quinta-feira, 30 de junho de 2011

Grandes industriais vs justiça social

Em 1 de Setembro de 2010, o Público trazia a notícia Soares dos Santos defende redução do IRS e IRC e aumento do IVA, que deu origem ao post Justiça Social de que se transcreve


«…esta proposta de um capitalista não surpreende. Defende os seus interesses e os dos seus pares do topo da lista dos mais ricos e não tem escrúpulos de agravar tragicamente a vida dos mais pobres. Efectivamente, quer aliviar o IRS e o IRC que afectam mais os que têm rendimentos mais altos e libertam os que pouco têm. E, pelo contrário, quer agravar o IVA que afecta, por igual, todos os consumidores desde o mais pobre que apenas compra um pão para enganar a fome. Se tal ideia fosse aceite, aumentaria de forma trágica o fosso, já demasiado acentuado, entre os mais ricos e os mais pobres!!!»

Embora pareça que o IVA, afectando todas as transacções é um imposto justo, não é. Como o pobre gasta tudo o que recebe (quando recebe) em produtos de primeira necessidade e, portanto, o IVA incide sobre todos os seus proventos, fica em situação incomparavelmente mais grave do que a do rico que apenas gasta uma pequena parte daquilo que aufere, indo o grosso dos proventos para investimento, poupança, depósitos em offshore, etc.

Mas esse magnate, apesar da guerra verbal havida com o PM levou a melhor com subidas sucessivas do IVA. E agora já se faz ouvir António Saraiva Presidente da CIP espera aumento do IVA para 24 ou 25 por cento.

Os argumentos atrás apresentados contra esta solução para resolver o défice parecem suficientes, mas juntam-se-lhes vários alertas de numerosos portugueses pensantes e patriotas. Por exemplo:

O Presidente Cavaco Silva sublinhou que os portugueses não podem ter ilusões porque Portugal chegou a uma "situação explosiva" e insistiu na "distribuição justa" dos sacrifícios. E esta não será aquela que os grandes empresários estão a colocar insistentemente na mesa dos governantes.

Francisco Assis, candidato a líder do PS, disse que o partido deve concentrar-se em "produzir um discurso sério ao nível da economia e das questões sociais". "Essas são as questões mais importantes e coloco-as claramente acima de tudo aquilo que tenha que ver com alterações ao nível do sistema político".

Espera-se que o Governo nunca deixe de estar atento às necessidades da maioria da população e consiga evitar que o seu desagrado se torne explosivo, para o que não deve perder de vista os aspectos de justiça social que merecem a maior prioridade. É preciso governar para o Povo e pelo Povo e, sempre que possível, com o Povo, dialogando com as pessoas e com quem esteja perto delas. Por exemplo, na Islândia, está a ser dada voz aos populares através das redes sociais, para a revisão Constitucional.

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terça-feira, 28 de junho de 2011

Governante não pode ser caprichoso, teimoso nem «absolutamente»

Foi noticiado nos jornais e anunciado pelo sábio Marcelo que Eduardo Bairrão sairia da TVI e iria para Secretário de Estado da Administração Interna. Pouco depois, surgiu a notícia de que o seu nome não constava na lista oficial dos novos Secretários Estado e, como possível explicação, que ele teria dito que era «absolutamente» contra a privatização da RTP.

Sendo assim, o Governo tomou uma decisão correcta e oportuna. Com efeito, um governante, ao contrário de um artista, não pode decidir por seu livre arbítrio, por capricho, teimosia ou crença pessoal, devendo pautar o seu poder decisório por regras de dedicação ao interesse público, seguindo as melhores metodologias para escolher a melhor solução de entre as várias possíveis, sem deixar que a sua opinião pessoal tenha um peso determinante.

Aquilo que deve contar mais num decisor de tão alto nível não é a sua opinião pessoal, mas a análise imparcial dos diversos factores que influenciam o problema a resolver. Não deve partir para tal estudo com uma convicção prévia que o impeça de analisar racionalmente toda a dimensão da questão em estudo. Por isso, a palavra «absolutamente» não tem cabimento, até porque nada na vida é absoluto e, com maior razão, nas complexas questões sócio-económico-políticas.

Se os dados do problema foram realmente estes, o Governo está de parabéns.

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domingo, 26 de junho de 2011

Convulsões sociais. Mais vale evitar

Depois das convulsões no Egipto no início deste ano que culminaram com o abandono do Poder por parte de Osni Mubarak, têm ocorrido frequentes manifestações de desagrado com as autoridades e a última, na noite de sexta-feira, fizeram dezenas de feridos em confrontos entre partidários e opositores de Mubarak.

É mais um caso a confirmar que é melhor evitar do que remediar, o que significa que o Poder deve prestar mais atenção à vontade do povo e não governar contra ele, mas sim para ele e por ele. Os governantes não devem considerar-se donos do País, mas sim servidores dos cidadãos e actuando em nome deles e com o pensamento em criar melhores condições de vida para a generalidade deles.

Os ouvidos do poder devem estar atentos a reclamações e lamentos dos cidadãos e resolver atempadamente aquilo que não está devidamente correcto e com justiça social. Dessa forma se poderá evitar convulsões violentas que sempre deixam rastilhos para posteriores confrontos, sempre indesejáveis pelos custos sócio-económicos que acarretam.

Fica aqui este alerta para a necessidade de prevenir situações graves de desagrado, principalmente neste período em que se deseja a melhor convergência de esforços para ultrapassar a crise que nos preocupa.

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Ética é indispensável na política

Um dos candidatos à liderança do PS defende um “capitalismo ético” ao serviço das pessoas. O conceito de ÉTICA na política é por vezes abordado, quase sempre com cepticismo, pelo que quando surge não deve ser esquecido, pois é um valor a alimentar em qualquer sector.

A intenção manifestada pelo candidato parece louvável, é religiosamente correcta, embora difícil de colocar em prática. Mas, havendo intenção de reforçar a ética, como o futuro de Portugal está nas mãos de todos os portugueses, se quisermos, o País será mais desenvolvido com as pessoas mais felizes consigo próprias, com os seus amigos e vizinhos e com todos os seres vivos.

Na origem do Cristianismo foi dado lugar de destaque às pessoas aconselhando que cada um deve amar os outros como a si mesmo e que o respeito mútuo é indispensável para uma vivência harmoniosa, em Paz. Não devemos fazer aos outros o que não desejamos que nos façam.

E quanto ao capitalismo ético, a Bíblia refere a «parábola da moeda de ouro» (Lucas 19,1.-28) que, neste tema merece ser bem ponderada no seu significado.. A distribuição social dos recursos deve ser proporcional ao mérito, à qualidade do desempenho, mas abrindo uma excepção ao apoio necessário àqueles que, por incapacidade, não possam produzir o necessário para o seu sustento.

Uma sociedade só pode viver em paz quando houver justiça social assente na ética, na moralidade, no civismo, ao serviço de toda a população, com especial atenção aos mais carentes. As oportunidades de emprego devem ser iguais para todos, cada um desempenhará conforme a sua competência e receberá a compensação proporcional ao seu desempenho.


O mesmo candidato já mostrou a sua ética quando foi o único a votar contra lei de financiamento de partidos, quando afirmou que os portugueses “estão fartos de fazer sacrifícios sem ver resultados" quando disse que "É inaceitável" que os sacrifícios não sejam feitos pelos que mais têm e quando defendeu que os sacrifícios dos portugueses devem ser justificados com resultados do Governo.

Quanto ao comportamento ético de políticos e de gestores públicos, merecem destaque palavras do Governador do Banco de Portugal, do Autarca Macário Correia e de Leonor Beleza que lembra que há altura em que é preciso colocar o país acima de tudo.

Também o outro candidato apresenta preocupações de ética ao dizer que a sua candidatura é de mudança, rompendo com a continuidade, embora correndo o risco de.não agradar aos que apostam na continuação de erros velhos.

