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quarta-feira, 8 de julho de 2015

IGUALDADE OU LIBERDADE DE SER DESIGUAL?

Transcrição de notícia seguida de NOTA:

Passos defende “guerra sem quartel às desigualdades”
7/7/2015, 14:35 Agência LUSA

PM reclama que o Governo corrigiu os desequilíbrios herdados, alegando que Portugal era o país da zona euro em pior situação, mas defendeu que falta travar uma "guerra sem quartel às desigualdades".

O primeiro-ministro reclamou esta terça-feira o Governo PSD/CDS-PP corrigiu nesta legislatura os desequilíbrios herdados, alegando que Portugal era o país da zona euro em pior situação, mas defendeu que falta travar uma “guerra sem quartel às desigualdades”.

No encerramento das jornadas parlamentares do PSD e do CDS-PP, em Alcochete, no distrito de Setúbal, Pedro Passos Coelho afirmou que as economias podem “crescer e ser profundamente desiguais”, mas que não é isso quer. Sem propor medidas concretas, acrescentou que é preciso “declarar guerra sem quartel às desigualdades de natureza económica e social”.

Antes, o presidente do PSD reclamou que o atual executivo “conseguiu corrigir os desequilíbrios herdados” e alegou que, “de todos os países que enfrentaram situações de profundo desequilíbrio, Portugal era seguramente o que tinha condições mais adversas e mais negativas à sua frente: elevada dívida pública, elevada dívida privada, uma economia protegida, o hábito de exigir tudo ao Estado e uma cultura democrática ainda incipiente, que não privilegiava a responsabilidade”.

NOTA:

CUIDADO… Um grande erro da REVOLUÇÃO FRANCESA, em fins do século XVIII, foi a junção, no seu lema, de duas palavras inconciliáveis – igualdade e liberdade. Se agora o PM de Portugal pretende lutar pela igualdade, terá de acabar com muitas liberdades. Mesmo entre os militares é imposta a igualdade de uniforme, de movimentos na «ordem unida», mas não deixa de haver disciplina e hierarquia, nem distintivos que impõem limites e condições à IGUALDADE. A igualdade em França, pouco após o 14 de Agosto, deixou de ser tolerada e a guilhotina puniu os que não quiseram dispensar a liberdade e aderir inteiramente ao pensamento dominante dos revolucionários. Na sua «guerra sem quartel» o PM também quererá usar a guilhotina? Que uniforme nos vai impor? Deixa de valorizar e recompensar o mérito? E que tipo de escravatura pretende impor ao rebanho resultante?
Não devemos exagerar nas palavras para não ser perdida a credibilidade. Reduzir as desigualdades sociais e económicas é muito louvável e deve ser uma preocupação permanente… mas de forma pacífica, sem fardas nem guilhotina!!! Sem a desumanidade e a injustiça social da austeridade que nos vem massacrando e que criou milhões de pobres no país, ao mesmo tempo que gerou mais uns milhares de milionários.

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domingo, 15 de dezembro de 2013

GEOPOLÍTICA. DOMÍNIO E SUBALTERNIDADE


Transcrição de artigo de opinião. Atenção às frases com realce:

O gesto e a bota
Ionline. Por Fernanda Mestrinho. publicado em 14 Dez 2013 - 05:00

Obama cumprimentou Raúl Castro no funeral de Mandela. O improvável presidente dos Estados Unidos, como disse de si no discurso, apertou a mão ao presidente de Cuba.

Os republicanos mais radicais logo chiaram no Congresso por ele ter apertado uma mão manchada de sangue. Assim sendo, estes não podem tirá-las de baixo da torneira. Pinochet, xá da Pérsia, querem mais? E se houver um perfume de petróleo, estamos conversados.

Pela palavra e pelo gesto, também o Papa Francisco continua a alertar os poderosos do mundo para que a “economia mata”. Se João Paulo II viveu a ditadura comunista e a ocupação nazi, o Papa Francisco viveu ditaduras militares fascistas e o FMI que reduziu a Argentina à miséria. Um conheceu a “bota” da URSS, o outro, a ingerência dos EUA. João Paulo II contribuiu para a queda do Muro de Berlim, o Papa Francisco alerta para o capitalismo selvagem.

Assistimos a uma guerra económica. Putin não precisou de invadir a Ucrânia. Bastou ameaçar com o seu poderio económico. O povo veio para a rua em nome da sua livre soberania. A Grécia foi humilhada pela “bota” do FMI, CEE e BCE, mas também reagiu. Na torre de marfim dos seus gabinetes, os “generais” das finanças ficam indiferentes às “baixas”, mas não têm as mãos limpas.

Por cá, alguns têm gestos e outros engraxam a “bota” dos patrões da “troika”. Agora foi Rui Rio que falou numa ditadura sem rosto.

Os governos são eleitos pelo povo, e não mandatários dos mercados. Alguns esqueceram isso.

Jornalista/advogada
Escreve ao sábado

Imagem de arquivo

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terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Designar governantes como «filhos da puta» é crime?


Em fins do ano lectivo de 2007(há mais de seis anos!), o professor Fernando Charrua, fora de qualquer reunião oficial, entre amigos, disse que «somos governados por uma cambada de vigaristas e o chefe deles todos é um filho da puta». Por isso foi punido de imediato pela directora do DREN, Margarida Moreira e, perante recursos e um processo que dura até agora, ele foi vítima de uma decisão precipitada sem fundamentação adequada que agora, como diz a notícia Estado paga indemnização de 12 mil euros a professor acusado de insultar Sócrates, «o Estado terá que pagar 12 mil euros ao professor, lê-se num acórdão do Tribunal Central Administrativo do Norte que conclui ainda que houve uma "conduta ilícita da Administração" neste processo».

