CARTA ABERTA AO COMBATENTE DO ULTRAMAR PORTUGUÊS
Digníssimo e nobre combatente:
Em romagem vieste ao Monumento,
que consagra a Coragem e a Bravura
daqueles, como Tu, qu´heroicamente
se bateram p´lo Amor Pátrio que perdura,
muito p´r´àlem do que a Razão consente,
fazendo venturosa a desventura.
São disso exemplo, AQUELES qu´ali estão.
Nomes gravados a ouro no PAREDÃO,
atrás do Mausoléu que simboliza
duas mãos postas, ao Céu, em oração
que assim os GLORIFICA e ETERNIZA.
A CHAMA DA PÁTRIA os alumia!
Como a Chama qu´em Teu peito ardia:
- de fervor patriótico e galhardia –
no Teu JURAMENTO DE BANDEIRA,
em qu´A juraste defender, até morrer,
se tal ousasse esse SAGRADO DEVER
de o exigir como “entrega” derradeira.
Foi esse Teu comportamento exemplar
de Respeito, Pundonor e Disciplina,
que canta agora o HINO NACIONAL:
- Heróis do Mar, da Terra e do Ar –
De qu´a nossa História há-de rezar,
p´los Teus feitos na EPOPEIA ULTRAMARINA.
Que a PÁTRIA TE MEREÇA E NUNCA ESQUEÇA,
de TE manter vivo em seu coração,
para que possas Levantar Hoje de Novo,
o Esplendor de PORTUGAL como NAÇÃO!
Viçoso Caetano
Ex-Oficial Miliciano
10 de Junho de 2013
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sexta-feira, 31 de maio de 2013
POEMA DE VIÇOSO CAETANO - 10 DE JUNHO
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GOVERNANTE EM CAMPANHA PELA OPOSIÇÃO, «POR ENGANO»
O secretário de Estado Pedro Lomba, participou numa acção de campanha autárquica do PS e diz ter-se tratado de engano. Não parece credível nem edificante um governante cometer enganos deste género. Eles devem usar da dignidade suficiente para poderem afirmar «nunca erro e raramente me engano»
Ser governante significa, ou deveria significar, aos olhos dos cidadãos ser uma pessoa adulta, competente, sensata e com todas as qualidades do mais alto grau. Mas se isto seria o desejável, as realidades, infelizmente, mostram ser muito diferentes.
É muitas vezes afirmado que os políticos colocam em primeiro lugar seus interesses pessoais e os dos seus coniventes e cúmplices e não o rigor das suas acções para bem de Portugal e dos portugueses em geral. Por isso, existe uma permanente promiscuidade, confusão e compadrio com todos os seus pares de qualquer partido, embora nos debates parlamentares mostrem, no momento, um papel diferente. Não há político ou ex-político que fique sem tacho, em situação de carência, com as mudanças de partidos no governo. Entendem-se muito bem entre si e não é para admirar que, na convivência habitual, aconteça irem além daquilo que deve ser conveniente e, depois de topados pelos jornais, como aconteceu neste caso, aleguem que foi por «engano» como faria um menino do ensino pré-primário, quando apanhado em falta.
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PORTUGAL EUROPEU É UM SEMIFALHANÇO
Transcrição de artigo, seguida de NOTA:
Projecto de Portugal europeu é um "semifalhanço", diz Augusto Mateus
Público. 30/05/2013 - 13:12 ANA FERNANDES
"Muitas andorinhas não fazem a Primavera", conclui um estudo sobre os efeitos dos fundos estruturais no país.
O quarto de século de Portugal na Europa traduziu-se num semifalhanço, considera Augusto Mateus, coordenador do estudo 25 Anos de Portugal Europeu, realizado para a Fundação Francisco Manuel dos Santos e apresentado esta quinta-feira em Lisboa. A falta de uma estratégia para a aplicação dos fundos comunitários levou a algumas melhorias, mas não lançou o país no desenvolvimento consequente.
“Estamos melhores, fizemos coisas bem feitas, mas cansámo-nos a meio do caminho”, afirmou Mateus. “Desaprendemos de crescer, desconstruímos o que construímos na Europa e hoje somos um país extremamente corporativo, com os interesses focalizados no que o Estado faz ou deixa de fazer”, acrescentou.
No estudo, são analisados 50 indicadores que dão conta da evolução da sociedade e economia portuguesas, com enfoque para os resultados da aplicação dos fundos estruturais. O resultado é um país mais evoluído, mas aquém, muito aquém, do ideal. “Uma geração não foi suficiente para sairmos de uma situação de país de coesão", disse.
Para o coordenador do estudo, Portugal falhou ao não prosseguir políticas autónomas, com uma estratégia e caminhos concertados, reduzindo essas políticas à mera gestão dos fundos. Exemplificando: investiu-se na ciência, no conhecimento, mas não nas empresas que poderiam pôr esse conhecimento em prática.
Mas, sobretudo, e em virtude dessa ausência de uma linha clara por onde caminhar, houve uma enorme fragmentação nos apoios. “Não contivemos o entusiasmo do ‘eu também quero, eu também quero’”, disse Mateus, acrescentando que houve uma dispersão dos fundos por uma multidão de projectos, tendo mais presente a preocupação em chegar a todo o país do que definir áreas-chave em que se deveria apostar com os olhos postos na internacionalização.
E exemplificou: “Houve, há uns anos, uma tentativa de revitalizar a indústria têxtil e, juntamente com a Coreia, Portugal pôs de pé um projecto com esse objectivo. No caso da Coreia, decidiu-se focar os apoios numa única região têxtil e apoiaram-se 17 projectos, em Portugal, foram apoiados 2518 projectos.”
Num momento em que se discute o novo pacote de fundos europeus, o estudo pretende apontar os erros para se corrigirem opções tomadas. Esses erros, ao longo de 25 anos, nunca foram superados “por razões genéticas”, disse o ex-ministro da Economia. “Por falta de cultura de prestação de contas, porque há um problema de escrutínio na gestão dos dinheiros públicos”, sustentou.
NOTA: Os bons projectos precisam de bons executantes. Já Helmut Schmidt no discurso no Congresso do SPD em 4 de Dezembro de 2011 em Berlim lamentou que os políticos europeus não tiveram a capacidade adequada à implementação do projecto pretendido pelos criadores da Europa Unida.
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quinta-feira, 30 de maio de 2013
COMBATER O DESEMPREGO JOVEM
O desemprego constitui uma crise com várias facetas negativas, desde o desaproveitamento do recurso mais precioso de um Estado, às condições de carência em que vive a população vítima dele. Quando afecta jovens no início de vida activa, os efeitos são mais dramáticos porque se perde a melhor idade para a motivação, a aprendizagem de métodos de trabalho, a inovação, a criatividade e a conjugação em actividades colectivas para um objectivo comum. Os jovens que não conseguem emprego no seu país e que têm valor e desejo de «obter o pão com o suor do seu rosto» desenvolvendo uma actividade económica que lhes garanta a vida independente, auto-suficiente, acabam por emigrar indo dar a sua energia, vontade e saber a países alheios.
Para se criar emprego é preciso desenvolver actividades económicas, empresas, o que exige financiamento inicial e projectos de produção de produtos ou serviços que satisfaçam necessidades de clientes, consumidores.
Para a generalidade dos nossos políticos, a criação das condições necessárias para o emprego compensador, pela obtenção do retorno dos utilizadores de produtos e serviços, não é bem claro e, muitas vezes, não passa de retórica cheia de generalidades inócuas.
Esperemos que os esforços agora esboçados conduzam a efeitos positivos:
- Europa debate flagelo do desemprego jovem (com vídeo)
- Álvaro Santos Pereira: "Medidas de combate ao desemprego jovem terão que ter efeito já"
- Ministro daEconomia pede investimento do BEI para ajudar a combater desemprego jovem
- Ministro da Economia em Paris na terça-feira para discutir desemprego jovem
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RECESSÃO IMPARÁVEL?
