segunda-feira, 30 de abril de 2007

Emigração e imigração

Texto extraído do blog Barão da Tróia II

Case Study

Os tempos que vivemos são de mudanças várias; o mundo sempre mudou, nem sempre para melhor, dependendo do ponto de vista, as suas mudanças foram céleres ou lentas, de acordo com circunstâncias, várias. O actual, mundo, muda à velocidade, de um clique, em função do preço do Brent ou da seca inexorável que se abate sobre várias regiões do planeta.

Migrações, idas e vindas, novos costumes e povos, gente gentinha e gentalha de tudo nos calha, e de permeio os Portugueses deveriam ser alvo de um estudo, para perceber o que temos nós de tão especial, que conseguimos estar nas sete partidas do mundo, integrados e bem sucedidos. Porquê?

Não sendo estudioso da questão, avento algumas respostas com dados que poderiam ser utilizados para analisar quer aqueles que desejam mudar de país, quer aqueles que os acolhem, pois a nossa experiência de migração é uma das gestas mais bem sucedidas da nossa história, e arrisco a dizer que, mais que as descobertas, é a nossa migração que nos engrandece, porque as descobertas há muito que acabaram e os Portugueses continuam a partir à procura de melhor vida.

Dizia eu que tenho algumas respostas, pois aqui vão: o nosso sucesso tem três vertentes essenciais que possivelmente se desdobrarão em outras, mas deixo isso para os sapientes e doutos investigadores. O segredo do nosso sucesso enquanto migrantes, assenta sobretudo, no trabalho, no respeito pela terra que os acolhe e pelas raízes.

O Português, não tenta mudar o sítio que o acolhe, quando muito cria uma associação onde recria o seu ideário Luso, lá fora tenta ser francês, alemão, russo ou qualquer que seja a nacionalidade do país onde está. Em casa e dentro do seu coração ele conserva a sua afirmação de Lusitanidade, porque a sua autoconfiança é ilimitada, ele sabe que é Português, isso é que lhe interessa, esse facto não interfere nada com o facto de também adoptar os usos dos países de acolhimento, porque intrinsecamente ele será sempre português.

O Português, vai para trabalhar, para melhorar a sua vida, não vai para viver de subsídios nem para rezar, vai para trabalhar, para produzir. A Europa moderna fomos nós que a construímos, quem percorresse a Europa central dos anos 80 e num momento de descontracção, olhasse os estaleiros de obras de Genéve a Bona, de Londres a Milão encontraria operários Portugueses, milhares deles.

Por último, a consciência daquilo que é, o espírito da sua Portugalidade, ajuda-o a ultrapassar as dificuldades e a vencer, sendo esse o nosso trunfo maior, o espírito de luta que herdámos dos nossos avoengos, gente afeita à peleja dura. Somos realmente um caso de sucesso que merece ser estudado.

No entanto, fico triste quando vejo que aqui chega, toda a espécie de escumalha miserável, a juntar à rataria que por cá já habita, transformando este país num poço de podridão cada vez maior, não sei para onde vamos, não me importa, mas que não acredito neste rumo, lá isso não acredito e podem enfiar o multiculturalismo nos entrefolhos que isso é uma grande patranha que só serve para gerar racismo, e atenção que racismo é uma faca de dois caminhos, facto que muita gente parece esquecer, ou fazer por esquecer.

NOTA: O valor que atribuo a este texto fica bem testemunhado pelo facto de o ter eleito, para este espaço. Quando ao último parágrafo, sugiro a leitora do post aqui existente «Imigração nem sempre é uma bênção»

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Ética... e responsabilidade

Extraído do blog «ALCOBAÇA: Gentes e Frentes»

Ética…
Perguntam muitos: O que é? Como se mede? Existe? Para quês serve?...
Hoje pensei em falar dela.
Implica uma reflexão múltipla porque múltiplos são também os domínios em que esta está ou deve estar presente no quotidiano de Homens e Mulheres livres, iguais em direitos e deveres, elemento “ compositum” do Universo em contínua evolução.

Ética é sobretudo, mas não só, “ aquela ciência da moral” que, desde os tempos mais remotos da Humanidade, tem sido defendida pelo Homem como a ciência que concerne aos princípios da moralidade e dos bons costumes.
De facto todo o Ser humano deve pautar a sua existência e o seu comportamento social e/ou profissional por uma profunda consciência moral e/ou profissional.

Princípio, palavra e acção devem ser, no mínimo, condizentes.
No entanto, sempre direi que no exercício de uma qualquer actividade, a consciência moral não é rigorosamente coincidente com a consciência profissional, o mesmo se passando no âmbito das relações estritamente sociais, individuais ou colectivas.
A todo o profissional, a todo o ser humano é reconhecido um importante papel na administração da justiça social e profissional.
É por esta via que o trabalhador, o empresário ou o político, no uso das suas faculdades ético-profissionais, pode e deve ser o obreiro por excelência na construção de um mundo mais justo e solidário.

Ética é também o dever-ser da conduta profissional, na defesa de princípios fundamentais como sejam os da lealdade, da confiança, responsabilidade pessoal e social, liberdade e justiça individual e colectiva.
Lealdade que sempre informa o quotidiano do profissional, confiança que a sociedade em geral e o outro em particular nele deposita, liberdade de actuação crítica do sistema, do vulgarmente comum, do arbitrário, do injusto, responsabilidade na construção de sociedades mais empenhadas na defesa dos valores ambientais, sociais e humanistas.

Porque não dizer apenas:
- Que a voz nunca me doa, o pensamento nunca me abandone e a acção não se esgote para que possa, pensando na construção de um mundo novo, “ gritar sempre bem alto” que os Homens são iguais e deverão ser sempre livres, num Universo que queremos construir cada mais fraterno e solidário.

by Alzira Henriques

NOTA: poderá aprofundar os conceitos em: Ética e Ética e deontologia

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Quem atrapalha a sua vida?

"Faleceu ontem a pessoa que atrapalhava sua vida"
de: Luiz Fernando Veríssimo

Um dia, quando os funcionários chegaram para trabalhar, encontraram na portaria um cartaz enorme, no qual estava escrito:

"Faleceu ontem a pessoa que atrapalhava sua vida na empresa.
Você está convidado para o velório na quadra de esportes".

No início, todos se entristeceram com a morte de alguém, mas depois de algum tempo, ficaram curiosos para saber quem estava atrapalhando sua vida e bloqueando seu crescimento na empresa. A agitação na quadra de esportes era tão grande, que foi preciso chamar os seguranças para organizar a fila do velório.

Conforme as pessoas iam se aproximando do caixão, a excitação aumentava:
- Quem será que estava atrapalhando O meu Progresso?
- Ainda bem que esse infeliz morreu!

Um a um, os funcionários, agitados, se aproximavam do caixão, olhavam pelo visor do caixão a fim de reconhecer o defunto, engoliam em seco e saíam de cabeça abaixada, sem nada falar uns com os outros. Ficavam no mais absoluto silêncio, como se tivessem sido atingidos no fundo da alma e dirigiam-se para suas salas. Todos, muito curiosos mantinham-se na fila até chegar a sua vez de verificar quem estava no caixão e que tinha atrapalhado tanto a cada um deles.

A pergunta ecoava na mente de todos: "Quem está nesse caixão"?
No visor do caixão havia um espelho e cada um via a si mesmo...

Só existe uma pessoa capaz de limitar seu crescimento: VOCÊ MESMO! Você é a única pessoa que pode fazer a revolução de sua vida. Você é a única pessoa que pode prejudicar a sua vida. Você é a única pessoa que pode ajudar a si mesmo.

"SUA VIDA NÃO MUDA QUANDO SEU CHEFE MUDA, QUANDO SUA EMPRESA MUDA, QUANDO SEUS PAIS MUDAM, QUANDO SEU(SUA) NAMORADO(A) MUDA. SUA VIDA MUDA... QUANDO VOCÊ MUDA! VOCÊ É O ÚNICO RESPONSÁVEL POR ELA."

O mundo é como um espelho que devolve a cada pessoa O reflexo de seus próprios pensamentos. A maneira como você encara a vida é que faz toda diferença. A vida muda, quando "você muda"!


NOTA: Sugere-se a leitura do post «O eco da vida»

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Será pessimismo ou realismo?

Gostava de iniciar uma fase de textos simples, optimistas, reconfortantes, para combater o stress. Mas, ao receber este «desabafo» da amiga brasileira Anna Müller, não resisto a levá-lo ao conhecimento de quem me visita, pela profundidade das reflexões que contém e pode suscitar.

A Maldição do Mundo
Anna Müller

Qual ser humano não deseja ter a felicidade
na palma da mão e poder usufruir a mesma
da melhor maneira possível, crendo que
ela exista!
Uma vida de lutas, de obstáculos, acreditando
em velhos ditados, velhas crenças.
Somos condicionados a acreditar no invisível,
no inusitado, no milagre, na cura.
Pais ensinando leis divinas, a diferença entre
o bem e o mal, o certo e o errado,
o bonito e o feio...
E tantos e tantos sinônimos, adjetivos.
Com que certeza?
Porque lhes foi ensinado assim?
Alguém pode explicar o porque, dentro de
um mesmo lar, possa existir o bem e o mal,
seguindo as mesmas linhas de ensinamento...
Alma? Espírito? Índole?
Não é tudo a mesma coisa?
Porque a bondade cheira a falsidade e a maldade
a verdade pura?
Porque será que o ser humano acredita mais
no que é ruím? Porque o mal é tão temido,
se o bem é maior que tudo? talvez nos falte
muito bem dentro de nós, caso não,
porque temer o mal?
Porque tantos temem a morte se ela nos leva
ao "paraíso"?
Porque estar sempre na dúvida do sentimento
mais puro que é o amor?
Teria ele de ser sentido com certeza absoluta.
Quem inventou a frase: Quem nunca sofreu nunca amou"
Se é preciso sofrer para amar, a dor é um bem?
O sofrimento é prazer?
Sentir a maldita distância nos faz feliz?
Isso é provação? Para que?
O que temos de provar e para quem?
Para Deus ou para o Diabo?
E quando Ele deu seu filho para salvar a humanidade,
será que ele sabia que valeria a pena?
Ou isso é amor?
Tempos atrás, um pai ou uma mãe morreria pelo seu filho.
Porque então, Deus não se colocou no lugar de seu filho?
Se o Diabo existe, talvez ele seja mais forte, porque
o mundo está um caos, a ganância, a crueldade,
a miséria, a injustiça parece prevalecer num mundo
onde foi dado o sangue do filho de Deus.
Até dentro das igrejas tudo isso impera.
Odeio falar de religião, mas o mundo passa fome
e o papa nada em ouro.
Pastores induzem ao dízimo dos que pouco tem e
a maioria estão na mesma m........
e seus representantes andando de carro do ano...
Uns pregam a pobreza outros o poder.
Afinal, o que Deus quer?
Que sejamos castos e humildes demais, ou que
acreditemos na glória divina em troca de dízimos?
"Pague e terá sua recompensa"
Um "castelinho" no paraíso?
Então onde vivemos é o chamado inferno?
Vivemos na companhia e sobre as leis do Diabo
para ganhar o paraíso.
Ou será que é a nossa mente fruto de tudo isso?
Porque se somos ímãs do que pensamos, desejamos...
Posso pensar firmemente que minha vida é
um mar de rosas que em pouco tempo viverei
a eterna felicidade.
Se eu pensar em coisas ruíns, atraio coisas ruíns...
Então se é assim... Para que vou acreditar
naquilo que não vejo?
É tanta coisa que tentam nos enfiar na cabeça
que nem sabemos mais se somos obras divinas ou
descendentes dos macacos.
A cada dia é mais difícil acreditar em alguma coisa.
Fé, Amor, Esperança, Felicidade, Um mundo melhor, quando
somos regidos pelo inescrupuloso, por quem não nos dá
a mínima. E nós vamos empurrando a p.... da vida com
a barriga. Isso quando se tem.
É exigir provação demais e eu não sei se chegará
o dia de receber o diploma.
A medicina cura...e quando cura...
Deus leva a fama...
Ahhhhhh!!!!
Cada vez é mais difícil acreditar nisso tudo.
Um dia eu acreditei em milagre, na cura...
Hoje? Acredito que sou uma ameba insignifcante
num planeta regido por alguns mais esperto e
que trata os menos favorecidos dessa esperteza
com total mediocridade e hipocrisia.
Filhos de Deus?
Ah sim! Um Ele deu para a salvação do mundo
e nós a viver no inferno.
Explodi... ou Morri...
Tanto faz, é tudo a mesma coisa.

Se eu creio nisso tudo? Eu sinceramente não sei...
Apenas cansei ou talvez desabafei.
Quem não gostou, sinto muito, mas também leio
muita coisa de que não gosto.

