Transcrição da notícia que merece a maior atenção por parte dos portugueses, principalmente do Senhor Presidente da República:
Freitas apela a um "grande consenso nacional"
Expresso. 22:31 Segunda feira, 18 de março de 2013 José Pedro Castanheira
Ao apresentar a biografia de Mário Soares, de Joaquim Vieira, o fundador do CDS exortou à união "de todos os democratas com preocupações sociais".
"A crise de Chipre pode deitar tudo a perder" na União Europeia, afirmou Freitas do Amaral durante a apresentação da biografia de Mário Soares, da autoria do jornalista Joaquim Vieira.
Extremamente crítico relativamente à actual governação portuguesa, o fundador do CDS apelou a um "grande consenso nacional" entre os dirigentes políticos. "Saibam colaborar de perto quando a Pátria assim o exigir" foi o apelo que deixou. E que concretizou: "Chegou o momento de todos os democratas com preocupações sociais se unirem".
As críticas do ex-ministro dos Negócios Estrangeiros estenderam-se à União Europeia. Referiu-se aos "dirigentes incapazes", verberou as "políticas erradas" e denunciou os "novos nacionalismos". Criticou em particular os governos europeus que "querem impor a austeridade como única receita". A este propósito, citou o presidente norte-americano John Kennedy: "Se não formos capazes de apoiar os muitos que são pobres, não saberemos salvar os poucos que são ricos".
"Não tenhamos medo de agir enquanto é tempo"
O ex-presidente da Assembleia Geral das Nações Unidas não teve dúvidas em afirmar que "não foi esta a Europa e idealizada por Jean Monnet". Recordou, a propósito, que o processo de construção europeia foi obra da conjugação dos partidos e governos democratas-cristãos e sociais-democratas, que se defrontaram com os votos contrários "dos conservadores, dos nacionalistas e de alguns liberais, a par dos comunistas e da extrema-esquerda". Por ironia do destino, quem está actualmente à frente da Europa "são os neo-conservadores, os novos nacionalistas e os neo-liberais.". Manifestando-se muito preocupado com as consequências das últimas medidas aplicadas em Chipre, Freitas do Amaral exortou: "Não tenhamos medo de agir enquanto é tempo".
As afirmações de Diogo Freitas do Amaral foram produzidas ao fim da tarde numa livraria da baixa de Lisboa, onde apresentou o livro "Mário Soares. Uma vida". Da autoria de Joaquim Vieira, é uma biografia com a chancela da editora "A Esfera dos Livros". Freitas do Amaral protagonizou a mais renhida das eleições presidenciais de que há memória em Portugal, tendo sido derrotado à segunda volta em 1986. O vencedor foi, precisamente, Mário Soares, a quem Freitas desejou um rápido restabelecimento. "Homens como ele fazem muita falta a Portugal", concluiu Freitas do Amaral.
Imagem de arquivo
A Decisão do TEDH (395)
Há 8 minutos
3 comentários:
Transcrição de um trecho do discurso de Helmit Scxhmidt em 19-12-2011, em que alerta contra o perigo da fuga para o capitalismo neo-liberal.
No fundo, não é preciso pregar solidariedade internacional aos sociais-democratas. A social-democracia é desde há século e meio internacionalista – em muito maior medida do que gerações de liberais, de conservadores ou de nacionalistas alemães.
Nós, sociais-democratas, não abdicámos da liberdade e da dignidade de cada ser humano. Simultaneamente não abdicámos da democracia representativa, da democracia parlamentar. Estes princípios obrigam-nos hoje à solidariedade europeia.
De certo que a Europa, também no século XXI, será constituída por estados nacionais, cada um com a sua língua e a sua própria história. Por isso a Europa não se tornará de certeza num Estado Federal. Mas a UE também não pode degenerar numa mera aliança de estados.
A UE tem de se manter uma aliança dinâmica, em evolução. Não há em toda a história da humanidade nenhum exemplo. Nós, social-democratas, temos de contribuir para a evolução passo a passo desta aliança.
Olha o ministro de Sócrates... É tudo igual: depois de destruirem o país têm receitas milagrosas para tudo.
Arriaga,
Faz parte da sabedoria popular a máxima milenária que «errar é humano» , o que não impede que quem uma ou muitas vezes errou possa dizer coisas correctas e possua ideias úteis para meditação e, por isso, as comunique. Os erros aperfeiçoam a experiência da vida.
Freitas poderá ter errado em alguns momentos da sua vida,mas nele predomina um pensamento que tem sido apreciado pelos seis contemporâneos e deles tem granjeado cargos prestigiantes e respeito pelos que com ele tratam de perto.
Dar uma opinião nada tem de mal numa sociedade em que há liberdade de opinião e de expressão. Errado seria impor uma opinião teimosa e arrogantemente, e não tolerar que outros possuam as suas, de tom diferente.
Respeitai os outros como desejais ser respeitados. O respeito pelos direitos dos outros é a paz.
Mas tem razão quando diz que os políticos, salvo eventuais excepções, são todos iguais. Não merecem a nossa confiança.
Cumprimentos
João
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