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sexta-feira, 24 de junho de 2011

Todos por Portugal

A notícia Bispo do Funchal alerta para a necessidade de um "compromisso social", embora se refira a um acto litúrgico de grande significado conduziu o pensamento para o tema várias vezes aqui tratado sobre a conveniência de um entendimento entre as forças políticas e sociais orientado para a convergência de esforços para o desenvolvimento de Portugal, para a defesa dos interesses nacionais, que neste momento de crise, devem ser posicionados à frente dos interesses partidários e privados. Estes são legítimos mas devem contribuir para o futuro mais auspicioso do País.

A solidariedade para o bem comum cria a união que faz a força e deve ser especialmente orientada para vencermos as dificuldades colectivas que são maia gravosas para aqueles que mais sofrem com a crise.

Recordo alguns dos posts aqui colocados sobre esta tema:

Oposição patriótica eleva o País

Código de conduta

Para um código de conduta dos políticos

Reconstruir Portugal

Ética na Política

Código de bem governar

Reforma do regime é necessária e urgente

Como, onde todos ajudam, nada custa, será o momento de cada um colaborar da forma que estiver aio seu alcance no esforço de restauração de Portugal, no mínimo com uma crítica construtiva com sugestões, ideias propostas para se melhorarem os pequenos os problemas que forem notados à nossa volta. Cada gesto pode ter boas ou más repercussões no futuro do País, fadas nossas vidas e dos vindouros.

As entidades que estão em funções de visibilidade devem procurar merecer o apreço dos cidadãos, ganhar prestígio, merecerem confiança, estimularem a esperança no amanhã.

Não devemos deixar que sejam cometidos erros de lesa-Pátria, erros que comprometam o futuro dos nossos descendentes.

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quinta-feira, 23 de junho de 2011

Educação com objectivo de conhecimento



Nuno Crato é o ministro da Educação no actual Governo, pelo que esta conferência deve ser ouvida com muita atenção para, depois, vermos se a sua actuação corresponde às propostas aqui referidas. Oxalá que sim, que consiga pôr em prática as suas ideias.

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Inspecção Geral de Finanças funciona !

O trauma da crise tem dois aspectos que, complementando-se, hão-de dar bom resultado na recuperação de anos de atraso continuado. Por um lado, saltam agora da obscuridade actos menos dignos que parece terem sido intencionalmente ocultos.

Das notícias mais recentes chamam mais a atenção as que se referem à gestão do dinheiro público que não tem sido objecto do devido respeito. A Inspecção Geral de Finanças detectou casos como:

- Entidades de supervisão do sistema financeiro pagaram seguros de saúde a 569 familiares de trabalhadores
- "Graves deficiências" na contratação de consultoras e outros serviços por empresas do Estado
- Ausência de controlo nos negócios de sucatas por empresas do Estado
- Ministério da Justiça não sabe o que paga nem a quem paga
- Auditoria das Finanças detecta pagamento de subsídio de compensação a magistrados já falecidos

Estas notícias demonstram que os interesses do Estado e a gestão do dinheiro público, dos nossos impostos, têm carecido de cuidados de rigor e seriedade. Não se compreende como se mantiveram ocultos, nem quais as forças que impediram que estes casos tivessem sido detectados, avaliados e sancionados, para que o sistema passasse a funcionar de forma corecta. Talves seja a mudança de Governo que esteja a produzir efeitos.

Mas ao lado do choque que estas notícias causam, há o aspecto positivo que estimula a esperança de que todos os vícios do sistema sejam analisados, avaliados, sancionados e corrigidos pde forma a não persistirem nem virem a ser retomados. A crise deve ser aproveitada para se limpar a casa e eliminar tudo o que é dispensável e o que é prejudicial. Há que lutar por simplicidade, frugalidade, eficácia, rigor, de que resulte óptima gestão dos recursos.

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Passos corta nas suas despesas

Segundo a notícia Passos Coelho viaja em económica para Bruxelas, o primeiro-ministro mandou trocar bilhetes marcados em executiva para económica na viagem que faz hoje para Bruxelas, poupando só no transporte da equipa de 7 pessoas, 3.500€ (três mil e quinhentos euros) ao erário público.

Foi o próprio primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, que mandou desmarcar e substituir os sete bilhetes em executiva por económica.

Sem promessas, sem alardes, mas com acções práticas, visíveis dá exemplo de frugalidade, poupança e respeito pelo dinheiro público. É um sinal de mudança que se espera ver continuado e tomado como exemplo a seguir por todas as entidades.

E também cada português deve, na sua vida privada, passar a reduzis o seu consumo. Não se trata de ser rico ou pobre, pois Portugal tem que reduzir a divida externa e isso só se consegue reduzindo as importações e aumentando as exportações. E a maior parte dos consumos dispensáveis resultam da importação.

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quarta-feira, 22 de junho de 2011

Intelectuais são perigo social


Palavras de Eduardo Galeano que devem ser ouvidas com atenção.

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Governar com o povo para o povo

A notícia Portas recebe hoje partidos e parceiros sociais para preparar Conselho Europeu suscita a seguinte reflexão:

Será bom que isto signifique que este governante não se considera «dono» do país, mas apenas um mandatário dos portugueses e que, por isso, não quer actuar com arrogância ou capricho pessoal ou partidário, mas transmitir a conclusão das vontades dos diversos sectores.

Desta forma, será obtida a vantagem de todos se sentirem empenhados e motivados para serem corresponsáveis na salvação da soberania nacional.

Se assim for, trata-se de um estilo de governação bem integrado nas melhores definições democracia, cujo êxito a todos nós, portugueses, interessa.

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segunda-feira, 20 de junho de 2011

Nobre fracassa e arrasta Passos

Fernando Nobre falhou eleição para presidente da AR também na segunda volta

Passos Coelho foi teimoso e mostrou não saber avaliar as realidaes. A derrota de Fernando Nobre Já era visível e o que teria sido mais correcto para evitar esta mancha na imagem do líder do PSD e indigitado PM, teria sido convencer Nobre a desistir antes da primeira eleição, na qual seria apresentado um candidato mais consensual como Mota Amaral ou Guilherme Silva, nomes agora citados para a terceira eleição.

Para teimoso obsessivo tínhamos o Sócrates de que já nos livraram.

Este á um mau começo. Oxalá, para bem de Portugal, que não venha a ter mais teimosias insensatas.

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Diálogo em vez de guerra

O secretário da Defesa norte-americano, Robert Gates, confirmou ontem que os EUA, bem como outros países, tinham iniciado negociações de paz com os taliban, com vista à resolução política da guerra no Afeganistão.

É uma atitude louvável que só perde por ser tardia. Estes casos fazem nos pensar: se todos os conflitos acabam sempre com conversações, depois de tantas perdas de vida e de recursos, alguns de valor histórico, arqueológico e cultural que são irrecuperáveis, porque é que, antes das primeiras agressões bélicas, não são efectuadas negociações para sanar o atrito e reforçar a Paz? Fica-se sempre na dúvida de quais são as forças poderosas e diabólicas que levam às guerras, pois dadas as qualidades intelectuais e de bom senso dos governantes, tais poderes ocultos devem ser terrivelmente potentes. Será apenas o «complexo industrial militar» a que Eisenhower se referiu?

Este tema já aqui foi abordado várias vezes de que se refere, por exemplo:

Guerra a pior forma de resolver conflitos
Negociação em vez de guerra
A Paz pelas conversações
Qualquer guerra é uma tragédia evitável A Paz como valor supremo

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domingo, 19 de junho de 2011

NATO erra alvo na Líbia

Depois do artigo ONU criou na Líbia um precedente grave, houve mais sinais acerca da decisão de duvidosa legalidade e coerência de actuar militarmente num país soberano, sob pretexto que não passava de ingerência nos seus assuntos internos. Outros casos semelhantes têm ocorrido noutros estados que ou foram ignorados ou deram lugar a acções diplomáticas discretas.