Não espero que ninguém responda,
apenas expresso o que se passa comigo, já que,
muitos questionam o que acontece com a Anna.
E isso é o que hoje, está se passando comigo.
Apenas isso.

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domingo, 29 de abril de 2007

O eco da vida

Para um pouco de descontracção e de meditação sobre moral e ética, apresento este texto retirado de um .pps recebido por e-mail.

O ECO DA VIDA

Um filho e seu pai, caminhavam nas montanhas. De repente, o filho magoa-se e grita: "Aaaaaahhhhhhhhh!!!!!"

Para seu espanto ouve uma voz vinda de algum lugar da montanha: "Aaaaaahhhhhhhhh!!!!!"

Com curiosidade o menino grita: "Quem está aí??" Recebe uma resposta: "Quem está aí??"

Zangado com a resposta, o menino grita: "Cobarde" E recebe como resposta: "Cobarde"

O menino olha para o seu pai e pergunta-lhe: “Que é que se passa?" O pai, sorri e diz-lhe:

“Filho, presta atenção" E o pai grita para a montanha: “Admiro-te" E a voz responde: " Admiro-te "

Novamente, o homem grita: “És um campeão" E a voz responde-lhe: " És um campeão "

O menino estava admirado, mas não entendia.

Então, o pai explica-lhe:

As pessoas chamam-lhe eco, mas na realidade é a vida!

Devolve-te tudo o que dizes ou fazes. A nossa vida é simplesmente um reflexo das nossas acções.

Se desejas mais amor no mundo, cria mais amor à tua volta.

Se desejas felicidade, faz felizes os que te rodeiam.

Se desejas um sorriso na alma, dá um sorriso à alma dos que conheces.

Esta relação aplica-se a todos os aspectos da vida. A vida dar-te-á de regresso, exactamente aquilo que tu lhe deste.

Tua vida não é uma coincidência, é um reflexo de ti.

ALGUÉM DISSE:

"SE NÃO GOSTAS DO QUE RECEBES DE VOLTA, REVÊ MUITO BEM O QUE DÁS!"

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Amanhecer de um sonho

Neste momento em que, apesar de estarmos em plenas comemorações da Revolução dos cravos, há ditos democratas a defender a utilização de métodos ditatoriais para eliminar quem tenha ideais diferentes dos seus, esquecendo as tão difundidas intenções dos «capitães» de Abril, trago aqui esta pequena poesia de FalcãoSR que constitui um retrato da forma como muitos, que se consideram anti-fascistas, encaram o 25 de Abril neste amanhecer 33 anos após, em que o sonho foi lindo mas está esquecido e há quem queira repetir os erros de antanho, com a mesma lógica firme e convicta de então!!!

...Raios de sol aparecem
um novo dia amanhece
o baile vai terminar,
revelo-te então o que restou
de um lindo sonho de amor...
no silêncio de um olhar...

FalcãoSR

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sábado, 28 de abril de 2007

António Costa e a Democracia

Ministro critica atenção em torno do PNR

O ministro da Administração Interna, António Costa, criticou ontem o "fervor noticioso" em torno do Partido Nacional Renovador (PNR), recusando-se a contribuir para o que classificou de "publicidade à extrema-direita".

"Espanta-me o fervor noticioso em torno desse partido chamado PNR", declarou o ministro, quando questionado sobre a manifestação que aquele partido tem programada para o 1º de Maio, em Lisboa. Para o ministro da Administração Interna, o PNR "é um partido como outro qualquer e o facto de um partido realizar uma manifestação não tem nada de extraordinário". "Creio que já estamos habituados, ao fim de 30 anos (de democracia), a que os partidos organizem manifestações e, portanto, não contem comigo para contribuir para a publicidade da extrema-direita", acrescentou. António Costa explicou ainda que o direito de manifestação não requer autorização, contrariando notícias que davam conta de que a manifestação do PNR tinha sido autorizada pelo Governo Civil de Lisboa.

NOTA: É de apreciar esta visão global e inclusiva da democracia. Realmente um cozinheiro elabora uma refeição com os ingredientes que tem na despensa e não com outros. E Portugal tem de contar com todos os portugueses. É a prata da casa. Todos somos indispensáveis, não se podendo colocar de lado uns ou outros, porque os que forem marginalizados acabarão por, mais cedo ou mais tarde, criar sérios problemas. Nem sempre, há capacidade para ver o todo com serenidade e tolerância. Muitas vezes, olhamos demasiado para a árvore e esquecemos a floresta. Parece que, no momento actual, essa incapacidade está a manifestar-se, o que não será de bom augúrio. António Costa parece estar no caminho certo. Há que não esquecer que a repressão do antigo regime não impediu que houvesse o 25 de Abril.

Em vez da rotura e da exclusão, será preferível procurar a convergência nos problemas fundamentais do País. Todos são necessários e com direito a participar não desenvolvimento do País. As divergências de opinião não devem ser interpretadas como «guerra» mas apenas como visões diferentes do que será melhor para a Nação. Há interesses de visibilidade e há vaidades e ambições? É natural. Mas o diálogo consegue limar arestas e colocar toda a gente a puxar, à sua maneira, para o mesmo objectivo. Um jardim tem variedade de flores e não apenas uma, com monotonia. Portugal tem de poder contar com todos e cada um, não pode ser contra qualquer cidadão ou grupo de cidadãos, a não ser em casos raros e muito graves, para que todos dele se sintam orgulhosos.

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quinta-feira, 26 de abril de 2007

25 de Abril. Para a sua história

Com a devida vénia, de «Aromas de Portugal», texto de Mário Relvas

Em busca de Abril...

O 25 de Abril de 1974 foi um dia histórico para Portugal.

Não o vou abordar pelo lado histórico do anterior regime, denominado de fascista, com censura, polícia política, que era contestado em muitos sectores. Esta análise muitos o fazem á décadas. Importa fazer uma análise ao pós 25 de Abril também.

Vou simplesmente lembrar que nesse dia, há 33 anos, os portugueses clamaram pela democracia. Muitos nem sabiam o que isso era.

Mas se o golpe do 25 de Abril foi uma esperança, levado a cabo por oficiais subalternos, na sua maioria, constituindo em seguida o MFA -Movimento das Forças Armadas, depressa se tornou numa perseguição a todos os que não eram bem vistos pelo PCP, durante o PREC (Processo Revolucionário em Curso). Houve deportações, prisões, saneamentos, a "reforma agrária", o COPCOM (Comando Operacional do Continente), chefiado por Otelo Saraiva de Carvalho, que emitiu centenas de mandados de detenção assinados em branco, prendendo os mais diversos cidadãos avulso.

Não podemos esquecer a "descolonização exemplar", onde cerca de um milhão de portugueses foram abandonados á sua sorte, em África, em Angola, Guiné e Moçambique, sem salvaguarda por parte dos governos de então, que se sucediam a ritmo alucinante.

Este PREC, em que Otelo Saraiva de Carvalho se desloca a Cuba em vassalagem a Fidel Castro, foi travado no 25 de Novembro de 1975, pelas forças leais ao Presidente da República, General Costa Gomes, formadas na sua essência operacional por elementos do Regimento de Comandos da Amadora, comandados pelo Coronel Comando Jaime Neves, que havia participado no 25 de Abril. Este contra golpe surge para fazer frente ao levantamento dos Pára-Quedistas (forças na altura afectas à esquerda comunista) contra a decisão de passagem á disponibilidade que lhes tinha sido decretada, insurgindo-se. As forças militares no geral, estavam politizadas pela extrema esquerda, de cabelo comprido, a denominada "tropa Fandanga" .

Tinha acontecido um juramento de bandeira, no RALIS em Lisboa, onde os recrutas apontavam o braço á Bandeira de Portugal de punho cerrado, dizendo umas palavras de servidão comunista. O quartel da Amadora serviu para garantir o verdadeiro espírito da democracia, sem cravos, sem flores, tendo recebido mais tarde o prémio pelos seus mortos na operação, sendo extinta aquela unidade militar.

Os comunistas gritavam contra os Comandos e contra Jaime Neves, mas se o PCP existe hoje, se hoje existe democracia, foi porque os militares vitoriosos, com Melo Antunes, consensualmente, decidiram não colocar o PCP na clandestinidade, não lhes fazendo a eles o que eles tinham feito no PREC a tantos outros.

O 25 de Abril que se comemora é a data simbólica da democracia, não o que aconteceu depois, onde de novo houve censura, pois os jornais seguiam as directrizes comunistas e até um jornal "fascista" foi encerrado, os seus trabalhadores despedidos, porque se dizia ser o órgão do PS (Partido Socialista) de Mário Soares, o jornal República!

Houveram muitas situações negativas, mas importa aqui a simbologia que ficou do cravo, "a democracia". Esse sim um valor que efectivamente nos agrada a todos. Antes do 25 de Abril não poderia escrever este texto, mas no "verão quente", - PREC, também não ...

Fica-nos a lição: O 25 de Abril é uma data histórica, onde nos restou a liberdade, mas fica-nos a imensidão de sonhos afundados no desemprego actual, na corrupção, na justiça lenta, na dificuldade nos hospitais e saúde públicas, nas escolas, na falta de escolaridade, na falta de formação profissional, na desertificação do País, na lenta justiça, no aumento da emigração como aconteceu na década de 60... E em tantos outros sonhos emperrados na palavra "ABRIL" e nos "CRAVOS" encravados!

É uma comemoração maçuda na Assembleia da República, mas cumpra-se o resto da palavra Abril e talvez valha a pena continuarmos a ter naquelas galerias os mesmos que dormitam por lá há anos, nesta comemoração. Sim nesta altura todos são democratas, quase todos andam de cravo na lapela...é um fartote para as floristas.
Sim, hoje é 25 de Abril ... de 2007

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quarta-feira, 25 de abril de 2007

Cavaco quer melhor democracia

Cavaco quer melhor democracia, PSD critica «claustrofobia»

A sessão comemorativa do 25 de Abril foi hoje marcada pelo apelo do Presidente da República à qualidade da democracia e pelas críticas do PSD ao clima de «claustrofobia democrática» no país.

No seu discurso perante a Assembleia da República, Cavaco Silva apelou aos políticos para que «unam esforços» a favor da «qualidade da democracia» e defendeu a necessidade de uma «classe política qualificada» e «critérios de rigor ético, exigência e competência».

«É necessário que os agentes políticos se empenhem mais na prestação de contas aos cidadãos, que os portugueses conheçam e compreendam o sentido e os objectivos das medidas que vão sendo adoptadas, que exista clareza e transparência na relação entre o poder político e a comunidade cívica», acrescentou Cavaco Silva que, mais uma vez, não usou o cravo vermelho na lapela.

O Presidente defendeu que deve existir «uma clara separação entre actividades políticas e actividades privadas, que as situações de conflito de interesses sejam afastadas por imperativo ético e não apenas por imposição da lei».

Portugal deve «pensar-se como democracia amadurecida», em que «o escrutínio dos poderes seja assegurado por meios de comunicação social isentos e responsáveis», exemplificou Cavaco.

A comunicação social foi igualmente um dos temas da intervenção do PSD na sessão solene no Parlamento, que defendeu que Portugal vive um tempo de «claustrofobia democrática e constitucional».

«Como garantir e realizar essa democracia de valores, essa república da tolerância e do pluralismo, se nunca como hoje se sentiu uma tão grande apetência do poder executivo para conhecer, seduzir e influenciar a agenda mediática?», questionou o deputado social-democrata Paulo Rangel, uma intervenção classificada pelo primeiro-ministro, José Sócrates, de «bota-abaixismo».

A oposição de esquerda insistiu na degradação da qualidade dos serviços públicos desde o 25 de Abril e aproveitou a sessão solene para exigir a realização de um referendo europeu, enquanto o CDS pediu uma sociedade menos dependente do Estado.
Nas reacções ao discurso de Cavaco Silva, o primeiro-ministro elogiou a intervenção do chefe de Estado, considerando «muito apropriado» o apelo presidencial ao reforço da qualidade da democracia.

Nos partidos, PCP, BE e PEV criticaram as «omissões» de Cavaco Silva quanto às «dificuldades dos jovens» e quanto ao referendo sobre o tratado constitucional.
Por seu lado, o líder do PSD, Marques Mendes, elogiou o discurso do Presidente da República, por «convocar a juventude para os desafios» que o país enfrenta, enquanto o presidente do CDS-PP, Paulo Portas, destacou o «alerta» sobre a necessidade de maior conhecimento histórico.

Apesar de não ter feito qualquer proposta concreta, Cavaco Silva sugeriu que se repensasse o modelo de comemorações do 25 de Abril, para que não se torne «um ritual que já pouco diz» aos portugueses.

