, continuou a desprezar as realidades e a não avaliar os resultados das medidas que depois prosseguiu a implementar, como se vê pela actual notícia acerca das PME.

Para onde pretende levar Portugal? Quando será que os governantes vão dar ouvidos aos conselhos de Christine Lagarde, Cavaco Silva, João Salgueiro, Freitas do Amaral, Jorge Sampaio, Bagão Félix, Marques Mendes, etc, etc. ?

Imagenm de arquivo

2 comentários:

Fernando Vouga disse...

Caro João Soares

Enfim, decidir antes de pensar é o que dá.

A. João Soares disse...

Caro Fernando Vouga,

Não foi por acaso que o amigo investiu tanto tempo nas técnicas do «estudo de situação».
As decisões importantes não devem ser tomadas por inspiração onírica e, depois de tomadas, não devem ser consideradas rígidas «custe o que custar».
Quando o amigo vai de Lisboa para a terra, não pode garantir que o itinerário decidido à partida pode ser considerado o melhor em todo o percurso, pois pode haver acidentes ou obras que obriguem a desvios e, em cada caso que surja, tem que haver nova decisão devidamente preparada.

Abraço
João