Não há objectivo nacional, nem estratégia para o atingir e, por isso, não aparecem ideias exequíveis, nem projectos, nem planos, nem programas, nem sistema de controlo das acções a realizar, nem organização, simples, operacional, eficaz. Sem esta metodologia e sem priorização dos estudos e das actividades, não pode haver coerência dos discursos, das explicações dadas aos cidadãos com os procedimentos factuais.
Falam em entendimento e em consenso, mas mostram não saber o que isso significa. Isso exige disposição para aceitar algumas propostas do outro, fazer cedências para que as decisões tenham concordância de ambos. E para um tal matrimónio não pode haver, de um lado, a imposição com violência e teimosia determinada e esperar do outro a submissão e o aplauso inconsciente. Ao menos no assédio, no namoro para conseguir o entendimento, deve haver atitude macia, aliciante, cativante.
Ora o que se ouviu no coliseu não foi nada consentâneo com o apelo ao entendimento com os partidos, antes uma agressividade, de luta eleitoral extremando as partes que era suposto pretender aliar. Não cito nomes dos muitos oradores que embarcaram na fantasia do «orgulhosamente sós», porque seria inevitável esquecer um ou outro, tantos foram. Com vinagre não se caçam moscas e com tal hostilidade não se consegue entendimento democrático desejável para tentar conseguir um futuro melhor para Portugal...E é imperioso que se faça tudo com o máximo de eficiência e com resultados permanentes para que futuro de Portugal seja radioso para não desmerecer o seu passado glorioso.
Aprenda-se com a Ucrânia em que, depois de pouco tempo, compreenderam que havia que sentar-se à mesa e construir o consenso, o entendimento, para assegurar o futuro do País, para bem das pessoas. Evidenciaram vontade de aliar, conjugar, esforços, construir sinergias para bem da Nação. Mostram ser gente inteligente e honesta que coloca os interesses nacionais acima das suas próprias ambições.
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segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014
FUTURO DUVIDOSO PARA PAÍS QUE FOI GRANDE
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A. João Soares
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segunda-feira, 19 de agosto de 2013
A ÁGUA FLUVIAL É GRANDE MESTRE
Durante longa parte da minha já longa vida estive em contacto directo com a Natureza e aprendi a compreendê-la e a respeitar as suas regras. Tenho como lição de vida, que muitas vezes cito nos meus blogues, o comportamento das águas fluviais. Elas mostram a importância de ter um objectivo, uma missão, uma finalidade, bem clara, definida e sem dar aso a más interpretações.
A água escolhe sempre o caminho de maior declive. Esta regra, leva-a a não se bater teimosamente pela linha recta, contra um obstáculo e, em vez disso, contorna-o.
Se isso não for possível, espera para ganhar força e, depois de ter o reforço de mais água que veio em seu apoio, ou derruba o obstáculo ou lhe passa por cima. E, por vezes, nenhuma dessas duas soluções é possível e, então, é a morte, o pântano, por vezes de odor pestilento, putrefacto.
É pena o homem que se auto-intitula de racional, não actue com racionalidade e não consiga interrogar-se a cada momento se está no bom caminho para atingir o objectivo fixado. Sem isso perdem-se recursos, de que o tempo é o mais importante por ser irrecuperável, e os resultados são fracos, inferiores ao desejável e possível.
Devemos seguir as boas lições da Natureza a cada momento na vida privada, familiar, profissional e, principalmente, na política porque nesta estão em causa interesses e recursos nacionais, de todos os cidadãos.
Atenção, senhores políticos sigam as lições da Natureza...
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quinta-feira, 8 de setembro de 2011
Mário Soares elogia Vítor Gaspar???!!!
Mário Soares, do cimo da sua larga experiência política e do muito saber acumulado durante os seus anos de vida diz que o Ministro das Finanças é um «político ocasional», o que para bons pensadores é um elogio. Já em tempos, Cavaco Silva declarava, com vaidade e como propaganda, não ser político profissional, tendo Mário Soares reagido a demonstrar que isso não era verdade. E o tom desta polémica deixava perceber que ser político profissional não era nada abonatório. Daí que chamar «político ocasional» ao Ministro das Finanças seja um elogio. Significa que ele está imaculado dos pecados, dos vícios e manhas com que os políticos destas quatro décadas, se enriqueceram e levaram o País à crise de que agora os mais pobres sofrem as terríveis consequências, em todos os sectores expostos à cobiça e à gula dos governantes.