Numa sessão mais curta e menos participada do que no ano passado - o ex-primeiro-ministro Pedro Santana Lopes não esteve presente -, o presidente da Assembleia da República, Jaime Gama, defendeu o reforço da competência fiscalizadora do Parlamento à actividade do Governo, no âmbito da reforma do órgão de soberania a que preside.

Antes da intervenção de Jaime Gama, um incidente perturbou por momentos a sessão solene, quando um homem que assistia nas galerias se manifestou aos gritos, sendo rapidamente retirado pela polícia.

Diário Digital / Lusa
25-04-2007 13:33:00

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Arqueólogos do futuro com vida difícil

Passei há pouco por dois ex-libris de Cascais em adiantada fase de demolição – o Hotel Estoril-Sol e a Praça de Touros. Escrevo aqui a reflexão que essa observação me sugeriu por julgar de interesse para o Ludovicus, por me parecer ser, do pequeno grupo em que me movimento na blogosfera, o que mais se pode interessar por estas coisas em virtude da sua formação e profissão.

Devido à forma sistemática como estão a decorrer os trabalhos e demolição de que resulta um monte de areia e uma quantidade de ferro, concluo que os futuros arqueólogos não encontrarão ali o mínimo vestígio das obras que lá estiveram e que foram peças significativas da paisagem urbana durante muitas décadas. Os estudiosos que nos podem deleitar com relatórios sobre Conímbriga, Miróbriga, de antas, castros pré-históricos e tantos castelos de que sobram poucas pedras, ficam impossibilitados de se documentarem acerca da actual civilização. Tudo o que se constrói é rapidamente perecível e, quando se trata de demolir , nada se deixa para a história. Somos uma geração sem rasto.

Também nos arquivos documentais, poderá ocorrer facto semelhante. Hoje podemos ler manuscritos de vários séculos passados. Mas já temos dificuldade em ler aquilo que guardámos em disquetes, os CDs são substituídos por DVD e estes, dentro em pouco, após serem substituídos por sistemas mais modernos, também não terão máquina que os leia. Na música, os discos de gramofone, já não podem ser lidos, tal como os de 78 rotações e os de 33. Os leitores não são substituíveis quando se avariam. Na imagem, já não há rolos para máquinas fotográficas antiquadas, a máquinas de filmar de 16mm, 8mm e super oito já pertencem a museus e as de projectar saíram há muito dos mercados. Ter uma boa colecção de filmes, vai significar zero.

Parece que estou a exagerar, mas as dificuldades já são manifestas e, no futuro, tornam-se impossibilidades.

Gostava de ter um comentário do Ludovicus acerca deste tema que é da sua especialidade, ou pelo menos do seu agrado.

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A obsessão do canudo

Do blogue «Barão de Tróia» extraio uma parte dum post que se adapta muito bem à sociedade actual. Não extraio tudo porque já não vale a pena repisar no mesmo. Mas fica um link no fim do texto.

Porque é que alguém mente sobre a sua formação académica? Não sei. Talvez por pudor ou por vergonha, porque neste país de imbecis, tudo é doutor, a noção de ridículo assumiu proporções gigantescas, gente que se dá ao trabalho de chatear o banco para colocar o Dr. nos cheques, que adora que lhe lambam as botas, o senhor doutor pra lá o senhor engenheiro pra cá, enquanto pelas costas os tratam abaixo de cão.

Possuir formação académica deveria querer significar, várias coisas, sendo que a principal seria o civismo e a educação, mas não. Por cá formação académica quer as mais das vezes dizer, gente mesquinha, torpe e sem valor nenhum, gentalha que por mor das falcatruas e galfarrices atinge lugares de poder, que exerce de forma discricionária e sem nenhuma apetência.

No actual vai vem das licenciaturas a trouxe-mouxe, recordemos a besteirada das equivalências de baixareis a licenciados por passagem administrativa nos idos de 90, a actual palhaçada de professores titulares e professores não sei o que mais, culminando tudo isto nas dúvidas em relação à formação académica de muito “doutor da mula ruça” que ocupa cargos político-governativos.

Para ler mais do original clique aqui

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Câmara de S. Comba Dão permite concentração

Salazar: Câmara Sta Comba Dão permite concentração nacionalista

A Câmara de Santa Comba Dão anunciou esta terça-feira que não vai impedir a realização de uma concentração comunicada à autarquia por um movimento nacionalista para sábado, 28 de Abril, data do nascimento de Oliveira Salazar.

A concentração, agendada para as 14:00, e anunciada pelo Movimento Nacionalista Terra Identidade e Resistência (MNTIR), tem como pressuposto a defesa da criação do «Museu Salazar», que a autarquia pretende criar no Vimieiro, na casa onde nasceu o ditador a 28 de Abril de 1889.

O vice-presidente da câmara de Santa Comba Dão, António José Correia, justifica, em comunicado hoje emitido, a decisão da autarquia de não proibir a iniciativa do MNTIR com o facto de não bastar a «prognose da violência, por parte da autoridade competente, para legitimar a ordem de proibição».

«Não basta a mera prognose da violência, por parte da autoridade competente, para legitimar a ordem de proibição: é preciso haver factos, ou seja, haver alguma certeza quanto à violência, o que provavelmente só se apurará já no decurso da reunião ou manifestação, tendo em conta que não é crível que os próprios promotores anunciem tal fim no pré-aviso que endereçam às autoridades competentes», diz o autarca.

No mesmo texto, António Correia adita ainda que «também não há notícia de anteriores manifestações convocadas pelos mesmos promotores que permitam objectivamente fundar o receio da prática de algum crime durante a manifestação comunicada, ou da filiação ideológica destes assentar na apologia do racismo ou da violência que poderia redundar nessa prática».

Por isso, explica, «não é razoável limitar o exercício de um direito basilar do Estado de Direito Democrático, como é o direito de reunião ou manifestação, apenas com base numa mera presunção de ocorrência de um crime no decurso do evento».

Demarcando-se, todavia, da concentração anunciada pelo MNTIR, a autarquia anuncia que vai dar «conhecimento às autoridades policiais» no sentido de tomarem «as medidas que entendam ser as adequadas de modo a que antes, durante e depois da manifestação anunciada seja mantida a ordem e tranquilidade públicas e o livre exercício dos direitos dos cidadãos».

A autarquia afirma ainda que a comunicação do MNTIR foi elaborada com respeito pelas formalidades legalmente exigidas, constantes do Decreto-Lei nº 406/74 de 29 de Agosto, em vigor na matéria.

E defende que «o direito de manifestação (e reunião) é um direito consagrado no artigo 45º da Constituição da República Portuguesa, verdadeiro direito de liberdade que se inscreve na matriz essencial do estado de Direito Democrático, que encontra o seu fundamento último na própria liberdade de expressão».

A concentração foi fortemente criticada pela União dos Resistentes Antifascistas Portugueses (URAP), que hoje anunciou ter já 10 mil assinaturas recolhidas contra a criação do «Museu Salazar».
Diário Digital / Lusa

NOTA: Em plena comemoração do 33º aniversário da Revolução de Abril que nos trouxe a Liberdade, merece muita reflexão o cuidado com que a Câmara de Santa Comba Dão se justifica por autorizar esta manifestação que, como é afirmado, é um direito conferido pelo artigo 45º da Constituição da República Portuguesa, e está prevista no Dec-Lei nº 406/74. Fica uma pergunta: Se é legal, se corresponde à Liberdade conquistada em Abril, de que é que a Câmara tem medo? Tendo acabado a Pide, que forças ocultas amedrontam a Câmara?

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terça-feira, 24 de abril de 2007

Abril. Um livro para esclarecer

"Há ideias feitas sobre a revolução"
Isabel Teixeira da Mota
Entrevista historiadora que apresenta hoje o livro que pretende desconstruir mitos.

O período revolucionário continua envolto em muitas ideias feitas e controversas. A Esfera dos Livros pediu à historiadora Maria Inácia Rezola, com uma tese sobre o papel dos militares no 25 de Abril, para dar a conhecer a um público não académico este período da História. A autora aceitou o desafio e hoje é lançado em Lisboa o seu livro "25 de Abril, Mitos de Uma Revolução".

Jornal de Notícias - Não lhe parece um título ousado?

Maria Inácia Rezola - Este livro não pretende ser uma tese académica. O desafio que me foi lançado foi o de fazer uma síntese sobre a Revolução para dar a conhecer a um público não académico este período histórico.

Que não está muito familiarizado com a verdade histórica da Revolução. É isso?

Precisamente. Há ainda histórias por contar, factos não revelados e alguns episódios que ainda hoje geram profunda controvérsia.

Daí que não lhe choque falar em desconstruir mitos da Revolução.

Sim, há de facto algumas ideias feitas e pré-concebidas, por exemplo a visão da revolução como luta entre militares e civis ou o papel do MFA.

Quais são, se se pode dizer assim, esses mitos que pretende desfazer?

A Revolução como luta entre militares e civis; a institucionalização do MFA e o pacto MFA-Partidos; o V Governo Provisório e o perigo de sovietização do país; o 25 de Novembro. São pelo menos alguns assuntos que procurei destacar.

Falemos então do MFA. Que lugar teve, afinal, na transição?

É curioso que o início da legitimidade parte dos próprios partidos políticos, que usaram estratégias de "colagem" por se aperceberem da sua enorme fragilidade. Não se pode dizer, de facto, que foi a sociedade civil que garantiu a transição.

Foram os militares?

Não há dúvidas quanto à supremacia do poder militar sobre o civil - é um facto. O MFA alcançou um grande protagonismo na promoção da democracia pluralista, apesar das correntes que mais tarde vieram a fragilizá-lo.

Sobre o Movimento dos Capitães, o que há a dizer de novo?

A origem do movimento teve, em primeiro lugar, razões exclusivamente corporativas, e isso tem de ser salientado. Em segundo lugar, de prestígio militar, e só muito em terceiro lugar teve como motivação a guerra colonial. Basta ver com atenção a reunião de Cascais de 74.

Também dá largo destaque ao 25 de Novembro e pergunta "quantos existiram". Porquê?

O 25 de Novembro continua a ser um dos episódios com mais leituras divergentes. Não só os próprios protagonistas se sentiram ultrapassados pelos acontecimentos, como subsiste a polémica em torno de se saber se houve ou não uma tentativa de golpe de estado mais ou menos preparado.

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Abril? Ou liberdade condicionada?

Reproduzo este texto por ser oportuno quanto ao tema e quanto á data.

Sim, escolher Pina Moura é uma pouca-vergonha
João Miguel Tavares, jornalista, Diário de Notícias d 24 d Abril de 2007

Receita tipicamente portuguesa: agarra-se num molho de amigalhaços que contribuíram para a chegada do partido ao poder, escolhem-se os mais viçosos e polvilha-se com eles os conselhos de administração das empresas públicas. Serve-se a frio, custa a engolir, mas pelo menos estamos habituados ao sabor. Ao que não estamos habituados é a esta variante espanhola da receita, que até já dispensa os tachos públicos para compor o refugado, tal é a vontade de favorecer quem manda na cozinha. Quando são as empresas privadas, de livre e espontânea vontade, a entregar os seus jobs aos boys dos outros, algo está podre no reino de Portugal.

A escolha de Pina Moura para presidir à Media Capital, a convite da Prisa, é uma das mais preocupantes notícias dos últimos tempos. Ao pé disto, a telenovela em redor da licenciatura de José Sócrates é apenas programação infantil. O ex-ministro do defunto Governo do pio Guterres, conhecido como o "cardeal" pela forma como se movia nos corredores do poder, e que pouco depois de ter saído do Executivo saltou para a liderança de uma das empresas que mais favoreceu enquanto governante - a espanhola Iberdrola -, vai agora tomar conta da televisão mais vista do País. Tenham medo. Muito medo.

Porque uma coisa é ser cardeal de corredores. Outra é ter à sua disposição uma igreja para pregar, frequentada por milhões - sobretudo quando a missa que nos quer oferecer não interessa nem ao menino Jesus. E é tal o seu desplante que até foi para o Expresso admitir que "o convite tem um pressuposto ideológico". Já se desconfiava, pois não são conhecidas a Pina Moura competências técnicas para gerir uma empresa de media. Aliás, como ele próprio admitiu, mal conhece o canal que se prepara para liderar.

Poder-se-ia supor - hipótese académica colocada pela mais ingénua das almas - que a nomeação de Pina Moura se devia à sua finíssima inteligência. Mas até nisso a entrevista ao Expresso é mortal: ninguém razoavelmente inteligente admitiria a existência de um "pressuposto ideológico", coisa honesta mas muito burra. Quando se fala em "pressuposto ideológico" - ou seja, na escolha de um homem do PS para liderar a TVI -, das duas uma: ou a Prisa quer levar o mais belo socialismo para a estação, distribuindo os lucros pelos trabalhadores e nunca mais explorando os estagiários; ou então quer doutrinar a redacção sobre as maravilhas do Governo socialista. E eu aposto que a exploração dos estagiários vai continuar.