Na consulta matinal à Comunicação Social deparei com notícias demasiado preocupantes que exigem análise cuidada a fim de não cairmos em tentações de falsos optimismos e de atrevidas previsões condenadas à partida, quer pelo realismo quer pelas experiências recentes. De salientar as referências que Constança Cunha e Sá faz às referências contraditórias feitas por elementos do Governo e da estrutura do PSD, ao esquema do acordo com a troika e às entidades por ele responsáveis.
Por não dar jeito transcrever textos extensos, limito-me a colocar aqui os links das principais notícias que possam ser úteis para os leitores que estiverem interessados em conhecer melhor os vários aspectos do tema.
- Recessão portuguesa em 2013 será mais profunda que o previsto
- OCDE não acredita em metas de défice
- Bruxelas rejeita nova flexibilização do défice... para já
- Bruxelas insiste no cumprimento do défice
- Programa de ajustamento "deve ajustar-se" à realidade, diz Portas
- Portugal precisa de cortar 6 mil milhões por ano até 2030
- OCDE: Portugal não vai atingir novas metas do défice para 2013 e 2014
- Vítor Gaspar desvaloriza previsões da OCDE
- «Mal seria se a grande preocupação de Vítor Gaspar fosse o Benfica» (com vídeo)
- Zona euro continua a crescer mais lentamente do que EUA em 2014
- Situações de fome confirmam relatos que chegam à confederação das famílias
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quarta-feira, 29 de maio de 2013
«PATRIOTISMO» SEGUNDO GASPAR
Transcrição de artigo:
Incómodos de Gaspar
Correio da Manhã. 29-05-2013. Por: Eduardo Dâmaso, Director-Adjunto
Já sabíamos que o dr. Gaspar acha pouco patriótico que os jornalistas façam perguntas sobre a crise a políticos estrangeiros quando ele está presente.
Já sabíamos que o dr.Gaspar está convencido que a sua missão de endireitar as contas do burgo é a coisa mais patriótica que pode haver. Lá no fundo acha que somos uns ingratos.
O que não sabíamos é que também tinha aquele viciozinho salazarista de impor um catálogo patriótico, muito seu, aos jornalistas e aos portugueses em geral. O dr..Gaspar tem de entender que, para quem já paga tanto imposto, perguntar ainda é um exercício de liberdade. E rir dos seus incómodos, então, é um verdadeiro prazer.
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RUI RIO E O RIGOR FINANCEIRO
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segunda-feira, 27 de maio de 2013
DÉFICE E REFORMA DO ESTADO
A notícia do Diário Económico Mais tempo para o défice é uma boa notícia?, aparenta isenção e objectividade na forma como aborda a hipótese colocada por Passos Coelho de que «não é de excluir uma flexibilização das metas". Depois de aludir ao irrealismo de promessas e previsões anteriores, aceita que a projecção da meta do défice não venha a ser cumprida
Porém, o título deste post refere a razão do ponto de interrogação do título da notícia que se refere ao alerta constante do último parágrafo que a seguir transcrevo:
«Mas esta aparente boa notícia, a confirmar-se, poderá revelar-se uma faca de dois gumes para o Governo. Se é verdade que ganha folga orçamental para suavizar no tempo as medidas de austeridade, também é verdade que dá um trunfo à oposição e aos parceiros sociais na negociação sobre a reforma do Estado. Anunciar com tanta antecedência uma flexibilização da meta do défice para 2014, quando ainda nem sabemos se vamos cumprir a de 2013, pode passar uma ideia de facilitismo que pode dificultar a reunião de consensos para a tão necessária reforma do Estado.»
Ora este perigo deve ser acautelado, pois a reforma do estado constitui uma medida estrutural de carácter estratégico e durável que enforma a máquina do Estado dos próximos anos, limitando fugas de capital para observatórios, empresa públicas e autárquicas, obesidades de gabinetes, assessores, especialistas, consultores e tudo o que contribui para uma burocracia excessiva que emperra toda a actividade económica e das pessoas e constitui um factor acelerador da corrupção, do enriquecimento ilícito e do tráfico de influências. Paralelamente ao excesso de burocracia está a tentação exagerada de controlo dos cidadãos e os apoios a observatórios, fundações e PPP, cuja criação e manutenção não constituem uma finalidade, essencial e indispensável para o bom funcionamento do Estado nem para a melhoria de vida da generalidade da população.
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SALÁRIOS E PRÉMIOS DE FUTEBOLISTAS E MAQUINISTAS DA CP
Recebi por e-mail este texto que transcrevo por julgar de interesse, até porque traduz a equivalência de altos salários em número de Salários Mínimos Nacionais. Este procedimento devia ser «obrigatório», porque o cidadão médio (em que me incluo) não faz ideia de quanto vale um milhão!!!
«No dia em que encherem o Estádio das Antas com gente a pagar bilhete para ver 22 escriturários a escreverem à máquina, estarei de acordo com os que criticam o dinheiro que os jogadores de futebol ganham». Este argumento, do saudoso José Maria Pedroto, foi o melhor que ouvi em defesa dos elevados salários dos futebolistas que, à época, eram muito menos pornográficos e estratosféricos do que agora.
No início dos anos 80, o jogador mais bem pago do Porto ganhava o equivalente a 30 salários mínimos. Agora leva para casa cerca de 300 salários mínimos. Em 30 anos, ao nível do topo, a inflação no futebol português andou dez vezes mais rápida do que no resto da sociedade.
O argumento de Pedroto é bom e racional. Mas apesar de saber que as exibições e golos do Cristiano Ronaldo ajudam a encher o Santiago Bernabéu (e o Real Madrid a cobrar um balúrdio pelas transmissões televisivas dos seus jogos), confesso que a minha consciência judaico-cristã fica bastante incomodada por saber que um português com o salário mínimo precisaria de trabalhar 300 anos (até ao século XXV, portanto) para receber o que o CR7 ganha num mês.
O argumento de Pedroto é bom e racional. No entanto nunca consegui digerir muito bem o hábito de pagarem aos futebolistas prémios de vitória ou até de empate.
Compreendo o mecanismo de estimular um trabalhador através da instituição de um sistema de prémios por objetivos, mas no caso dos futebolistas até parece que o que lhe pagam ao fim do mês (e não é assim tão pouco) é para perderem os jogos.
Também não consigo entender algumas peculiaridades do regime de trabalho dos 1200 maquinistas da CP, que beneficiam de 18 subsídios (oito fixos e dez variáveis), apesar das constantes transfusões de dinheiro dos contribuintes serem a única coisa que impede a morte de uma empresa com um passivo XXL de 3,3 mil milhões de euros.
Sempre que termina um período de trabalho completo, o maquinista da CP recebe um prémio. Cada vez que conduz, manobra ou faz o acompanhamento de um comboio, ganha um abono. E se o seu trabalho estiver organizado por turnos ou escalas, tem direito a um subsídio. E por aí adiante. Ao ler a lista arrependi-me de não ter ido para maquinista da CP.
Percebo que os maquinistas queiram defender o belíssimo pacote de regalias (algumas próprias de futebolistas, como a de receberem um prémio por terem cumprido o seu horário de trabalho...) mas não me parece justo que os clientes da empresa (os passageiros) sejam os únicos prejudicados pelas greves que fazem.
Até porque, e usando a imagem de Pedroto, acho muito duvidoso que alguém pague um bilhete para ver 22 maquinistas da CP a brincar aos comboios - pouca-terra, pouca-terra - no meio do relvado do Dragão.
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domingo, 26 de maio de 2013
OS INTOCADOS EX-PRESIDENTES
Considere-se de interesse a leitura do artigo que se transcreve.
Intocados. Só Sócrates mexeu nas subvenções de ex-presidentes
Ionline. publicado em 18 Maio 2013 - 07:00 Por Isabel Tavares
Os privilégios dos ex-chefes de Estado são os mesmos desde 2011, altura em que Sócrates lhes cortou 5%. Sem o aumento de impostos nem notavam a diferença.