Mas além deste eventual elogio, e de aceitar que se trate de um bom «técnico de contas», o ex-PR alerta para a necessidade de uma visão política no sentido de não perder de vista que governar é tomar medidas conducentes a melhorar a vida da população e não se limitar a aumentar impostos e fazer sucessivos e repetidos cortes. Na realidade, a maior parte das medidas destinadas a minorar os efeitos visíveis da crise, são negativas a médio e longo prazo, pelo que devem se comedidas e muito ponderadas, porque governar com eficiência implica que se definam objectivos estratégicos para futuro e que os mesmos nunca sejam perdidos de vista e que a população deve ser sempre o elemento nacional mais privilegiado.
Sobre este tema têm interesses os seguintes textos dos jornais de hoje:
“País precisa de um efectivo Governo, não basta ter um contabilista”
Governar a martelo
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sábado, 18 de junho de 2011
Governo, equipa para que objectivo?
O título da notícia do PÚBLICO Governo pequeno, jovem e com licenciados em Direito em maioria, não é propiciador de confiança e esperança.
Os indivíduos com licenciatura de Direito não são vocacionados para a inovação, o futuro, a utilização de novas soluções, pois a sua formação está voltada para o passado, para a interpretação e o manuseamento de leis que já foram publicadas há tempos para enfrentar situações ainda mais antigas. Não estão predispostos para a previsão o planeamento, a antecipação a situações de crise.
É de boa norma que as equipas devem ser constituídas para fazer face a objectivos. Por exemplo, os Governos da China têm preponderância de engenheiros hidráulicos, porque o seu maior problema é fazer face às frequentes cheias que inundam a grande planície oriental.
Entre nós, qual é a necessidade do predomínio das pessoas de direito no Governo? Quanto à sua formação específica ficou mostrado não serem necessários tantos; quanto a idoneidade, não são superiores aos outros portugueses, como se viu no escândalo no CEJ do copianço dos estagiários para futuros magistrados, e da forma «suave» como a instituição tentou lavar a nódoa.
Oxalá que o desequilíbrio salientado no título da notíicia venha a ser compensado por outros elementos da estrutura governativa com formação técnica adequada aos programas de cada sector, com vista ao desenvolvimento económico e social de Portugal.
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segunda-feira, 6 de junho de 2011
Requisitos Essenciais a Cumprir
Transcrição de artigo:
O novo ciclo
Correio da Manhã. 06-06-2011. 0h30. Por: Luís Marques Mendes, ex-líder do PSD
Acabou ontem um ciclo político que não vai deixar saudades a ninguém. A pesada derrota que os eleitores aplicaram ao PS é a prova disso mesmo. Os portugueses, quando conheceram a verdade, não gostaram do que viram.
E disseram-no de modo concludente. Em bom rigor, porém, mais do que a derrota de um partido – o Partido Socialista – esta é sobretudo a punição política de um homem – José Sócrates. É ele o grande derrotado de ontem. Por isso se demitiu. Em boa verdade, os portugueses cansaram-se do estilo, indignaram-se com a atitude e revoltaram-se contra esta forma arrogante, auto-suficiente e mentirosa de fazer política. É bom para a democracia, é bom para o exercício da cidadania.
Abre-se agora um novo ciclo. Um novo ciclo que Passos Coelho vai liderar depois da retumbante vitória de ontem. A vitória que o líder do PSD obteve foi particularmente importante. Não apenas pela dimensão categórica do resultado. Mas também pela forma como foi obtida. Com uma campanha de verdade, com um discurso sem demagogia, com um programa eleitoral a sério, nunca ocultando as dificuldades, resistindo à retórica fácil e ao compromisso de circunstância. Passos Coelho seguiu o caminho mais difícil. Fez bem. Se seguisse outro caminho, podia ter tido ainda mais alguns votos. Mas desta forma conseguiu obter o que doutro modo não lograria alcançar – uma autoridade maior e uma legitimidade acrescida para governar. Ninguém o pode acusar de não ter sido verdadeiro ou de passar ao lado do essencial. É um bom começo e um excelente exemplo. Próprio de quem tem sentido de Estado e noção das responsabilidades.