Para cúmulo do azar da ONU e da NATO, esta acaba por admitir ter havido ataque acidental na Líbia. Pelas estatísticas e cálculos de probabilidade seria de recear que ao fim de tantas acções pudessem ocorrer actos falhados, erros de alvo ou efeitos laterais, hipótese que quem ordenou as acções militares não devia ter menosprezado ao preparar a decisão. Isto é grave porque o argumento mais agitado foi o da Defesa dos Direitos Humanos. E o que é que foi interpretado como Direitos Humanos? Será dar prioridade a matar a fome ou a matar o faminto?

Afinal qual a principal finalidade que levou à decidida agressão à Líbia? Qual a real razão desta ingerência nos assuntos internos de um Estado soberano? E, quando se pensa nisto, as reflexões mostram que não devemos esquecer o alerta de Dwight David "Ike" Eisenhower acerca do perigo do «complexo industrial militar» criado para a II Guerra Mundial e que, depois de terminada esta, iria pressionar os governos a não pararem com as guerras a fim de as fábricas de armamento não terem de ser encerradas. No Afeganistão têm sido aperfeiçoados os drones, aviões sem piloto comandados dum deserto nos EUA (a guerra tende a deixar de ser actividade de heróis), e quais serão os novos equipamentos que estão a ser criados e melhorados neste treino operacional a decorrer na Líbia, escolhida como campo de experiência e treinos para novas armas? E porquê a Líbia e não outro Estado?

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sábado, 18 de junho de 2011

Governo, equipa para que objectivo?

O título da notícia do PÚBLICO Governo pequeno, jovem e com licenciados em Direito em maioria, não é propiciador de confiança e esperança.

Os indivíduos com licenciatura de Direito não são vocacionados para a inovação, o futuro, a utilização de novas soluções, pois a sua formação está voltada para o passado, para a interpretação e o manuseamento de leis que já foram publicadas há tempos para enfrentar situações ainda mais antigas. Não estão predispostos para a previsão o planeamento, a antecipação a situações de crise.

É de boa norma que as equipas devem ser constituídas para fazer face a objectivos. Por exemplo, os Governos da China têm preponderância de engenheiros hidráulicos, porque o seu maior problema é fazer face às frequentes cheias que inundam a grande planície oriental.

Entre nós, qual é a necessidade do predomínio das pessoas de direito no Governo? Quanto à sua formação específica ficou mostrado não serem necessários tantos; quanto a idoneidade, não são superiores aos outros portugueses, como se viu no escândalo no CEJ do copianço dos estagiários para futuros magistrados, e da forma «suave» como a instituição tentou lavar a nódoa.

Oxalá que o desequilíbrio salientado no título da notíicia venha a ser compensado por outros elementos da estrutura governativa com formação técnica adequada aos programas de cada sector, com vista ao desenvolvimento económico e social de Portugal.

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Sem guerra, sem violência




A simbiose é um bom negócio de convivência pacífica, em que ambas as partes obtêm vantagens, sem conflito. Os 15 leões famintos caçam a rês. Os 3 homens deixem que os leões matem a fome e, depois, avançam para colher o seu naco e levar alimento para a família. Os leões respeitam a necessidade dos homens, não usam a força, afastam-se e não os perseguem. Mas não deixam de aproveitar as sobras.
Esta é uma boa lição para a ONU e os agressores que mandou destruir a Líbia e os Libios, como já tinha sido feito no Iraque e no Afeganistão.
Os animais são nossos amigos e dão-nos boas lições.

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sexta-feira, 17 de junho de 2011

Portugal precisa de eficácia do Governo

Têm especial significado as palavras de dois ex-PR saídos do PS, Mário Soares e Jorge Sampaio que conscientes da crise em que o País foi mergulhado, traduzem os desejos de Portugal para que o Governo indigitado tenha um desempenho eficaz.

Mário Soares disse que todos esperamos que o novo Governo “cumpra os seus deveres e ande para a frente com o País”.

Jorge Sampaio foi mais prolixo, dizendo:

“Qualquer pessoa, independentemente da tendência política, tem que desejar o melhor possível para os portugueses e, de algum modo, o melhor possível também para o Governo”;
(…) “Portugal precisa de mostrar ao estrangeiro, nomeadamente aos seus credores, numa altura de grande confusão europeia em matéria financeira, numa situação difícil, com exigências económicas, financeiras e sociais, muito grandes, que é capaz de responder”.
E deixou um aviso: “Não podemos proteger os interesses que normalmente acabam sempre por dominar as coisas em Portugal. Isso é que é o desequilíbrio que faz com que as pessoas se afastem da política”.


Estas palavras, vindas de quem já desempenhou funções de alta responsabilidade, têm significado especial. O momento é de rigor, de eficácia, de sensatez patriótica, eliminando tudo o que é supérfluo, simplificando a administração pública e a vida dos portugueses, por forma a criar nestes a confiança e a esperança que andavam arredadas e criando justiça social e condições para o desenvolvimento ético, social e económico. Venha uma nova aurora!!!

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quarta-feira, 15 de junho de 2011

A Anedota do Século

Há 8 anos, os EUA invadiram o Iraque segundo a seguinte descrição da Wikipédia: «Assim, em 2003, norte-americanos e britânicos (com apoio de outros países), alegando que o Iraque detinha armas de destruição massiva, invadiram o Iraque, sem o aval da Organização das Nações Unidas, que não se convenceu com as "provas" mostradas pelo Secretário de Estado dos Estados Unidos, Colin Powell, em total desrespeito à justiça internacional, e também com a oposição de muitos governos países ao redor do mundo e também da opinião pública mundial (incluindo os cidadãos dos Estados Unidos, Espanha e Grã-Bretanha), invadiram o Iraque».

Durante estes 8 anos de guerra, as armas de destruição massiva dos iraquianos não foram encontradas, o Presidente do Iraque foi cruelmente maltratado e morto, perderam-se muitas vidas e patrimónios pessoais, foi destruído património arqueológico, histórico, artístico e da estrutura económica e social do País. Mas, apesar de todos esses prejuízos causados na região que foi o berço da história, vem agora uma sugestão de indemnização a pagar pelo Iraque aos EUA!!! É incrível.


Vale a pena ler a notícia publicada no Yahoo News Congressista dos EUA diz que Iraque deve pagar os custos da guerra. Provavelmente será a anedota do século, pois será difícil que outra a suplante. O que seria lógico era a incriminação dos EUA pelo Iraque em tribunal internacional por todos os estragos que fizeram e a exigência de uma indemnização correspondente. Mas, na realidade, nem a ONU nem os tribunais seriam capazes de condenar os EUA, e de os considerar ao nível legal dos outros parceiros da ONU e das relações internacionais. Triste imagem da humanidade de hoje.

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Via dolorosa do próximo Governo

Transcrição seguida de NOTA:

Coragem e patriotismo
Destak. 14 | 06 | 2011 19.36H. JOSÉ LUÍS SEIXAS

O silêncio que tem rodeado a formação do novo Governo pode ser um bom augúrio. Mais importante do que as linhas programáticas – as quais, em bom rigor, se acham desenhadas no memorando de entendimento que contratualiza o auxílio financeiro internacional – são as pessoas que irão assumir o timão deste barco tão frágil perante uma tempestade com a dimensão da que se avizinha. O governo destes tempos exige muito músculo, muito prestígio e muita determinação.

E, sobretudo, um enorme desprendimento e um grande patriotismo. Quando os portugueses sentirem na pele os sacrifícios de que, por enquanto, apenas se fala, os ‘rostos do poder’ serão apupados e vilipendiados. Então já ninguém se recordará do Eng. Sócrates, do memorando ou da crise internacional.

Nesse momento o governo em formação converter-se-á no bode expiatório do passado que colocou o País à beira do abismo. Serão os nomes dos seus ministros os pronunciados nas praças públicas como os responsáveis das muitas desgraças que baterão à porta de todos os portugueses. É bom ter presente que a memória histórica dos povos é um breve instante que se esvai como o fumo de um cigarro.