Amiguinho da Prisa e da Iberdrola, amado por Sócrates e pelos espanhóis, Pina Moura quer armar-se no nosso novo Miguel de Vasconcelos. Tal como o outro, defenestrá-lo seria fazer um enorme serviço à pátria.

NOTA: Este artigo é, realmente, muito oportuno. Numa data festiva em que são muito propalados os ideais de Abril, vale a pena analisar a contradição ostensiva entre a propaganda da Liberdade de opinião, de expressão, de opinião e da Comunicação Social e, por outro lado, a realidade publicamente conhecida. O artigo evidencia a apetência dos governantes pelo domínio e controlo dos veículos da informação, desde os jornais, à rádio e à televisão, como demonstra este caso.

É um fato que em cada político se desenvolve um vírus específico gerador de ditadores: ambição desmedida pelo poder, abuso deste em benefício próprio, dos familiares, dos amigos e do partido, confusão entre interesses nacionais e interesses partidários, entre estratégia coerente e decisões casuísticas e improvisadas, arrogância, obsessão da verdade absoluta e única, teimosia irracional, etc. A apetência pela liberdade condicionada e pelo controlo da Comunicação vai muito além das medidas do regime extinto há 33 anos, isto é do «Estado Novo«, da União Nacional, da «Legião Portuguesa», da Pide, etc. Os políticos têm memória curta (até esquecem as promessas que fazem!) e não se lembram das razões que conduziram ao 25 de Abril e que agora papagueiam sem as compreender. Nessa altura, apesar de todos os controlos e cerceamentos da liberdade, houve ao Revolução dos cravos. Agora com controlos semelhantes, também poderá haver... E parece que está a tornar-se necessária uma revolução para cumprir os ideais de Abril.

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NAL. Mais uma achega

Recebi por e-mail do meu amigo, fundador do PS, gestor e perito em estratégia empresarial, esta sua crónica já publicada no Jornal de Negócios. Que aqui coloco para melhor esclarecimento deste caso tão polémico.

A Estratégia ainda não aterrou na Ota Por Manuel Pedroso Marques

Para quem ouviu dizer que a Ota era muito longe de Lisboa e, depois, tem de tolerar os defensores de Rio Frio invocar a maior proximidade de Badajós como factor preferencial, é duro! Que atraia uma comunidade de mais de um milhão de espanhóis…, quando Badajós tem 140 mil habitantes e é a maior cidade da Estremadura, é difícil porque, além do número exagerado, quem de lá vier a R. Frio, vem à Ota! Quando se vê na net os terrenos alagadiços da Ota, dando a impressão de que não servem para fazer mais nada em cima deles do que um aeroporto, preferir os terrenos planos de Rio Frio, de vocação agrícola, raros no país é raciocinar ao contrário!

Claro que a estratégia de defesa de Rio Frio tem outros argumentos: os de custo, indubitavelmente e os da exequibilidade, provavelmente.

Quem perguntar (e tem-se indagado) se a decisão sobre a localização de um aeroporto é técnica ou política desconhece os campos de actuação num processo decisório desta envergadura. Porque é as duas coisas. No âmbito técnico, os factores base das opções são essencialmente físicos. Parece que não deveria haver grande espaço de subjectividade na decisão, dado que esta se baseia em elementos objectivos, mensuráveis: distâncias, comprimentos, dimensões outras, dados meteorológicos, ambientais, geológicos, exequibilidades, custos, etc. Mas há! Há subjectividade logo que o processo de decisão começa a entrar no âmbito da avaliação social, ou seja, quando se introduzem as necessárias e diferentes ponderações de avaliação dos diversos elementos acima referidos, segundo concepções sociais, políticas e não apenas técnicas.

O estudo da consultora francesa (ver sítio da Naer.pt) que serviu para apoiar a opção da Ota atribuiu uma ponderação de 25% aos factores ambientais e 5% aos de custo da construção, além doutros. Ora, esta ponderação deveria ter sido adoptada segundo critérios políticos e não meramente técnicos. Critérios que, em matéria ambiental, já não pertencem só aos portugueses, pois, alguns parâmetros são impostos pela UE e outros órgãos internacionais. O que importa considerar é que, a partir deste momento, no percurso decisório, a subjectividade está instalada e as opiniões passam a ser muitas e não devem ofender ninguém. Pessoalmente, parece-me que andamos há muito tempo a pagar muito caro pelo ambiente, em Portugal. Candidatamo-nos à posição do país mais atrasado com melhor ambiente… no espaço europeu. Compreendo, contudo, que outros argumentem que se além de mais atrasado fosse o de pior ambiente, a situação seria muito mais grave…

O governo diz que está tudo estudado, com décadas de estudo (ou de estudos?) e que é altura de decidir. Se, se pretende com isto acabar com as discussões, temos má política… porque as questões sociais, por definição, não acabam por “decreto”. Se não se possuem argumentos para contrariar as opiniões opostas à Ota, estamos sem estratégia para defender a alternativa adoptada, o que é igualmente mau, senão pior.

“A ‘nossa’ estratégia só é pacífica depois da vitória”. O factor polemológico é ínsito a todas as decisões estratégicas, como é o caso do local do novo aeroporto de Lisboa (NAL). Há, portanto, que fornecer à opinião pública os argumentos que “contradigam as razões dos outros”, nomeadamente, das diversas opiniões políticas, esclarecendo os cidadãos. Fazer-se de uma alternativa estratégica uma opção indiscutível é negar a polémica, é desconhecer este pressuposto milenar da ideia estratégica. Sun Tzu, há 2800 anos, escrevia a palavra Estratégia com dois caracteres: um significava ‘ideia’ e o outro ‘guerra’. A Estratégia era a ideia da guerra, no caso, a ideia da localização do NAL. A ideia mais exacta, segundo a lógica probabilística da Estratégia, acrescente-se.

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Abril. Uma data histórica

O 25 de Abril foi, realmente, uma grande data. Era necessário acabar com o regime e este não teve defensores que fizessem sombra aos capitães, que lhes dificultassem a revolta. Por isso foi pacífica e depressa se concluiu a acção militar.

Não perdi a minha isenção de análise, não mantenho fanatismo nem ressabiamento, detesto visões extremistas , neste como em qualquer tema. Recordo que fui nomeado para acompanhar Mário Soares, Almeida Santos e Jorge Campinos numa missão ao estrangeiro, pouco tempo depois. Recordo também a minha nomeação para adjunto do PR Costa Gomes para substituir um que deixou de merecer total confiança do MFA. Isso não significa que aplauda todos os resultados da Revolução de Abril, antes pelo contrário, assisti a muito desvario, à substituição da liberdade pela libertinagem que não é a mesma coisa!
Em Portugal nem tudo era mau e o PREC destruiu muita coisa valiosa do património material, humano e social dos Portugueses.

Dizem-se , agora, nas comemorações da data, palavras muito bonitas nos aspectos teórico, ideológico, e como expressão de uma fé. E a fé não se discute mas não deveria tentar-se espalhá-la por imposição.

Havendo liberdade, como é afirmado por muitos entusiastas, deve aceitar-se que os discordantes da revolução dos três DDD (democratizar, descolonizar e desenvolver), possam dissertar sobre a sua opinião, possam trazer a lume os muitos erros feitos em nome da Revolução da Liberdade. Houve-os, apesar dos bons intentos de quem preparou a Revolução e de muitos que se esforçaram por fazer vencer as ideias mais positivas, sensatas e patrióticas.

Neste momento, em que se evita que um grupo de pessoas possa colocar umas flores na campa do tirano, não se pode falar em compreensão e liberdade. Ainda há dias um amigo, professor universitário e fundador da UnI me enviou um texto que coloquei na Net, e me dizia, se quiser divulgar estas palavras, pode fazê-lo, mas peço que não diga o meu nome porque tenho medo por mim e pela minha família.

Os temas mais mediáticos dos últimos tempos evidenciam que a liberdade de informar está muito condicionada por diversas formas. O notável Pinto da Costa disse que a Pide foi extinta, mas foi substituída por instituições oficiais e por forças ocultas. A comunicação social está a ser «devidamente» controlada e o PM já mostrou interesse em amordaçar a blogosfera.
Não devemos cegar os outros. É preciso analisar seriamente os factos, para eliminar a poeira, a fumaça (de Pinheiro de Azevedo) e permitir que as pessoas possam raciocinar serenamente, usando a Liberdade de Abril.

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segunda-feira, 23 de abril de 2007

PM espanhol errou cedendo ao terror

O atentado nos comboios de Madrid em 11 de Março deram a vitória eleitoral ao PSOE, o que levou o PM a mostrar a sua gratidão, fazendo cedências a exigências diversas como a retirara imediata das tropas que tinha no Iraque. Era previsível que tais cedências iriam continuar e aumentar de volume. As tréguas com a ETA não podiam deixar de concretizar essa previsão. As negociações com este tipo de organizações devem ser muito cautelosas, nunca descurando os interesses nacionais, que raramente coincidem com os dos partidos e menos ainda com os de grupos extremistas. O resultado chega agora nas notícias.

A Espanha parece estar na mira do terrorismo internacional, o que não é nada tranquilizador para o nosso País.

Segundo notícias de hoje no DN e no JN, os serviços secretos espanhóis alertaram o Governo para as actividades de células da Al-Qaeda no Magrebe, em Espanha e em França, depois dos recentes atentados terroristas nas cidades de Casablanca e de Argel, noticiou ontem o jornal El País.

A Al-Qaeda no Magrebe está activa em Espanha no que respeita a financiamento, proselitismo, a recrutamento de terroristas para o Iraque e para campos de treino no Sahel, em países como o Mali. O grupo detectado é considerado como a principal ameaça para a Espanha, pois o facto de representar uma "corrente única" multiplica o perigo, acreditam os analistas dos serviços de informações espanhóis que foram ouvidos por aquele mesmo diário.
Um professor de taekwondo em Reus aparentemente inofensivo, era, afinal, um militante marroquino do referido grupo e enviou pelo menos 35 potenciais bombistas suicidas da Catalunha em direcção o Iraque.

O recente comunicado dos terroristas, a reivindicar o atentado de 11 de Abril na capital argelina, fazia uma referência ao Al-Andaluz - nome para os territórios ibéricos que os árabes outrora ocuparam. Também o próprio número dois da Al-Qaeda, nos seus últimos quatro comunicados, referiu a Espanha como alvo.

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Repressão, apesar de Abril?

Pelo seu significado e como ponto de partida para meditação serena, séria e profunda, trago para aqui este pequeno texto da última página do Jornal de Notícias de hoje.

Quem tem medo de fantasmas?

A Câmara de Santa Comba Dão e o Governo Civil de Viseu empurram um para o outro, e ambos para a GNR, a proibição de uma romagem ao túmulo de Salazar marcada para o próximo domingo, dia do seu aniversário , por iniciativa de um tal "Movimento Nacionalista Terra, Identidade e Resistência", cuja sigla, MNTIR para quem, como eu, acredita no acaso objectivo e no poder revelador das palavras, diz praticamente tudo (ou quase tudo, pois falta-lhe um "E").
Não vejo é como, em democracia, se pode, e nem ponho o problema de saber se se deve, proibir alguém de colocar flores num túmulo (se é só disso que, no caso, se trata).
O fascismo não é coisa que se varra administrativamente para debaixo do tapete ou se apague da fotografia e recalque no poço sem fundo das culpas colectivas. Há por aí saudosistas de Salazar? Pois há; e como não haveria?
Mas a lição ética de liberdade da madrugada de há 33 anos que comemoramos dentro de dias passa justamente por aceitar a liberdade de opinião dos outros, por muito que essa opinião nos repugne.
A opinião (repito se é disso que se trata) não se proíbe, isso foi o que fez Salazar. A opinião discute-se e combate-se. Que diabo!, o homem está morto e enterrado há quase 40 anos, é esquisito que ainda haja quem tenha medo dele.

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Thinking Blogger Award

O Anarquista recebeu a 20 de Abril do blogue Recalcitrante e a 22 de Abril do blogue O Corcunda da Torre do Tombo o prémio Thinking Blogger Award um selo que promove a divulgação de memes (genes culturais de Richard Dawkins) e que implica a eleição de cinco blogues considerando que estes nos fazem pensar.

E os nomeados são:
Parabéns! O Anarquista agradece esta distinção aos queridos amigos Meg e Corcunda e, como não podia deixar de ser, a todos os amigos e visitantes deste blogue anarquista; amigos que, com as suas ideias e comentários, seriam igualmente merecedores deste prémio.
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domingo, 22 de abril de 2007

As telecomunicações nacionais

Mensagem acerca da ONI retirada por deixar de ser oportuna e necessária

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Os Portugueses são muito ingratos!

