domingo, 6 de junho de 2021

CONTROLAR A ENTRADA DE IMIGRANTES

(Public em DIABO nº 2318 de 04-06-2021, pág 16, por António João Soares)

 Os imigrantes são necessários, na medida conveniente, para suprir a falta de trabalhadores pouco especializados em actividades agrícolas ou outras pouco exigentes em competência. Mas, se não houver um controlo adequado na sua recepção, podemos arriscar o país a ser colonizado por poderes estrangeiros que podem estar a usar migrantes para isso.

Em França existem demasiados problemas sociais. Por exemplo, nas escolas, os professores sentem dificuldades com temas vulgares porque os alunos os acusam em voz alta de racismo, fascismo e outros termos presentemente divulgados e evitam abordar temas actuais, como as agressões mútuas entre Israel e os palestinianos. Deixam de ser ouvidos e nem sequer têm oportunidade de dar explicações sobre o assunto.

Também a Bélgica já está em perigo, havendo jornalistas que se interrogam se esse país será o primeiro estado islâmico da Europa. O jornal “Le Figaro” já afirma que “a capital europeia (Bruxelas) será muçulmana dentro de 20 anos”, havendo um “programa confusamente simples: substituir todos os códigos civis e jornais pela lei da Sharia”. Em eleições autárquicas há partidos islâmicos que ganham preocupantes quantidades de votos. E há bairros em cidades importantes em que a polícia tem dificuldade de acesso ou nem se arrisca a tentar entrar.

Os poderes que, discretamente, apoiam os movimentos de “refugiados ou fugitivos” através do Mediterrâneo e/ou do Norte de África, pagando aos traficantes que os conduzem a pontos menos defendidos das fronteiras de países europeus mais próximos do Norte de África, não são amigos da Europa e procuram criar estas condições de confusão para depois tentar colher resultados favoráveis à sua própria estratégia de conquista.

A recente invasão de Ceuta é um caso muito claro deste fenómeno e o próprio Marrocos teve consciência disso e aceitou um acordo para colaborar muito eficazmente na devolução dos migrantes à sua origem. Compreendeu que a eficiência de uma fronteira constitui responsabilidade dos estados vizinhos. A Espanha, sem ajuda, teria dificuldade em devolver cerca de sete mil pessoas que já se encontravam em Ceuta. Mas Marrocos colocou junto à fronteira efectivos militares e policiais que foram eficientes. Curiosamente, na noite do quinto dia de perigo, houve três pontos fronteiriços que em momentos diferentes foram abordados por centenas de migrantes, mas as forças marroquinas impediram- -lhes a passagem. Estes transgressores, apesar de tudo parecer ter entrado em normalidade, eram perseverantes e queriam levar avante a sua intenção, mesmo estando em fase avançada a devolução da quase totalidade dos alvos do acordo entre os dois estados.

Essas pessoas, depois de entrarem e se anicharem o melhor possível em áreas com alguma segurança, exigiriam apoios de vária espécie e poderiam vir a ser elementos de luta aproveitados por colonizadores islâmicos e, entretanto, contariam com a protecção de amigos ou de ingénuos caridosos que atacariam habitantes locais, como sendo os maus e desumanos sem caridade nem humanidade.

Devemos recordar a acção dos nossos navegadores, durante os descobrimentos, com a diferença de que eles iam dilatar a fé religiosa católica e hoje há menos receio de usar a força e para isso dispõem de muitos apoios, mesmo entre extremistas locais inocentes e ingénuos. Vejamos o que se passa entre Israel e os palestinianos e as versões nos órgãos de comunicação locais, havendo muitos europeus que esquecem que Israel tem agido em sua defesa contra ataques que sofreu e acusam-no de violência contra os que lhe atacaram o território, as pessoas e os haveres, ignorando que violência gera violência e que esta tem o dom de obter dissuasão, contenção e desmotivação.

O melhor resultado será obtido evitando misturas e que sejamos incomodados por pessoas estranhas, com tradições, hábitos e religiões diferentes de que não querem separar-se e que nos querem impor a todo o custo, sem o mínimo respeito pelo ambiente que encontram.

Não trazem o objectivo de respeitar mutuamente os direitos humanos, nem procurar ambientar-se para serem felizes, sem lesar os seus aceitantes. ■


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sexta-feira, 28 de maio de 2021

ESTRUME É MAIS POSITIVO DO QUE NEGATIVO

 (Public em DIABO nº 2317 de 28-05-2021. Por António João Soares)

  Há quem fale de estrume como se isso fosse lixo. Mas tem sido muito exaltada a importância da agricultura no desenvolvimento económico do país, pelo valor das exportações dos seus produtos. Ora os produtos da agricultura precisam de fertilizantes e o estrume é o mais importante e, há poucas dezenas de anos, era o único, quando não havia máquinas e os agricultores tinham juntas de bois para puxarem os transportes, o arado, a charrua, a grade, etc. Tinham porcos para a matança pelo Natal, galinhas, coelhos, cabras, etc. O estrume era formado com a mudança das suas lojas e pocilgas e devidamente acondicionado para fertilizar os terrenos por altura das sementeiras. Só mais recentemente, as tecnologias e o aparecimento dos adubos, tornaram dispensáveis os estrumes naturais. Um desses inconvenientes, e grande, foi ter deixado de ser necessário roçar os pinhais para obter o fertilizante natural para os terrenos e, por outro lado, ter as matas cheias de mato que é alimento para os fogos florestais, que as devastam durante o Verão.