NOTA: Este texto não é profecia, antes um conclusão lógica da situação actual e recente. Nada se poderá resolver por um gesto de varinha mágica. É preciso inspirar a confiança do povo, através de verdade e transparência, de explicar as razões dos sacrifícios exigidos e os benefícios deles esperados, agir com rigor e bom senso para não cometer erros que possam afectar a confiança e a esperança das pessoas e o prestígio dos governantes. Para isso ,não pode esquecer-se o patriotismo, não se deixar pressionar por políticos partidários de baixa estatura ética que não sabem o que são os interesses nacionais e apenas visam regalias pessoais, como ficou visível nas palavras de Sílvia Ramos

E é preciso muito músculo, coragem e determinação para enfrentar as reformas indispensáveis para emagrecer o Estado e conter as despesas dentro das possibilidades das receitas, como por exemplo a eliminação de instituições inúteis que além dos custos financeiros acarreta aumento de burocracia e de ineficácia dos serviços públicos.

Portugal precisa que o Governo não fraqueje nesta via dolorosa e consiga vencer todas as dificuldades e escolhos que se lhe apresentarem no percurso.

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segunda-feira, 13 de junho de 2011

Defesa do Ambiente. Dois gritos de alerta





O Planeta não é nosso. Estamos aqui de passagem e não o devemos danificar para o devolvermos em bom estado aos nossos descendentes.
Limpar o Mundo começa por limpar a soleira da nossa porta, a nossa rua, o nosso bairro. Cumpra a sua parte.
Difunda para alertar os distraídos.
AJS

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Do Viçoso Caetano – Ser militar



Ser Militar

É ser nobre, é ser valente,
Filho de rico ou de pobre
Não interessa que gente!
Interessa a chama ardente,
Que arde no peito heróico,
Que, à bravura dá guarida,
No sacrifício da vida,
Se a tal chega o gesto heróico.

É ser respeito, Aprumo,
Disciplina, Coerência,
Decisão, Inteligência,
É saber traçar o rumo.

Ser militar, afinal,
É ser orgulho, é ser raça,
Quando se veste uma farda
E a Pátria é Portugal.

Viçoso Caetano
O Poeta de Fornos de Algodres


NOTA: Este poema devia ter sido publicado no Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades mas, por lapso, só agora o pode ser, do que me penitencio perante o autor.

Este poeta, autor de cerca de duas dezenas de poemas aqui publicados é um patriota de pura gema que coloca o amor a Portugal acima de tudo, o que tem sido notório desde tenra idade passada no coração da Beira Alta onde se beneficia da sombra de Viriato. Não é militar mas, como afirmou num programa da RTP em que foi estrela, cumpriu com prazer o Serviço Militar Obrigatório, como oficial miliciano, em Moçambique.
Este poema, tal como outros já nossos conhecidos, é uma emanação daquilo que cultiva e alimenta na sua alma de português apaixonado pelo seu país natal.

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domingo, 12 de junho de 2011

Não cessa a nojeira dos políticos anões ??? !!!

Grande parte dos observadores está de acordo em que os votos ganhos pala actual maioria, foram devidos não apenas ao seu mérito mas, principalmente, por o povo estar cansado do governo Sócrates e querer mudar. Era preciso acabar com o escândalo das dezenas de institutos inúteis criados apenas para dar tachos aos «boys» por critérios de amiguismo e compadrio.

Seria de esperar que os militantes medianamente inteligentes e patriotas dos partidos na coligação em formação se apercebessem disso, da situação dramática do País, e se preocupassem mais com o futuro de Portugal do que com os interesses pessoais na obtenção de tachos. Seria bom que lessem atentamente os discursos lidos no 10 de Junho por António Barreto e pelo PR e mostrassem mais dedicação a Portugal do que a «líder» regional do CDS-PP de Beja, Sílvia Ramos, que diz que militantes merecem cargos. São lhe atribuídas as seguintes palavras “Este é o momento…de se correr atrás de lugares…” Aos militantes do seu partido que lhes compete estar “nos devidos lugares, proporcionalmente ao nosso peso político e porque temos isso legitimado pelos votos que obtivemos”.

Pretenderá lançar a imagem que o seu partido é um bando de piratas ou uma praga de parasitas?

É preciso nunca esquecer que Portugal é dos portugueses e não apenas dos partidos em geral nem dos governos em particular. Por isso, não sendo seus donos, os políticos devem desenvolver sentido de Estado e de responsabilidade na gestão dos recursos nacionais, que são dos portugueses e não devem ser esbanjados ou desviados das suas finalidades.

Será bom que a direcção do partido repudie tais afirmações, num momento em que Portugal precisa de todos os portugueses e deve chamar os melhores, mais competentes, com mais mérito, mais patriotas para colaborarem na reconstrução do País, mesmo que sejam de outros partidos com menor representação. Os interesses de Portugal devem constituir a grande preocupação do Governo e de todos os políticos. Não se podem cometer erros e as decisões devem ser cuidadosamente preparadas para serem as melhores, para a mais rápida e eficaz resolução da crise que estamos a atravessar.

Não há lugar para políticos anões, sem estatura para os problemas que estamos a enfrentar. A Sílivia Ramos parece a Ana Gomes que, em vez de focar as suas energias para o engrandecimento de Portugal, se dispersa e desbarata as energias com mexericos de peixeira (sem ofensa para as vendedeiras de peixe).

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De Viçoso Caetano - Desabafo


Esta canalha vil, reles, espúria,
Que arrastou nossas gentes p´rá penúria,
P´ró desemprego, p´rá fome, p´rá miséria,
Deveria ser presa ou deportada,
P´rá acabar de vez com tanta incúria,
Que deixou esta Pátria quase funéria,
Sonâmbula, macambúzia, destroçada.

Corja de mentirosos e trafulhas,
Uns mais vigaristas, outros pulhas,
Adamastores de boca fedorenta,
Carteira recheada, suculenta,
Qu´a via p´ró socialismo abarrotou.

Verdadeira praga ou cataclismo,
Cáfila de dromedários e camelos,
Herdeiros directos do charlatanismo,
- A roçar p´lo analfabetismo –;
Imbecis a falar p´los cotovelos.
Sem conteúdo, sem substância, sem um fim.
- Qu´os problemas sérios, esses sim,
Terão que ser, outro a resolvê-los ! –

Esmolando, mundo fora, rastejando,
Caídos no buraco da insolvência,
Sem apelo nem agravo e só dum trago,
Qu´os cinco quintos dum zero esquerdeado,
Transformaram nesta funesta indigência.

E aqui me quedei a meditar:
No passado glorioso e imperial,
Na grandeza qu´então tinha Portugal,
No respeito qu´infundíamos ao Mundo.
Na bandeira onde a esfera armilar,
Drapejando por todo esse imenso mar,
(Guinéu, maubere, landim, bailundo)
Nos fazia a alma revibrar,
Nos penetrava o coração até ao fundo !

E não resisti a comparar:
A Honradez, a Dignidade, a Inteligência,
A Nobreza de carácter, a Eloquência,
A Seriedade, o Respeito, a Competência
E o Patriotismo desse excelso SALAZAR,

Com esta negregada pestilência,
Dos herdeiros vencidos d´Alcácer Kibir
(Sem passado, sem presente, sem porvir)
Que depois de perdido o ULTRAMAR,
Vêm agora redescobrir o mar…

E deu-me vontade de chorar !!...

Viçoso Caetano
O Poeta de Fornos de Algodres
10Dez2010

NOTA: Embora recente, tem aspecto de premonição daquilo que veio a acontecer no nosso Portugal. Não era difícil «adivinhar»!
Mas a «pestilência» ainda não acabou, como se pode ver numa
notícia de ontem no PÚBLICO.

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sábado, 11 de junho de 2011

Actualidade e futuro próximo

Nós, portugueses, encontramo-nos num momento difícil que desejamos ser o início de uma caminhada para a recuperação do progresso e do desenvolvimento, para bem de todos, principalmente daqueles que vivem muito abaixo da média de comodidade.