Os homens deste País são uns ingratos!
Aquando da eleição do grande português, ou lá como se chamou o programa, não elegeram o Afonso Henriques.... Mas sem ele, olhe só para o que os esperava:

As autoridades iranianas lançaram uma nova campanha contra as mulheres que infringem o código de vestuário islâmico em vigor no país, informa hoje a imprensa local.
Os jornais publicaram fotografias de mulheres polícias com longos «tchador» de cor negra a interpelarem raparigas em Teerão vestidas com roupas cintadas e de cores vivas.

As jovens que infringem a «moda islâmica» são, num primeiro momento, advertidas e, a seguir, levadas para um centro correccional, se protestarem, de acordo com a agência Fars.

A agência referiu que pelo menos 15 mulheres já foram levadas para esse centro. Só puderam sair após serem identificadas e assinarem um compromisso por escrito de que mudariam de comportamento e de se vestirem com roupas convencionais levadas por familiares.

As autoridades lançam ritualmente tal campanha com a chegada dos bons dias de calor, que desafiam número crescente de jovens citadinas a descobrirem parte dos cabelos e a vincarem as suas formas com roupas justas.

O código de vestuário islâmico iraniano exige ao sexo feminino não descobrir senão o rosto e as mãos. É observado por um grande número de mulheres que usam o «tchador», um longo véu preto que cobre o corpo da cabeça aos pés.

As autoridades parecem insistir mais no carácter dissuasivo do que punitivo na sua nova campanha, nomeadamente na capital.

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Incapacidade de planear e racionalizar

O artigo no Jornal de Notícias de hoje, de David Pontes, com o título «Um metro aos solavancos» fez-me recordar o post Governo sem bússola nem leme? e meditar nos fabulosos custos provocados pelo pára-arranca de muitos projectos e reestruturações que avança e recuam, devido à ausência de um completo, sério e isento estudo do problema que preceda a decisão que deveria ser seguida de um planeamento de cada fase da execução, por forma a reduzir substancialmente erros, indecisões, desvios e recuos.

A propósito do metro do Porto o autor afirma que «temos de concluir que «a geografia, o planeamento urbano, a gestão de transportes, são ciências desconhecidas dos nossos responsáveis políticos, incapazes de olhar para o mapa e determinar quais são as ligações que melhor servem os interesses da população e o desenvolvimento da área metropolitana»

Admite, muito sensatamente, que no decurso da obra haja margem para discussão sobre alguns aspectos, mas quanto a questões essenciais, como a prioridade de Gondomar, não é admissível que não estivessem resolvidas com base em estudos técnicos imparciais em vez de servirem agora como arma de arremesso em jogos políticos. Mas, infelizmente, os factores mais valorizados pelos políticos raramente são benéficos para os interesses do Pais, pois, no meio das confusões entre o "calendário" do Governo, que pretendia ter um acordo para coroar a vinda de Sócrates ao Porto, e as hesitações dos autarcas da Junta Metropolitana acaba por ninguém saber para onde vai o metro. «Há muito que deveria estar planeado para não poder encravar.»

«O que aqui se diz para o metro é, em parte, também verdade, para a Ota e o TGV. Se queremos ultrapassar a nossa proverbial incapacidade de planear e racionalizar, devemos perceber que há áreas em que era melhor os políticos darem um passo atrás e cederem o lugar aos técnicos. Se claramente os eleitos não lutam por programas sufragados pelos técnicos, antes vão mudando os mapas ao sabor do episódio político do momento, temos todo o direito de pensar que não é o interesse público que os guia.»

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O pior cego...

Com a devida vénia transcrevo este texto do blogue uivomania, porque penso merecer meditação sobre a forma como os poderosos gerem o Mundo e as contradições entre os discursos e as realidades.

O pior cego...

O Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional, dizem que estão preocupados com a pobreza.
É bom que se preocupem porque tresanda a merda!
...Diminuir as assimetrias, esbater as diferenças, combater a miséria com os impostos sacados aos pobres do mundo rico. Eis a fórmula!
Entretanto, escassas centenas de famílias detêm qualquer coisa como 70% da riqueza mundial. Dominam políticos, países, mercados... e, é pedido a 1/6 da humanidade para partilhar. Aceitarem ver reduzidos os direitos que julgaram adquiridos, e prescindirem do sonho de uma melhor qualidade de vida, num gesto nobre para acabar com a miséria.
A partilha é urgente. É comovente ver as manobras de bastidores para que os pobres dos países ricos partilhem com os miseráveis dos países pobres e se esbatam as diferenças.
Revoltante, é que fora destas nobres andanças, fiquem essas escassas centenas de famílias que detêm 70% da riqueza mundial e, directa e indirectamente exerçam 100% do poder.
Chato, é que pela lógica do dinheiro fazer dinheiro, ainda vão ficar mais ricos... sem necessidade.
Estúpido, é que não entendam que estão acometidos da doença da avareza e que as consequências, também para eles, é merda com fartura. Doentes como estão, não entendem os sinais. Mas, que os há... há. E que a pobreza alastra... alastra.

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sábado, 21 de abril de 2007

Desertificação do interior

O Governo foi ontem acusado pelo presidente da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP), Fernando Ruas, de contribuir para a desertificação de "uma vastíssima área de mais de três quartos do território nacional", ao extinguir serviços públicos de saúde, postos da GNR e da PSP, tribunais, escolas, transportes ferroviários e rodoviários, correios e outros.

Esta acusação consta do documento que refere "exemplos da absoluta contradição entre a política desarticulada no terreno e o planeamento que é suposto existir a nível nacional" o qual mereceu a unanimidade dos membros do conselho geral da ANMP reunidos, ontem, em Coimbra. Segundo os autarcas, isto demonstra grave descoordenação e contradição dado que «este conjunto de políticas avulsas de encerramento do interior" é desautorizado claramente pelo Plano Nacional da Política de Ordenamento do Território, aprovado pelo Governo e em vias de ser votado pelo Parlamento

Naquele plano, apela-se, entre outras coisas, a "um maior equilíbrio na distribuição espacial da população", à "dinamização e diversificação económica e social das zonas rurais" e ao desenvolvimento de "uma rede nacional de prestação de cuidados de saúde", sendo tudo isso contraditório com o fecho de serviços em curso.

Os distritos mais afectados - ou "área a abandonar pelo cidadão", segundo prevê a ANMP - são Viana do Castelo, Vila Real, Bragança, Guarda, Viseu, Castelo Branco, Portalegre, Évora e Beja, sendo raras excepções "uma ou outra capital de distrito ou núcleo urbano mais significativo".

Por tudo isto e pelo grave inconveniente de desertificar o interior do País, os autarcas do conselho geral da ANMP pedem ao Governo "que os encerramentos de serviços de interesse público passem a estar sujeitos a estudos de impacto social".

A Natureza é inimiga do vácuo e, perante o abandono de grande parte do País, pode ocorrer a sua ocupação por grupos ilegais e indesejáveis, com possibilidade de incluir elementos do terrorismo internacional, difíceis de expulsar dada a pouca atenção dada às Forças de Segurança e às Forças Armadas, como se deduz de recentes notícias sobre a substituição das G3 e a aquisição de helicópteros.

Sugere-se a leitura de (só é preciso fazer clique):

Autarcas acusam Governo de desertificar o país

O Interior abandonado pelo Governo

Maus governantes ao sabor de manifestaçôes

O interior português está ostracizado

Ministro da saúde avança e recua

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sexta-feira, 20 de abril de 2007

Acorda, povo adormecido!

Em democracia formal, o povo, os eleitores, são chamados a dar o seu voto, o que representa uma opinião sobre os problemas fundamentais do País, olhando este nas circunstâncias internacionais. Qualquer Estado, como acontece também com as empresas, só pode ser bem governado se não fechar os olhos sobre o que se passa na sua periferia, no meio de fornecedores, clientes e concorrentes. A táctica da avestruz de enterrar a cabeça na areia para ignorar o perigo, não é a melhor maneira de um vulgar ser vivo poder sobreviver no meio das realidades actuais. Nestes pressupostos, o eleitor, para poder dar um voto consciente, não pode limitar a sua informação à propaganda da campanha eleitoral do partido da sua simpatia, mas deve, momento a momento, olhar para fora e analisar aquilo que se passa, tomar posição, mesmo que apenas mentalmente sobre cada facto, sobre a forma como são aplicados ou postergados os princípios e valores que devem estar presentes na vida colectiva. Já passámos a época do «orgulhosamente sós» do regime deposto há 33 anos.

Mas, para espanto meu, um correspondente de e-mails que se diz militante do partido no poder, reagiu mal a uma mensagem retransmitida, algo anedótica, sobre a Universidade Independente, mas com moral, dizendo que «Eu interesso-me por outras coisas mais importantes, por ex. a terra onde vivo, os desprotegidos da sorte, a minha família, etc.». Com uma população assim teimosamente fechada no seu gueto, recusando-se a observar o que se passa em áreas que podem afectar a sua vida, a da sua família, a dos desprotegidos da sorte, não pode haver democracia, mas apenas e somente ditadura, mesmo que os ditadores sejam substituídos de quatro em quatro anos. Na situação que Portugal está a viver, todos nós, cada um de nós, é um desprotegido da sorte, pois tem de pagar sem «bufar» aquilo que lhe é exigido unilateralmente pela pesada máquina estatal e autárquica e do dinheiro total resultante dessa exploração, quem mais beneficia é o clã que vegeta à volta do Poder. Estas reflexões não são fruto de má vontade ou de informação privilegiada, mas apenas da observação daquilo que chega ao conhecimento de qualquer cidadão mediamente atento e interessado no bem-estar geral da população e no futuro do País.

Casos com este atrás referido, vêm dar mais razão aos escritos que aparecem no Blog do Leão Pelado , pela mão do bloguista que usa o apelido de «mentiroso». Realmente, com a população adormecida, anestesiada, não pode ser esperado um futuro do País à altura da sua brilhante história. Impõe-se fazer um esforço para acordar as pessoas que teimam em manter-se na modorra apática, abúlica, conformada, indiferente.

A democracia portuguesa precisa de todos os cidadãos, não podendo nenhum se dispensado de colaborar activamente para o desenvolvimento do País, não apenas nos aspectos económicos e financeiros, mas principalmente no culto de valores e princípios válidos para uma melhor qualidade de vida das pessoas. Um País são pessoas que devem ser felizes, e é para elas que deve convergir a acção governativa.

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quinta-feira, 19 de abril de 2007

Vinhos Medicinais

Seguem-se receitas com vinho do Porto para 80 casos de doença. Presume-se que terão muito interesse para os apreciadores da medicina assente em produtos naturais. Desejo que sejam úteis aos leitores.


NOTA: Os vinhos devem ficar sempre em garrafas ou frascos bem rolhados e bebidos à temperatura ambiente. Enquanto o vinho tiver as plantas deve agitar todos os dias o preparado, depois filtre, deixe em repouso e pode começar o tratamento.
Por vezes indico mais do que uma receita. Nem sempre o sabor de algumas plantas tem o paladar mais apetecível ou se encontram com facilidade no mercado dietético.
Alguns preparados devem ser compostos com plantas frescas. A maioria são feitos com plantas secas.
No final do livro há uma listagem de casas de produtos naturais onde encontrará todas ou quase todas as plantas devidamente embaladas para fazer os respectivos chás. Neste caso... "chá" de parreira. O liquido empregue é o néctar sagrado que os deuses utilizavam para as suas libações e divagações. A pinga tem de ser cinco estrelas. As ervas não se contentam com vinho a pataco.
Vamos então saber como podemos debelar os males com remédios tão pouco ortodoxos.

ÁCIDO ÚRICO
Macere em 1 litro de vinho tinto, durante 8 dias, 20 g de vidoeiro (betula pubescens) e 20 g de freixo (fraxinus excelsior). Agite todos os dias. Filtre. Tome 2 colheres de sopa antes do almoço e 2 antes do jantar.
Macere em 1 litro de vinho do Porto, durante 5 dias, 20 g de madressilva (lonicera capritolium) e 20 g de folhas de eucalipto (eucalyptus globulus). Agite todos os dias. Filtre. Gargareje 3 vezes por dia. Tome 1 colher de sopa antes do almoço e 2 antes do jantar.