Os três ex-Presidentes da República custam aos cofres públicos perto de 1 milhão de euros por ano. Mas, apesar da subvenção paga pelo exercício das funções de chefe de Estado ser igual para todos e não se ter alterado desde 2011, altura em que o governo de Sócrates decidiu cortar 5% os vencimentos da administração pública, políticos inclusive, os rendimentos auferidos por Ramalho Eanes, Mário Soares e Jorge Sampaio não podiam ser mais díspares.
Soares tem a remuneração mais fixe, perto de 500 mil euros anuais, enquanto Eanes tem o rendimento mais baixo, menos de 65 mil euros líquidos por ano.
Recentemente, o primeiro-ministro Pedro Passos Coelho anunciou um novo pacote de medidas de austeridade que visa equilibrar as contas públicas. Os pensionistas são dos principais visados, uma vez que vão perder 1440 milhões de euros só em 2014, ou seja, o triplo dos cortes sofridos até agora.
Apesar disso, nem todos os pensionistas são afectados da mesma forma. Que o digam os antigos Presidentes da República a receber subvenções vitalícias pagas pela Presidência da República e que não sofreram cortes nos dois últimos anos.
Sobre a justiça destas e de outras regalias de que beneficiam os ex-Presidentes (ver caixa ao lado), Jorge Sampaio lembra que estão enquadradas na lei. “Mas é sabido que, por um lado, as leis são muitas vezes produto de uma época e das circunstâncias vigentes e que, por outro lado, as alterações às leis são sempre possíveis. Por isso cabe ao legislador actuar de acordo com as necessidades”, admite.
Já Ramalho Eanes, o primeiro dos três ex-Presidentes em causa, diz que não se importa que lhe cortem as reformas se isso significar que não há pessoas a passar fome. Mas acrescenta que sem o gabinete de trabalho, o carro e a gasolina financiados pela Presidência da República, seria impossível desempenhar as funções cívicas, a nível nacional e internacional, que desempenha hoje.
Em Julho de 1976, quando foi eleito Presidente, Ramalho Eanes tinha um salário de 60 100 escudos (o equivalente, nos dias de hoje, a 5441,94 euros), o mesmo que ganhava Américo Tomaz antes do 25 de Abril de 1974 e menos do que ganhava o seu ajudante-de-campo.
O general descontou como militar ao longo de 36 anos mas nunca recebeu esta reforma, uma vez que a Lei n.o 26/84 dizia que as subvenções não eram cumuláveis com pensões de reforma do Estado. Houve um momento em que a Assembleia da República tentou alterar esta situação, juntando-lhe o aumento dos deputados, mas Ramalho Eanes não promulgou a lei, considerando que não poderia actuar em benefício próprio.
Só em 2008, depois de todos os partidos com assento no parlamento terem aprovado um proposta do provedor de Justiça Nascimento Rodrigues, que considerou esta situação “chocante, imoral e antidemocrática”, Ramalho Eanes passou a acumular a subvenção com a reforma de militar.
Na altura, e uma vez que esta situação era excepcional entre os ex-chefes de Estado, foi-lhe proposto que recebesse retroactivos no valor de 1,3 milhões de euros, que recusou na íntegra.
Quanto à reforma militar actual, Ramalho Eanes diz que ainda hoje não sabe o seu valor, uma vez que varia todos os meses e não será por obra e graça do Espírito Santo. Em Novembro de 2012, recebeu 1210 euros líquidos, noutro mês 1967 euros e noutro 2005 euros. Em Fevereiro deste ano, por exemplo, o montante recebido foi de 257,40 euros.
A Autoridade Tributária confirma que se trata de erros e apenas justifica que as ordens do governo vão sendo alteradas todos os meses e os serviços têm dificuldade em acompanhar as mudanças.
Já o Presidente da República, Cavaco Silva, abdicou do salário de chefe de Estado em 2011 para ficar a receber unicamente outras reformas, nomeadamente do Banco de Portugal e da Universidade Nova, no valor de perto de 10 mil euros mensais. E recebe ainda cerca de 3 mil euros de abono mensal para despesas de representação, além de ajudas de custo. A menos que a Autoridade Tributária se engane.
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sábado, 25 de maio de 2013
OS MALES DA CORRUPÇÃO
OS MALES DA CORRUPÇÃO!
Poema de Zélia Chamusca, Blog Narciso dos Bosques
Eu queria descrever
O que está a acontecer…
Mas, consomem-se as palavras
P’las lágrimas assoladas…
Sofrimento nesta era
Que o Poder aos pobres gera!
Não há dó nem há piedade,
Apenas, austeridade!
Tantos pobres inocentes,
Quantos com fome e doentes,
Suportam na solidão
Os males da corrupção!
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DÉFICE ATÉ ABRIL PIORA 33%
A notícia «Execução. Défice até Abril piora 33% e chega a 2,5 mil milhões» é preocupante e traz à memória textos de comentários e de e-mails que a seguir se referem:
Ao terminar dois anos de «enorme sucesso» em que os mais «notáveis» governantes prometeram, asseguraram, garantiram, que nos iam tirar da crise, constata-se que ainda não parou a corrida para o INSUCESSO total, numa veloz espiral recessiva, com a austeridade e os cortes assumirem proporções cada vez mais gravosas. Quando pensávamos que tínhamos chegado ao fundo do buraco, verificámos que o fundo era fictício e que íamos descer mais, muito mais, sem esperança de a queda parar.
A fantasia ilusória de falar da época pós-troika, serviu para tentar iludir o Zé Povinho. Não existe uma ponta visível, real, de as coisas mudarem, de podermos confiai no Governo e recuperar a esperança em dias melhores.
É urgente que o Povo se organize e imponha a sua vontade democrática (Democracia significa poder do povo). Não se pode adiar a desparasitação do regime.
Num post vi o desabafo «Farto-me de rezar para que eles (políticos incompetentes e sem coragem) desapareçam para sempre!». Esta frase traduz o desejo de uma muito grande maioria dos eleitores. Mas, que me desculpe o PR, isto não se vai resolver com rezas à Senhora de Fátima ou a S. Jorge. Mas também o regime não tem capacidade de se regenerar sem pressões vindas da população, directamente e de forma «convincente». A corrupção e o desejo de enriquecimento ilícito, inibem os actuais políticos (seja qual for o partido no Poder) de resolver os grandes males do Estado. Falta-lhes coragem para enfrentar os privilégios daqueles que têm no dinheiro público a sua «galinha dos ovos de ouro».
A conclusão é de que os eleitores devem deixar de votar às cegas em listas de que não conhecem bem os que estão nelas inscritos, mas apenas quando deles tenham um conhecimento completo dos seus interesses inconfessados.
Depois, há que fazer uma operação de desratização e de desparasitação que liberte o Estado de todos os que se servem dele descaradamente, em vez de procurarem servir os cidadãos, que não devem deixar de ser os verdadeiros detentores da soberania, como é próprio da democracia.
Mas quem faz tal operação de higienização? É urgente que apareça um salvador da Pátria.
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sexta-feira, 24 de maio de 2013
PAULO MORAIS. A CORRUPÇÃO E O MEDO
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quinta-feira, 23 de maio de 2013
CARTA DE UM HOMEM VERTICAL
Transcrição de post do blog: Água aberta ... no OCeano:
Carta que remeti hoje (20 de Maio de 2013)
Senhor jornalista Henrique Raposo
Sob o titulo " Contrato entre avós, pais e netos", no semanário Expresso de 18 de Maio de 2013, dirigiu-se-me Vexa, justificando o roubo das pensões (como sabe "roubo" designa o furto com violência, Vexa não sonha quanta!). O modo como na sua "carta" se me dirige, ternurento, será original, mas, concordará, nesta matéria, é de muito mau gosto, quase, diria, que é ofensivo.
Como fazem todos os seus colegas ideológicos, escamoteia Vexa o facto de que eu, durante a minha vida activa, paguei a pensão dos vossos avós, pais e mães sendo certo que, uma grande maioria delas, até pela profissão, não descontaram nada ou quase nada para a terem. Foi o sentido de justiça social da minha geração que o permitiu.