 Se o governante que usou agressiva e ofensivamente a palavra estrume conhecesse o valor de tal fertilizante, não usava o seu nome senão como sinal elogioso, de valor. Enfim, que o seu colega da agricultura lhe explique o valor de tal fertilizante e dos que o substituíram, para desenvolver tal sector económico, o mais fidedigno da nossa economia.

Além de mostrar desconhecimento do que atrás ficou dito está a descortesia usada por alguém que, ocupando um cargo que exige comportamento exemplar, alambazou-se com uma palavra que para fugir à vernácula de cinco letras usada pelos carroceiros entre si, não deixou de ser interpretada pela intenção de quem a disse. O povo não dorme embora tudo seja feito para que não abra os olhos perante muita asneirada que é praticada diariamente em prejuízo dos cidadãos, sendo sempre mais atingidos os mais carentes de apoio e segurança, porque os mais poderosos, os tubarões, os donos de tudo isto, podem viver principescamente a seu gosto, sendo praticamente imunes à Justiça, que devia ser igual para todos, mas tem as suas fraquezas, recentemente muito evidenciadas.

Mas, ainda a propósito do estrume e do abandono das matas depois de a tecnologia deixar os agricultores menos interessados na limpeza dos pinhais, seria interessante que os governantes mais ligados às realidades do interior do território criassem um sistema educativo, de difusão de informação sobre os cuidados a ter com os terrenos não cultivados, por forma a evitar-se a catástrofe destruidora de vegetação e de madeiras e o desgaste das culturas que deixam de ser tão produtivas como seria desejável.

Se a indústria contribui muito para as exportações, a agricultura também merece a melhor atenção e deve ser aproveitada para melhorar a erudição de quem a pratica, com vista à procura dos melhores resultados, não apenas para o seu resultado mais avantajado, mas também para a melhoria das condições ambientais. Será vantajoso para o turismo a passagem de autocarros por estradas ladeadas por belas florestas, com árvores bem tratadas e prometedoras de boas madeiras, em vez de florestas virgens de onde não emana beleza.

Mas isso não acontecerá por acaso, precisando de formação de jovens agricultores e de técnicos sobre a prevenção de incêndios que, nas horas vagas, estejam ao corrente das habilidades necessárias para o desenvolvimento de Portugal na sua natureza vegetal e abastecedora de celeiros. A valorização de técnicos agrícolas, não impede que entre eles apareçam escritores, artistas e até valiosos políticos que defendam as realidades criadoras do engrandecimento de Portugal, por estarem em contacto com as realidades naturais, mais enriquecedoras do que o vil metal.

Que não nos falte o “estrume” que fertilize as nossas mentes, para respeitarmos os melhores valores de ética.


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sexta-feira, 21 de maio de 2021

A DEMOCRACIA DEVE SER TONIFICADA

(Pulic em DIABO nº 2316 de 21-05-2021, pág 16.Por António João Soares)

 Tem havido muitos pensadores a temer o risco de as democracias actuais estarem em degradação e poderem tender para a extinção, dando lugar a regimes autoritários, com prejuízo dos direitos, liberdades e garantias dos cidadãos. Há casos em que estes não reagem de forma eficaz porque são controlados, de forma progressiva, de maneira a não se aperceberem da evolução do sistema de ensino, da justiça social, das prioridades e dos “cuidados” da Comunicação social em troca de subvenções a órgãos que se mostrem mais “politicamente correctos”, etc..

Como disse Ursula Von der Leyen, “o bom entendimento tem vantagens”. Mas isto é verdade quando esse entendimento resulta de um diálogo livre, sem pressões ou constrangimentos entre as partes e estas estão devidamente preparadas para analisar o problema em questão, em todos os seus aspectos, causas, factores condicionantes e resultados previsíveis.

O bom entendimento entre Governo e os cidadãos ficou bem evidente nas manifestações populares a Angela Merkel, durante vários dias por toda a Alemanha, quando cessou, por sua iniciativa, as funções de chanceler do país, que exerceu durante 16 anos. Pessoa simples sem vaidade, não se prestando a imitar modelos de beleza, sem carro, sem empregada doméstica. E sem dar tacho a familiares ou amigos e sem se prestar aos pecados tão generalizados em políticos. Tal modelo de seriedade, ficou bem patente na despedida que o povo lhe fez espontaneamente, ao deixar as funções.