ANEMIA
Coloque 30 g de flores secas de acácia bastarda (robinia pseudoacacia) num recipiente de vidro. Deite-lhe por cima 1 litro de vinho do Porto aquecido em banho-maria. Deixe macerar durante 2 dias. Agite. Filtre. Tome durante 10 dias, 1 colher de sopa antes do almoço e 2 antes do jantar.
Aqueça em banho-maria, durante 45 minutos, 30 g de flores e folhas de erva-cidreira (melissa officinalis) em 1 vinho do Porto. Macere durante 24 horas. Agite. Filtre. Tome 1 colher de sopa 10 minutos antes do almoço e 2 antes do jantar durante 15 dias.

AMIGDALITE
Deixe macerar, durante 10 dias 40 g de raízes secas de Genciana (gentiana lutea) em 1 litro de vinho branco. Filtre. No final deste tempo bata 1 ovo com 4 colheres de sopa de açúcar e junte-lhe 1 copo deste vinho. Beba só meio copo à hora do almoço e outro meio à hora do jantar. Tanto num momento como no outro mexa bem o conteúdo.
Faça uma gemada com bastante açúcar num copo médio, encha-o com bom vinho branco. Beba vagarosamente.

APETITE
Ponha 40 g de folhas e raízes de cardo santo (cnicus benedictus) ou só sumidades floridas colocadas num recipiente. Deite-lhes por cima 1 litro de vinho do Porto aquecido em banho-maria. Deixe macerar durante 2 dias. Agite. Filtre. Tome, durante 7 dias, 1 colher de sopa antes do almoço e 2 antes do jantar.
Deite 1 litro de vinho do Porto depois de aquecido em banho-maria sobre 50 g de fel de terra (centaurea-menor). Macere durante 2 dias. Agite. Filtre. Tome 1 colher de sopa antes do almoço e 1 antes do jantar.
Macere, durante 5 dias, em 1 litro de vinho Porto, 40 g de sumidades floridas de artemisia (artemisia vulgaris). Agite todos os dias. Filtre. Tome 1 colher de sopa 10 minutos antes do almoço e 2 antes do jantar.
Macere, durante 3 dias em 1 litro de vinho do Porto, 50 g de flores de macela (anthemis nobilis). Agite todos os dias. Filtre. Tome 1 colher de sopa 10 minutos antes do almoço e 2 antes do jantar.
Deixe macerar, durante 10 dias 40 g de raizes secas de Genciana (gentiana lutea) em 1 litro de vinho branco. Filtre. No final deste tempo bata 1 ovo com 4 colheres de sopa de açúcar e junte-lhe 1 copo deste vinho. Beba só meio copo à hora do almoço e outro meio à hora do jantar. Tanto num momento como no outro mexa bem o conteúdo.
Macere durante 5 dias em 1 litro de vinho do Porto 40 g de sumidades floridas e folhas secas de marroio-branco (marrubium vulgare). Agite todos os dias. Filtre. Tome 1 colher de sopa 10 minutos antes do almoço e 2 antes do jantar.

ANGINAS
Durante 7 dias macere em 1 litro de vinho branco, 40 g de folhas de eucalipto (eucalyptus globulus). Agite todos os dias. Filtre. Gargareje e deite fora. Depois tome, devagar, uma colher de sopa 3 vezes por dia.

APERITIVOS
Macere durante 5 dias, em vinho do Porto, 40 g de folhas secas de camomila (matricaria chamomila). Agite todos os dias. Filtre. Tome 2 colheres de sopa antes do almoço e do jantar.
Macere durante 3 dias, em vinho Porto, 30 g de planta fresca de estragão (artemisia dracunculus). Agite todos os dias. Filtre. Tome 2 colheres de sopa antes do almoço e do jantar.
Macere durante 5 dias, em vinho do Porto 20 g de sementes de funcho (foeniculum vulgare). Agite todos os dias. Filtre. Tome 2 colheres de sopa antes do almoço e do jantar.
Macere em 1 litro de vinho do Porto, durante 3 dias, 40 g de sumidades floridas de orégão (origanum vulgare). Agite todos os dias. Filtre. Tome 2 colheres de sopa 10 minutos antes do almoço e 2 antes do jantar.

ARTERIOESCLEROSE
Esmague duas boas cabeças de alho e ferva-as em 1 litro de vinho branco. Deixe a mistura em repouso dentro de um recipiente de vidro, bem fechado. Ao fim de 7 dias filtre para uma garrafa. Tome 2 colheres de sopa 2 vezes por dia.

ASMA
Macere em 1 litro de vinho do Porto, durante 5 dias, 40 g de folhas e sumidades floridas de hipericão (hyperycum perforatum). Agite todos os dias. Filtre. Tome 2 colheres de sopa 3 vezes por dia, na altura das crises.
Macere em 1 litro de vinho do Porto, durante 7 dias, 40 g de casca de sabugueiro (sambucus nigra). Agite todos os dias. Filtre. Tome 2 colheres de sopa no momento da aproximação das crises.
Macere em 1 litro de vinho do Porto, durante 3 dias, 30 g de melissa (melissa officinalis). Agite todos os dias. Filtre. Tome 2 colheres de sopa na aproximação das crises.
Macere em 1 litro de vinho do Porto, durante 7 dias, 10 g de agulhas de pinheiro (pinus sylvestris), 10 g de tussilagem (tussilago farfara) e 10 g de folhas de eucalipto (eucalyptus globulus). Agite todos os dias. Filtre. Tome 2 colheres de sopa na altura das crises.

ASTENIA
Misture 30 g de folhas de salva (salvia officinalis) e 30 g de folhas de alecrim (rosmarinus officinalis), junte-lhes 1 litro de vinho tinto e 1 colher e meia de sopa, de mel, aqueça 45 minutos em banho-maria. Agite. Deixe macerar 4 dias. filtre. Tome 2 colheres de sopa 10 minutos antes do almoço e 10 minutos antes do jantar.
Aqueça em banho-maria 40 g de sumidades floridas de escórdio (teucrium scordioides) em 1 litro de vinho do Porto. Agite. Deixe macerar 2 dias. Filtre. Tome 1 colher de sopa antes do almoço e 2 antes do jantar.
Macere durante 3 dias 40 g de rizoma fresco de erva-benta (geum urbanum) em 1 litro de vinho do Porto. Agite todos os dias. Filtre. Tome 1 colher de sopa 10 minutos antes do almoço e duas, 10 minutos antes do jantar.
Macere durante 5 dias 60 g de folhas de salva (salvia officinalis) em 1 litro de vinho do Porto. Filtre. Tome 1 colher de sopa antes do almoço e 3 antes do jantar.

AZIA
Macere em 1 litro de vinho do Porto, durante 5 dias, 10 g de alcachofra (cynara scolumus), 10 g de flor de carqueja (pterospartum tridentatum), 10 g de salva (salvia officinalis), 10 g de alecrim (rosmarinus officinalis). Agite todos os dias. Filtre. Tome 1 colher de sopa no momento do incómodo, num máximo de 4 vezes por dia.

BRONQUITE
Macere em 1 litro de vinho do Porto, durante 5 dias, 10 g de flor de carqueja (pterospartum tridentatum), 10 g de marroio negro (ballota nigra) e 10 g de tomilho (thymus vulgaris). Agite todos os dias. Filtre. Tome 2 colheres de sopa dez minutos antes do almoço e 2 antes do jantar.
Aqueça durante 45 minutos em banho-maria 30 g de folhas secas de bonina (bellis perennis) em 1 litro de vinho do Porto. Macere 2 dias. Filtre. Adoce. Tome em 6 dias este preparado.
Macere em 1 litro de vinho do Porto, durante 8 dias, 40 g de casca de sabugueiro (sambucus nigra). Filtre. Tome 1 colher de sopa sempre que sinta necessidade. No máximo de 5 vezes ao dia.

CÃIBRAS
Macere em 1 litro de vinho do Porto, durante 3 dias 60 g de sumidades floridas de orégãos (origanum virens). Agite todos os dias. Filtre. Tome 2 colheres de sopa 5 minutos antes do almoço e 5 minutos antes do jantar.
Macere em 1 litro de vinho do Porto, durante 8 dias, 50 g de raiz de énula campana. (inula helenium). Agite todos os dias. Filtre. Tome 2 colheres de sopa antes do almoço e 2 antes do jantar.

CÁLCULOS RENAIS
Para combater os cálculos renais e evitar a retenção da urina deve deitar 2 litros de vinho branco sobre 1 Kg de alhos franceses (só brancos). Leve ao lume e deixe reduzir o líquido a metade. Ao fim de 7 horas, filtre. Tome em jejum, uma colher de sopa, durante 20 dias.

CANSAÇO
Macere em 1 litro de vinho do Porto, durante 4 dias, 50 g de angélica (angelica archangelica). Agite todos os dias. Filtre. Tome 1 colher de sopa antes do almoço e 2 antes do jantar.

CARDIOTÓNICO
Macere em 1 litro de vinho do Porto, durante 5 dias, 10 g de cardo santo (cnicus benedictus), 10 g de cacto grandiflora, 3 g de café. Agite todos os dias. Filtre. Tome 1 colher de sopa antes do almoço e outra antes do jantar.

CICATRIZANTE
Macere em 1 litro de vinho tinto, durante 8 dias, 10 g de arando (vaccininum myrtillus), 10 g de cavalinha (equisetum arvense), 10 g de cipreste (cupressus sempervirens). Agite todos os dias. Filtre. Passe, levemente, sobre o local contundido um algodão embebido neste produto 2 vezes por dia (manhã e noite). Pode ainda tomar meia colher de sopa ao almoço e ao jantar.
Misture uma colher de azeite com uma colher de vinho tinto. Passe sobre as feridas, duas vezes por dia.

CISTITE (inflamação na bexiga)
Ferva em 1 litro de vinho branco 20 g de casca de faia-preta (populus tremula), mexa. Deixe em repouso 2 dias. Filtre. Tome 2 colheres de sopa 30 minutos antes do almoço e 2 colheres 30 minutos antes do jantar.
Ferva em 1 litro de vinho branco 40 g de casca de sabugueiro (sambucus nigra) e vá mexendo. Deixe repousar durante 2 dias. Filtre. Tome 2 colheres de sopa, 2 vezes por dia.
Macere em um copinho de vinho branco 3 g de pó de sumidades floridas de vara de ouro (solidago virgaurea) durante a noite e beba de manhã. Faça este tratamento durante 10 dias.
Macere durante 5 dias 30 g de bagas de zimbro (juniperus communis) em 1 litro de vinho do branco. Tome 1 colher de sopa 3 vezes por dia.

CANCRO
Parta 60 g de folhas frescas de visco branco (viscum album), deixe-as macerar, durante 10 dias, em 1 litro de vinho do Porto. Agite todos os dias. Filtre. Tome 1 colher de sopa 5 minutos antes do almoço, 2 colheres antes do jantar e um cálice ao deitar.

CIRROSE
Macere, durante 8 dias, em 1 litro de vinho branco, 30 g de bolotas frescas partidas. Agite todos os dias. Filtre. Adoce. Tome 2 colheres de sopa 10 minutos antes do almoço e 1 cálice 10 minutos antes do jantar.

COLESTROL
Macere em 1 litro de vinho tinto, durante 7 dias 30 g de sumidades floridas secas de alecrim (rosmarinus officinalis). Agite todos os dias. Filtre. Tome 2 colheres de sopa ao almoço e ao jantar durante 30 dias.
Macere durante 8 dias, em 1 litro de vinho tinto, 60 g de folhas secas partidas de alcachofra (cynara scolymus). Agite todos os dias. Filtre. Tome durante 1 mês, 2 colheres de sopa depois do jantar.
Macere, durante 8 dias, em 1 litro de vinho tinto 40 g de bocadinhos de raízes secas de trevo-cervino (eupatorium cannabinum). Agite todos os dias. Filtre. Tome, durante 1 mês, 1 colher de sopa antes do almoço e 2 no fim do jantar.

CONVALESCENÇA
Macere durante 7 dias em vinho do Porto, 30 g de caule e raízes de angélica (angelica archangelica). Agite todos os dias. Filtre. Tome 1 colher de sopa antes do almoço e duas antes do jantar.
Aqueça durante 45 minutos em banho-maria em 1 litro de vinho do Porto, 30 g de flores de cardo-santo (cnicus benedictus). Agite bem. Deixe macerar durante 2 dias. Filtre. Tome 1 colher de sopa antes do almoço e meio cálice antes do jantar.
Aqueça durante 30 minutos em banho-maria em 1 litro de vinho do Porto 60 g de salva (salvia officinalis). Agite. Deixe macerar durante 24 horas. Filtre. Tome 1 colher de sopa antes do almoço e duas antes do jantar.

CORAÇÃO
Macere em vinho do Porto, durante 2 dias, 30 g de folhas de alecrim (rosmarinus officinalis). Agite. Filtre. Tome uma colher de sopa, três vezes por dia.
Macere durante 3 dias, em vinho do Porto, 100 g de casca de sabugueiro (sambucus nigra). Agite. Filtre. Tome 1 colher de sopa 3 vezes por dia.