Os senhores, que beneficiaram de uma melhor educação e estão gordos de cultura sabem muito bem que à luta de classes estão a juntar a luta de gerações e que a actual "crise" mais não é que um ajustamento estrutural do capitalismo que, em consequência do fim da, chamada, "guerra fria", tomou o freio nos dentes e tenta reduzir o aparelho de Estado ao mínimo estritamente necessário para que quem produz o continue a fazer permitindo a apropriação indevida do seu sobre trabalho pelos "mercados"; é da sua natureza que assim seja, não que os homens sejam maus. É que aquilo, na URSS, podia ser mau para as vitimas, mas dava a aparência de uma sociedade mais justa e fraterna que servia de "mau exemplo" pelo que era necessário que cá também houvesse "Estado social" que, claro, desviava dinheiro dos "mercados". Os senhores sabem bem que o problema não é o Estado não poder ser social por não haver dinheiro, o Estado não é neutro e aumenta mais o IRS ou diminui o IRC conforme os interesses que defende. Os senhores sabem bem que uma alta taxa estrutural de desemprego é bom para os "mercados", o problema é gerir o "quantum" para continuar a haver consumidores. A social democracia tenta corrigir isso quando não está como agora dominada por arrivistas.
Tem Vexa a pretensão de ainda vir a auferir uma pensão de 20 a 30% da sua remuneração. Eu quando comecei a trabalhar tive a pretensão de auferir 100% e sabe bem porquê. Porque eram as regras que me levaram, entre outras ponderações, a optar pela profissão que tive. Vexa está à vontade porque ou é rico ou vai acautelar-se com PPRs e quejandos, ou ainda pode vir a ser empresário. Eu, que já estou mais para a morte do que para a vida, fui apanhado por um grupo de serventuários do capitalismo selvagem que nem as suas próprias regras respeita, ou parece-lhe que as empresas funcionam dizendo "olha hoje só pago a fornecedores 50% do que lhes devo?"; se não têm dinheiro ficam a dever, negoceiam as dividas, reformam letras ou vão à falência, mas não podem como o Estado actual, unilateralmente, só pagar o que lhes parece.
Acha Vexa que a pensão não pode ter um valor imutável, tem que estar indexada ao PIB, à evolução da esperança de vida e ao rácio trabalhador reformado. Estou inteiramente de acordo se me der mais quarenta anos de vida. Dá-mos? Não, então façam só para vocês.
Não lhe desejo que na sua velhice lhe aconteça o mesmo; que lhe confisquem na sua pensão, como a mim, que já vou numa redução de 25% da minha expectativa com a ameaça, de que virá mais um corte de 15% e a permanente incerteza do que se seguirá ou que tenha os seus PPR nas mãos de qualquer Madoff. Desejo-lhe felicidades.
Luís A N Paiva de Andrade
Capitão de Mar e Guerra Reformado, 47 anos de descontos "obrigatórios" para a CGA, Militante do PSD
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ELITES IGNORAM A CRISE QUE ALIMENTAM
Transcrição de artigo seguida de NOTA:
A crise e as elites
Correio da Manhã. 22-05-2013. Por: Eduardo Dâmaso, Director-Adjunto
O discurso dominante sobre a crise penaliza o povo que viveu acima das suas posses.
Ora, tanto o discurso como a crise foram criados pelas elites que atravessam os partidos e todos os outros poderes, formais ou informais, que se entretêm em Conselhos de Estado inócuos, opacos, sem o respeito social devido às instituições e às pessoas que realmente trabalham contra a crise.
Com estas elites – muito parecidas com as que viviam confortáveis no domínio filipino –, Portugal não enfrenta nem o presente nem o pós-troika. Têm uma visão tutelar sobre o povo que julgam conhecer mas, na verdade, estão a léguas do País, da rua e das soluções necessárias à modernização da economia.
NOTA: As elites lusitanas não cessam de mostrar a sua alta competência, como no caso do deputado que apelidou a geração dos seus pais, tios e avós de «peste grisalha» e um outro, candidato a autarca, que usa de xenofobia e racismo contra os que não são adeptos do seu clube de futebol e os trata de «magrebinos». Mesmo que aleguem distracção ou brincadeira, dão uma triste ideia daquilo que são e prestam muito mau exemplo a uma Nação que pode encontrar na união a sua força para vencer a crise.
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segunda-feira, 20 de maio de 2013
REFORMADOS ESPOLIADOS
A notícia do JN, Estado tirou 2500 milhões a reformados em três anos é preocupante como bem tem afirmado o ministro Paulo Portas.
Será que a insistência de cortes e restrições no poder de compra ou seja nas capacidades de sobrevivência de muitos cidadãos deste grupo que se sente "atacado pelas medidas de austeridade", se integra num processo oculto de «eutanásia» em estruturação progressiva, para exterminar todos os cidadãos inactivos?
Recorda-se que já em 11 de Fevereiro de 2009, o presidente do PS, Almeida Santos, ex-ministro socialista e um dos subscritores da moção sectorial que levou ao congresso nacional do PS, no final do mês, em Espinho, em que defendia a realização de um referendo nacional sobre a eutanásia.
Parece não ter havido coragem para legislar sobre este tema, mas a contínua perseguição aos reformados, pode indiciar que, subrepticiamente, pode estar a ser preparado um facto consumado. A preocupação com défices, dívidas, etc e a insensibilidade de governantes, alimenta este receio.
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domingo, 19 de maio de 2013
A DROGA MAIS PERIGOSA
Depois dos posts Dinheiro, a pior droga, THOMAS JEFFERSON SOBRE OS BANCOS e Sobre o dinheiro, um amigo disse que as moedas de menor valor não são sustentáveis porque os industriais as utilizam para fabricar anilhas com lucros exponenciais, limitando-se a vazá-las com punção, com preço de venda «éne» vezes superior ao da matéria prima.
E, no decurso da conversa, houve consenso em que o dinheiro é a pior droga, pior do que o álcool, ou o tabaco, ou a marijuana, ou o ópio , ou a cocaína, ou a morfina, ou o crack, etc Os maiores crimes são cometidos pela ambição de mais uns euros, ou uns dólares, etc. A grande maioria dos políticos, sem capacidades excepcionais, não abraçaram essa carreira por motivo de qualquer produto estupefaciente, mas sim pela ambição do poder do dinheiro, do enriquecimento fácil e rápido por qualquer forma. Repare-se na ausência de legislação eficaz para combater o enriquecimento ilícito ou a corrupção mas, pelo contrário, vê-se a crescente complexidade da burocracia que, como é do conhecimento geral, constitui origem de corrupção, praticada, por exemplo, para reduzir a poucos dias os dois ou três anos de espera por uma licença de construção.
As drogas tão criticadas na juventude não causam crimes tão graves e tão grandes problemas para a sociedade como o dinheiro, como deixou entender o terceiro Presidente dos Estados Unidos no texto referido aqui.
E, assim, não admira que se dê atenção a casos como os referidos nos posts atrás linkados ou nas seguintes notícias
Portugal caminha para «uma crise de regime»
Face Oculta como Angolagate ou Facturas Falsas ou...??
Justiça Social ???
Isaltino Morais
Duarte Lima
Parece poder concluir-se que, realmente, o dinheiro é a pior droga, a mais perigosa para a sociedade.
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EVITAR O ABSOLUTO E O EXCESSO
Transcrição de pensamento de Fernando Pessoa, notável poeta português 1888-1935, extraído de 'Reflexões Pessoais')
Nunca Cultives o Absoluto nem o Excesso
Nunca cultives coisas absolutas, como a castidade absoluta ou a sobriedade absoluta: a maior força de vontade é a do homem que gosta de beber e se abstém de beber muito e não a daquele que não bebe de todo. O movimento antialcoólico é um dos maiores inimigos da vontade própria e do desenvolvimento da vontade. Castrar um homem «controlará» certamente os seus impulsos sexuais. Castrar a sua alma também fará o mesmo. A dificuldade é abster-se.