O antigo presidente da Comissão Europeia Jean-Claude Juncker considera que “não se pode construir uma União Europeia harmoniosa sem cuidar das questões sociais”. Estas constituem encargo dos respectivos países e só com boa governação de cada um destes se pode obter êxito para a UE.

A democracia aceita as liberdades de opinião e a existência de partidos com pontos de vista diferentes na forma de defender os interesses nacionais, mas estes devem ser definidos coletivamente, para que devam ser aceites por todos os cidadãos e constituam objectivo comum a conquistar para um melhor futuro da Nação, isto é, do conjunto de todos os cidadãos. Um governo de democracia, deve ter como preocupação prioritária a segurança, a saúde, o esclarecimento de todos os seus cidadãos. Para isso deve ter o cuidado de conhecer as condições de vida existentes em todas as partes do território e, em caso de dificuldades, deve dialogar para decidir, com realismo e eficácia, as soluções a adotar.

Actualmente, estamos perante as medidas a tomar na superação da crise provocada pela pandemia. O problema mais gritante é o combate à pobreza que tem alastrado por toda a classe mais desfavorecida e já abrangendo também parte da classe média, exigindo um maior e mais ágil suporte social. Este suporte deve comportar acções do Governo, da Assembleia da República, das Câmaras Municipais e, também, de ONGs com vocação e experiência em assuntos de apoio social. Deve também incluir apoio da classe civil não organizada, de cidadãos com disponibilidade financeira suficiente e vontade de colaborar.

Um dos factores negativos a que convém fazer face é a aversão à História Pátria e aos monumentos dedicados a datas e pessoas que nelas se distinguiram. Todos nascemos no nosso solo pátrio, herdámos as mesmas tradições e cultura, usufruímos o mesmo idioma e partilhamos o mesmo presente. Devemos compreender as condições ambientais em que os antepassados viveram, embora, no nosso dia-a-dia, apliquemos as lições aprendidas da história, repetindo o que houve de bom e evitando o que consideramos errado.

O facto de termos tal herança comum acarreta uma responsabilidade, de todos termos de nos respeitar mutuamente e merecermos a garantia colectiva do pão de cada dia, o abrigo familiar e a esperança do amanhã, que deve ser ministrada, para os mais necessitados, por adequados organismos estatais. ■


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domingo, 16 de maio de 2021

MAIS ATENÇÃO AO INTERESSE NACIONAL

Mais atenção ao interesse nacional!

(Public em DIABO nº 231 de 14-05-2021, pag.16. Por António João Soares)

 A Ministra da Justiça confessa que já notou a “percepção geral de ineficiência da Justiça”. É pena que não tivesse visto há mais tempo e que não tivesse tomado medidas correctivas adequadas e eficazes.

Cita vários aspectos que necessitam de alteração, como muitos processos de grandes dimensões que se arrastam ou borregam durante demasiado tempo e a Justiça, que devia ser rápida, acaba por demorar muito e faz perder prestígio e boa imagem perante o povo, que devia olhar para ela e os seus agentes com maior respeito e confiança.

A demora dos processos deve ser reduzida ao mínimo possível, a fim de a pena ser sentida como efeito do acto cometido, a fim de a população sentir o poder dissuasor, noção de que as acções incorrectas devem ser evitadas para se evitarem as penas legais. E, apesar de a Justiça ser representada com os olhos vendados, têm surgido casos que mostram que os réus de colarinho branco são alvo de tratamento diferente do que pessoas simples, perante casos mais modestos.

Infelizmente, em muitos outros ministérios também se passam fenómenos que demonstram que os seus responsáveis não têm verdadeira consciência de que a sua função primordial é defender os interesses nacionais, isto é, da nação, que é igual ao somatório dos cidadãos. Mas ignoram as pessoas e a sua aspiração de segurança e felicidade, pensam apenas nelas para lhes sacar o máximo e, depois, gastam o dinheiro dos impostos de forma irresponsável em assuntos alheios aos benefícios colectivos da nação. Se a Justiça pode ser criticada por só agora ter tido tal percepção, a maioria dos ministros ainda não se apercebeu que realmente ainda não obteve a verdadeira noção de que lhes falta a consideração e o respeito das pessoas que dependem das suas decisões. Acima de tudo devem colocar o respeito pelas vidas humanas, mas todos os dias surgem notícias que desmerecem os governantes da confiança e respeito da generalidade dos cidadãos.

Os altos cargos devem ser desempenhados por pessoas, com formação moral e técnica adequada, com experiência de relacionamento social e técnico que lhes permita agir com a máxima eficiência e preparar com oportunidade as respostas globais e as de pormenor adequadas a cada caso em cada momento.

A justiça social e a Justiça são iguais para todos e dependem de um órgão de poder soberano independente, isento e imune a pressões vindas de fora, de pessoas com poder financeiro que procuram benefícios materiais lesivos da maioria dos cidadãos.