«A vida só pode ser compreendida olhando-se para trás; mas só pode ser vivida, olhando-se adiante». (Kieckegood).

A reconstrução de Portugal tem que ser tarefa de todos, começando pelos políticos, fazendo convergir todas energias para um objectivo comum, segundo uma estratégia bem definida com metas claras e medidas concretas coerentes daí resultantes.

Nem se podem desperdiçar esforços com erros evitáveis, nem se pode ser sonhador ao ponto de esperar atingir o objectivo sem cuidar de cada passo desde o primeiro momento. Por querer ir além daquilo que era possível e realizável, Ícaro viu as suas asas derreterem-se e, em vez de continuar a voar para o Sol, despenhou-se.

Ora, nós vamos atravessar um precipício passando sobre um arame de equilibrista e não podemos fazer um gesto errado para não nos despenharmos todos, irremediavelmente. Há que avançar com muito cuidado e rigor, sempre com os olhos no objectivo nacional.

António Barreto definiu com muita clareza a situação e os cuidados a ter na solução a adoptar, no seu discurso na Sessão Solene de 10 de Junho em Castelo Branco.

Também, na mesma Sessão Solene, Cavaco Silva salientou a necessidade de «linhas de rumo e caminhos de futuro que contribuam para a qualidade das políticas públicas e que devolvam aos Portugueses a esperança na construção, em comum, de um tempo melhor… Temos de ser realistas, pois as ilusões pagam-se caro…No interior, impõe-se tirar partido das potencialidades e das riquezas que só aqui existem… A sua (dos povos do interior) frugalidade e o seu espírito de sacrifício são modelos que devemos seguir num tempo em que a fibra e a determinação dos Portugueses estão a ser postas à prova. Não podemos falhar. Os custos seriam incalculáveis. Assumimos compromissos perante o exterior e honramo-nos de não faltar à palavra dada.»

Perante estes pontos de reflexão que devem ser orientadores das estratégias individuais e colectivas, não podemos desaproveitar o possível por corrermos atrás do desejável, a fim de não repetirmos o erro de Ícaro. Cada passo deve ser dado com o máximo realismo em função do desenvolvimento do bem-estar das pessoas. Neste ponto, também deve ter-se presente que há muitos melhoramentos estruturais a fazer, começando pela Justiça e pelo apoio às pequenas e médias empresas, sem ser necessário despender muito dinheiro.

Não devemos deixar de olhar para os bons exemplos que nos chegam da Grã-Bretanha e de outros países nórdicos, na forma como estão a encarar a austeridade para evitar crises como a nossa.

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sexta-feira, 10 de junho de 2011

Discurso de António Barreto. 10 de Junho

Com respeitosa vénia, transcrevo o seguinte texto:

Discurso de António Barreto. Presidente da Comissão Organizadora das Comemorações do Dia de Portugal, e Camões e das Comunidades Portuguesas
Público. 10.06.2011 - 15:32
Castelo Branco, 10 de Junho de 2011

Nada é novo. Nunca! Já lá estivemos, já o vivemos e já conhecemos. Uma crise financeira, a falência das contas públicas, a despesa pública e privada, ambas excessivas, o desequilíbrio da balança comercial, o descontrolo da actividade do Estado, o pedido de ajuda externa, a intervenção estrangeira, a crise política e a crispação estéril dos dirigentes partidários. Portugal já passou por isso tudo. E recuperou. O nosso país pode ultrapassar, mais uma vez, as dificuldades actuais. Não é seguro que o faça. Mas é possível.

Tudo é novo. Sempre! Uma crise internacional inédita, um mundo globalizado, uma moeda comum a várias nações, um assustador défice da produção nacional, um insuportável grau de endividamento e a mais elevada taxa de desemprego da história. São factos novos que, em simultâneo, tornam tudo mais difícil, mas também podem contribuir para novas soluções. Não é certo que o novo enquadramento internacional ajude a resolver as nossas insuficiências. Mas é possível.

Novo é também o facto de alguns políticos não terem dado o exemplo do sacrifício que impõem aos cidadãos. A indisponibilidade para falarem uns com os outros, para dialogar, para encontrar denominadores comuns e chegar a compromissos contrasta com a facilidade e o oportunismo com que pedem aos cidadãos esforços excepcionais e renúncias a que muitos se recusam. A crispação política é tal que se fica com a impressão de que há partidos intrusos, ideias subversivas e opiniões condenáveis. O nosso Estado democrático, tão pesado, mas ao mesmo tempo tão frágil, refém de interesses particulares, nomeadamente partidários, parece conviver mal com a liberdade. Ora, é bom recordar que, em geral, as democracias, não são derrotadas, destroem-se a si próprias!

Há momentos, na história de um país, em que se exige uma especial relação política e afectiva entre o povo e os seus dirigentes. Em que é indispensável uma particular sintonia entre os cidadãos e os seus governantes. Em que é fundamental que haja um entendimento de princípio entre trabalhadores e patrões. Sem esta comunidade de cooperação e sem esta consciência do interesse comum nada é possível, nem sequer a liberdade.

Vivemos um desses momentos. Tudo deve ser feito para que estas condições de sobrevivência, porque é disso que se trata, estejam ao nosso alcance. Sem encenação medíocre e vazia, os políticos têm de falar uns com os outros, como alguns já não o fazem há muito. Os políticos devem respeitar os empresários e os trabalhadores, o que muitos parecem ter esquecido há algum tempo. Os políticos devem exprimir-se com verdade, princípio moral fundador da liberdade, o que infelizmente tem sido pouco habitual. Os políticos devem dar provas de honestidade e de cordialidade, condições para uma sociedade decente.

Vivemos os resultados de uma grave crise internacional. Sem dúvida. O nosso povo sofre o que outros povos, quase todos, sofrem. Com a agravante de uma crise política e institucional europeia que fere mais os países mais frágeis, como o nosso. Sentimos também, indiscutivelmente, os efeitos de longos anos de vida despreocupada e ilusória. Pagamos a factura que a miragem da abundância nos legou. Amargamos as sequelas de erros antigos que tornaram a economia portuguesa pouco competitiva e escassamente inovadora. Mas também sofremos as consequências da imprevidência das autoridades. Eis por que o apuramento de responsabilidades é indispensável, a fim de evitar novos erros.

Ao longo dos últimos meses, vivemos acontecimentos extraordinários que deixaram na população marcas de ansiedade. Uma sucessão de factos e decisões criou uma vaga de perplexidade. Há poucos dias, o povo falou. Fez a sua parte. Aos políticos cabe agora fazer a sua. Compete-lhes interpretar, não aproveitar. Exige-se-lhes que interpretem não só a expressão eleitoral do nosso povo, mas também e sobretudo os seus sentimentos e as suas aspirações. Pede-se-lhes que sejam capazes, como não o foram até agora, de dialogar e discutir entre si e de informar a população com verdade. Compete-lhes estabelecer objectivos, firmar um pacto com a sociedade, estimular o reconhecimento dos cidadãos nos seus dirigentes e orientar as energias necessárias à recuperação económica e à saúde financeira. Espera-se deles que saibam traduzir em razões públicas e conhecidas os objectivos das suas políticas. Deseja-se que percebam que vivemos um desses raros momentos históricos de aflição e de ansiedade colectiva em que é preciso estabelecer uma relação especial entre cidadãos e governantes. Os Portugueses, idosos e jovens, homens e mulheres, ricos e pobres, merecem ser tratados como cidadãos livres. Não apenas como contribuintes inesgotáveis ou eleitores resignados.É muito difícil, ao mesmo tempo, sanear as contas públicas, investir na economia e salvaguardar o Estado de protecção social. É quase impossível. Mas é possível. É muito difícil, em momentos de penúria, acudir à prioridade nacional, a reorganização da Justiça, e fazer com que os Juízes julguem prontamente, com independência, mas em obediência ao povo soberano e no respeito pelos cidadãos. É difícil. Mas é possível.