Olhemos agora o futuro. É agora que ele vai começar. Acabou o tempo da mentira e a atmosfera da ilusão. Nada será fácil mas também nada será impossível. Mas para não dificultar o que já de si é difícil há requisitos essenciais a cumprir. Rapidez na acção, um executivo maioritário, uma coligação formal entre o PSD e o CDS, uma equipa governativa de elite, um governo como deve ser – a pensar nas próximas gerações, não nas próximas eleições. Mas convém ter visão estratégica – são necessários entendimentos políticos com o PS, para fazer reformas essenciais. Nem a maioria de governo deve fugir a este desafio nem o PS deve furtar-se a esta responsabilidade histórica. Fechadas as urnas e contados os votos, é tempo de pensar no País. E já não é sem tempo.
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quarta-feira, 14 de julho de 2010
Fazer planos dá longevidade
Transcrição de post do Sempre Jovens publicado por Luís:
Idosos que fazem planos vivem mais tempo
Estudo divulgado prela APP - Associação Portuguesa de Psicogerontologia, publicado em PÚBLICO.
Por vezes sinto que já fiz tudo o que havia a fazer nesta vida”, “Estabelecia metas pessoais mas isso agora parece-me uma perda de tempo” ou “O meu dia-a-dia parece-me frequentemente trivial e pouco importante”. Já ouviu estas frases em algum lado?
Estas foram as ideias usadas num questionário para um estudo publicado esta semana que avaliou a associação entre a posse de um objectivo de vida e a mortalidade.
Um estudo que envolveu um questionário a mais de 1200 idosos mostra que ter um objectivo na vida reduz o risco de… morte. O mesmo é dizer que prolonga a vida. Os investigadores ajustaram as diversas variáveis envolvidas (idade, sexo e educação) e demonstraram que, independentemente de tudo isso, ter um propósito na vida está associado a uma redução significativa da mortalidade. Segundo o estudo, uma pessoa com um plano para a vida corre metade do risco de morrer nos meses seguintes se a comparamos com alguém sem objectivos. Esta conclusão não é diferente entre homens e mulheres, brancos ou negros e resiste também se considerarmos factores como sintomas de depressão ou outras condições clínicas.
“Associarmos a posse de um propósito de vida à longevidade nas pessoas mais velhas leva-nos à conclusão de que estes aspectos contribuem para um envelhecimento de sucesso”, refere Patricia Boyle, que liderou o estudo levado a cabo no Rush Alzheimer’s Disease Center. Mais do que a leitura dos efeitos psicológicos que esta estratégia poderá produzir, a especialista diz estar entusiasmada com a possível contribuição que este factor pode ter na saúde.
Os especialistas deixam em aberto a possibilidade do facto de ter um objectivo de vida interferir com outras características demográficas e delegam para futuros estudos a hipótese de algumas variáveis como a religião terem um efeito.
NOTA: Estas conclusões confirmam as que nos dizem que a nossa saúde depende da alimentação e das nossas ideias, dos nossos pensamentos.
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quarta-feira, 25 de novembro de 2009
A Criatividade do PS
O arquivamento das escutas entre José Sócrates e o seu amigo Armando Vara, um dos 15 arguidos no caso "Face Oculta", levou Francisco Assis a afirmar, no Porto, que se assistiu "a uma tentativa de decapitação do Governo e do PS". Isto, dito com arrogância igual à da temporada da maioria absoluta, é sinal de dificuldade de adaptação a um período que o bom senso aconselha a ser de diálogo. conversação, negociação, para obter consensos benéficos para Portugal. Os tempos actuais já não são consentâneos com ameaças de «malhar neles».
Mas merece ser realçada a criatividade de alguns moribundos, doentes sem esperança a armarem-se em valentões com rasgos de novas propagandas pretensamente vencedora. Atenção: a arrogância daquele que disse «se não foste tu foi o teu pai» tinha poder para destruir o adversário, não se limitando a decapitar.
O certo é que o autor desse novo tipo de criminalidade política não quer ser plagiador e vai inventando novas expressões para fugir do "homicídio por audiovisual", do "assassinato político", do "assassínio de carácter" e do "homicídio de carácter". Estejamos atentos para ver quando o astuto deputado volta ao início deste dicionário. Ou poderá passar a usar alternativas ao aviso «quem se mete com o PS leva»
E nesta arena em que os partidos se debatem gastando inutilmente em masturbações de oratoíria vã «pour épater le bourgeois» surge agora a reacção do PSD pela boca da sua líder, dizendo que há menos liberdade, menos justiça, menos riqueza, mais desemprego e mais corrupção. É com este diagnóstico de um país sem esperança, "a trajectória de desastre deste Governo é para prosseguir".