Uma conceituada jornalista de um semanário dizia que um determinado ministro “não decide nada que não se transforme numa sucessão de erros e mais erros”. E interroga como está ainda em funções e não foi já mandado veranear? Errar é humano, mas os governantes consideram-se acima de qualquer humano e isso devia ser motivo para serem mais cuidadosos nas suas decisões, a começar pela escolha dos seus colaboradores e conselheiros mais directos, a fim de serem mais apoiados para evitar erros.

Um caso muito visível e discutido pelas pessoas do interior é o da prevenção dos incêndios florestais. Há quem aconselhe a organização da floresta à semelhança da Galiza, mesmo a Norte da nossa fronteira, com a quadrícula formada por aceiros que, em caso de surgir um incêndio num local, não pode alastrar porque o aceiro, estando liberto de combustível, impede a sua continuação.

Há também quem sugira uma rede de postes elevados com sensores que localizem qualquer pequena chama e as imagens recolhidas por dois ou três e transmitidas, com as respectivas direcções, ao posto mais próximo da Protecção Civil permitem a saída imediata de uma viatura de bombeiros, que pode apagar a chama com pouca água. Esta solução serviu de tema na tese de mestrado de um senhor que trabalhava num restaurante próximo da estação da CP do Estoril. Não me consta que já tenha começado a ser aplicado. ■

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sexta-feira, 7 de maio de 2021

A DEMOCRACIA ESTÁ EM EROSÃO

(Public em DIABO nº 2314 de 07-05-2021, pág. 16. Por António João Soares)

Vários pensadores, ao debruçar-se sobre as realidades ocidentais nos aspectos político-sociais, não escondem o receio de que o futuro seja muito difícil. Já há quem preveja que a Europa esteja em vias de ser ocupada e há muitos que encontram sinais claros de que as democracias estão a deixar-se arrastar para ditaduras. Devido à impreparação de governantes frágeis que se deixam dominar por pressões de pessoas alheias aos interesses nacionais, isto é, dos cidadãos que constituem as suas nações, e sobrepondo à defesa das pessoas que dependem de si, a ambição pessoal de riqueza, poder e vaidade.

Perante isto, um grupo de militares franceses já fora da actividade (vinte generais, cem oficiais superiores e mais de mil soldados) escreveram uma carta aberta ao Presidente Macron, considerando que o momento é sério e o país está em perigo e que, mesmo aposentados, não podem ficar indiferentes, nas actuais circunstâncias, ao futuro da sua Pátria, com tão bela história e ricos monumentos, pela qual cumpriram as obrigações que lhes foram atribuídas.

A sua bandeira contém as palavras Honra e Pátria. Mas constatam que a honra nacional está com sintomas de desintegração que infecta a Pátria que sempre serviram e que deve ser honrada por todos os seus cidadãos e, principalmente, pelos que têm esse dever em todos os actos da sua função.

A ideia de anti-racismo avança com o único objectivo de criar mal-estar e ódio entre as comunidades, impulsionado por apoiantes odiosos e fanáticos que falam de racismo, indigenismo e teorias anticoloniais, como ponto de partida para uma guerra racial. Pretendem dissolver o país com as suas tradições e cultura, com o seu passado histórico. 

A discriminação com o islamismo e grupos suburbanos, com aversão à polícia, materializa intenção da separação de muitas parcelas, permitindo-lhes comportamentos alheios às tradições de unidade nacional, embora as leis nacionais devam ser cumpridas em qualquer lugar e por qualquer cidadão. Têm sido detectados indivíduos infiltrados encapuzados a vasculhar empresas e a ameaçar as forças policiais. A violência está a aumentar dia a dia.

Os cidadãos que lideram o país nos diversos graus da função pública devem, forçosamente, obter a coragem necessária para erradicar os perigos que esta deterioração e degradação está a acarretar. Há que aplicar as leis existentes, sem hesitações nem fraquezas. Não devemos ficar fechados pela força da opressão em silêncios arriscados e culpados. Todos devemos dar a melhor colaboração às autoridades da segurança, para que esta cumpra da forma mais eficaz a sua missão, sem receios nem hesitação.

As autoridades não devem adiar as medidas repressivas adequadas, porque a situação é grave, o trabalho é gigantesco e não se pode perder tempo, para não se dar oportunidades ao inimigo de se reforçar e tornar mais activo e eficaz. O povo, as forças de segurança e as forças militares devem estar disponíveis para apoiar políticas que tenham por clara finalidade a salvaguarda da Nação, das pessoas.

Por outro lado, se nada for feito, a frouxidão continuará a espalhar-se na sociedade, acabando por causar uma explosão e a intervenção de militares e polícias na perigosa e difícil missão de proteger valores nacionais e salvaguardar vidas de cidadãos no território nacional, será muito complexa, por se assemelhar a uma guerra civil. As autoridades governativas não podem adiar nem agir com meiguices em casos de violência contra os seus cidadãos. Se não se conseguir evitar a violência, esta acabará com o actual caos crescente, mas com o alto custo de muitas vidas de cidadãos, o que será da responsabilidade dos actuais governantes que não conseguiram evitar a tragédia.