Deves criar um desejo de beber e de fumar e então fumar e beber moderadamente. Graças a este método, não só desenvolverás a tua vontade decisivamente, obrigando-a a impor limites aos teus impulsos, que é a função própria da vontade (e não a eliminação dos impulsos), mas também extrairás o maior prazer possível de beber ou de fumar, pois a Natureza concebeu as coisas de um modo tal que o maior prazer vem depois do maior poder, a temperança, e o sinal da normalidade é este.
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sábado, 18 de maio de 2013
DESEMPREGO AUMENTOU EM ABRIL
É a espiral, pá! Ninguém pára o seu movimento…
Transcrição de notícia do Expresso:
Mais 72 mil desempregados em Abril
Expresso. 16:40 Sábado, 18 de maio de 2013 Lusa
O número de desempregados no final de abril aumentou 11% em termos homólogos, num total de 728.512 pessoas, com mais 72.614 inscritos nos centros de emprego, segundo dados mensais do Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP).
No final de abril, os centros de emprego do Continente e Ilhas registavam 901.441 pedidos de emprego (mais 14,9% do que em 2012), tendo o número de inscritos diminuído ligeiramente face a março (-0,8%).
Os desempregados há mais de um ano aumentaram 31,4% em termos homólogos, totalizando 319.541 inscritos, enquanto os que tinham um tempo de inscrição inferior a um ano diminuíram 0,9% para 408.971 inscritos.
O número de desempregados à procura de um primeiro emprego apresentou uma variação homóloga de 24,8% (60.631), enquanto o número de pessoas que querem um novo emprego aumentou 10% (667.881).
Ao longo do mês de abril, inscreveram-se nos centros de emprego 57.992 desempregados (mais 5.032 do que no mesmo mês de 2012), destacando-se o aumento nos Açores (20,5%) e no Norte (12,7%).
O "fim de trabalho não permanente" continua a ser o principal motivo para a inscrição (35%), seguindo-se o despedimento (16,6%).
As ofertas de emprego aumentaram 37,6% comparativamente a abril de 2012 e 13.271 estavam por preencher.
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THOMAS JEFFERSON SOBRE OS BANCOS
Principal redactor da Declaração de Independência em 1776, Thomas Jefferson foi o 3º Presidente dos EUA e escreveu este texto!
É um texto intemporal e que descreve de forma arrepiante o que está a acontecer com a divida soberana (237 anos depois)!
Acredito que as instituições bancárias são mais perigosas para as nossas liberdades do que o levantamento de exércitos. Se o povo Americano alguma vez permitir que bancos privados controlem a emissão da sua moeda, primeiro pela inflação, e depois pela deflação, os bancos e as empresas que crescerão à roda dos bancos despojarão o povo de toda a propriedade até os seus filhos acordarem sem abrigo no Continente que os seus pais conquistaram.
Extraído do blogue O melhor e o pior
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quarta-feira, 15 de maio de 2013
PR DEPOSITA ESPERANÇA NUM MILAGRE
Vejamos as notícias:
Avaliação da troika foi "inspiração da nossa Senhora de Fátima"
Cavaco invoca São Jorge para pedir melhores dias
Já há quem se interrogue se a próxima reunião do Conselho de Estado terá lugar em Fátima ou num Santuário de S. Jorge.
Entretanto, na espera atenta de sinais de milagre, surge a notícia:
Cavaco diz que Portugal precisa de "boas notícias"
E que dizem a isto os elementos do Governo mais responsáveis pala gestão da vida colectiva dos portugueses, em quem já nem o PR parece depositar confiança e esperança?
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PIB ACENTUA A QUEDA
Caminhando para Sul nunca se chegará ao polo Norte.
Por mais palavras falaciosas de promessas e falsas esperanças, se continuarmos nesta descida vertiginosa para o abismo,, nunca sairemos da espiral recessiva.
Transcrição de artigo do Público de 15/05/2013 – 10:26:
PIB português caiu 3,9% no primeiro trimestre
Trata-se do recuo mais acentuado dos nove últimos trimestres de recessão que se registam desde o início de 2011.
INE destaca contributo positivo da procura externa no primeiro trimestre.
O Produto Interno Bruto (PIB) nacional caiu 3,9% em volume no primeiro trimestre deste ano face ao mesmo período de 2012, acelerando o ritmo de contracção da economia portuguesa. Trata-se do recuo mais acentuado dos nove últimos trimestres de recessão, que se registam desde o início de 2011.
De acordo com dados divulgados nesta quarta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), na estimativa rápida das Contas Nacionais Trimestrais, o PIB caiu 0,3% face ao trimestre anterior, entre Outubro e Dezembro de 2012. O desempenho da economia nacional dos primeiros três meses de 2013 é pior do que o previsto, por exemplo, pelos economistas da Universidade Católica, que tinham estimado uma quebra homóloga de 3,7% e para um recuo de 0,1% face ao trimestre anterior.
“A procura interna apresentou um contributo mais negativo para a variação homóloga do PIB, em resultado da diminuição mais acentuada do investimento, com destaque para o comportamento da Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) em construção. Em sentido oposto, o contributo positivo da procura externa aumentou, refletindo principalmente a redução mais intensa das importações de bens e serviços”, refere o INE.
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QUEM MANDA NO PAIS? QUEM É EXPLORADO?
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segunda-feira, 13 de maio de 2013
EXEMPLOS DADOS PELA HIERARQUIA POLÍTICA
Estes sinais de insensatez são preocupantes. Se o povo deixa que isto continue, com total desprezo pela moralidade, como será o dia de amanhã? Que herança de valores deixamos aos nossos descendentes???
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sábado, 11 de maio de 2013
TÁCTICAS PARA SEGURAR O PODER
Políticos e partidos, para garantirem o seu (e dos seus amigos, cúmplices e coniventes) enriquecimento rápido, por qualquer forma, têm que lutar para a conquista e a manutenção do Poder, usando as mais variadas tácticas. Estas, por serem repetitivas, não passam despercebidas dos cidadãos mais atentos.
Uma delas, quando no Poder, é procurar vantagens na primeira metade do mandato, para depois alargarem o cinto que obrigaram a apertar a fim de captar as simpatias dos eleitores e os seus votos. Para tal não recusam qualquer manobra que lhes pareça ser útil para o sei propósito.
Na situação actual, todos estamos recordados da reprovação do PEC IV que levou o governo anterior a apresentar a demissão. Esta renúncia foi feita na esperança de que iria vencer as eleições antecipadas. A votação do PSD contra o PEC IV tinha como objectivo vencer as eleições aproveitando na campanha o incómodo gerado por erros do PS, já anteriormente apontados e o incentivo de promessas que levaram muita gente a esperar irmos viver num paraíso.
Logo a seguir às eleições o PSD rasgou as promessas e iniciou o aperto do cinto, gabando-se de ir além das exigências da troika. Era evidente que estava a preparar-se para usar a velha táctica de exigir sacrifício na primeira parte do mandato para depois criar ambiente favorável a uma vitória nas eleições do fim do mandato. Essa táctica era fácil de justificar atribuindo ao governo anterior as causas do mal que foi definido com as cores mais negras. Foi então que Passos Coelho disse: “Que se lixe as eleições” em que só acreditaram os mais ingénuos ou os fanáticos do seu partido. Seguiram-se medidas de austeridade exageradas, insistentes e repetidas que criaram mais pobreza, e paralisaram a economia com encerramento de empresas e aumento abissal de desemprego. A situação não era irrecuperável mas a tal táctica mal aplicada criou a espiral recessiva e, em vez de melhoria, sentimos o agravamento.
