Encontro Europeu de Jovens, promovido pela Comunidade de Taizé.
A Paz é um direito de cada pessoa e deve ser procurada, cultivada, mantida e desenvolvida no íntimo de cada um e em todas as organizações que funcionem com «recursos humanos» desde a família ao Estado.
Li em tempos que a actividade das pessoas e dos Estados é condicionada por dois sentimentos opostos: o Amor e o medo. Predominando o Amor, há abertura, confiança, respeito, compreensão e todas as qualidades de que falam ao manuais de ética e bons comportamentos. Quando prevalece o medo, aparece a desconfiança, a sensação de perigo e ameaça, o desejo de defesa, vingança, ódio, aversão, etc, coisas que estão na origem das guerras. Havendo medo, não pode viver-se em paz, e as pessoas têm medo do desconhecido. Daí a importância da transparência, da franqueza, do diálogo aberto, dos contactos frequentes, de manifestações de solidariedade, compreensão, tolerância, etc.
Neste momento, decorre em Zagreb um Encontro Europeu de Jovens, promovido pela Comunidade de Taizé, que constitui uma oportunidade de diálogo entre religiões, para a promoção da paz. Os jovens participantes, tal como cada um de nós, deverão estar cada vez mais conscientes da importância da fraternidade entre os homens e da necessária abertura às pessoas que os rodeiam.
Temos tanta necessidade de confiança em nós próprios e nos outros como de ar fresco. Ao nosso mundo falta cada vez mais respeito e amor ao outro, alento e ar, por causa da desconfiança da suspeição, da dúvida e do desespero. Os imensos problemas das nossas sociedades podem alimentar o derrotismo. Mas, quando escolhemos amar, descobrimos um espaço de liberdade para criar um futuro para nós mesmos e para as pessoas mais próximas, com tendência para alastrar ao Mundo, criando comunhão na família humana."
Seria bom que em 2007, as pessoas evitassem ser vítimas do desânimo de hoje e escolhessem o amor e a esperança, a compreensão e a confiança". Respeitando a pessoa, promove-se a paz, e, construindo a paz, assentam-se as premissas para uma autêntico humanismo integral.