Para melhor compreender a complexidade deste processo e quanto representa de autoritarismo, de arrogância e de absolutismo ditatorial dos agentes do Poder pode ser consultada a lista (incompleta) de textos que referem o tema:

- A caminho do Estado policial???
- Ensino, responsabilidade ou arbitrariedade
- Caso Charrua encerrado por pressão popular
- «Brincadeira de mau gosto»
- Indícios pouco tranquilizadores
- Qual o facto do ano ?
- Liberdade de expressão em risco?
- Morte aos que não adoram Sócrates !!!
- Quem tem poder efectivo em Portugal?
- Ministra da Educação esperta como um alho!!!
- A «lei da rolha» está aí
- Contradições e precipitações dos políticos
- FERNANDO CHARRUA MENTIU E PARECE QUE NINGUÉM REPAROU

Imagem de arquivo

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sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Arrogância vs bom senso e deferência

Aprendi que a Constituição da República e os manuais de protocolo estabelecem que a Assembleia da República é o segundo órgão de soberania a seguir ao Presidente da República e acima do Governo. Sobre isto, transcrevo o seguinte extracto do site do Parlamento:

1. A Interpelação ao Governo é uma prerrogativa política dos grupos parlamentares, através da qual estes podem obrigar os membros do Governo a apresentar-se na Assembleia da República, a fim de, num debate que decorre no plenário, serem confrontados com críticas à sua política, geral ou sectorial. Cada grupo parlamentar tem direito a dois debates, por meio de interpelação, em cada sessão legislativa.
2. As Moções representam outro importante instrumento político de fiscalização e podem ser as seguintes:
1) Moção de censura, que visa reprovar a execução do Programa do Governo ou a gestão de assunto de relevante interesse nacional. Pode ser apresentada por um quarto dos Deputados em efectividade de funções ou por qualquer grupo parlamentar. A sua aprovação requer maioria absoluta dos Deputados em efectividade de funções e provoca a demissão do Governo;
2) Moção de confiança, que visa aprovar um voto de confiança sobre uma declaração de política geral ou assunto de relevante interesse nacional. É apresentada pelo Governo e a sua rejeição simples provoca a demissão do Governo;
3) Moção de rejeição do Programa do Governo, que constitui um direito exclusivo dos grupos parlamentares. A sua aprovação requer uma maioria absoluta dos Deputados em efectividade de funções e provoca a demissão do Governo.

Porém, os governantes são arrogantes, porque é humano as pessoas inferiores, quando vestem um fato novo ficarem muito inchadas de vaidade. Abusam do poder e esquecem o dever de deferência para a hierarquia a que se subordinam. Nos debates no hemiciclo entre deputados e governantes é vulgar ver-se através da TV que, muitas vezes nada de útil é transmitido aos telespectadores, vendo estes apenas uma suja guerra de palavras, como se de um mercado de peixe se tratasse, em que é notório o ar de superioridade dos governantes em relação aos membros do segundo órgão de soberania a quem, pelo contrário, devem ter respeito. Muitas vezes o ministro dos assuntos parlamentares trata os deputados como se fossem atrasados mentais, seus lacaios, parecendo que lhe subiu à cabeça o facto de ser protegido pelo Clube Bilderberg.

Nesta ordem de reflexões, transcrevo, com a devida vénia o seguinte post do blog Fio de Prumo


O sorriso de Sócrates
Finalmente houve um político que teve a coragem de dizer ao Primeiro-ministro deste país o que todos os Portugueses — ou, pelo menos, uma larga margem deles — tinha vontade de lhe berrar aos ouvidos!

Foi ontem, na Assembleia da República, que Jerónimo de Sousa, com a autoridade que lhe vem de ser o secretário-geral do partido político que desde o tempo da ditadura reclama pelo bem-estar dos trabalhadores, chamou, com veemência, a atenção de José Sócrates Pinto de Sousa, cidadão arrogante, demagógico e incumpridor de promessas feitas publicamente, para o sorriso que estava a exibir quando ele lhe pedia explicações sérias para assuntos sérios do país.
Julgo que, quem tem dois dedos de testa e um pouco de massa encefálica dentro da caixa craniana e não está alienado pela propaganda deste Governo ou por ele não está comprado, pura e simplesmente detesta o sorriso cínico que Pinto de Sousa exibe em todas as circunstâncias. Um sorriso de quem governa um país onde tudo são maravilhas, quando, afinal, no nosso, tudo está pelas ruas da amargura para quem trabalha e, especialmente, para quem tem a infelicidade de ser jovem. Há por aí uns quantos nababos que, por pertencerem à família política governante, usufruem bons rendimentos. Há por aí quem esteja instalado em excelentes cargos públicos e privados. Contudo, juntos são uma minoria se comparados com todos os restantes.
Senhor José Sócrates guarde o sorriso para consumo lá entre os seus apaniguados, lá para onde pode ter quem o respeite (não sei bem com base em quê!), mas tenha a decência de se apresentar aos Portugueses com uma cara patibular, porque, no patíbulo, à espera da execução da pena capital, estamos todos nós! Sem qualquer tipo de vergonha, siga o conselho de Jerónimo de Sousa.

Luís Alves de Fraga

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