O esforço que é hoje pedido aos Portugueses é talvez ímpar na nossa história, pelo menos no último século. Por isso são necessários meios excepcionais que permitam que os cidadãos, em liberdade, saibam para quê e para quem trabalham. Sem respeito pelos empresários e pelos trabalhadores, não há saída nem solução. E sem participação dos cidadãos, nomeadamente das gerações mais novas, o esforço da comunidade nacional será inútil.

É muito difícil atrair os jovens à participação cívica e à vida política. É quase impossível. Mas é possível. Se os mais velhos perceberem que de nada serve intoxicar a juventude com as cartilhas habituais, nem acreditar que a escola a mudará, nem ainda pensar que uma imaginária "reforma de mentalidades" se encarregará disso. Se os dirigentes nacionais perceberem que são eles que estão errados, não as jovens gerações, às quais faltam oportunidades e horizontes. Se entenderem que o seu sistema político é obsoleto, que o seu sistema eleitoral é absurdo e que os seus métodos de representação estão caducos.

Como disse um grande jurista, “cada geração tem o direito de rever a Constituição”. As jovens gerações têm esse direito. Não é verdade que tudo dependa da Constituição. Nem que a sua revisão seja solução para a maior parte das nossas dificuldades. Mas a adequação, à sociedade presente, desta Constituição anacrónica, barroca e excessivamente programática afigura-se indispensável. Se tantos a invocam, se tantos a ela se referem, se tantos dela se queixam, é porque realmente está desajustada e corre o risco de ser factor de afastamento e de divisão. Ou então é letra morta, triste consolação. Uma nova Constituição, ou uma Constituição renovada, implica um novo sistema eleitoral, com o qual se estabeleçam condições de confiança, de lealdade e de responsabilidade, hoje pouco frequentes na nossa vida política. Uma nova Constituição implica um reexame das relações entre os grandes órgãos de soberania, actualmente de muito confusa configuração. Uma Constituição renovada permitirá pôr termo à permanente ameaça de governos minoritários e de Parlamentos instáveis. Uma Constituição renovada será ainda, finalmente, o ponto de partida para uma profunda reforma da Justiça portuguesa, que é actualmente uma das fontes de perigos maiores para a democracia. A liberdade necessita de Justiça, tanto quanto de eleições.Pobre país moreno e emigrante, poderás sair desta crise se souberes exigir dos teus dirigentes que falem verdade ao povo, não escondam os factos e a realidade, cumpram a sua palavra e não se percam em demagogia!

País europeu e antiquíssimo, serás capaz de te organizar para o futuro se trabalhares e fizeres sacrifícios, mas só se exigires que os teus dirigentes políticos, sociais e económicos façam o mesmo, trabalhem para o bem comum, falem uns com os outros, se entendam sobre o essencial e não tenham sempre à cabeça das prioridades os seus grupos e os seus adeptos.

País perene e errante, que viveste na Europa e fora dela, mas que à Europa regressaste, tens de te preparar para viver com metas difíceis de alcançar, apesar de assinadas pelo Estado e por três partidos, mas tens de evitar que a isso te obrigue um governo de fora.

País do sol e do Sul, tens de aprender a trabalhar melhor e a pensar mais nos teus filhos.

País desigual e contraditório, tens diante de ti a mais difícil das tarefas, a de conciliar a eficiência com a equidade, sem o que perderás a tua humanidade. Tarefa difícil. Mas possível.

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Escândalos e seus efeitos

Seguindo links encontrados esta manhã, cheguei ao artigo Os escândalos que fizeram os ministros sair antes de tempo, do PÚBLICO (04-04-2003) que refere as saídas antecipadas de vários ministros – Isaltino Morais, Miguel Cadilhe, Murteira Nabo, Armando Vara, Leonor Beleza, Arlindo Carvalho, Veiga Simão, Carlos Borrego, Jorge Coelho, Walter Rosa e Francisco Sousa Tavares.

Recentemente, a arrogância do Governo e os brandos costumes da população e da Comunicação Social, não conduziram a que as crises havidas levassem a tais efeitos.

Curiosamente, as saídas referidas, não deixaram cicatrizes nos atingidos e, presentemente, há sinais de pelo menos um deles mostrar interesse no próximo governo, estando já a dar palpites para algumas decisões na sua área de interesse. O poder é uma droga a que é difícil resistir e que obnubila o espírito de tal forma que deixam de perceber que os tempos e as circunstâncias mudaram e são necessárias soluções novas concretizadas por gente jovem sem os vícios e as manhas do passado mas com criatividade e capacidade de inovação.

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quinta-feira, 9 de junho de 2011

Feriados e festas é do que o povo gosta

Transcrição de artigo seguida de NOTA:

Feriados explicados aos enviados do FMI
06 | 06 | 2011 20.20H. ISABEL STILWELL | EDITORIAL@DESTAK.PT

A primeira tarefa difícil de Passos Coelhos vai ser a de explicar à ‘troika’ que vamos incumprir todos os prazos. Antes de mais, porque é sempre bom que se comece como se pretende continuar, e depois porque os senhores são capazes de estranhar o País parado durante o resto do mês de Junho, e querer saber porquê.

Cabe então a Passos Coelhos, coadjuvado por Paulo Portas, explicar-lhes que embora Portugal tenha aprovado a lei do aborto, a lei do casamento entre homossexuais, protestado contra os crucifixos da escola e faça um finca-pé diário em deixar claro que por cá reina a separação clara entre o Estado e a Igreja, dando a ilusão de ser um país muito para a ‘frentex’, na realidade é um País de uma religiosidade profundíssima, alicerçada na maior das devoções aos seus santos populares, insistindo em celebrar (sem passar pela Igreja, bem entendido) qualquer outra data do calendário sagrado.

Aliás, este périplo pelos santos dá aos nossos novos líderes uma oportunidade única de iniciar os representantes do FMI na teologia, mas também nas tradições e na gastronomia de cada região. Convém que não se esqueçam de lembrar que o Santo António de Pádua, na realidade é o de Lisboa, Fernando de Bulhões nascido no início do século XII e a quem é atribuído o dom da ubiquidade, o que poupa imenso em transportes, sendo além do mais o consumo de sardinhas um incentivo à produção nacional.

Esclarecem-nos, de seguida, que o S. João (Baptista, que o Evangelista é em Dezembro) é o patrono dos empresários do Norte, e que já o S. Pedro revela a solidez de pedra da nossa economia.

É claro que vai ser preciso mais latim para traduzir o significado do Corpo de Deus, mas nada comparado com a sabedoria e o parlapiê que implicará fazer entender porque é que paramos de trabalhar para celebrar o Dia de Portugal Falido. Mas, também, se não forem capazes de os fazer entender coisas tão simples, estão perdidos à partida.

NOTA: Este artigo alia alguma ironia com dados religiosos. Há muito tempo que se fala na conveniência da redução do número de feriados e na celebração dos restantes durante o sábado ou o domingo mais próximo. Neste momento estamos perante umas mini-férias, principalmente em Lisboa e muitos outros concelhos: Na sexta é o Dia de Portugal, depois segue-se o sábado e o domingo e, na segunda, é o dia 13 feriado municipal do Santo António. E o mês não fica por aqui, pois há os dias 24 e 29 que além de serem feriados municipais em muitos concelhos, são tradicionais dias de festa e noitada.

Quando ao Dia de Portugal, espera-se que o PR, para ser coerente com as suas palavras de que se deve produzir mais e melhor e se devem aumentar as exportações, condecore empresários que mais exportaram, que mais empregados têm, que paguem uma média salarial mais alta, que paguem mais impostos, etc. Isso seria um estímulo visível para desenvolver Portugal.


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A crise pode dar boas lições

As dificuldades, quando bem ultrapassadas, dão experiência e capacidade de racionalizar cada fase de um fabrico industrial ou de produção agrícola. Aquilo que vinha sendo feito por tradição, sem bem avaliar o método e sem se procurarem soluções alternativas pode sair da crise muito beneficiado, com melhorias de rendibilidade.