Em democracia, o governo deve respeitar o povo com transparência e informação adequada para que este actue correctamente, com confiança e respeito. ■


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sábado, 1 de maio de 2021

COMO RECUPERAR A NORMALIDADE DEMOCRÁTICA

(Public em DIABO nº 2313 de 30-04-2021 pág 16 por António João Soares) 

O Chega, com os votos adquiridos nas eleições presidenciais, assustou o PS que estava a agir contra a normalidade democrática, com o esbanjamento do dinheiro público em benefício dos muitos ocupantes de cargos públicos desde o governo megalómano, aos observatórios e outras invenções, camufladas apenas com vantagem para os “boys” e as “girls” sem capacidade para obter emprego normal, e o “deixa andar” da lavagem de dinheiro e da corrupção e outras irregularidades toleradas por juízes das simpatias dos notáveis afeiçoados ao PS.

 Esse susto agravou as dificuldades da democracia e, agora, com a numerosa manifestação nacional, em Lisboa em 18 de Abril, contra a pretendida ilegalização do partido do deputado André Ventura, o sobressalto tornou-se mais desagradável para o PS. Realmente tal partido, com o seu índice de engrandecimento, pode alterar de sobremaneira o actual regime, pressioná-lo a combater a corrupção e evitar o esbanjamento do dinheiro público, saído dos bolsos dos cidadãos mais desfavorecidos.

Mas que solução menos má pode ser aplicada pelo actual poder para garantia de melhor segurança da população, nos seus direitos, liberdades e garantias?

À falta de melhor, será preferível deixar o povo decidir sobre a continuação do Chega. Já chega de tanto esbanjamento do dinheiro sacado aos cidadãos com a vida mais difícil e mais desprotegidos das “amizades” dos donos do poder, que o aplicam em benefício de novos-ricos e do maior enriquecimento daqueles que já o eram e viviam principescamente.

Não é por acaso que o PR considera que “já se esperou tempo demais para criminalizar o enriquecimento injustificado”.

Já há quem compare o regime de Costa à actual anormalidade da Venezuela. Mas se a intenção de ilegalizar o partido de Ventura for para a frente, há que temer a reacção popular que pode ser violenta. Nada dura sempre e a sonolência tolerante e o despertar forçado podem produzir demasiados estragos.

A prudência aconselha ao cumprimento das boas regras de ética, da moral, do civismo, traduzidas no devido respeito pelas pessoas que constituem a nação multissecular.

A manifestação em apoio do Chega foi mantida em bom recato o que mostra a qualidade de educação dos seus simpatizantes. Mas, se o partido for ilegalizado, depois de terem sido permitidos pequenos partidos que não se apoiam em perfeita organização, nem conseguiram suficiente apoio popular, nem líderes eleitos por significativa quantidade de votos, então, será de recear uma reacção violenta, proporcional ao vasto apoio popular de dia 18.

Como observador independente e neutro, tenho verificado que o líder do Chega tem dado provas suficientes do seu valor como representante dos cidadãos, bom analista de várias situações preocupantes, sem promessas, nem fantasias exageradas, evidenciando valor para defender e liderar muitos portugueses.

Os votos obtidos nas eleições presidenciais e a quantidade de pessoas de todo o país que participaram na manifestação constituíram uma expressão muito significativa.

As diferenças de ideologias e mesmo de simples opiniões devem ser convenientemente conduzidas por argumentação civilizada, de forma educada, orientada para o interesse nacional, em vez de violências, mesmo que apenas verbais. Do diálogo podem ser aproveitadas ideias positivas que contribuam para um futuro mais agradável para os cidadãos poderem beneficiar de segurança, progresso e justiça social. Em suma, para o desenvolvimento do país dos pontos de vista económico, cultural, social e outros.

Cada português tem o sublime dever de contribuir para um Portugal melhor e este texto, como muitos outros que já publiquei, procura contribuir para tal objectivo. O somatório de opiniões dos bons portugueses, se bem aproveitadas são um manancial inesgotável para a definição da rota estratégica para uma boa recuperação da nova imagem do país que, em tempos idos, “deu novos mundos ao Mundo”. ■


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sexta-feira, 23 de abril de 2021

PARA SERMOS FELIZES

(Public em DIABO nº 2312 de 23-04-2021, pág 16.Por António João soares)

Cada pessoa deve orientar a sua vida por meio de um comportamento gerador de felicidade. Esta é fruto da forma como planeamos permanentemente os actos da vida, independentemente da riqueza material, porque esta tem pouca importância na vida espiritual. Por vezes, a riqueza financeira e de outros bens materiais trazem mais preocupações do que felicidade e quando falecemos isso fica cá tudo e nem sempre para bem dos herdeiros, que não estão isentos de discórdias, por vezes dramáticas geradas pelas partilhas.