Agora, ao entrar na segunda parte do mandato seria de começar a aliviar os sacrifícios mas, como não há condições para isso (tal o estado em que a espiral recessiva colocou o País), continuamos a ouvir discursos balofos agora com mistura de promessas de melhoria para daqui a mais de um ano e truques que, na incapacidade para o diálogo e para a obtenção de consenso, são esboçados ardilosos desentendimentos dentro do Governo e dos partidos da coligação, para depois analisar as reacções populares e de instituições descomprometidas a fim de evitar erros exagerados que agravassem demasiado a má imagem do Poder actual. Foi o caso da comunicação de Portas ao País em 5 do corrente e das declarações à agência Lusa do vice-presidente da bancada parlamentar do PSD, Carlos Abreu Amorim, em que defendeu que o «tempo político de Vítor Gaspar terminou», devendo o primeiro-ministro ponderar a substituição do ministro das Finanças. Alem deste caso, há as sucessivos alertas do conselheiro de Estado Luís Marques Mendes, da ex-líder do PSD Manuela Ferreira Leite, do cronista Paulo Morais, do ex-líder da bancada social- democrata Paulo Rangel, do cronista Morais Sarmento, do ex-ministro Bagão Félix, do constitucionalista Jorge Miranda, todos dando dicas para a remodelação governamental, para o corte nas gorduras do Estado, e para a concretização da Reforma Estrutural do Estado prometida há quase dois anos mas sem sinais visíveis e em que deveria estar incluía a redução da burocracia alada ao combate à corrupção e ao enriquecimento ilícito.
Esta é uma habilidosa forma de tornar mais fácil a decisão que há muito é aconselhada ao PM.
Enfim, a preparação dada pela JOTA aos futuros políticos, pode não ser de grande elevação ética ou cultural, mas não deixa de os levar a repetir as habilidades clássicas, embora sem lhes dar capacidade de análise para fazerem a melhor adaptação às realidades actuais, deu que resulte crescimento económico com melhor bem-estar da população dos eleitores e dos contribuintes.
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GASPAR CHEGOU À META
Transcrição de artigo:
«Tempo político de Vítor Gaspar terminou», diz Carlos Abreu Amorim
TSF. 10-05-2013. Publicado às 20:47
Este vice-presidente da bancada parlamentar do PSD entende que portugueses devem muito ao actual ministro das Finanças, mas lembra que Portugal entrou numa «nova etapa».
O social-democrata Carlos Abreu Amorim defendeu, em declarações à agência Lusa, que o «tempo político de Vítor Gaspar terminou», devendo o primeiro-ministro ponderar a substituição do ministro das Finanças.
Depois, ouvido pela TSF, este vice-presidente da bancada parlamentar do PSD considerou que se «entrou numa nova etapa de crescimento económico que tem de ser essencialmente política».
«Houve um primeiro momento, logo a seguir às eleições, em que este Governo com muita coragem precisou da atitude corajosa de Vítor Gaspar e foi restabelecida a confiança e credibilidade de Portugal não apenas nas instâncias internacionais, mas também para regressarmos aos mercados», explicou.
Para Carlos Abreu Amorim, este momento deve ter o reconhecimento dos portugueses que «devem muito a Vítor Gaspar», contudo, agora «estamos noutra etapa e temos de a enfrentar com a mesma coragem e determinação».
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ANTÓNIO BARRETO VÊ DEMOCRACIA EM PERIGO
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sexta-feira, 10 de maio de 2013
GASPAR, DÊ ATENÇÃO AO DESEMPREGO
Transcrição de artigo com especial interesse:
O desemprego está a matar Portugal
Económico. 10/05/13 00:31 | Bruno Proença
Não basta garantir a estabilidade financeira numa economia, fazendo desaparecer défice orçamental e externo, para que depois, como que por magia, apareça o investimento privado produtivo, o crescimento económico e o emprego.
Todos temos a certeza que o desemprego é o maior problema económico e social do País. Mas os números são sempre bons para consubstanciar o diagnóstico. Os problemas ganham dimensão, história e tendência. Ontem o INE divulgou as estatísticas de emprego do primeiro trimestre do ano e são uma catástrofe. A doença do desemprego está a alastrar e é, cada vez mais, profunda. Há 952,2 mil pessoas desempregadas que, na verdade, são mais. Os números do INE só apanham quem está à procura de emprego. Porém, há muitas pessoas disponíveis para trabalharem que desistiram de procurar. Por isso, os desempregados passam largamente a barreira de um milhão. Um novo recorde negro.
A tendência de subida mantém-se. O aumento do número de desempregados foi de 16,2% face ao primeiro trimestre de 2012 e a taxa de desemprego fixou-se em 17,7%, mais 2,8 pontos percentuais do que no mesmo período do ano passado. Ninguém consegue estancar a hemorragia. E as previsões apontam para que continue a aumentar.
O desemprego vai matar Portugal. Apenas 40% da população total está empregada. São estes 4,4 milhões que têm de aguentar o País. Isto é insustentável. Para mais quando a taxa de desemprego entre os jovens ultrapassa os 40%, o que está a empurrar uma geração para a emigração, diminuindo a parte da população com idade para trabalhar.
Como é que se salva o doente? Esta questão não tem uma resposta única. Porém, há duas certezas. Primeira, a receita financeira da Alemanha, que está a ser imposta pela ‘troika' aos países intervencionados e que virou ‘mainstream' na Europa, não está a resultar. Não basta garantir a estabilidade financeira numa economia, fazendo desaparecer défice orçamental e externo, para que depois, como que por magia, apareça o investimento privado produtivo, o crescimento económico e o emprego. Portugal e a maioria das economias estão em recessão ou sofre de crescimento anémico.
Segunda, é necessário reformar o Estado Social. Como está não é sustentável e é um peso para o resto da economia. O Estado Social é para continuar. É um pilar fundamental das sociedades europeias mas está parametrizado para a demografia do pós segunda guerra mundial. Tem que se adaptar a uma nova realidade em que a população sénior é a grande maioria. Sem estas mudanças, a carga fiscal continuará altíssima, afogando o sector privado, e os incentivos na sociedade estão longe de serem os mais produtivos.
A solução para o desemprego é necessariamente o crescimento económico sustentável. O modelo europeu, que Portugal também seguiu com as suas deformações, está esgotado. E a solução germânica não é expansível para o resto da Europa. O grande desafio europeu é recriar-se. Inventar um novo modelo de desenvolvimento sustentável. E rápido porque a epidemia do desemprego está a alastrar e poderá colocar em causa os pilares da democracia. Esta crise é económica, social mas sobretudo política.
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quinta-feira, 9 de maio de 2013
TRIBUNAL ITALIANO CONDENA EX-PM. E POR CÁ?
Transcrição de notícia, seguida de NOTA.
Berlusconi condenado a quatro anos de prisão
Por Jornal i publicado em 8 Maio 2013 - 19:37
Silvio Berlusconi foi condenado a quatro anos de prisão, avança a agência Reuters. O ex-primeiro-ministro italiano é acusado de fraude fiscal por ter inflacionado o preço que o seu império mediático Mediaset pagou por películas cinematográficas norte-americanas e guardar para si a diferença, depositando o montante num paraíso fiscal. Não é a primeira vez que Berlusconi é acusado deste crime.
O tribunal de Milão confirmou agora a sentença que já tinha sido emitida em Outubro do ano passado pelo tribunal de primeira instância. O antigo chefe de governo, que tem visto o seu nome envolvido em escândalo, rejeitou as acusações e afirma que os fiscais que o acusam são movidos por razões políticas.
Apesar da sentença impedir Berlusconi de desempenhar cargos políticos durante cinco anos, o ex-primeiro-ministro pode ainda recorrer para o Supremo Tribunal.
Para além deste processo, Berlusconi tem outros dois a decorrer. Num deles já foi condenado a um ano de prisão em primeira instância por ter violado o segredo de instrução num processo relativo a um escândalo bancário ocorrido em 2005 e outro é relativo ao caso "Ruby", em que é acusado de ter tido relações sexuais com uma menor e de ter utilizado o seu poder como chefe de governo para tentar abafar o caso. Se a sentença for para a frente, o ex-responsável italiano incorre a uma pena até três anos de prisão.
NOTA: Ainda há países civilizados onde a Justiça funciona com isenção e de olhos vendados para não ser influenciada pela marca do fato ou pela posição social e política do réu. E por cá ???