Em muitas actividades, em que a agricultura pode ser o caso mais grave, os produtores estão muito dispersos e descoordenados, trabalhando cada um por si, o que aumenta os custos de produção e as dificuldades da comercialização, de que se aproveitam intermediários em sequência desordenada que encarece o preço no consumidor.

A esta conclusão já chegaram os produtores de cereja que se associam para exportar em maiores quantidades e começam a mostrar-se interessados na criação de associações ou de cooperativas, embora estas há cerca de meio século tenham deixado fracas recordações.

É pena que a pouca escolaridade dos agricultores não tenha sido devidamente compensada por uma assistência mais eficaz por parte dos técnicos da Agricultura e da Economia, mas talvez a pressão dos intermediários, bem organizados e mais influentes, tenha impedido a adequação das estruturas de distribuição e a sua sujeição a regras mais racionais e propícias à justiça social, com benefício para produtores e consumidores.

Em todo o caso esta notícia já constitui um sinal de evolução que merece ser realçado.

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Prefira nacional, que seja bom

Transcrição de artigo, seguida de NOTA:

Não basta ser nacional, tem de ser bom...
08 | 06 | 2011 19.33H. ISABEL STILWELL | EDITORIAL@DESTAK.PT

Se a crise servir para corrigir o provincianismo com que tantas vezes, e ao longo de tantos anos (melhor dito, séculos!), achamos que «estrangeiro é que vale a pena», terá pelo menos uma vantagem. Se, ainda por cima, nos levar a ter consciência de todas as coisas fantásticas que nos pertencem, que inventámos e produzimos, melhor ainda.

Mas é preciso que esse apelo patriótico a consumir nacional, reduzindo assim o peso das importações, e a valorizar o que é nosso, venha acompanhado de uma enorme exigência com a qualidade do nosso trabalho, do brio investido naquilo que fazemos e na capacidade de potenciar o talento, o nosso e o de com quem nos vamos cruzando. Não é falta de horas no local de trabalho, nem tão pouco o excesso de férias ou feriados, que explica a situação económica, mas, tantas vezes, a ineficácia da gestão desse tempo e a acomodação a uma rotina pouco criativa.

Foi para vencer essa inércia e para valorizar os bons exemplos e o que temos de melhor, que decidimos celebrar o Dia de Portugal com uma edição Especial Made in Portugal, pensada e produzida pela equipa do Destak, afinal o primeiro jornal gratuito português que este ano faz 10 anos, a única marca de imprensa portuguesa exportada e que conta já com três ‘irmãos’ no Brasil: o Destak S. Paulo, Rio de Janeiro e Brasília.

Queremos fugir à bipolaridade, a doença nacional que nos leva a oscilar entre a euforia do «somos os maiores», destinada habitualmente a consumo externo(estilo vídeo ‘para finlandês ver’, para mais cheio de erros), e a depressão, traduzida na maledicência permanente, no deita abaixo movido pela inveja. Queremos ter orgulho no que fomos, mas acima de tudo no que somos e vamos ser.

NOTA: Este artigo veio em sintonia com reflexões de longa data. O consumidor, principalmente em período de crise, deve aprender a gerir a sua vida, as suas compras respeitando o valor do dinheiro, sempre escasso, comparando os produtos de que necessita nos aspectos de preço e qualidade. Por isso, sempre que tenho oportunidade de conversar sobre a campanha «prefira produtos nacionais», digo que o consumidor é responsável pelas suas decisões e deve comprar o que mais lhe convém. Não será moral exigir que um consumidor compre um produto nacional, que seja fabricado por empresa de capital estrangeiro ou que o empresário não produza com qualidade e rigor, pague mal aos empregados, demore a pagar aos fornecedores, e procure aumentar os lucros que utiliza em despesas de ostentação. Haja moralidade.

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quarta-feira, 8 de junho de 2011

Máquina do Estado irá engordar mais?

Estamos numa fase da vida nacional em que não podem ser dados passos errados, pelo que os efeitos das decisões devem ser previamente perspectivados, com muito rigor, a fim de a crise não se agudizar, pois o desejo dos portugueses é que ela termine e se entre num ciclo de crescimento normalizado, em que haja confiança e esperança.

É corrente dizer-se que o excesso de despesas públicas constituiu o factor mais negativo da crise e, nesse sentido, Marques Mendes elaborou uma lista de institutos públicos que podem ser extintos. Por isso fica-se surpreendido quando se lê que Passos dá prioridade a criação de uma autoridade orçamental independente, que logicamente se irá sobrepor a serviços já existentes, criando mais confusão e menos eficácia na administração pública, além de mais despesas.

É uma boa norma em actividades de organização, procurar a máxima simplicidade compatível com a eficácia na prossecução dos objectivos. Daí resulta melhor funcionamento das estruturas e maior economia de meios.

Não foi por acaso que Sócrates há seis anos criou a ASAE, para substituir três instituições de fiscalização económica que estavam obsoletas, cada uma prejudicando a actividade das outras duas, com maiores custos, ineficiência e burocracia. O ex-PM estava, então, no bom caminho.

A situação actual é demasiado grave para se continuar a alimentar o descontentamento e o desagrado. Temos que nos unir todos para salvar Portugal. É certo que haverá erros, como os havia, mas a nossa reacção, até Portugal começar a recuperar, não pode assentar no negativismo. Há que criticar com a intenção de chamar a atenção para erros e, ao mesmo tempo, sugerir os caminhos correctos a seguir, a fim de se criar confiança e alimentar a esperança em melhores dias para nós e para os nossos descendentes.

Sem dúvida, que cada um de nós tem a sua opinião, o que é saudável, mas devemos usá-la tendo sempre presente no pensamento que é preciso recuperar Portugal para nosso benefício e dos vindouros. Nada pior, principalmente neste momento, do que as criticas divisionistas e demolidoras, só para denegrir e desprestigiar os governantes e minar a confiança e a esperança dos portugueses. Sem esta confiança, a esperança em dias melhores e o respeito por quem governa, não será fácil sair do buraco em que estamos. Tal clima tem que ser preparado por todos desde governantes até ao mais simples cidadão da mais isolada aldeia do país.

Não tenho saber nem credibilidade para «armar em educador do povo», mas não posso deixar de estimular a vontade de as pessoas se esclarecerem e procurarem conhecer o que se passa em seu redor. Evito expressar a minha opinião e não deixo de aqui publicar afirmações que considero merecedoras de reflexão, concordante ou discordante, independentemente dos seus autores.

Embora a Comunicação Social pareça estar eivada de vícios indesejáveis, é ela o veículo de informação de que dispomos e é imperioso que saibamos fazer filtrar pelo nosso raciocínio crítico aquilo que ela nos traz. Não devemos aceitar como certo aquilo de que tenhamos dúvidas, que não pareça correcto, que nos pareça intencionalmente exagerado ou aleivoso.

Portugal será maior se o povo estiver esclarecido, lúcido e a saber seleccionar aquilo que é correcto, segundo as suas próprias opiniões. E uma das nossas certezas é que queremos um Estado mais magro e desejamos ver eliminar as obesidades inúteis e prejudiciais.

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segunda-feira, 6 de junho de 2011

Requisitos Essenciais a Cumprir

Transcrição de artigo:

O novo ciclo
Correio da Manhã. 06-06-2011. 0h30. Por: Luís Marques Mendes, ex-líder do PSD

Acabou ontem um ciclo político que não vai deixar saudades a ninguém. A pesada derrota que os eleitores aplicaram ao PS é a prova disso mesmo. Os portugueses, quando conheceram a verdade, não gostaram do que viram.