Sendo mais realistas e conscientes, concluímos que, para vivermos com felicidade, são fundamentais três factores, a amizade, a sensação de autoestima e a ausência de “stress”.

A amizade, para este efeito, não se mede pela quantidade de amigos mas, principalmente, ela é movida e engrandecida pelo bom relacionamento, harmonioso, pacífico, compreensivo, tolerante, com solidariedade, disponibilidade para dar bons conselhos e opiniões sensatas, etc. Convém saber perdoar e evitar ódios, mal-entendidos e retaliações ou vinganças que não beneficiam a desejada convivência indispensável à pretendida harmonia, em que a amizade deve ser desenvolvida.

A sensação de autoestima resulta das boas acções efectuadas habitualmente, com a precaução de serem convenientes e sensatas e de obterem bons resultados. O comportamento orientado para o bem público e a justiça social, bem como os afectos referidos no parágrafo anterior, criam em nós uma paz interior, que em muitos pode ser interpretada como vaidade, mas que na verdade é a satisfação de viver feliz. Constitui o prémio de amar os outros como a si próprio e de não viver ao acaso, mas de agir de forma bem ponderada.

 O terceiro factor, a ausência de “stress”, está ligado às decisões sensatas perante os factos menos agradáveis e, por vezes, inesperados da nossa realidade. Tudo deve ser resolvido com oportunidade e da melhor forma e, quando algo inesperado ocorre, é conveniente procurar solução lógica. Se a não conseguirmos, será melhor pôr de lado, sem enervamento, e esperar inspiração para nova tentativa.

Tenho conhecido pessoas que vivem permanentemente infelizes, atormentadas por minúsculos problemas seus e de outros, de mínima importância que, por vezes, se resolvem por si ou pelo efeito de pequenas intervenções de técnicos de saúde. Lamentar-se de pequeno mal-estar, acaba por ser um acto infantil de criança mimada que procura carinhos.

A aceitação das pequenas dificuldades e de contrariedades que ocorram na vida deve servir para tomar precauções que evitem novas ocorrências semelhantes e não devem servir para gerar um “stress” permanente, que traz graves inconvenientes e elimina a felicidade que devemos merecer.

Não quero competir com o meu amigo Armando R, que age como um autêntico apóstolo bíblico, mas sem semelhante ênfase sinto conveniência em todos procurarmos agir da forma mais correcta, segundo os bons princípios da moral social, do civismo, da solidariedade, por isso ser um contributo positivo para a paz global de que a humanidade está a necessitar, para bem das gerações futuras.

Aliás, tenho materializado estes propósitos na generalidade dos textos quetenho publicado através da “Internet”, quer neste semanário, quer em “posts” e comentários no “facebook”, nos “blogs” e na troca de mensagens pelo “gmail”.

Não uso linguagem insultuosa contra políticos ou jornalistas menos cuidadosos, procuro dar sugestões para melhorar e, quando não domíno o tema e não quero arriscar-me a sugerir, exponho dúvidas com intenção de incitar a reflexão e desenvolvimento de outras formas melhores de actuar. E os comentários elogiosos que tenho recebido reforçam, de forma muito agradável, a autoestima atrás referida como um dos três factores da felicidade. Essa minha maneira de pensar e de agir é que me levou a aproveitar o tema que originou este texto.

Aprendamos a ser felizes e a difundir felicidade em nosso redor. ■ 

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domingo, 18 de abril de 2021

O QI ESTÁ A BAIXAR

(Public em DIABO nº 2311 de 16-04-2021, pág 16. Por António João Soares)

Há psicólogos dedicados à investigação que, com base em dados estatísticos, afirmam que o QI (quociente de inteligência) está a baixar nas novas gerações, em relação às dos seus pais. Consideram que isso se deve ao actual sistema de vida social, com as gerações jovens mais isoladas, entretidas com as novas tecnologias e o uso intensivo da Internet, exigindo menos esforço de memória e de raciocínio em busca da compreensão da realidade e, por isso, com menos actividade do cérebro.

O cérebro é uma parte do corpo que, à semelhança das mais visíveis, como os músculos das pernas e dos braços, precisa de actividade e exercício para não perder energia e capacidade. Em 13-11-2020 publiquei um texto intitulado “manter o cérebro activo aumenta a longevidade” e reduz ou adia o risco de demência senil e da doença de Alzheimer. O cérebro exige muitos cuidados.

Agora, a par da referência feita no início deste texto, aparece a argumentação de que a baixa do QI se deve em grande parte ao pequeno esforço exigido ao cérebro, quer no ensino, quer nos meios da comunicação social, quer no uso do computador com a Internet e a ausência de contactos sociais, de conversas e de diálogos sérios.

Quanto ao ensino, vi há dias um conselho aos professores de crianças pequenas: não se lhes deve dizer algo que já se lhes ensinou, nem lhes ensinar algo que já têm capacidade para saber com base e dedução daquilo que já lhes foi ensinado. Assim se contribui para lhes desenvolver a memória e o raciocínio.