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segunda-feira, 6 de maio de 2013
MARCELO DÁ MELHOR NOTA A PORTAS
As comunicações ao País de Passos e de Portas foram diferentes no conteúdo e na forma e o professor Marcelo Rebelo de Sousa dá melhor nota ao discurso de Portas porque explicou as medidas que tinham sido anunciadas por Passos, de forma vaga e árida no estilo de macro-ideias.
Apresenta também observações sobre as alterações das forças em presença dizendo que "está a haver uma mudança política no seio do Governo", em que "a linha de Vítor Gaspar está a descer".
"É uma coligação muito original. Não sei se há dois governos, mas há pelo menos dois porta-vozes políticos do Governo", insistiu, vincando que são "dois discursos diferentes" porque o de Passos é "televisão a preto e branco" e o de Paulo Portas "a cores", mais esclarecedor.
"Não há comparação", garantiu, considerando que é "um clube profissional contra um clube amador".
O ex-líder do PSD considerou ainda que "a linha do Governo a descer chama-se Vítor Gaspar", o ministro das Finanças, "e a que está a subir inclui Portas, o CDS e uma parte do PSD. Isto "significa que esta linha que está a subir começa a ir minimizando progressivamente o papel de Vítor Gaspar". E o que o ministro pretende "está a ser derrotado pelo bom senso" e pela realidade social. Por isso, Marcelo conclui que "está a haver uma mudança política no seio do Governo".
Num momento em que tanto se fala de consenso nacional, verifica-se que tal força aglutinadora não existe dentro do Governo, pois Portas assume divergência com Passos Coelho. Parece não haver uma equipa a funcionar democraticamente com decisões tomadas com a colaboração de todos, mas sim uma justaposição de vontades individuais, sendo as posições impostas por um «ditador», ou «senhor único da verdade».
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PARA COMPREENDER MELHOR ONDE ESTAMOS
Recebi por e-mail de António d'Almeida dois textos que ajudam a olhar em redor com mais clareza. Por serem extensos, limito-me a colocar os links, em que basta fazer clic para eles se abrirem nas respectivas publicações:
De novo o corte e a costura, por António Tavares Teles
Estragar por convicção, remendar por desespero, por José Pacheco Pereira
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AUSTERIDADE, O MAL MAIOR???
Vozes muito conceituadas no mundo das ciências Económicas têm emitido opinião negativa em relação à austeridade excessiva, alertando sobre os seus diversos perigos para a economia e para o bem-estar dos povos e, agora, o próprio ministro das Finanças de França afirma que o dogma da austeridade acabou. Disse que "houve uma mudança de doutrina, de orientação, de rumo. A partir de agora, o crescimento deve estar no centro das prioridades".
Também a Amnistia alerta União Europeia sobre efeitos da austeridade nos direitos humanos e a directora executiva da Amnistia Internacional Portugal, Teresa Pina, afirmou que a organização entende que "a questão dos direitos humanos tem estado ausente das respostas que têm sido previstas ou decididas para fazer face à crise".
Por seu lado, Sócrates diz que novo pacote de austeridade isola Portugal e que "já nenhum outro país sugere um pacote de austeridade como o português", e recordando que, esta semana, Espanha, França e Holanda anunciaram que não vão seguir políticas de austeridade por terem mais tempo para o processo de ajustamento do défice.
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sábado, 4 de maio de 2013
PASSOS COELHO GARANTE, MAIS UMA VEZ!!
Depois de muitas «afirmações» do tipo «garanto que», «asseguro que», «custe o que custar», surge a notícia Passos Coelho garante que “não haverá pântano em Portugal enquanto for primeiro-ministro”.
Como não concretizou promessas «garantidas» e «asseguradas» esta afirmação não traz alívio nem esperança, até porque o «bom caminho» que está a ser seguido, não é de bom augúrio. Mas, dada a parte final da afirmação, pode ser que esteja a planear sair em breve de primeiro-ministro.
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OMISSÃO DO PODER LEGISLATIVO???
Apesar da agressividade da «OPA Hostil», é pena que ainda não tenha sido criada a legislação adequada referida neste vídeo. Terá havido esquecimento ou distracção ou interesse que levou à omissão consciente e pragmática? Pelos vistos representa uma fuga de dinheiro público de grande volume que, pelo vício adquirido, resultará em mais um agravamento da austeridade.
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«OPA HOSTIL» SOBRE PENSÕES
O discurso de Passos Coelho foi fogo em paiol d pólvora, como mostraram as reacções imediatas. Transcrevem-se frases do artigo Bagão Félix: Ministério das Finanças realizou “OPA hostil” sobre pensões por se tratar de um político da área do Governo e ter sido ministro da Segurança Social de Durão Barroso, isto é não é porta-voz da oposição:
«O antigo ministro Bagão Félix afirmou nesta sexta-feira que o anúncio realizado pelo primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, revelou uma “OPA hostil e gratuita” do Ministério das Finanças sobre o regime público de pensões.
Em reacção às medidas anunciadas por Pedro Passos Coelho, o antigo ministro das Finanças declarou que “quem neste momento trata das pensões é o Ministério das Finanças” e realçou que “praticamente não vale a pena ter mais nenhum ministro neste domínio social”.
“Recordo que na Alemanha as pensões constituem um direito de propriedade. Ou seja, que o Estado apenas vai pagando, mas já é das pessoas, como é lógico. E alguém tem que defender este direito de propriedade, não pode ser expropriado e as Finanças, de algum modo, apropriaram-se deste sistema e vêem isto numa lógica de ‘curto-prazismo’”, lamentou Bagão Félix à Lusa, sublinhando haver uma “perspectiva ideológica” por parte do ministro Vítor Gaspar.
“Creio que, para o ministro das Finanças, esta questão não é apenas uma questão de cortes. Ele pensa assim, há aqui também uma perspectiva ideológica. Repare bem que na intervenção toda do primeiro-ministro não se falou uma vez de desemprego”, salientou.»(...)
No mesmo artigo refere-se que «A presidente da Associação de Aposentados, Pensionistas e Reformados (APRe!), Maria do Rosário Gama disse estar ainda transtornada com o que tinha acabado de ouvir»
«Por outro lado, o presidente da Confederação Nacional de Reformados, Pensionistas e Idosos (Murpi), Casimiro Menezes, disse que o que o primeiro-ministro anunciou para os pensionistas e reformados “é calamitoso”, porque “vai tirar fatias importantes dos rendimentos dos reformados, que já estão a sofrer com as medidas de austeridade”.»
Outras reacções imediatas ao discurso de Passos Coelho:
- Seguro diz que "Portugal vai contra uma parede" e volta a pedir eleições antecipadas
- Oposição critica insistência do Governo na política de cortes
- Centrais sindicais indignadas com medidas “inaceitáveis”
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sexta-feira, 3 de maio de 2013
CONSENSO OU TABU E IMPOSIÇÃO?
Vejamos alguns sinais:
"Portugal seguirá o caminho que procura equilibrar objectivos de consolidação orçamental", aproveitando o alargamento do prazo do empréstimo, "com uma atitude proactiva", disse hoje o primeiro-ministro Passos Coelho, considerando que assim se aplicará "uma politica financeira saudável".
Passos Coelho
O DEO mais parece um exercício feito "de pernas para o ar", feito em concordância "com os objetivos que a 'troika' impôs" e, em seguida, "construíram-se os indicadores de forma a encaixar" neles."É preciso ter uma varinha mágica para transformar uma abóbora numa carruagem. Está bom para contar aos meus netos mas não para nos se dito a nós",
Manuela Ferreira Leite
"Não estou nada convencida de que seja exequível aquilo que estão a dizer que vão fazer (DEO). Podem anunciar, podem amedrontar, podem criar ainda mais espírito de recessão, podem afundar psicologicamente as pessoas, mas resultados não vão ter nenhuns. Não é por essa via que vou ficar preocupada".