E disseram-no de modo concludente. Em bom rigor, porém, mais do que a derrota de um partido – o Partido Socialista – esta é sobretudo a punição política de um homem – José Sócrates. É ele o grande derrotado de ontem. Por isso se demitiu. Em boa verdade, os portugueses cansaram-se do estilo, indignaram-se com a atitude e revoltaram-se contra esta forma arrogante, auto-suficiente e mentirosa de fazer política. É bom para a democracia, é bom para o exercício da cidadania.

Abre-se agora um novo ciclo. Um novo ciclo que Passos Coelho vai liderar depois da retumbante vitória de ontem. A vitória que o líder do PSD obteve foi particularmente importante. Não apenas pela dimensão categórica do resultado. Mas também pela forma como foi obtida. Com uma campanha de verdade, com um discurso sem demagogia, com um programa eleitoral a sério, nunca ocultando as dificuldades, resistindo à retórica fácil e ao compromisso de circunstância. Passos Coelho seguiu o caminho mais difícil. Fez bem. Se seguisse outro caminho, podia ter tido ainda mais alguns votos. Mas desta forma conseguiu obter o que doutro modo não lograria alcançar – uma autoridade maior e uma legitimidade acrescida para governar. Ninguém o pode acusar de não ter sido verdadeiro ou de passar ao lado do essencial. É um bom começo e um excelente exemplo. Próprio de quem tem sentido de Estado e noção das responsabilidades.

Olhemos agora o futuro. É agora que ele vai começar. Acabou o tempo da mentira e a atmosfera da ilusão. Nada será fácil mas também nada será impossível. Mas para não dificultar o que já de si é difícil há requisitos essenciais a cumprir. Rapidez na acção, um executivo maioritário, uma coligação formal entre o PSD e o CDS, uma equipa governativa de elite, um governo como deve ser – a pensar nas próximas gerações, não nas próximas eleições. Mas convém ter visão estratégica – são necessários entendimentos políticos com o PS, para fazer reformas essenciais. Nem a maioria de governo deve fugir a este desafio nem o PS deve furtar-se a esta responsabilidade histórica. Fechadas as urnas e contados os votos, é tempo de pensar no País. E já não é sem tempo.

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Sem Margem para Erro

Transcrição de artigo:

A dúvida razoável
Correio da Manhã. 06-06-2011. 0h30. Por: José Rodrigues, editor de Política/Economia

José Sócrates sai de cena ao fim de seis anos, pela força do voto dos portugueses, que recusaram dar uma nova oportunidade ao líder que conduziu o País para a quase bancarrota, preferindo apostar na mudança personificada por Pedro Passos Coelho. Mas a escolha não exclui uma dúvida razoável: será ele o homem certo, capaz de resgatar o País da profunda crise em que se encontra?

Só o tempo o dirá, mas para já há uma certeza: o mais difícil está para vir. Na verdade, a tarefa do novo Governo (previsivelmente de coligação PSD/CDS) é enorme, pois não basta aplicar as medidas draconianas impostas pela troika, honrando o compromisso assumido pelo Estado português, é preciso ir mais longe, e pôr Portugal a crescer.

Exige-se, para já, rigor nas contas e criatividade nas estratégias, e uma atenção particular ao problema do desemprego, que assume proporções cada vez mais dramáticas. Sob o "espartilho" da troika, o novo Governo não terá margem para errar, e Pedro Passos Coelho nem sequer poderá contar com a ‘lua-de-mel' dos recém-eleitos.

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Uma Nova Etapa Nacional

Depois de seis anos, Portugal inicia uma nova etapa de estilo de Governo. As condições sócio-económicas em que a mudança tem lugar são uma fonte rica em ensinamentos e reflexões ao dispor dos novos escolhidos pelo povo para conduzirem a vida nacional.

Convém não se ufanarem demasiado com a vitória eleitoral e não se tornarem arrogantes e abusadores do Poder a que têm acesso, devendo pensar que muitos votos não foram de apoio a um projecto, a uma estratégia, mas de punição ao governo cessante. Esta punição mostra uma realidade muitas vezes despercebida de que os «donos de Portugal» são os portugueses e não os governantes, e estes apenas se limitam a ser intérpretes (por vezes pouco atentos) dos legítimos desejos dos cidadãos que devem procurar satisfazer da forma mais eficaz, em justiça social e em desenvolvimento e felicidade geral.

É indispensável inspirar confiança para aumentar a esperança numa rápida e sólida recuperação da actual crise e congregar todas as vontades para a reconstrução de Portugal. O povo é soberano e, agora, decidiu mudar de mandatários e, se as coisas não correrem a seu gosto, poderá haver mudanças por métodos menos ortodoxos, como temos visto recentemente em países geograficamente próximos.

A preocupação de agir com o mais rigoroso sentido de Estado e sentido de responsabilidade deve ser constante, mas a vontade de decidir correctamente, não deve ser travada pelo receio de errar, como por vezes se nota em altos responsáveis, pelo que é indispensável Pensar antes de decidir. Para bem decidir, um governante não deve isolar-se, mas conhecer a realidade de forma completa e imparcial. No entanto, é preciso não se submeter a pressões vindas de pessoas do género das que votaram sonolentamente, por unanimidad,e a «Lei da rolha» e que, logo a seguir,  se arrependeram também por unanimidade.

Convém não colonizar a máquina do Estado em benefício de «boys» mas, sim, eliminar os tachos referidos por Marques Mendes , que foram fruto de acções de alquimia que transformaram o dinheiro dos impostos em riqueza para os amigalhaços do anterior governo. Mas à eliminação destes sumidouros de dinheiro público deve seguir-se um activo repúdio à repetição de tais sacrilégios.

E se ao nível político interessa dinamizar a coesão, o diálogo e o espírito de compromisso, para criar mais convergência de esforços e ultrapassar a crise, a nível geral, é preciso que a economia produza mais e melhor, que aumente as exportações e crie mais emprego. É urgente que a Justiça corresponda, em isenção e rapidez,  às legítimas esperanças do povo, que a Educação prepare devidamente a juventude para os diversos sectores da vida profissional, cultural e científica e que seja organizado e posto em acção um eficaz combate à corrupção e aos crimes financeiros e fiscais.

O importante não é prometer, mas cumprir o prometido, governar sem despesas evitáveis e excessivas.

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Recuperar Portugal é tarefa urgente

Transcrevo o comentário que acabo de fazer, ao correr do teclado, num post do blog Pulseira Electrónica.

Este texto parece-me demasiado duro e derrotista. Em democracia temos que respeitar a decisão do povo, assumindo que cada um votou livremente e segundo a sua consciência. Se estavam mal informados, haverá que preparar um novo sistema de informação e de educação, para melhorar a qualidade das suas atitudes e comportamentos.

Não votei no eleito, mas acho que, por dedicação a Portugal, não podemos exigir dele a perfeição absoluta, nem diminuí-lo de forma a reduzir a sua eficiência na condução dos destinos do País. Ele será o PM, responsável por conduzir o barco, sendo desejável que o aporte a bom porto.

Penso que a melhor atitude de um «doutrinador» será a de analisar séria e patrioticamente, «Onde Estamos? e Para Onde Vamos?». Depois, perante as realidades de cada momento, deve criticar o que parecer menos correcto e apontar as melhores soluções aplicáveis a casa situação.

Portugal está em crise extremamente grave e todos seremos poucos para o colocarmos no rumo certo em direcção ao objectivo do desenvolvimento para benefício de todos os portugueses, com a melhor justiça social, isto é, com a melhor distribuição dos recursos, e das oportunidades de felicidade.

A oposição deve encarar a realidade com o máximo de patriotismo, fazendo uma crítica construtiva, para bem da generalidade dos portugueses. Não interessa o derrotismo sistemático e obsessivo.

Devemos fazer um esforço para colocar de lado as nossas camisolas clubísticas e não esquecer, um só momento, que Portugal precisa do melhor de cada um de nós. Não devemos recusar ao País a nossa colaboração consciente, edificante e pragmática, tendo em vista objectivos imediatos e a longo prazo. O futuro distante não pode ser construído sem se passar pelo presente e pelo dia de amanhã.

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