Mas tem havido acções governamentais, tendentes reduzir o QI dos cidadãos. É, por exemplo, o caso da reforma do alfabeto, com a eliminação de letras como o “c” e o “p”, que fazem parte da origem etimológica latina e que ainda continuam a permanecer em palavras da mesma origem usadas em alguns países europeus. Como perceber, numa leitura rápida, o significado de fato, de ação, de seção, de Egito e de egípcio. O facilitismo que pretenderam com tal eliminação contribuiu para diminuir a acção do cérebro e, portanto, para a redução da sua actividade e a consequente queda do QI.

Mas, curiosamente, ao mesmo tempo que vemos este facilitismo, notamos a manifesta vaidade dos donos do poder quando aumentaram palavras, talvez para se mostrarem eruditos ou para que o povo menos conhecedor perceba o significado de palavras que eram pequenas e agora aparecem com acrescentos desnecessários.

Como podemos compreender o ambiente em que vivemos, se nos são mostradas versões falseadas pelas vantagens do “politicamente correcto”. Como podemos compreender o funcionamento do nosso corpo se nos são impingidos medicamentos cujo interesse principal é a ganância do negócio dos grandes fabricantes à custa do consumidor. A “tintura de iodo” era um medicamento de efeito rápido para curar pequenos ferimentos mas, como era barato e não dava lucro a quem o fabricava e vendia, foi retirado do mercado e substituído por produtos de preço mais elevado, que se limitam a ir melhorando o ferimento, deixando passar alguns dias até sarar. É a intenção de preferir doenças crónicas e evitar resultados rápidos. Por exemplo, perante a actual pandemia houve uma corrida ao fabrico de vacinas, mas não houve o mesmo interesse em criar um medicamento para a sua cura. Não foi divulgado o medicamento usado em Portugal com bom resultado, nem foi muito conhecida a preparação de medicamentos no Japão e em Israel. Iriam prejudicar os ganhos de grandes produtores mundiais de vacinas.

Defendamos o nosso cérebro, mantendo-o activo até ao fim, enquanto nos for possível. Procuremos evitar a chegada do Alzheimer e da demência senil. Tal como devemos usar e exercitar os músculos e as articulações, exercitemos também a nossa mente, para não deixarmos morrer o QI. 

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sexta-feira, 9 de abril de 2021

SITUAÇÃO CLIMÃTICA

(Public em DIABO nº 2310 de 09-04-2021, pág.16.  Por António João Soares)

Há vários políticos em altas posições do poder internacional que pretendem tomar decisões sobre as alterações climáticas. É certo que as notícias recentes mostram que o clima está muito agressivo em várias partes do Mundo. Também aparecem opiniões de que a vida da humanidade é resultado dos comportamentos humanos.

Os cuidados com o ambiente acabam por ter incidência nas condições de vida local. Mas o clima surge, em todas as suas mais graves manifestações, por “decisão” da Natureza: sismos, granizo, inundações, ventos, tempestades, frio, calor, etc. 

Mas há cientistas que atribuem a maior parte desses fenómenos desagradáveis à actividade humana, pouco citada, da alteração das condições do espaço astral que nos circunda, por efeito de grande excesso das radiações electromagnéticas que recentemente têm inundado o espaço de forma muito acrescida. Os automatismos, os telecomandos e outras emissões de radiações para telecomunicações constituem um veneno que afecta todos os seres vivos de forma infelizmente muito desprezada e desrespeitada, talvez mesmo por ignorância e inconsciência. 

Disse-me há dias um cidadão bem informado que cada ponto da Terra, cada pessoa, está permanentemente a ser atingido por radiações diversas vindas de milhões de pontos do planeta ou de pequenos satélites artificiais que foram colocados a circular em redor da Terra. Em qualquer sítio, o nosso telemóvel pode receber mensagens e estas podem ter vindo de qualquer local, de onde foram emitidas, em todas as direcções. 

Os sistemas de automatismos são dotados de sensores ou radares, que emitem indiscriminadamente em contínuo. Há dias foi-me descrito um caso do Centro de Apoio Social de Oeiras, do IASFA, que dispõe de um túnel a fazer a ligação entre cinco edifícios, agora com muita utilização devido ao confinamento imposto em defesa da pandemia do Covid-19, que impede a circulação pelo exterior. 

Além de permitir o percurso entre os quartos e o refeitório, é utilizado para os diversos serviços e para o exercício físico da marcha de residentes que precisam de evitar a estagnação. Nesse corredor há uma porção de portas e de luzes que se abrem e fecham automaticamente à passagem de pessoas, o que significa que os sensores, radares, estão permanentemente a funcionar, emitindo as suas radiações electromagnéticas. Como estes, nas cidades, existem por todo o lado inúmeros casos. 

Será que os bem-intencionados que querem condicionar os climas conseguem reduzir este tipo de poluição do espaço astral? Um automóvel moderno tem vários sensores permanentemente activos (sempre que o motor está ligado) que avisam o seu condutor sempre que se aproxima, de qualquer dos lados, um corpo estranho. 