DEBILIDADE NERVOSA
Deixe macerar, durante 10 dias, 40 g de raízes secas de Genciana (gentiana lutea) em 1 litro de vinho branco. Filtre. No final deste tempo bata 1 ovo com 4 colheres de sopa de açúcar e junte-lhe 1 copo deste vinho. Beba só meio copo à hora do almoço e outro meio à hora do jantar. Tanto num momento como no outro mexa bem o conteúdo.
Faça uma gemada com bastante açúcar, encha um copo médio com vinho branco e beba antes de se deitar.

DEPRESSÃO
Aqueça em banho-maria, durante 30 minutos em 1 litro de vinho do Porto 20 g de sumidades floridas secas de balsamita (chrysanthemum balsamita). Agite. Deixe macerar durante 2 dias. Filtre. Tome 2 colheres de sopa 3 vezes por dia.

DEPURATIVO
Macere em vinho branco, durante 10 dias, 60 g de folhas picadas de nogueira (juglans regia). Agite todos os dias. Filtre. Tome 2 colheres de sopa, 5 minutos antes do almoço e 5 minutos antes do jantar.
Macere em 1 litro de vinho branco, durante 8 dias, 40 g de carvalhinha (teucrium chamaedrys). Agite todos os dias. Filtre. Tome 2 colheres de sopa antes do almoço e 2 antes do jantar.
Macere em 1 litro de vinho branco, durante 7 dias, 40 g de folhas frescas de salva (salvia officinalis). Agite todos os dias. Filtre. Tome 2 colheres de sopa antes do almoço e 3 antes do jantar.

DERMATITES
Macere em 1 litro de vinho tinto, durante 7 dias, 20 g de bardana (arctium lappa), 20 g de tanchagem (plantago lanceolata), 10 g de urtigas (urtica communis). Agite todos os dias. Filtre. Tome 2 colheres de sopa antes do almoço e 2 antes do jantar. Passe sobre as partes tumecentes, muito levemente, um algodão embebido neste preparado.

DESINTOXICANTE
Macere em 1 litro de vinho branco, durante 5 dias, 10 g de pau de arco (tecoma impetiginosa), 10 g de erva de S. Roberto (geranium Robertian), 10 g de beterraba (beta esculenta). Agite todos os dias. Filtre. Tome 1 colher de sopa antes do almoço e 2 antes do jantar.

DIABETES
Deixe cozer 1 Kg de alhos franceses (só as partes brancas) em 2 litros de vinho tinto até o preparado ficar reduzido a metade. Agite. Depois de arrefecer, filtre. Tome em jejum, 1 colher de sopa durante 15 dias. Descanse 8 e volte a repetir a dose.

DIARREIA
Ferva em 1 litro de vinho tinto 30 g de Pé de leão (taraxacum officinale). Agite. Deixe arrefecer. Filtre. Tome 2 colheres de sopa 2 vezes por dia.
Ferva em vinho branco durante 15 minutos, 40 g de folhas de azevinho (ilex aquifolium). Agite. Deixe arrefecer. Filtre. Tome 1 colher de sopa três vezes por dia.

DIFTERIA
Durante 12 dias macere em 1 litro de vinho branco, 40 g de folhas de eucalipto (eucalyptus globulus). Agite todos os dias. Filtre. Tome, devagar, duas colheres de sopa 3 vezes por dia.

DIGESTÃO
Macere durante 3 dias em 1 litro de vinho do Porto 30 g de rizoma bem partido de erva-benta (geum urbanum). Agite todos os dias. Filtre. Tome 1 colher de sopa antes do almoço e 2 antes do jantar.
Macere em 1 litro de vinho do Porto, durante 24 horas, 40 g de casca de canela (cinnamomum zeylanicum) e 20 g de casca de quina (chinchona succiruba). Agite. Filtre. Tome 1 colher de sopa antes do almoço e 2 antes do jantar.
Macere em 1 litro de vinho do Porto, durante 3 dias, 40g de sumidades floridas de orégão (origanum vulgare). Agite todos os dias. Filtre. Tome 1 colher de sopa antes do almoço e 2 antes do jantar.
Macere em 1 litro de vinho do Porto, durante 24 horas, 40 g de aspérula odorífera (asperula odorata). Agite. Filtre. Tome 1 colher de sopa antes do almoço e 2 antes do jantar.

DIURESE (eliminação da urina)
Ferva em 1 litro de vinho branco, 40 g de flores frescas de rainha dos prados (filipendula ulmaria). Agite. Deixe arrefecer. Filtre. Tome 2 colheres de sopa 30 minutos antes do almoço e 3 colheres, 30 minutos antes de jantar.
Macere em vinho branco, durante 12 horas, 10 g de sementes de alho-porro (allium porrum). Agite. Filtre. Tome 2 colheres de sopa, três vezes por dia.
Macere em 1 litro de vinho branco, durante 8 dias, 30 g de raiz de alquequenje (Physalis alkekengi). Agite, de vez em quando. Filtre. Tome 2 colheres de sopa antes do almoço e 2 antes do jantar.
Macere em 1 litro de vinho branco, durante 8 dias, 30 g de sementes de erva de santa barbara (Barbara vulgaris). Agite. Filtre. Tome 3 vezes por dia, 2 colheres de sopa.

DOR
Ferva em 1 litro de vinho tinto durante 2 horas, 60 g de folhas de salgueiro branco (salix alba). Coloque pachos quentes sobre a parte dorida.

EDEMA (acumulação de serosidade nos tecidos)
Ferva em 1 litro de vinho branco, 40 g de bagas moídas de zimbro (juniperus communis). Deixe macerar durante 3 dias. Agite. Filtre. Tome 2 colheres de sopa de manhã.
Macere em 1 litro de vinho do Porto, durante 8 dias, 60 g de casca de Bétula (betula pendula). Agite. Filtre. Tome 1 colher de sopa antes do almoço e 2 antes do jantar.

ENERGIA
Contra a perda de energia, antes do tempo, as sementes de urtiga (urtica communis) têm um efeito revitalizante. Macere em 1 litro de vinho branco, durante 8 dias, 70 g de sementes de urtigas, bem pisadas. Agite todos os dias. Filtre. Junte-lhes 150 g de mel. Agite. Coloque no frigorifico. A partir do dia seguinte tome 2 colheres de sopa, 2 vezes por dia.
Mais simples, mais rápido e muito mais eficaz para manter o corpo saudável toda a vida é ferver em 1 copo de vinho branco, 5 g de folhas de sabugueiro (sambucus nigra). Filtre. Deixe arrefecer, divida esta quantidade por 2 vezes. Beba calma e sossegadamente.

ENFISEMA PULMONAR (dilatação dos alvéolos pulmonares)
Macere em 1 litro de vinho do Porto, durante 5 dias 60 g de folhas e sumidades floridas de marroio (marrubium vulgare). Agite todos os dias. Filtre. Tome 2 colheres de sopa 5 minutos antes do almoço e 5 minutos antes do jantar.

ENJOO
Macere, durante 5 dias, em 1 litro de vinho do Porto, 60 g de folhas secas de trevo de água (menyanthes trifoliata). Agite todos os dias. Filtre. Tome 1 colher de sopa de manhã e outra à tarde.

EPIDEMIA (doença que se espalha por contágio)
Macere em 1 litro de vinho do Porto, durante 3 dias, 60 g de raizes e folhas frescas partidas de angélica (angelica archangelica). Agite todos os dias. Filtre. Tome 2 colheres de sopa 3 vezes ao dia.

EPISTAXE (hemorragia nasal)
Aqueça em banho-maria, durante 45 minutos, em 1 litro de vinho do Porto, 20 g de flores masculinas de aveleira (corylus avellana). Agite. Deixe macerar 2 dias. Tome 2 colheres de sopa 2 vezes por dia.
Espasmos
Macere em 1 litro de vinho do Porto, durante 3 dias 60 g de sumidades floridas de orégãos (origanum virens). Agite todos os dias. Filtre. Tome 2 colheres de sopa depois das crises.
Macere em 1 litro de vinho do Porto, durante 5 dias, 50 g de raiz de énula campana. (inula helenium). Agite todos os dias. Filtre. Tome 1 colher de sopa nas crises.

ESTÔMAGO
Macere em 1 litro de vinho do Porto, durante 3 dias, 5 g de bardana (arctium lappa), 5 g de erva de S. Roberto (geranium robertianum), 5 g de salva (salvia officinalis), 5 g de dente de leão (taraxacum officinale), 0,5 g de tomilho (thymus vulgaris). Agite todos os dias. Filtre. Tome uma colher de sopa, 3 vezes por dia.
Para combater a atonia (fraqueza do estômago), macere, em 1 litro de vinho do Porto, durante 3 dias, 30 g de balsamita (chrysantheum balsamita). Agite todos os dias. Filtre. Tome 1 colher de sopa antes do almoço e 2 ao jantar.

ENVELHECIMENTO PRECOCE
Não envelheça antes do tempo. Para que isso não aconteça faça o seguinte: Macere e agite bem durante 8 dias em 1 litro de vinho branco 100 g de sementes de urtigas (urtica communis). Filtre. Junte-lhe 150 g de mel. Meta no frigorifico e tome um copinho todos os dias. Não se esqueça de agitar antes de tomar.

EXPECTORANTE
Macere em 1 litro de vinho branco, durante 8 dias, 5 g de tomilho (thymus vulgaris), 5 g de borragem (borago officinalis), 5 g de alteia (althaea officinalis), 5 g de seiva de pinheiro (pinus sylvestris) 5 g de marroio negro (ballota nigra), 5 g de flor de carqueja (pterospartum tridentatum), 3 g de celidónia (chelidonium mapus), 5 g de eucalipto (eucalyptus globulus). Agite todos os dias. Filtre. Tome 1 colher de sopa, 3 vezes por dia entre as refeições.

FEBRE
Macere em 1 litro de vinho do Porto, durante 7 dias 20 g de casca seca e desfeita de amieiro (alnus glutinosa). Agite todos os dias. Filtre. Tome 1 colher de sopa, três vezes por dia.
Macere em 1 litro de vinho do Porto, durante 5 dias, 20 g de artemisia (artemisia vulgaris), 20 g de fel de terra (erythraea centaurea) e 20 g de salgueiro branco (salix alba). Agite todos os dias. Filtre. Tome 1 colher de sopa 4 vezes ao dia.

FEBRE INTERMITENTE
Durante 5 dias macere em 1 litro de vinho do Porto, 40 g de folhas de eucalipto (eucalyptus globulus). Agite todos os dias. Filtre. Tome, 1 colher de sopa 3 vezes por dia.

FIGADO
Macere em 1 litro de vinho branco, durante 8 dias, 10 g de alcachofra (cynara scolumus), 10 g de boldo (peumus boldus), 5 g de celidónia (chelidonium mapus), 10 g de salva (salvia officinalis) e 10 g de taraxaco (taraxacum officinale). Agite todos os dias. Filtre. Tome 1 colher de sopa antes do almoço e do jantar.

FRAQUEZA
Macere em 1 litro de vinho do Porto, durante 5 dias, 50 g de folhas de alecrim (rosmarinus officinalis). Agite todos os dias. Filtre. Tome 1 colher de sopa, 5 minutos antes do almoço e três, 5 minutos antes do jantar.

FRIGIDEZ
Macere em 1 litro de vinho Porto, durante 7 dias, 90 g de sementes de funcho (foeniculum vulgare). Agite todos os dias. Filtre. Tome 1 colher de sopa antes do almoço, 2 antes do jantar e 2 ao deitar.

GASTRALGIAS
Macere em 1 litro de vinho do Porto, durante 3 dias 60 g de sumidades floridas de orégãos (origanum virens). Agite todos os dias. Filtre. Tome 1 colher de sopa 5 minutos antes do almoço e duas, 5 minutos antes do jantar.
Macere em 1 litro de vinho do Porto, durante 7 dias, 50 g de raiz de énula campana. (inula helenium). Agite todos os dias. Filtre. Tome 1 colher de sopa antes do almoço e 2 ao jantar.

GENGIVAS
Macere em 1 litro de vinho do Porto, durante 7 dias, 30 g de casca de carvalho (quercus robur) fresca. Agite todos os dias. Tome 1 colher de sopa 3 vezes por dia. Sempre que o faça bocheche 90 segundos com um pouco deste preparado.

GOTA
Macere em 1 litro de vinho tinto, durante 6 dias, 70 g flores de fidalguinhos (centaurea cyanus). Agite diariamente. Filtre. Tome 1 colher de sopa de manhã e 2 à tarde.