Se é verdade que não podemos interpretar à letra o que qualquer político diz em público, as palavras desta líder têm muita verosimilhança, dada a falta de concentração de esforços nos essenciais interesses nacionais, com humildade, sem arrogância e com vontade de obter sucesso para Portugal.
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sábado, 12 de julho de 2008
Falta de estratégia, de bússola
João Miranda, no seu artigo de opinião, no DN, Medidinhas, explica a táctica oscilante de pequenas medidas para minorar os efeitos da crise nos grupos mais vulneráveis da sociedade: os pobres, as crianças, os idosos, os jovens, as grávidas, etc
E termina dizendo que: «As medidinhas segmentam a sociedade em pequenas castas. Contribuem para a erosão da igualdade perante a lei. Criam excepções e privilégios que dependem da idade, do rendimento, do sexo, da capacidade de procriação e do estado civil. Criam um ambiente de apartheid social. Os pequenos privilégios são fáceis de criar, mas difíceis de reverter. Ao fim de vários anos acumulam-se medidinhas. Acumulam-se custos, privilégios, legislação e burocracia. Quando toma uma medidinha, o Governo está apenas preocupado com os interesses de um segmento do eleitorado. Uma vez satisfeito esse segmento, o Governo pode dedicar-se a satisfazer o segmento seguinte. Num dia subsidia o transporte rodoviário para contentar os camionistas, no outro penaliza o transporte rodoviário para contentar os ecologistas. As medidinhas acumuladas formam um corpo legislativo incoerente, o que acaba por criar uma nova oportunidade política. Estamos mesmo a precisar de um Simplex que organize num corpo coerente e simplificado todas as medidinhas que este Governo e os anteriores andaram a tomar.»
Mesmo com estas medidinhas, o problema não fica resolvido e, como diz Rudolfo Rebêlo no mesmo jornal, até a classe média se queixa que já sobra mês, os portugueses estão entre os mais pessimistas da União Europeia a 27 e a maioria considera que perdeu poder de compra nos últimos cinco anos e teme pelo futuro.
Gerir uma grande empresa e, com maior razão, governar um Estado, mesmo que pequeno em dimensão geográfica e demográfica, não se compadece com medidas pontuais, oscilantes em zigue-zague, descoordenadas, sem interacção bem estudada e planeada por forma a criar sinergias, sem objectivos bem definidos que orientem todas as decisões.
Para tomar decisões eficazes tendentes à resolução de problemas críticos e preparar um País moderno e desenvolvido, é preciso começar por identificar com rigor e isenção a situação actual, o ponto de partida, passando pelas actividades das regiões (urbanas e rurais), a população (quantidade, grau de escolaridade, aptidões profissionais prevalecentes, gostos culturais, etc.), valor dos rendimentos, outros recursos disponíveis. E, depois, com um adequado grau de ambição, realista e viável, estabelecer objectivos dentro de uma previsão de evolução bem planeada, seguido de decisão, estabelecer um plano estratégico de longo prazo (o mais possível conforme o objectivo) e acção calendarizada, coordenada e controlada, não perdendo de vista a finalidade, o objectivo pretendido previamente definido.
A táctica incipiente de medidinhas resulta, além dos inconvenientes apontados por João Miranda, numa má utilização dos recursos existentes, com desperdícios, em sobreposições, má rentabilidade, sem tapar todos os buracos que merecem atenção. Pode acabar num «pára e arranca» com recuos que constituem prova de incompetência e de peculato que, segundo o dicionário, significa desvio ou má administração de dinheiros públicos ou rendimentos por pessoa encarregada de os guardar ou administrar.
Desperdiçar recursos públicos é sempre falta muito grave e é ainda mais quando se trata de País pobre, com carências de toda a ordem.
Sobre este tema já aqui foram publicados textos de que são exemplo os seguintes títulos (links):
Incapacidade de planear e racionalizar
Partidos. Líderes e estratégia de governo
Governo sem bússola nem leme?
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A. João Soares
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