Isto significa que toda a atmosfera que nos cerca está poluída, contaminada por milhões de radiações e a Cintura de Van Allen, que é um conjunto de astros de pequena dimensão que vigiam as condições do espaço astral circundante do sistema solar, reage por “ordem da Natureza” às suas condições higiénicas. Daí as tempestades, as reacções climatéricas e as pandemias. 

É pena que a comunicação social não publique os vídeos que por vezes surgem, com palestras ou entrevistas de cientistas que se preocupam com estes temas sérios e a que devia ser dada mais atenção, devido à importância que têm para a cultura geral e para podermos contribuir de forma mais adequada para a continuidade da humanidade. Tem havido vários “entusiastas” a prometer lutar contra as alterações climáticas e, por vezes, a ignorância de políticos com elevada responsabilidade sociopolítica é chocante, por darem mais credibilidade à sueca Greta Thunberg do que a cientistas catedráticos. ■

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sábado, 3 de abril de 2021

PROCURAR MELHOR ENTENDIMENTO E HARMONIA

(Public em DIABO nº 2309 de 02-04-2021, pág 16. Por António João Soares)

Tem havido bons sinais de harmonia e tolerância entre países com ideologias ou regimes políticos diferentes. Isso não é muito difícil, nem exige sensatez extraordinária, já que acontece entre animais selvagens que convivem pacificamente, mesmo pertencendo a espécies diferentes.

Através das redes sociais da internet, tenho recebido vídeos diversos com casos que merecem ser considerados como exemplares para os humanos, especialmente entre estados considerados civilizados e respeitáveis em ambiente internacional. Mas grande parte dos responsáveis pelos governos são altamente condicionados pelo egoísmo, por interesses inconfessados e por ambição de mais riqueza, e menos pela moral, pela ética e pelo respeito pelas pessoas, esquecendo o seu próprio dever, assumido ao tomar posse do cargo, de procurar melhorar a qualidade de vida dos seus concidadãos.

Muitos destes tais carentes de capacidade e de sensatez têm desencadeado actos de violência inqualificável, usando potentes meios letais contra monumentos, edifícios religiosos, de utilidade pública, sem olhar a perdas de vidas de pessoas, sem repararem que são inocentes e inofensivas, que são transformadas em vítimas da brutalidade por gente sem a mínima sensibilidade.

Os cidadãos de países africanos asiáticos e da América Latina têm sido as maiores vítimas de tal violência selvagem. Agora, tem chamado mais atenção o agravamento da violência no Iémen, com a utilização de meios aéreos não tripulados, com o apoio técnico oferecido pelo Irão, país que parece estar com a ambição de recuperar a capacidade territorial do antigo Império Persa, uma ambição lunática, como se fosse viável recuar tantos séculos depois de a Humanidade ter dado tantas voltas, por efeito da evolução das sociedades, das culturas e das tecnologias. Para mais usando tanta brutalidade e tão destruidora de vidas humanas. O responsáveis por estas situações precisam de ser aconselhados a visitar as reservas de caça do centro de África, hoje exploradas pelos turistas e manter-se por lá o tempo suficiente para aprenderem o bom convívio entre animais muito diferentes.

Nos tempos de hoje em que já, praticamente, não há memória dos impérios Romano ou Persa, temos uma autoridade internacional respeitada por todos, a Organização das Nações Unidas, ONU, que algo tem feito para melhoria da PAZ de que os seres humanos sentem uma necessidade permanente. Mas os seus esforços não têm sido tão eficazes como é desejável. Há que reforçar os processos de terminar com o terrorismo, reduzir o risco de guerra e o emprego de armas letais contra populações pacíficas e ordeiras.

O respeito pelas pessoas e pelos seus legítimos direitos e liberdades deve constituir um dogma para qualquer detentor de autoridade. E este deve zelar para que todas as pessoas compreendam os limites dos seus direitos, de forma moral e ética, a fim de contribuírem activamente para que a vida possa ser vivida da melhor forma, para felicidade de todos.

Ninguém, nem outro estado, deve passar uma fronteira e ir impor um regime diferente contra a vontade dos residentes. Nem deve, por meios ocultos, forçar a uma mudança contra os interesses colectivos do Estado, com inconfessada intenção de o tornar uma aquisição fácil e útil.

Não é por acaso, antes por sensatez e amor ao seu país, que no Sudão, o líder do Comité Supremo para a Recolha de Armas anunciou, há poucos dias, o início de uma campanha de “recolha forçada de armas” – que se estimam em cerca de quatro milhões nas mãos de cidadãos –, a fim de desarmar a população civil e terminar com o flagelo de conflitos tribais no país.

A ONU deve tornar esta medida generalizada, de forma que só possam ser usadas armas por militares e forças policiais, de maneira moderada, bem justificada e controlada. Assim se evitarão os múltiplos actos de violência que ocorrem diariamente pelo mundo. ■


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