GRIPE
Ferva durante meia hora em 1 litro de vinho tinto, 500 g de milho (zea mays) miúdo. Agite. Deixe arrefecer. Filtre. Adoce. Tome 2 colheres de sopa, três vezes por dia.
Ponha a macerar um punhado de genciana (gentiana puntata) num copo de aguardente; no dia seguinte adicione 1 litro de vinho branco. Deixe macerar 8 dias. Agite todos os dias. Tome 1 colher de sopa 3 vezes ao dia.
Macere em 1 litro de vinho do Porto, durante 5 dias, 20 g de casca de laranja (citrus aurantium), 20 g de casca de limão (citrus limonum), 20 g de roseira brava (rosa canina). Agite todos os dias. Filtre. Tome 2 colheres de sopa antes do almoço e 2 antes do jantar.

HÁLITO
Macere em 1 litro de vinho do tinto, durante 8 dias, 80 g de raiz de alcaçuz (glycyrrhiza glabra) partidas. Agite todos os dias. Filtre. Bocheche 3 vezes por dia.
HIDROPISIA (acumulação de liquido nos tecidos do organismo)
Misture em 1 litro de vinho branco 250 g de cinzas de alfavaca (parietaria officinalis). Agite. Deixe repousar 24 horas. Agite. Filtre levemente por um passador e tome durante 8 dias, 2 colheres de sopa em jejum.

HIPERTENSÃO ARTERIAL
Macere em 1 litro de vinho do Porto, durante 4 dias 50 g de pedacinhos de folhas frescas de visco branco (viscum album). Agite todos os dias. Filtre. Tome 1 colher de sopa, antes do almoço e 1 antes do jantar.

IMPOTÊNCIA
Deixe macerar, durante 8 dias 40 g de raízes secas de Genciana (gentiana lutea) em 1 litro de vinho branco. Filtre. No final deste tempo bata 1 ovo com 4 colheres de sopa de açúcar e junte-lhe 1 copo deste vinho. Beba só meio copo à hora do almoço e outro meio à hora do jantar. Tanto num momento como no outro mexa bem o conteúdo.
Faça uma gemada com bastante açúcar, encha um copo médio com bom vinho branco e beba 15 minutos antes de jantar.
Em 1 litro de vinho tinto coloque 40 g de folhas frescas de alecrim (rosmarinus officinalis) e 30 g de salva (salvia officinalis), ponha em banho-maria durante 30 minutos. Ao fim de uma hora filtre. Junte-lhe duas colheres de mel. Agite. Tome 2 colheres de sopa antes do almoço e 2 antes do jantar.
Macere em 1 litro de vinho do Porto, durante 5 dias, 60 g de pedacinhos de raiz e folhas de canabrás (heracleum sphondylium). Agite todos os dias. Filtre. Tome 2 colheres de sopa antes do almoço e 3 antes do jantar.
Macere em 1 litro de vinho do Porto, durante 7 dias, 80 g de funcho (foeniculum vulgare). Agite todos os dias. Filtre. Tome meio cálice antes do almoço e um antes do jantar.
Tome, como medida, um copo de vinho branco e ferva 4 g de sabugueiro negro (sambucus nigra). Filtre. Beba antes de se deitar.

INSUFICIÊNCIA RENAL
Em meio litro de vinho branco misture 2 cebolas (allium cepa) bem picadas e 2 colheres de mel. Agite. Aguarde 2 dias. Beba nos três dias seguintes, fora das refeições.

INTESTINO
Macere em 1 litro de vinho tinto, durante 10 dias, 40 g de raiz de ruibarbo (rheum palmatum). Agite todos os dias. Filtre. Tome 2 colheres de sopa, de vez em quando, para limpar o intestino.

MALÁRIA
Aqueça em banho-maria, durante 45 minutos, em 1 litro de vinho do Porto, 30 g de centáurea (centarium umbellatum). Macere durante 4 dias. Filtre. Tome 2 colheres de sopa três vezes por dia.

MAGREZA
Macere em 1 litro de vinho do Porto, durante 7 dias 15 g de pedacinhos de raiz seca de genciana (gentiana punctata), junte-lhe casca de laranja amarga. Agite todos os dias. Filtre. Tome 1 colher de sopa antes do almoço e 2 antes do jantar.

MEMÓRIA
Macere em 1 litro de vinho do Porto, durante 7 dias, 20 g de sementes de cardo santo (cnicus benedictus). Agite todos os dias. Filtre. Tome 1 colher de sopa, três vezes por dia.

MENOPAUSA
Macere em 1 litro de vinho do Porto, durante 3 dias 40 g de pedacinhos de folhas frescas de visco branco (viscum album). Agite todos os dias. Filtre. Tome 1 colher de sopa, antes do almoço e 2 antes do jantar.

MORDEDURAS
Ferva em 1 litro de vinho tinto, durante 30 minutos, 40 g de raiz de Imperatória (imperatoria ostruthium). Agite. Deixe arrefecer. Filtre. Tome 2 colheres de sopa. Passe também, este preparado, sobre a mordedura.

NAUSEAS
Macere em 1 litro de vinho branco, durante 7 dias, 10 g de alcachofra (cynara scolumus),10 g de boldo (peumus boldus), 10 g de hipericão (hypericum perforatum), 10 g de hamamélia (hammamelis virginiana). Agite todos os dias. Filtre. Tome 1 colher de sopa 3 vezes por dia.

NEVRALGIA
Coza em meio litro de vinho tinto 40 g de flores e folhas de orégão (origanum vulgare) e aplique sobre a parte dorida.

PALUDISMO
Aqueça em banho-maria em 1 litro de vinho do Porto 50 g de folhas e raízes frescas de dente de leão (taraxacum officinale) durante 45 minutos. Agite. Deixe macerar 24 horas. Filtre. Tome 1 cálice 3 vezes por dia, fora das refeições.

PERTURBAÇÕES DIGESTIVAS
Macere em 1 litro de vinho do Porto, durante 7 dias, 10 g de anis estrelado (illicium anisatum),10 g de tomilho (thymus vulgaris), 10 g de alcachofra (cynara scolumus). Agite todos os dias. Filtre. Tome 1 colher de sopa antes do almoço e 2 antes do jantar.

PNEUMONIAS
Durante 7 dias macere em 1 litro de vinho do Porto, 40 g de folhas de eucalipto (eucalyptus globulus). Agite todos os dias. Filtre. Tome 1 colher de sopa 3 vezes por dia.
PROBLEMAS CIRCULATÓRIOS
Macere em 1 litro de vinho do Porto, durante 5 dias, 10 g de sementes de salsa (petrosalinum sativum), 20 g de tilia (tilia vulgaris), 20 g de alcachofra (cynara scolumus) e 10 g de hamamélia (hammamelis virginiana). Agite todos os dias. Filtre. Tome 1 colher de sopa ao almoço e 1 antes de jantar.

PROSTATA
Macere em 1 litro de vinho do Porto, durante 7 dias, 20 g de genciana (gentiana lutea), 20 g de erva de S. Roberto (geranium Robertianum). Agite todos os dias. Filtre. Tome 2 colheres de sopa antes do almoço, 2 antes do jantar e 2 ao deitar.

PURIFICADOR CELULAR
Macere em 1 litro de vinho do Porto, durante 7 dias, 10 g de casca de carvalho (quercus robur), 20 g de beterraba (beta esculenta) e 30 g de cavalinha (equisetum arvense). Agite todos os dias. Filtre. Tome 1 colher de sopa antes do almoço e outra antes do jantar.

REVIGORANTE
Deite 2 colheres de mel num copo de vinho tinto e mexa até dissolver totalmente. Adicione 2 gemas de ovo e mexa, de novo, muito bem, junte-lhe em seguida o sumo de um grande limão e beba, vagarosamente, este preparado.

REUMATISMO
Macere em 1 litro de vinho do Porto, durante 5 dias, 50 g de sumidades floridas de tanaceto (tanacetum parthenium). Agite todos os dias. Filtre. Tome 1 colher de sopa antes do almoço e 3 antes do jantar.
Macere em 1 litro de vinho do Porto, durante 15 dias, 40 g de casca de sabugueiro (sambucus nigra). Filtre. Tome 1 colher de sopa antes do almoço e 2 antes do jantar.

REVITALIZANTE DOS ORGÃOS GENITAIS
Macere em 1 litro de vinho do Porto, durante 3 dias, 20 g de salva (salvia officinalis) e 20 g de noz de cola. Agite todos os dias. Filtre. Tome 2 colheres de sopa antes do almoço, 2 antes do jantar e 2 ao deitar.

RIM
Macere em 1 litro de vinho branco, durante 4 dias, 10 g de sementes de alho-porro (allium porrum). Agite. Filtre. Tome 2 colheres de sopa, 3 vezes por dia.
Deixe cozer 1 Kg de alhos franceses (só as partes brancas) em 2 litros de vinho branco até o preparado ficar reduzido a metade. Depois de arrefecer, filtre. Tome em jejum, 1 colher de sopa durante 15 dias. Descanse oito e volte a repetir a dose.
Macere em 1 litro de vinho branco, durante 3 dias, 10 g de casca de sabugueiro (sambucus nigra). Agite todos os dias. Filtre. Tome 3 colheres de sopa, 2 vezes por dia.

SARDAS
Se pensa que lhe ficam mal tem bom remédio. Macere em 1 litro de vinho tinto, durante 10 dias, 80 g de casca de bétula. Filtre e aplique pachos quentes sobre as ditas.

SEDATIVO
Macere em 1 litro de vinho do Porto, durante 5 dias, 20 g de agrimónia (agrimonia eupatoria), mais 20 g de valeriana (valeriana officinalis). Agite todos os dias. Filtre. Tome 2 colheres de sopa antes do almoço e 3 colheres de sopa antes do jantar.

STRESS
Macere em 1 litro de vinho do Porto, durante 4 dias, 50 g de angélica (angelica archangelica). Agite todos os dias. Filtre. Tome 2 colheres de sopa antes do almoço e 3 antes de jantar.

TÓNICO
Macere em 1 litro de vinho do Porto, durante 3 dias, 30 g de raminhos frescos de alecrim (rosmarinus officinalis). Agite todos os dias. Filtre. Tome 1 colher de sopa antes do almoço e 2 antes do jantar.
Macere em 1 litro de vinho do Porto, durante 3 dias, 15 g de flores de Acácia-bastarda (robinia pseudacacia). Agite todos os dias. Filtre. Tome 1 colher de sopa antes do almoço e 2 antes do jantar.
Macere em 1 litro de vinho do Porto, durante 5 dias, 40 g de carvalhinha (teucrium chamaedrys). Agite todos os dias. Filtre. Tome 1 colher de sopa antes do almoço e 2 antes do jantar.

TORCICOLO
Coza em meio litro de vinho tinto, 30 g de folhas de oregãos (origanum virens). Coloque pachos quentes na zona afectada. Se preferir o alecrim (rosmarinus officinalis), proceda de igual modo.

TOSSE
Macere em 1 litro de vinho do Porto, durante 3 dias, 40 g de sumidades floridas de orégão (origanum vulgare). Agite todos os dias. Filtre. Tome 2 colheres de sopa nos ataques de tosse, no máximo de 4 vezes por dia.

TRANQUILIZANTE
Macere em 1 litro de vinho do Porto, durante 5 dias, 3 g de absinto (artemisia absinthium), 10 g de melissa (melissa officinalis), 10 g de passiflora (passiflora incarnata). Agite todos os dias. Filtre. Tome 1 colher de sopa antes do almoço e 3 antes do jantar.

TRANSPIRAÇÃO
Macere em 1 litro de vinho do Porto, durante 5 dias, 40 g de folhas secas de salva (salvia officinalis). Agite todos os dias. Filtre. Tome 1 colher de sopa antes do almoço e 2 depois do jantar.

TRAQUEOBRONQUITE
Durante 7 dias macere em 1 litro de vinho do Porto, 40 g de folhas de eucalipto (eucalyptus globulus). Agite todos os dias. Filtre. Tome, devagar, duas colheres de sopa 3 vezes por dia.

ÚLCERAS
Macere em 1 litro de vinho branco, durante 10 dias, 50 g de casca de raiz de gatunha (ononis spinosa). Agite todos os dias. Filtre. Tome 1 colher de sopa depois do almoço e 1 depois do jantar.

UREIA
Macere em 1 litro de vinho branco, durante 10 dias, 50 g de raiz de alho porro (allium ampeloprasum). Agite todos os dias. Filtre. Tome 2 colheres de manhã e 2 nas crises, com o máximo de 4 tomadas por dia.

VERTIGENS
Macere em 1 litro de vinho do Porto, durante 5 dias, 50 g de folhas de pervinca (vinca minor). Agite todos os dias. Filtre. Tome 1 colher de sopa no momento das crises ou quando pensa que as vai ter. Máximo de tomadas: 4 por dia.

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