Manuela Ferreira Leite
O Partido Socialista "desconhece em absoluto" as medidas que serão apresentadas ao país, amanhã, pelas 20h, pelo primeiro-ministro, disse ao Expresso João Ribeiro, porta-voz do PS.
João Ribeiro, PS
Consenso, essa ideia “arriscada” e de “utilidade questionável” será envolvida em mistério até que o PM abra a embalagem e retire a camuflagem e depois está dito e o povo terá que se submeter!
NOTA:
É angustiante verificar a preocupação de o PM dizer coisas programáticas, vagas, de intenções, sem as explicar nem sequer mostrar que sabe como as irá concretizar, E o resultado tem sido mais ou menos zero, segundo a opinião da generalidade dos cidadãos. Promessas aéreas, com pés de barro, que só poderiam servir para iludir as pessoas e criar esperanças enganosas. Não faltam palavras raras, como proactiva, cujo significado pouco ou nada diz. Porém, no primeiro engano qualquer pode cair, mas no segundo só cai quem quer. Por isso, convinha que os governantes mudassem de táctica a fim de recuperar a credibilidade.
Quanto ao consenso ou diálogo com o maior partido da oposição, ele seria útil para que as medidas fossem mais correctas, melhor aceites e com garantias de que não fossem anuladas logo após as próximas eleições. Como se pode acreditar que o Governo pretenda um consenso com a oposição, ou pelo menos com o PS, se mantém o tabu até ao fim sem trocar ideias com o potencial futuro Governo?
Como se poderia hoje construir o mosteiro da Batalha ou o dos Jerónimos, que duraram vários reinados? Agora cada governo procura mudar tudo o que o anterior tinha planeado ou feito e assim se desperdiçam os recursos e as energias do País. Para evitar tal desgaste de potencialidades, convinha efectivar-se o tal consenso, por forma a que o futuro governo se senta empenhado em continuar as obras iniciadas pelo anterior.
A experiência dos tempos mais recentes ensinam que não podemos esperar que as promessas teóricas e com linda roupagem palavrosa se venham a concretizar, mas devemos temer ou recear aquilo que, na realidade, virá a acontecer.
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Posted by A. João Soares at 11:20 0 comments
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quinta-feira, 2 de maio de 2013
DIREITO AO SONHO
Posted by A. João Soares at 20:32 0 comments
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JOGO DE INTERESSES E A CRISE
Embora se diga que estamos em democracia, os agentes do Poder abusam de tabus e recusam a transparência. Mas o povo diz que a verdade é como o azeite e acaba sempre por vir ao de cima.
Transcreve-se apenas o início do artigo:
O Estado a que chegámos
Arrastão, Sexta-feira, 26 de Abril de 2013. Por Sérgio Lavos
Pacheco Pereira, na Quadratura do Círculo, referiu um episódio que passou despercebido a quase toda a gente: Álvaro Santos Pereira, numa entrevista dada a seguir ao anúncio do programa de revitalização da economia, diz que quando um seu secretário de Estado saiu, houve gente que abriu garrafas de champanhe.
A quem estava ele a referir-se? A Henrique Gomes, o homem que ousou enfrentar os lobbies da energia em Portugal e que pretendia fazer baixar as rendas excessivas da EDP. Extraordinário país, este, em que um ministro admite em público que um dos seus secretários de Estado foi demitido por tentar defender o Estado (que somos todos nós) dos interesses privados que o parasitam.
E por quem foi ele demitido? Pelo primeiro-ministro, claro. A história é simples, e contada pelo próprio Henrique Gomes: duas horas após ter sido entregue ao primeiro-ministro o relatório onde se defendia uma taxa sobre as rendas da EDP, já António Mexia, um dos homens mais poderosos do país, conhecia o seu conteúdo. Henrique Gomes tinha o apoio do seu superior directo, o ministro, mas deparou-se rapidamente com as dificuldades inerentes ao estado corporativo em que vivemos. Passos Coelho (ou alguém por ele), assim que vislumbrou algo que de facto poderia fazer poupar muito dinheiro ao Estado, apressou-se a contactar quem na realidade ele serve, o poder económico e financeiro. É claro que Mexia não poderia tolerar tal afronta, e rapidamente o secretário de estado foi exonerado, e apresentada uma pífia razão para o seu afastamento. (...)
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FUTUROS GOVERNANTES EM «FORMAÇÃO»
O post Carreira política pecou por não ter referido o aspecto da «formação política» que transparece da notícia:
"Jotas" da Trofa à pancada por causa de uma guerra de cartazes
Parece poder concluir-se que, se o regime político-partidário e a «carreira política» não forem alterados, estes pequenos tipos serão os nossos governantes dentro de pouco tempo. Poderão ser ainda piores do que os actuais e os mais recentes…
Por outro lado, a luta contra o tráfico de influências, a corrupção e o enriquecimento ilícito tem que ter presente que estas ilegitimidades ou imoralidades derivam das motivações e da maneira como se «formam» os políticos, através das JOTAS
O que é que as pessoas contribuintes e vítimas da austeridade pensam fazer???
Posted by A. João Soares at 10:31 0 comments
Labels: carreira política, jotas, regime
GOVERNO É BOM OLEIRO?
O bom oleiro, o bom artífice, o bom artista, produz obra perfeita se tiver boa matéria-prima, boas ferramentas e competência. E aquele que é realmente bom, criativo, original, mesmo com matéria-prima de qualidade menos boa, também descobre maneira de a valorizar e, com ela, fazer arte.
Quanto ao Governo de um país, a matéra-prima é constituída pela população e pelos recursos nacionais e o resultado da governação será arte ou coisa tosca conforme a genialidade do oleiro que a molda.
Do artigo Deixem-nos trabalhar de Paulo Ferreira, transcreve-se o último parágrafo. Quem desejar ler tudo,(e dará por bem empregue o temo) deverá abrir o link do seu título:
«A "sociedade" é feita de gente e instituições a que o Governo tem dado tratamento semelhante ao do barro: molda-se para a esquerda e para a direita, para cima e para baixo até se conseguir o que se pretende. Problema: a "sociedade" olha para o produto final e vê uma coisa sem nexo. A culpa é de quem? Da sociedade que não se dá ao molde? Ou do moldador?»
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Posted by A. João Soares at 07:42 0 comments
quarta-feira, 1 de maio de 2013
ESPIRAL RECESSIVA NÃO INFLECTE
Apesar de sucessivas previsões falhadas por excessivo optimismo e de promessas não cumpridas por terem sido irreais e tendentes a criar infundadas esperanças, as notícias mostram que a nível das realidades palpáveis, a «espiral recessiva» não evidenciam sinais de inflexão.
Não é animador saber que 21 falências entram por dia em tribunal, e que os casos de insolvências de pessoas singulares continuaram a aumentar. O próprio ministro Gaspar diz que cortes ascendem a 4700 milhões entre 2014 e 2016, o que, como a experiência de dois anos aconselha, devemos acrescentar uma percentagem de segurança ao volume dos cortes e ao prazo que ele indica. Por outro lado, empresas públicas agravam prejuízos, o que é compreensível por os seus gestores serem escolhidos pelo poder e não por concursos públicos honestos na apreciação dos currículos.
Mas o mais significativo, do ponto de vista da opinião pública, poderá ser o caso de VMER (Viatura Médica de Emergência e Reanimação) e profissionais terem ficado retidos por falta de crédito para pagar combustível, durante demasiado tempo, de que poderia ter resultado perda de vidas de pessoas à espera de socorro.
E não deixa de ser grave que, apesar da austeridade e dos cortes já com muito tempo de funcionamento, em vez de a dívida pública ter sido reduzida, consta que aumenta 131 milhões de euros por mês, o que leva a concluir que não há motivo para esperar a paragem da «espiral recessiva» e muito menos da sua inflexão. Certamente, não há vontade ou coragem para fazer parar o esbanjamento de dinheiro público, referido no post austeridade em 2013 e 2014 ??? e nos elementos nela linkados.
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Posted by A. João Soares at 09:51 0 comments
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